1. Quando o cérebro detecta uma situação estressante ou angustiante, estruturas como o hipotálamo, a amídala e a glândula pituitária ficam em alerta. Elas trocam informações entre si e enviam sinalizadores químicos e impulsos nervosos que preparam o corpo para os momentos difíceis
2. As glândulas supra-renais reagem ao alerta liberando adrenalina, o que faz o coração bater mais rápido e os pulmões trabalharem mais para oxigenar o corpo. As células nervosas liberam noradrenalina, que tensiona os músculos e aguça os sentidos. A digestão fica prejudicada, o que pode provocar enjôos
3. Depois que a influência externa passa, os níveis hormonais caem, mas se as crises forem muito freqüentes, tais substâncias podem danificar as artérias. Casos crônicos levam a um sistema imunológico enfraquecido, perda de massa óssea, supressão da capacidade reprodutiva e problemas de memória
- Lobo Occiptal
- Cerebelo
- Cerebelo corte
- Lobo parietal e frontal
- Hipotálamo
- Glândula pituitária
- Amídala
- Hipocampo
- Medula espinhal e espinha
Padrões de atividade cerebral na depressão
A serotonina e a noradrenalina podem desempenhar um papel importante nos sintomas da depressão
* O sistema nervoso central processa informações e modula as respostas de dor por meio das vias descendentes da dor
* Acredita-se que a 5-HT e a NA sejam dois dos neurotransmissores moduladores na via inibitória descendente e façam parte do sistema analgésico endógeno corporal
* Uma redução dos níveis de 5-HT e NA na medula espinhal pode resultar em um aumento de sensibilidade à dor
Principais sintomas somáticos* Dor muscular* Dor abdominal* Dor na região lombar* Dor no peito/no coração* Dor de cabeça* Dor nas articulações* Dor no pescoço
Antidepressivos são drogas que aumentam o tônus psíquico, melhorando o humor e a psicomotricidade de maneira global. Todos regulam a secreção e a captação de neurotransmissores, mas são classificados de acordo com a ação que desempenham.
Antidepressivos tricíclicos (ADT)
Os ADTs agem no sistema límbico, que é a área do cérebro que cuida das emoções. Ele aumenta a quantidade de serotonina e de noradrenalina na fenda sináptica (região entre os neurônios, onde ocorrem os impulsos elétricos). O efeito é conseguido de duas maneiras: ao mesmo tempo que o medicamento impede a recaptação das substâncias, ele diminui a quantidade de receptores. Assim, a concentração dos neurotransmissores aumenta. São indicados para tratamento diversos: depressão associada com esquizofrenia e distúrbios de personalidade; distimia (mau humor crônico); depressão pós-traumática ou psicopática; síndromes obsessivo-compulsivas; fobias e ataques de pânico.
Inibidores da mono-aminaoxidase (IMAO)
Os antidepressivos do tipo IMAO aumentam a disponibilidade da serotonina no cérebro. Essa classe de medicamentos inibe a ação da monoaminaoxidase, enzima responsável pelo metabolismo desse neurotransmissor. O bem-estar é efeito do aumento da concentração de serotonina nos locais de armazenamento, em todo o sistema nervoso central ou no sistema nervoso simpático. Acredita-se que a ação antidepressiva dos IMAOs se relacione também com alterações nos receptores (em número e sensibilidade), mais até do que com o bloqueio da recaptação dos neurotransmissores. Isso explicaria o atraso de duas a quatro semanas na resposta terapêutica.
Inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS)
O efeito antidepressivo dos ISRS é conseqüência do bloqueio da recaptação da serotonina. O aparecimento de efeitos colaterais, assim como o risco de superdosagem, é menor do que nos ADT. Mesmo assim, alguns desses remédios têm ação anorexígena, levando à redução do peso corporal. São indicados para o tratamento dos transtornos depressivos, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno do pânico, transtornos fóbico-ansiosos, dor de cabeça crônica e transtornos alimentares. Alguns médicos recomendam a substância também para o tratamento do abuso do álcool.
Antidepressivos atípicos
São os antidepressivos que não se caracterizam nem como tricíclicos nem como ISRS nem como IMAOs. Alguns deles aumentam a transmissão de noradrenalina no sistema nervoso central, ao mesmo tempo que regulam a interação da serotonina com seus receptores. Outros são inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina. Algumas dessas drogas também costumam reduzir a sensibilidade dos receptores da noradrenalina, levando a um início de efeito mais rápido. Certos atípicos não inibem a recaptação da serotonina no neurônio pré-sináptico, mas induzem sua recaptação pelos neurônios do córtex, do hipocampo e do sistema límbico. As melhoras sintomáticas já podem ser observadas entre o 3º e o 5º dias.
FERTILIZANTES
Ao impedirem a recaptação da serotonina ou da noradrenalina, os medicamentos aumentam a disponibilidade desses neurotransmissores na fenda sináptica
Região intraneuronal: maior concentração de neurotransmissores Fonte: Geraldo José Ballone, psiquiatra, coordenador do site PsiqWeb |
Ilustrações: Zé Otávio Zangirolami
A partir da revista Galileu.(n. 164-Fev/2005). Leia no original
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