CONSTRUA A SUA FELICIDADE

'Hoje é um dentre tantos outros dias em que tive de enfrentar a angústia, a dor no peito, e o dia embassado.Não sou sempre assim.Estou passando pelo período de climatério e não tem sido fácil explicar a meus filhos e esposo esse descompasso de temperamento. Sempre fui alegre,  voluntária e feliz.Não consigo ficar perto de pessoas ou situações distorcidas, enganosas e quando a vida exige isso de mim,  logo me assola esse baixo-astral. Tenho uma relação de amor enorme, porém meu interesse sexual pelo meu esposo acabou totalmente, mas sinto desejos, vontade de viver verdadeiramente um grande amor e busco isso. Essa ausência também justifica muito desses dias. Não sou leviana, acredito em Deus e oro muito. Mesmo assim passa o desejo do suicídio em minha cabeça; logo penso em minha mãe, meus filhos, meu neto e irmãos.estou aqui porque me sinto um lixo.Espero quw no final desse dia esteja melhor. Enquanto força tiver, buscarei ajuda. Façam o mesmo'. (Anônima - comentário em 'Estou aqui porque preciso de ajuda')

A ciência nunca soube tanto a respeito dos mecanismos que regem nosso bem-estar. Galileu reuniu todo esse conhecimento, eliminou algumas fórmulas mágicas do caminho e apresenta dicas que você pode aplicar ao seu dia-a-dia para ser cada vez mais feliz

Nesses tempos em que fórmulas para ser feliz são encontradas aos montes na baixa literatura de auto-ajuda, há quem acredite que o conceito de felicidade não vai muito além do que propõe aquela campanha publicitária de uma rede de supermercados. Se, para você, há algo maior por trás de um "pãozinho quentinho, com manteiga derretendo", eis uma boa notícia: nunca a ciência reuniu tantas pistas capazes de apontar caminhos para ajudar você.

A banalização da felicidade chegou a dificultar a aceitação do seu estudo na arena científica. "Basta ir a qualquer livraria para verificar a quantidade de títulos que sugerem uma abordagem 'rápida e eficaz para ser feliz'", diz o psicólogo Christian Kristensen, da PUC-RS. Ele acredita que, para o consumidor, ainda é difícil diferenciar as abordagens cientificamente fundamentadas das que aproveitam um filão editorial.

E o que fazer, então? Não responda agora. Galileu ouviu alguns dos maiores especialistas do mundo para reunir informações precisas, além de mergulhar nos livros sérios sobre o tema. As páginas a seguir trazem um resumo aplicável daquilo que eles chamam de ciência da felicidade.

Para especialistas, 50% das diferenças no nível de felicidade entre as pessoas se deve à genética, 40% à atitude e apenas 10% às circunstâncias

A principal linha que estuda essa emoção é a chamada psicologia positiva. Ela vem crescendo desde os anos 1980 e tem como pioneiros os psicólogos Ed Diener, professor da Universidade de Illinois, e Martin Seligman, diretor de um centro na Universidade da Pensilvânia (ambas nos EUA). Eles e outros pesquisadores começaram a trilhar um rumo diferente da psicologia tradicional ao mudar o foco dos estudos e terapias. Sai a doença e entram os traços de personalidade construtivos.

No início, a seriedade da psicologia positiva foi muito questionada. "Há resistência por parte de colegas médicos, voltados para pesquisar causas de doenças. Mas é legítimo estudar o que promove os estados emocionais positivos", diz Hermano Tavares, psiquiatra do Ambulatório do Jogo Patológico do Hospital das Clínicas de São Paulo. A ciência da felicidade ganhou novo status com o desenvolvimento das tecnologias de imageamento cerebral. Graças a elas, neurocientistas juntaram-se a psicólogos e psiquiatras na tentativa de compreender até onde vai nossa capacidade de ser feliz.

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Eles já descobriam indícios importantes. Um exemplo é a teoria que diz que mudanças nas circunstâncias de vida não teriam efeito permanente no nosso nível de felicidade. Tanto alguém que ganha uma fortuna na loteria quanto os que passam por uma doença grave teriam seus níveis de bem-estar alterados - para mais ou para menos -, mas eventualmente voltariam a seu normal.

Juliana Tiraboschi
Ilustrações: Zé Otávio Zangirolami

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Um comentário :

  1. Anônimo21/10/10

    Hoje estou me sentindo muito mal. Essa semana toda estou me sentindo assim... Às vezes eu me sinto bem, em poucas vezes, na maioria das vezes sinto uma dor terrível no peito, uma vontade de chorar e não parar mais, uma vontade terrível de desparecer, de morrer.... Eu não queria me sentir assim, queria saber como é sentir alegria, felicidade. Mas não consigo, gostaria de seguir os conselhos daquelas pessoas otimistas, daquelas mensagens de auto-ajuda, que dizem que a vida é bela que se deve pensar positivo... Mas me sinto só e muito infeliz. EU não agueto mais,,,,

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