LIVRO DEFENDE CURA DA DEPRESSÃO SEM REMÉDIOS

Doenças ligadas ao stress são comuns em nossa sociedade. Não é por acaso que cada vez mais escutamos histórias relacionadas à depressão e ansiedade. Frente a essas constatações, evidencia-se uma busca frenética pela tal felicidade. A falsa inveja ganha espaço. "Falsa", porque quando deseja-se a vida do outro, esquecem-se dos problemas naturalmente atrelados.

"Se nos tornássemos outra pessoa, nos livraríamos de nossos problemas costumeiros - isso é verdade - mas teríamos outros, os deles", justifica o psiquiatra David Servan-Schreiber, autor do livro "Curar o Stress, a Ansiedade e a Depressão sem Medicamento Nem Psicanálise", sucesso de vendas.

Com competência, o autor apresenta o seu ponto de vista sobre a cura, baseado em princípios estudados por mais de 20 anos, úteis tanto para si mesmo quanto para seus pacientes. "Para minha surpresa, elas (as descobertas) não têm nada a ver com os métodos que eu tinha aprendido na universidade. Não envolviam medicação nem terapias verbais convencionais", justifica.

Então, como curar o stress sem medicamento nem psicanálise?

Fábio Nascimento teve depressão
na fase pré-vestibular
Logo de cara, Servan-Schreiber esclarece que "cura é uma palavra com muito poder", e avalia o trabalho por ele apresentado. "Não seria presunçoso demais um médico usar tal palavra no título de um livro sobre stress, ansiedade e depressão? Pensei muito sobre a questão."

Para o autor "cura" significa que os pacientes não estão mais sofrendo daqueles sintomas e que se queixavam quando o consultaram pela primeira vez, e que tais sintomas não voltarão depois que o tratamento terminar.

Todos estão acostumados a se tratar ou por medicamentos, ou pela psicanálise (investigando traumas inconscientes que se manifestam como patologia nas pessoas), contudo, o método que propõe foge das duas propostas.

"É precisamente o que observei quando comecei a usar os métodos descritos neste livro e isso é sustentado por algumas pesquisas. Por fim decidi que não havia problema em usar 'cura' no título do livro, uma vez que não utilizá-la teria sido desonesto", escreve.

Cérebro Emocional

Felicidade coletiva gera tranquilidade ?
A abordagem diferente a que se refere diz respeito ao "cérebro emocional". "Dentro do cérebro há um cérebro emocional, um verdadeiro 'cérebro dentro do cérebro'. Este segundo cérebro tem uma estrutura diferente, uma organização celular diferente e, inclusive, propriedades bioquímicas que são diferentes do resto do neocórtex, a parte mais 'evoluída' do cérebro, que é o centro da linguagem e do pensamento".

Portanto, o cérebro emocional controla tudo o que governa o bem-estar psicológico e, naturalmente, físico. "A principal meta do tratamento é 'reprogramar' o cérebro emocional para que ele se adapte ao presente em vez de continuar a reagir às experiências passadas", explica.

Com isso, o estudioso acredita que o cérebro emocional contém mecanismos naturais para se autocurar: "um instinto para curar. Esse instinto para curar abrange a habilidade inata do cérebro emocional em descobrir equilíbrio e bem-estar, comparáveis a outros mecanismos de autocura no corpo, como a cicatrização de uma ferida ou a eliminação de uma infecção."

Ao longo das páginas de "Curar o Stress, a Ansiedade e a Depressão sem Medicamento Nem Psicanálise", o autor busca comparar e apresentar por meio de pesquisas científicas os resultados e da nova medicina das emoções, sempre comparando com os outros métodos os pontos positivos e negativos de cada um, indicando, enfim, o caminho libertador e coerente do que ele acredita com que todos nascemos. o instinto para curar.

* * *

"Curar o Stress, a Ansiedade e a Depressão sem Medicamento Nem Psicanálise "
Autor: David Servan-Schreiber (biografia)
Editora: Sá  -  Páginas: 304
Preço: R$ 39,20

O autor  - David Servan-Schreiber nasceu na França em 1961. Estudou e trabalhou nos Estados Unidos e no Canadá, onde foi um dos fundadores, e depois diretor, do Centro de Medicina complementar da Universidade de Pittsburgh. Fez parte da organização “Médicos sm Fronteiras” (ONU), trabalhando com refugiados em Kosovo e Saravejo.

É Doutor em Ciências Neurocognitivas pela Universidade Carnegie Mellon, sob orientação de Herbert Simon, pai da inteligência artificial e Nobel de Economia, e de James McClelland, pioneiro da teoria das redes de neurônios. Recentemente, sua tese de doutorado foi publicada na revista “Science”. Em 2002 foi eleito o melhor psiquiatra clínico da Pensilvânia.

Atualmente, divide seu tempo entre a França e os Estados Unidos, estudando e dando conferências sobre seu trabalho”.

Saiba mais sobre o autor:
http://www.servan-schreiber.com

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2 comentários :

  1. Anônimo21/6/11

    É no mínimo sarcástica a posição do livro já que o desenvolvimento dos remédios partiu deles através de inúmeras pesquisas. Penso o seguinte: Dependendo do grau e das origens(talvez psicológicas) do distúrbio psiquiátrico pode até ser que haja uma cura ao trabalhar estes pontos. Como "doente" digo que os remédios de fato podem interferir (digo isso pq vários mexeram comigo) e quem teve sorte conseguiu voltar a ter qualidade de vida(não é o meu caso).

    E mesmo que fosse possível a cura(eu creio que pode haver) sem os remédios tenho certeza absoluta de que não seríamos plenamente informados disso. Não digo que há medicamentos para cura de todas as doenças, mas afirmo que há interesse por parte de quem fabrica e ganha com isso de que nunca exista um medicamento capaz de proporcionar a cura definitiva e ou instantânea.

    Veja o caso das ECTs... pessoas passam anos se drogando comprando medicamentos caros, inéditos, de forma fracionada... alimentando mensalmente os laboratórios. Se a ECTs é tão eficaz assim porque o seu acesso é tão restrito? Eu não me incomodaria em ser submetido a seções deste tipo se soubesse que ficaria melhor depois. Mas dizem que é traumatizante a observação e que deve ser utilizada em depressões GRAVES. Acho que até no grau mais LEVE possível a depressão e outros distúrbios apresentam GRAVÍSSIMOS problemas para quem teve a infelicidade de desenvolver os transtornos. Sugiro um tópico acerca do tema.

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  2. Anônimo14/9/14

    Os antidepressivos perdem o efeito com o tempo, sendo necessária outras abordagens.

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