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Em filme, Susan Sarandon reúne família para se despedir antes do suicídio assistiassistido

4/25/2021
Apresento o que o cinema e o jornalismo têm a dizer sobre o tema suicídio assistido, através de duas obras recentes: o filme “A despedida”, cujo título original é “Blackbird”, e o livro “The inevitable” (“O inevitável”), ainda sem tradução para o português.

No cinema, disponível em streaming para ser saboreado em casa. Lily (Susan Sarandon) e Paul (Sam Neill) programam uma reunião de família inesquecível, mas não no sentido positivo do termo: naquele fim de semana, ela terá a oportunidade de se despedir dos entes queridos e cometerá suicídio assistido com a ajuda do marido, que é médico. Não há referências explícitas em relação à doença, mas Lily vem perdendo os movimentos e o prognóstico é de que, num curto prazo, seu estado se agrave e ela se torne totalmente dependente.

As duas filhas, Jennifer (Kate Winslet) e Anna (Mia Wasikowska), parecem concordar com a decisão da mãe, mas questões não resolvidas emergem durante aqueles dias carregados de emoção, mas também pontuados por risos e demonstrações de afeto. Numa participação pequena, mas expressiva, o episódio serve para que Jonathan (Anson Boon), o neto do casal, faça sua passagem para a vida adulta. Trata-se de uma refilmagem do longa dinamarquês “Coração mudo” e a provocação proposta pelo diretor Roger Michell, responsável por “Um lugar chamado Notting Hill”, se mantém: podemos decidir quando uma vida deve terminar? Temos o direito de ser senhores do próprio destino até o fim ?

A jornalista Katie Engelhart fez dezenas de entrevistas para escrever o recém-lançado “O inevitável”. O livro se concentra em seis pessoas: quatro delas que buscam uma forma “boa” de morrer e dois médicos que facilitam essa escolha – a diferença é que um realiza sua atividade legalmente e, o outro, não. Um dos argumentos mais utilizados pelos entrevistados é que a eutanásia de animais de estimação para que não sofram, que seria um ato de misericórdia, não tem seu equivalente para seres humanos.

Uma das histórias é a de Avril Henry, octogenária que consegue a droga numa loja de produtos veterinários no México. Em entrevista dada à NPR (National Public Radio), Katie afirmou que os dados disponíveis no estado do Oregon, o primeiro a permitir a eutanásia e o suicídio assistido, mostram que a maioria das decisões não está relacionada um quadro de dor excruciante: “as pessoas estão mais preocupadas em manter sua dignidade e autonomia no fim de suas vidas”.

Por Mariza Tavares
A partir do G1. Leia no original  :






Há um nome para seu mal-estar na pandemia: chama-se 'definhamento'

4/22/2021
Um estado mental às vezes negligenciado pode embotar sua motivação e seu foco; e pode ser a emoção predominante em 2021

No princípio eu não reconheci os sintomas que todos tínhamos em comum. Amigos diziam que estavam tendo dificuldade para se concentrar. Colegas relatavam que mesmo com as vacinas à vista eles não estavam entusiasmados com 2021. Uma parente ficava acordada até tarde para assistir a "National Treasure" de novo, apesar de já conhecer o filme de cor. E, em vez de pular da cama às 6h, eu estava ficando lá até as 7h, jogando "Palavras com Amigos".

Não era esgotamento —nós ainda tínhamos energia. Não era depressão —não nos sentíamos impotentes. Apenas nos sentíamos um pouco sem alegria e sem objetivo. Mas existe um nome para isso: definhamento.

É um sentimento de estagnação e vazio. Parece que você está se arrastando pelos dias, vendo sua vida através de uma janela embaçada. E poderá ser a emoção predominante em 2021.

Enquanto cientistas e médicos trabalham para tratar e curar os sintomas físicos da Covid persistente, muitas pessoas estão lutando com a persistência emocional da pandemia. Ela pegou alguns de nós despreparados, quando o medo e a dor intensos do ano passado se dissiparam.

Nos primeiros dias incertos da pandemia, é provável que o sistema de detecção de ameaças do seu cérebro —chamado amígdala— estivesse em alerta máximo para lutar ou fugir. Conforme você aprendeu que as máscaras ajudavam a nos proteger —mas esfregar embalagens não—, provavelmente desenvolveu rotinas que reduziram sua sensação de temor. Mas a pandemia se arrastou, e o estado agudo de angústia deu lugar a uma condição de abatimento crônico.
Na psicologia, pensamos em saúde mental em um espectro que vai da depressão ao florescimento. O florescimento é o apogeu do bem-estar: você tem um forte sentido de significado, domínio e importância para os outros. A depressão é o vale do mal-estar: você se sente pesado, esgotado e inútil.

O definhamento é o estado médio negligenciado da saúde mental. É o vazio entre depressão e florescimento —a ausência de bem-estar. Você não tem sintomas de doença mental, mas também não está num quadro de saúde mental. Você não funciona com plena capacidade. O definhamento embota sua motivação, perturba sua capacidade de se concentrar e triplica a probabilidade de você regredir no trabalho. Ele parece ser mais comum que a depressão completa —e, de certas maneiras, pode ser um maior fator de risco para a doença mental.

O termo foi cunhado por um sociólogo chamado Corey Keyes, que ficou impressionado pelo fato de muitas pessoas que não estavam deprimidas também não estarem prosperando. Sua pesquisa sugere que as pessoas com maior probabilidade de experimentar grande depressão e transtornos de ansiedade na próxima década não são aquelas que têm esses sintomas hoje. São as pessoas que estão definhando neste momento.

E novas evidências de profissionais de saúde da pandemia na Itália mostram que as que estavam definhando na primavera de 2020 tinham três vezes maior inclinação que seus pares a ser diagnosticadas com transtorno de estresse pós-traumático.

Parte do perigo é que quando você está definhando pode não perceber o embaçamento do prazer ou a diminuição do impulso. Você não se pega escorregando lentamente para a solidão; você é indiferente à própria indiferença. Quando alguém não pode ver o próprio sofrimento, não busca ajuda ou faz alguma coisa para se ajudar.

Mesmo que você não esteja definhando, provavelmente conhece pessoas que estão. Compreender melhor isso pode ajudar você a ajudá-las.

UM NOME PARA O SEU SENTIMENTO

Os psicólogos acham que uma das melhores estratégias para lidar com as emoções é lhes dar nomes. Na última primavera [outono no hemisfério Sul], durante a angústia aguda da pandemia, a postagem mais viral na história da Harvard Business Review foi um artigo que descreveu nosso desconforto coletivo como sofrimento.

Juntamente com a perda de pessoas amadas, estávamos lamentando a perda da normalidade. "Sofrimento." Isso nos deu um vocabulário conhecido para entender o que parecia uma experiência desconhecida.

Embora não tivéssemos enfrentado uma pandemia antes, a maioria das pessoas tinha experimentado perdas. Isso nos ajudou a cristalizar lições de nossa antiga resiliência —e ganhar confiança em nossa capacidade de enfrentar a adversidade atual.

Ainda temos muito a aprender sobre o que causa definhamento e como curá-lo, mas nomeá-lo pode ser um primeiro passo. Pode nos ajudar a desembaçar a visão, dando-nos uma janela mais clara para o que era uma experiência borrada. Pode nos lembrar de que não estamos sós: o definhamento é comum e compartilhado.

E pode nos dar uma resposta socialmente aceitável para "Como você está?".

Em vez de dizermos "Ótima!" ou "Bem", imagine se respondêssemos: "Honestamente, estou definhando". Seria um contrapeso revigorante para a positividade tóxica —essa pressão tipicamente americana para estarmos animados o tempo todo.

Quando você acrescenta "definhamento" ao seu vocabulário, começa a percebê-lo ao seu redor. Ele aparece quando você se sente desanimado com sua curta caminhada à tarde. Está na voz de seus filhos quando você lhes pergunta como foi a escola online. Está nos "Simpsons" cada vez que um personagem diz "Meh".

No último verão, a jornalista Daphne K. Lee tuitou sobre uma expressão chinesa que significa "procrastinação vingativa na hora de dormir". Ela a descreveu como ficar acordada até tarde da noite para recuperar a liberdade que perdemos durante o dia.

Eu comecei a me perguntar se não é tanto uma retaliação contra a perda de controle quanto um ato de desafio silencioso contra o definhamento. É uma busca por felicidade em um dia árido, por conexão em uma semana solitária ou por objetivo em uma pandemia eterna.

ANTÍDOTO PARA O DEFINHAMENTO

Então o que podemos fazer a respeito disso? Um conceito chamado "fluxo" pode ser um antídoto para o definhamento. Fluxo é aquele fugidio estado de absorção em um desafio importante ou uma ligação momentânea, em que sua sensação de tempo, lugar e self se dilui.

Durante os primeiros dias da pandemia, o melhor previsor de bem-estar não era otimismo ou atenção plena —era o fluxo. As pessoas que mergulhavam mais em seus projetos conseguiam evitar o definhamento e mantinham sua felicidade pré-pandêmica.

Um jogo de palavras de manhã cedo me projeta no fluxo. Uma sessão de Netflix na madrugada às vezes também faz o truque —ela o transporta para dentro de uma história em que você se sente atraído pelos personagens e preocupado com o bem-estar deles.

Enquanto encontrar novos desafios, experiências agradáveis e trabalho significativo são possíveis remédios para o definhamento, é difícil encontrar fluxo quando você não consegue se concentrar.

Isso já era um problema muito antes da pandemia, quando as pessoas ficavam verificando o e-mail 74 vezes por dia e mudando de tarefas a cada dez minutos.

No último ano, muitas pessoas também estiveram lutando com interrupções desse tipo com crianças dentro de casa, colegas do mundo todo e chefes 24 horas por dia. "Meh."

A atenção fragmentada é inimiga do envolvimento e da excelência. Em um grupo de cem pessoas, somente duas ou três serão capazes de dirigir e memorizar informação ao mesmo tempo sem que seu desempenho piore em uma ou nas duas tarefas. Os computadores podem ser feitos para processamento paralelo, mas os seres humanos são melhores em processamento serial.

TEMPO SEM INTERRUPÇÕES

Isso significa que precisamos definir limites. Anos atrás, uma grande empresa de software da Índia testou uma política simples: nada de pausas na terça, quarta e quinta-feiras antes do meio-dia. Quando os engenheiros cuidaram do limite eles próprios, 47% tiveram produtividade acima da média. Mas, quando a companhia definiu um tempo de silêncio como política oficial, 65% conseguiram produtividade acima da média.

Produzir mais não foi melhor só para o desempenho no trabalho; sabemos hoje que o fator mais importante na alegria e motivação diárias é a sensação de progresso.

Não acho que haja algo mágico em terça, quarta e quinta antes do meio-dia. A lição dessa ideia simples é tratar blocos de tempo ininterrupto como tesouros a se proteger. Eles eliminam distrações constantes e nos dão liberdade para nos concentrarmos. Podemos encontrar alívio em experiências que captam toda a nossa atenção.

PEQUENO OBJETIVO

A pandemia foi uma grande perda. Para transcender o definhamento, experimente começar com pequenas vitórias, como o minúsculo triunfo de descobrir um "quem fez algo" ou a emoção de encaixar uma palavra de sete letras. Um dos caminhos mais claros para o fluxo é uma dificuldade que se supera por pouco: um desafio que força suas capacidades e enaltece sua decisão.

Isso significa encontrar tempo diário para se concentrar em um desafio que é importante para você —um projeto interessante, um objetivo válido, uma conversa significativa. Às vezes, é um pequeno passo na direção de redescobrir parte da energia e do entusiasmo que lhe fizeram falta durante todos esses meses.

O definhamento não está apenas em nossa cabeça —está em nossas circunstâncias. Você não pode curar uma cultura doente com ataduras pessoais. Ainda vivemos em um mundo que normaliza os desafios de saúde física, mas estigmatiza os desafios de saúde mental. Ao rumarmos para uma nova realidade pós-pandêmica, é hora de repensar nossa compreensão da saúde mental e do bem-estar.

"Não deprimido" não significa que você não sente dificuldades. "Não esgotado" não significa que você está totalmente ligado. Ao admitir que tantas pessoas estão definhando, podemos começar a dar voz ao desespero silencioso e iluminar um caminho para sair do vazio.

Adam Grant

Psicólogo organizacional em Wharton, autor de "Think Again: The Power of Knowing What You Don’t Kn

A partir  do New York Times

SETE MITOS SOBRE A FELICIDADE

9/28/2017

Não existe um manual para ser feliz. Muitas vezes ficamos à mercê de certos pensamentos e crenças que acabam nos sabotando, sabia? Há mitos sobre a felicidade que, além de nada realistas, fazem com que a gente deixe de viver plenamente. Esperar que grandes mudanças encham nosso coração de uma satisfação plena e imutável é apenas uma entre várias ideias equivocadas que cercam o tema.

1. Se eu emagrecer, fizer uma cirurgia plástica, viajar para o exterior, comprar um carro e/ou mudar de casa, serei mais feliz

É uma ilusão atribuir a felicidade à conquista de algo, mesmo de uma transformação na aparência. Todas essas coisas nos deixam alegres e até proporcionam entusiasmo por algum tempo, mas, efetivamente, não têm o poder de fazer ninguém feliz. Segundo o psicólogo norte-americano Shawn Achor, autor de "O jeito Harvard de ser feliz" (Ed. Saraiva), primeiro precisamos ter uma atitude mental positiva para depois atingirmos as conquistas materiais e vibrarmos com elas. A felicidade não é algo externo a nós, como temos tendência a idealizar, e sim interna. É o que o senso comum chama de “estado de espírito”. Senti-la é uma escolha de nossa responsabilidade, o que acaba assustando - por isso tendemos a idealizá-la como algo externo. Depois que a boa sensação vivenciada com uma viagem ou com a compra de um carro se esvai, se a pessoa tem um vazio interior a tendência é criar novas crenças e expectativas para preenchê-lo. E mais: há quem perca anos da vida reformando uma casa ou economizando para viajar e acaba deixando de lado várias circunstâncias felizes ao longo do caminho. É preciso ter objetivos, sim, mas sem virar escravo deles.

2. Quando eu ganhar mais dinheiro, encontrarei a felicidade

Não há dúvida nenhuma que o dinheiro proporciona acesso a certas coisas. Pesquisas mostram que até mesmo um simples aumento no salário pode deixar a pessoa mais feliz. Porém, depois essa felicidade se estabiliza e, muitas vezes, até cai. Mais do que ter um saldo bancário recheado, é fundamental aprender a viver com o que se ganha e a manter os boletos pagos em dia. Dívidas, contas atrasadas, cartão de crédito estourado e extrato no vermelho afetam o bem-estar físico e emocional.

3. A maternidade realiza a mulher

Para uma parcela das mulheres, sim. A maternidade promove mudanças emocionais profundas que transformam a vida significativamente. Porém, não deve ser encarada como a única ou maior realização feminina. Para qualquer mulher se sentir feliz de verdade, é preciso haver um equilíbrio entre os diversos papéis desempenhados em sociedade: mãe, esposa, amiga, amante, profissional, filha, etc. Vale lembrar que depositar toda a capacidade de encontrar satisfação nos ombros de uma criança é um peso muito grande para o filho.

4. Quando eu me apaixonar, serei feliz

Não necessariamente, viu? A paixão proporciona alegria e entusiasmo, mas não traz felicidade. Na verdade, durante o ápice ela atrapalha a razão e leva as pessoas a fazerem coisas sem sentido e, dependendo da habilidade e estrutura emocional, a chegarem a limites extremos. Entretanto, quando a paixão entra na maturidade, aí, sim, vira amor e faz a pessoa feliz. Mesmo assim, é importante aprender a gostar de si primeiro antes de amar alguém. Nós é que devemos ser responsáveis por nossa própria felicidade, em vez de atribuí-la aos outros.

5. Não se deve ostentar a felicidade, pois isso atrai inveja e olho gordo

Reflita: ao evitar demonstrar sua felicidade, você consegue usufruir 100% dela? Qual a serventia de disfarçar algo que se manifesta em seu olhar, no sorriso, em seus gestos, na expressão facial? Será que esse tipo de crença toma conta de seus pensamentos porque, na verdade, é você quem se incomoda com o sucesso e o bem-estar alheio? E, portanto, projeta nos outros algo que pertence a você? Enfim, quem quer ser feliz precisa se libertar da preocupação limitadora com a opinião alheia.

6. Meu tempo feliz já passou

Você é da turma que acredita que não dá pra ser feliz depois de uma certa idade? Acha que o auge da sua existência foi a adolescência ou relembra com saudosismo e pesar os dias gloriosos da sua infância? Continuar a viver assim só vai limitar a sua rotina. Ser feliz é uma questão de escolha, portanto é possível criar um cotidiano produtivo e interessante em qualquer momento da vida. Se você está respirando,  o aqui e o agora é o momento certo.

7. Felicidade é encontrar o trabalho perfeito

Todo trabalho é perfeito até que o tempo prove o contrário. Quando vislumbramos a possibilidade de trocar de emprego, o próximo sempre parece muito melhor do que o anterior. O ambiente diferente, os colegas novos, os desafios e os benefícios extras formam um cenário atraente e promovem uma sensação de realização plena. No entanto, à medida que o tempo passa, o doce sabor da novidade se esvai e o peso da rotina se impõe, trazendo de volta a insatisfação e demais sentimentos negativos anteriores. Não é o trabalho que deve te fazer feliz, e sim você precisa se sentir o mais feliz que pode com o trabalho que tem. E mais: um emprego sozinho não torna ninguém feliz. É preciso se sentir bem em família, com os amigos, na própria pele etc., ou seja, buscar contentamento contínuo e em todas as esferas.

Fontes: Hebe de Camargo, psicóloga especialista em depressão e em psicologia com ênfase em comunicação, arte e educação, de São Paulo (SP); Heloísa Capelas, especialista em inteligência comportamental, consteladora familiar, autora dos livros "O mapa da felicidade" e "Perdão – A revolução que falta" (Ed. Gente) e diretora do Centro Hoffman no Brasil, em São Paulo (SP); master coach Paulo Vieira, pós-graduado em gestão de pessoas, master coach e autor dos livros "O poder da ação" e Fator de enriquecimento" (Ed. Gente), e Sabrina Gonzalez, psicóloga e psicoterapeuta, de São Paulo (SP)

A partir do UOL. Leia no original
Imagem : Pexels

CAMPANHA 'SETEMBRO AMARELO' É ATACADA EM REDE SOCIAL

9/11/2017


Sobre a difamação da campanha "Setembro Amarelo" (iniciativa do CVV), promovida por postagem (imagem com texto) de um dos administradores (G. Alves) da página do facebook denominada "Mentes Insanas", que anexo abaixo, esclareço o seguinte:

1º) Dias atrás, quando vi tal post compartilhado num dos grupos que frequento aqui no facebook, acessei a página "Mentes Insanas", e postei comentário criticando o mesmo. Crítica, como era de se esperar, totalmente ignorada pelos administradores da página;

2º) Denunciei ao Facebook a referida publicação, mas infelizmente o sistema de denúncia, que fica em link nos recursos da própria publicação (no topo da mesma, à direita), tem itens pré-selecionados pelo Facebook e vc não pode escrever nada. Não pode apresentar sequer uma palavra de argumento. Procurei tanto no Facebook, como no sistema de "buscas" do Google, um e-mail ou telefone do Facebook para solicitar providências, mas simplismente não existe. A Administração do Facebook é uma "entidade superior" a qual nenhum cidadão, mortal como qualquer um de nós, tem acesso - talvez apenas via processo judicial;

3°) Por fim, resolvi enviar mensagem aos administradores da página "Mentes Insanas", que colo abaixo:

DENUNCIEI AO FACEBOOK SUA PUBLICAÇÃO DE 06 DE SETEMBRO DE 2017, ÀS 20:00 HORAS, NA QUAL O SENHOR, USANDO PALAVRAS DE BAIXO CALÃO E ARGUMENTOS ESTAPAFÚRDIOS, PROMOVE A DIFAMAÇÃO DA CAMPANHA "SETEMBRO AMARELO".

Como não consigo enviar o texto com os fundamentos da minha denúncia para o Facebook, envio aqui para sua apreciação. Segue:

Quero denunciar esta publicação, pois é abusiva e o autor incorre em crime de difamação, pervisto no Código Penal Brasileiro, "Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.".

Cheguei a postar nos comentários da publicação o seguinte:
"Como não existe botão "dislike" no facebook, sou obrigado a comentar o post, que é uma pérola de "nonsence" (contrassenso). Seguindo esse linha torta de raciocínio, a campanha "Outubro Rosa" de prevenção ao câncer de mama, por exemplo, também é uma campanha hipócrita, feita por hipócritas, pois apenas quem já teve câncer de mama pode mensurar o sofrimento de ter tal doença, e pessoas com câncer de mama morrem durante todos os meses do ano.

O autor desse infeliz post, além de querer se passar por "porta voz dos suicidas" (linha 9: " ... mais um de nós acaba de cometer suicídio ..."), é um sujeito que se acha "o dono da verdade", pois tem a pretensão de julgar a subjetividade de centenas (talvez milhares) de pessoas que de boa fé se engajam, participam, apoiam ou de alguma forma se solidarizam com a campanha "Setembro Amarelo", de conscientização sobre a prevenção do suicídio, que, basta dizer, foi iniciada no Brasil, em 2014, pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), que é uma entidade sem fins lucrativos que atua gratuitamente na prevenção do suicídio desde 1962, respeitada não só no Brasil, mas em todo mundo. Quantas milhares de vidas já devem ter sido salvas pelos voluntários do CVV?

Sr. "G. Alves", pelas palavras de baixo calão que usou no post, e sobretudo pelos seus estapafúrdios argumentos para difamar e desmerecer uma campanha séria e edificante como a "Setembro Amarelo", pelo menos para mim, ficou bem fácil entender porque você mesmo colocou o nome da sua triste página do facebook de "Mentes Insanas".

Link da história da campanha "Setembro Amarelo" pode ser encontrado no site "setembroamarelo.org.br".
PS: "O sábio duvida com freqüência e altera sua mente; o tolo é obstinado e não duvida, ele sabe todas as coisas, menos sua própria ignorância." "

Infelizmente meu comentário foi ignorado pelo autor deste post criminoso, que é o administrador da página.

Solicito que a Administração do Facebook retire imediatamente o post e comunique ao administrador da página que ele não pode, sob hipótese nenhuma, difamar uma campanha como a "Setembro Amarelo", séria e de cunho humanitário, realizada pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), entidade sem fins lucrativos. Em razão de atuar há mais de meio século, milhares e milhares de vidas já devem ter sido salvas pelos seus voluntários.

Na hipótese da Administração do Facebook "fazer vista grossa" e se omitir do seu dever legal de impedir a continuidade dessa prática delituosa, na condição de advogado que sou, entrarei em contato com o CVV e gratuitamente irei oferecer os meus serviços para tomar as medidas legais cabíveis contra "o autor da página" e "a empresa Facebook", também fazendo uso dos meios de comunicação de massa para divulgar os fatos aqui narrados e a omissão da empresa no cumprimento da Lei.

Atenciosamente, Dom Campos (OAB/RJ nº XXXXX). Niterói, 08/09/2017.;

4º) A resposta que recebi do administrador da página "Mentes Insanas" foi uma palavra: "Que?". Não creio que caiba réplica, ou qualquer tipo de diálogo, pois tudo que tinha a dizer está contido na minha mensagem. Só a "má fé" justifica a publicação e uma resposta dessas aos meus questionamentos e pedido de retirada do post. Chamar os voluntários do CVV , bem como todas as pessoas que se engajam, participam, apoiam ou de alguma forma se solidarizam com a campanha "Setembro Amarelo" de "HIPÓCRITAS" é ultrapassar todos os limites. Um dos princípios mais básicos de respeito à Lei e a boa convivência entre as pessoas já diz: "A liberdade de um vai até onde começa o direito do outro";

5º) O pior de tudo é que a página "Mentes Insanas" dispõe de enorme visibilidade, com mais de 704 mil seguidores. E a publicação em questão, já apresenta 7.569 compartilhamentos e mais de 5 mil curtidas (em 10/09/2017, às 19 horas). 

Assim sendo, na minha opinião, o estrago causado pela publicação da página "Mentes Insanas" à séria e edificante Campanha "Setembro Amarelo" já está consumado. Mesmo que a publicação fosse retirada da página nesse exato momento, ela já se encontra espalhada por toda rede social. Um enorme desserviço à toda sociedade, e sobretudo as pessoas que trabalham com seriedade na prevenção do suicídio.

Isto me faz lembrar o conto "Penas ao Vento", que fala sobre a Maledicência (falar mal dos outros, fofocar) e suas consequências. Corta-se um travesseiro de penas com uma faca do alto de um prédio. As penas se espalharão por toda parte e depois será impossível recolhe-las. O mesmo ocorre quando se espalham calúnias e inverdades sobre alguém, ou como no caso, sobre uma Campanha séria e uma entidade sem fins lucrativos e acima de qualquer suspeita como o CVV (Centro de Valorização da Vida).

Agradeço a todos que tiveram a paciência de ler este meu extenso relato, cuja publicação me senti no dever moral de fazer.

Confessando-me perdido, sem saber agora que rumo tomar, cordialmente me despeço, Dom Campos, 10/09/2017.

A publicação na página "Mentes Insanas" você pode acessar clicando aqui.


VOCÊ NÃO PRECISA SER FELIZ TODO DIA

8/09/2017

Quem disse que o estado natural do ser humano é ser feliz? Aliás, você não desconfia daquelas pessoas que postam fotos com cara e legenda de "plenitude" todos os dias? Então, temos uma notícia libertadora: você não tem obrigação de se sentir feliz 24 horas por dia.

A professora do Departamento de Filosofia da Unifesp, Cecilia C. Cavaleiro de Macedo, fala que a ideia de felicidade foi supervalorizada pela sociedade moderna. Como efeito colateral, uma ditadura de felicidade, beleza e juventude começou a fazer parte da nossa cultura. Os avanços científicos até garantiram maior longevidade, métodos cirúrgicos apurados e remédios para amenizar as dores da alma. Todo avanço é positivo, mas a realidade é: continuamos envelhecendo, perdendo a beleza, a juventude, a saúde e, por mais difícil que seja encarar, continuamos morrendo.

“Isso leva as pessoas a acharem vergonhoso envelhecer, assim como não corresponder a determinados padrões de beleza, não ser bem-sucedido e admirado. Há uma crença disseminada, em parte pela indústria farmacêutica, em parte pelos meios de comunicação de massa, de que ser ou estar triste não é normal”, diz Cecília.

Insatisfação dá sentido à vida

Felicidade é uma palavrinha com sentido amplo, pessoal e intransferível. Nem mesmo os filósofos, que debatem o assunto há milênios, conseguiram definir. “A felicidade não é algo delimitado e compartilhado, que se pode experimentar, como a alegria. Ela é mais que isso, é um propósito, uma meta a ser atingida”, explica a professora Cecília. Para ela, felicidade deve ser entendida como uma constante busca, pois, se pudéssemos alcançá-la completamente, não teríamos mais razão para viver. É um objetivo que funciona como um motor nos levando sempre para a frente.

Portanto, esqueça a ideia de que a tradução de felicidade é o Instagram daquele ex-colega da escola. “A felicidade é relativa, porque está baseada na referência de cada um sobre o que é esse sentimento”, explica Bruno Gimenes, professor, palestrante e autor do livro “Propósito Inabalável” (Ed. Luz da Serra).

Saber se você é feliz depende do autoconhecimento, de uma observação profunda da própria vida. Segundo a jornalista e escritora Vera Golik, palestrante da área de autoestima, a felicidade pode ser medida pelos resultados alcançados no dia a dia e tem muito a ver com o quanto você se sente realizado. Também é bom entender que os altos e baixos sempre estarão por aí. Mas quem determina seus fatores de realização é você.

A sombra do estresse

Você já viu seu nível de ansiedade subir só de pensar se é feliz ou não? Pois saiba que não está só. Há um mito de que a felicidade plena existe e já foi atingida pelos outros. Porém, se mudarmos nosso olhar um pouquinho, veremos que essa busca não precisa ser fonte de estresse. “Não devemos buscar a felicidade em si, mas a nós mesmos. Encontre a sua missão de vida e a felicidade encontrará você. Felicidade é sintoma e consequência”, explica Bruno.

Pode chegar, dona tristeza

Já dizia Mario Quintana: "Quem nunca quis morrer, não sabe o que é viver”. Pode até parecer contraditório, mas dá para usar a tristeza de um jeito bem funcional. “Acredito que a dor (como um estado emocional de conflito ou tristeza) seja um dos mais poderosos instrumentos de evolução, desde que se esteja disposto a aprender com ela”, diz Bruno Gimenes.

Então, da próxima vez que a infelicidade bater à sua porta, é bom abrir. E andar um tempinho de mãos dadas com ela.

Algumas atitudes podem ajudar:
  • Fique um pouquinho na sua –diga não aos convites dos outros sem culpa– e pare para refletir sobre os seus sonhos. O que você deixou para trás?
  • Aproveite para se conhecer, vá fundo nas suas fraquezas e limitações. Só quando descobrimos o que incomoda, de verdade, podemos fazer algo a respeito.
  • Abrace o sentimento negativo e encare-o, para vasculhar as causas da deprê. Pode ter algo a ver com você, mas, também, com situações que sugam a energia de qualquer pessoa e que costumamos alimentar sem nem perceber.
  • Se estiver difícil demais, cerque-se de pessoas positivas, que possam inspirar você em novos caminhos.
  • Acredite no poder de transformar qualquer situação em uma oportunidade de crescimento. “Se usar as situações boas e ruins como etapas, sempre evoluindo, estará caminhando em direção à felicidade. Não uma felicidade estática, mas aquela representada pela busca constante de aprimoramento”, finaliza Vera Golik.
Gabriela Guimarães e Carolina Prado
A partir do Portal UOL. Leia no original
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CÉREBRO DÁ VALOR ESPECIAL A QUEM NOS FEZ RIR

8/01/2017
Ter oportunidades para rir ao longo do dia pode parecer um bônus, uma pausa bem-vinda no meio de um dia de afazeres. Mas um corpo crescente de evidências indicam que o que leva ao riso faz muito mais do que divertir: reduz o estresse, melhora a capacidade do corpo de combater infecções –e ainda promove laços afetivos entre todos os que compartilham a risada.

Um estudo finlandês recém publicado no "Journal of Neuroscience" mediu a liberação de opioides pelo cérebro de voluntários após estes terem passado 30 minutos assistindo com dois amigos próximos a uma compilação de cenas de comédia, e comparou o nível de opioides com aquele nos mesmos voluntários após 30 minutos de silêncio, sozinhos em um quarto.

Os opioides mais famosos são morfina e heroína, conhecidos pelas sensações de analgesia, relaxamento e prazer que causam –e que tão rapidamente levam ao vício, se intensos e frequentes demais. Se tais substâncias funcionam, no entanto, é justamente porque existem opioides internos, produzidos pelo próprio cérebro, e que provavelmente levam a efeitos semelhantes, ainda que mais brandos.

De fato, hoje se sabe que o efeito placebo, a melhora no bem-estar e redução da dor que acontecem só de se acreditar que se recebeu tratamento (quando o remédio na verdade era apenas água, farinha ou glóbulos de homeopatia sem qualquer princípio ativo), depende da capacidade do cérebro de produzir seus próprios opioides.

Ser acariciado ou abraçado por quem se gosta é uma maneira certeira de fazer o cérebro liberar seus próprios opioides –mas que só tem efeito sobre as duas pessoas envolvidas. Segundo o estudo finlandês, rir em grupo também funciona, e aparentemente surte efeitos no cérebro de todos os envolvidos: a liberação de opioides endógenos aumenta nas partes do cérebro que levam ao bem-estar e ao prazer, e junto com isso vêm não só sensações agradáveis de diversão como também de calma e paz interna. Quanto mais intensas as risadas, mais forte é a ativação do cérebro por seus próprios opioides –e mais intensas as sensações positivas.

De quebra, fica no cérebro um registro da associação entre a companhia do momento e o resultado prazeroso. E assim quem riu conosco, ou nos fez rir, ganha valor especial para nosso cérebro.

Não é à toa que gostamos tanto dos nossos amigos e parceiros bem-humorados, e preferimos sua companhia à de qualquer outra pessoa. Rir faz bem ao cérebro - e ele lembra com carinho especial de quem nos levou ao riso.

A partir da Folha de S.Paulo. Leia no original
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O QUE É DISTIMIA

5/24/2015

O que é Distimia?
Distimia é uma forma crônica de depressão, porém menos grave do que a forma mais conhecida da doença. Com a distimia, os sintomas de depressão podem durar um longo período de tempo - muitas vezes, dois anos ou mais.

O paciente com distimia pode perder o interesse nas atividades diárias normais, se sentir sem esperança, ter baixa produtividade, baixa autoestima e um sentimento geral de inadequação. As pessoas com distimia são consideradas excessivamente críticas, que estão constantemente reclamando e são incapazes de se divertir.

Só no Brasil existem cinco a 11 milhões de pessoas que sofrem desse mal, de acordo com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA).
Causas

A causa exata da distimia não é conhecida. A distimia pode ter causas semelhantes à depressão tradicional, incluindo:

Fatores bioquímicos: pessoas com distimia podem ter mudanças físicas em seus cérebros. O significado destas mudanças ainda é incerto, mas pode ser um caminho para buscar a causa
Fatores genéticos: a distimia parece ser mais comum em pessoas com grau sanguíneo de parentesco

Fatores ambientais: tal como acontece com a depressão, o ambiente pode contribuir para a distimia. As causas ambientais são situações da vida que são difíceis de lidar, como a perda de um ente querido, problemas financeiros ou um alto nível de estresse.

Fatores de risco

Certos fatores aumentam o risco de uma pessoa ter distimia. Veja:

  • Ter um parente de primeiro grau com distimia ou depressão
  • Eventos estressantes, como a perda de um ente querido ou problemas financeiros
  • Ser excessivamente dependente de aprovação e atenção das pessoas próximas.
  • Entre os pacientes que possuem algum transtorno mental, aproximadamente 36% apresentam sintomas depressivos leves e de longa duração – indicando um quadro de distimia. Dessa forma, é comum uma pessoa que tem um transtorno mental, como pânico ou fobia, desenvolver sintomas depressivos. É o que os psiquiatras chamam de "comorbidade", quando dois ou mais quadros psiquiátricos se associam num mesmo indivíduo.
Sintomas de Distimia

Os sintomas da distimia são os mesmos da depressão maior, mas em menor número e menos intensos. Os sinais podem incluir:

  • Tristeza ou humor deprimido na maior parte do dia, ou quase todos os dias
  • Perda de prazer nas atividades que antes eram agradáveis
  • Grande mudança em peso (ganho ou perda de mais de 5% do peso dentro de um mês)
  • Perda ou aumento do apetite
  • Insônia ou sono excessivo quase todos os dias
  • Inquietação
  • Fadiga ou perda de energia quase todos os dias
  • Sentimentos de desesperança, inutilidade ou culpa excessiva quase todos os dias
  • Problemas de concentração, que ocorrem quase todos os dias
  • Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, plano de suicídio ou tentativa de suicídio.
  • As pessoas com distimia também apresentam altas taxas de faltas no trabalho, comparáveis as taxas de abstenção pode cardiopatias – uma das causas mais comuns no mundo inteiro.

Em crianças, a distimia pode ocorrer juntamente com o TDAH, distúrbios de comportamento ou de aprendizagem, transtornos de ansiedade ou deficiências de desenvolvimento. Exemplos de sintomas distimia em crianças incluem:

  • Irritabilidade
  • Problemas de comportamento
  • Mau desempenho escolar
  • Atitude pessimista
  • Habilidades sociais pobres
  • Baixa autoestima.
  • Sintomas distimia geralmente vêm e vão ao longo de um período de anos, e sua intensidade pode mudar ao longo do tempo. Quando a distimia começa antes dos 21 de idade, ele é chamada de distimia de início precoce. Quando começa depois disso, ele é chamada de distimia de início tardio.

Buscando ajuda médica

É perfeitamente normal sentir-se triste, chateado ou infeliz com situações estressantes da vida. Contudo, pessoas com distimia experimentam essas sensações constantemente durante por anos. Isso pode interferir nos relacionamentos, trabalho e atividades diárias.

Se você apresenta os sintomas de distimia e acredita que isso esteja atrapalhando duas atividades e modo de vida, busque ajuda. Se não tratada efetivamente, a distimia geralmente progride para depressão. Você pode buscar ajuda com profissionais de saúde mental (psicólogos, psiquiatras) ou procurar alguém próximo que pode ser capaz de ajudar, como um amigo, parente, professor, líder religioso ou alguém que você confia.

Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar distimia são:

Psicólogo
Psiquiatra

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

Quando os sintomas começaram?
Sua vida é afetada por seus sintomas?
O que você tentou para se sentir melhor?
Que coisas fazem você se sentir pior?
Você tem algum parente tinha distimia, depressão ou outra doença mental?
O que você espera ganhar com o tratamento?

Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para distimia, algumas perguntas básicas incluem:

É possível tratar a distimia por conta própria?
Como a distimia é tratada?
Psicoterapia pode ajudar?
Existem medicamentos que podem ajudar?
Por quanto tempo seria necessário tomar a medicação?
O que eu posso fazer para me ajudar?
Você teria algum material impresso que eu posso levar comigo? Quais sites você recomenda?
Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

Diagnóstico de Distimia

O diagnóstico é baseado nos sintomas da pessoa. No caso de distimia, esses sintomas devem estar presentes por um longo período de tempo e ser menos grave do que nos pacientes com depressão.

O médico ou médico vai querer ter certeza de que os sintomas não são o resultado de uma condição física, como hipotireoidismo. Dessa forma, podem ser pedidos alguns exames de sangue e imagem para descartar outras possibilidades.

Será feita então uma análise psicológica completa, incluindo uma discussão com profissional da área de psicologia ou psiquiatria sobre os seus problemas, sentimentos e comportamento geral. Pode ser que você precise responder um questionário que ajuda no diagnóstico.

Tratamento de Distimia

Os dois principais tratamentos para a distimia são medicamentos e psicoterapia. Os medicamentos parecem ser mais eficazes no tratamento de distimia quando combinados com a psicoterapia.

Qual o tratamento se aproxima do seu quadro irá depender de fatores como:
  • Gravidade dos sintomas
  • O desejo do paciente de resolver questões emocionais ou situacionais que afetam sua vida
  • Preferências pessoais do paciente
  • Métodos de tratamento anteriores
  • Capacidade de tolerar medicamentos
  • Outros problemas emocionais que podem ocorrer junto com a distimia.
  • Medicamentos para distimia


Tipos de antidepressivos mais comumente usados para tratar a distimia incluem:
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRIs)
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (ISRSN ou SNRI)
Antidepressivos tricíclicos
Quando se tem distimia, é necessário fazer acompanhamento médico e, se necessário, tomar antidepressivos para manter os sintomas sob controle.

Psicoterapia para distimia

A psicoterapia pode ajudá-lo a aprender sobre a sua condição e seu humor, sentimentos, pensamentos e comportamentos. Usando as ideias e conhecimentos que você adquire na psicoterapia, é possível aprender habilidades de enfrentamento saudáveis e gestão de estresse. A psicoterapia também pode ajudá-lo a:
Aprender a tomar decisões
Reduzir padrões de comportamento autodestrutivo, como a negatividade, a desesperança e a falta de assertividade
Melhorar a sua capacidade de funcionar em situações sociais e interpessoais de trabalho.
Você e seu terapeuta podem discutir que tipo de terapia é ideal, os objetivos do tratamento e outras questões, como a duração do tratamento.

Convivendo/ Prognóstico

A distimia não é uma doença que você pode tratar por conta própria. Mas, além de tratamento profissional, você pode tomar estes passos:
  • Siga o tratamento à risca. Mesmo que você sinta desmotivação, não deixe de tomar os medicamentos e frequentar a terapia
  • Aprenda mais sobre sua condição. Busque sites com informações sobre distimia e encontre pessoas que também convivem com a doença. Isso pode te ajudar a entender o que é normal do tratamento e como passar pelas dificuldades
  • Preste atenção aos sinais de alerta. Entenda o que desencadeia os sintomas de distimia e quanto é preciso ficar alerta para recaídas
  • Mantenha-se ativo. Pratique exercícios ou outras atividades que te façam bem, como jardinagem e leitura
  • Evite drogas e álcool.
  • Complicações possíveis

Não é incomum para uma pessoa com distimia também experimentar um episódio de depressão ao mesmo tempo. Isso é chamado de depressão dupla. É por isso que é tão importante procurar um diagnóstico médico precoce e preciso. O médico ou médica pode então recomendar o tratamento mais eficaz.

Prevenção

Não há nenhuma maneira de evitar a distimia. Entretanto, estratégias podem ajudar a afastar os sintomas de distimia precocemente:
  • Controle o estresse
  • Peça ajuda de sua família e amigos, principalmente nos momentos de crise
  • Obtenha tratamento ao primeiro sinal de problema.

A partir de Minha Vida. Leia no original
Fontes e referências
Revisado por: Fábio Roesler, psicólogo e Neuropsicólogo da Clínica de Cefaleia e Neurologia "Dr Edgard Raffaeli"
Havard Health Publications
 
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