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TRISTEZA, DEPRESSÃO E SEXO

11/14/2012
Depressão é uma palavra muito utilizada e abusada, sendo demasiadas vezes usada de forma pouco cuidada. Assim, torna-se difícil sabermos se alguém à nossa volta (ou até mesmo nós) está com uma depressão, ou se está apenas triste. Estar triste não é o mesmo que estar deprimido, pois a tristeza constitui a resposta normal e temporária às desilusões, às perdas e às crises em geral. Por sua vez, a depressão é um sentimento patológico de tristeza com critérios de diagnósticos precisos e definidos.

Um dos principais sintomas da depressão é a falta de interesse em diversos aspetos da vida, podendo incluir o sexo, o desinteresse pela sua saúde, pela aparência e pela conjugalidade, resultando numa perda de intimidade.

A depressão pode ser uma batalha difícil de vencer, mas com o tratamento e os cuidados adequados, é possível sair da mesma fortalecido(a) e em direção à felicidade. Contribui para a evolução do caso, as saídas com familiares e amigos, estar atento às datas das sessões de psicoterapia, bem como exercício físico e muito diálogo. Também o sexo pode ser bastante importante na recuperação de uma depressão, graças às endorfinas que inundam o cérebro durante um orgasmo.

Contudo, pela confusão que podem gerar, merece ser lançado um alerta sobre os, tão frequentes, casamentos por hábito e não por amor. O perigo é que a realidade de ser apenas mãe, e não ser mulher, não realiza ninguém. Tome-se como exemplo as depressões, a porção de ansiolíticos e antidepressivos que estas mulheres ingerem, as neuroses que desencadeiam e as doenças físicas que as afligem. E, claro, o peso e o desconforto que esta dependência afectiva vai exercer sobre os filhos.

Mas a (triste) realidade é que pela carga social, as pessoas prolongam relações que já não fazem sentido em termos pessoais, mas que o fazem em termos sociais e até financeiros, aumentando a sua tristeza e a dos outros.

Assim, se por um lado a tristeza, ou em situações mais graves a depressão, pode "derrotar" o sexo, também por outro lado, o sexo contribui para "derrotar" a tristeza ou a depressão. Depende (e muito) das bases que sustentam a relação conjugal.

A partir da Revista Festa. Leia no original

FELICIDADE: EXERCÍCIOS E SEXO COMO ALIADOS

10/27/2010
A importância dos exercícios físicos e do sexo, aliados poderosos do esforço mental na busca pela felicidade

Contrariando pesquisas passadas, um recente estudo da Universidade VU, de Amsterdã (Holanda), concluiu que não há relação de causa e efeito entre praticar exercícios físicos e obter alívio nos sintomas da depressão. O que ocorre, dizem os holandeses, é que quem não gosta de praticar exercícios tende a ser mais depressivo.

Porém isso não quer dizer que a atividade física não seja recomendada para a saúde mental. Pelo contrário. Exercícios liberam o neurotransmissor endorfina no cérebro. A substância melhora a memória, o humor, faz bem para os sistemas imunológico e circulatório, diminui o risco de doenças da próstata no homem e combate os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento das células.

Além disso, segundo o psiquiatra Hermano Tavares, há o benefício psicológico em obter um retorno causado pelo esforço corporal. "A atividade ainda promove a regulação dos hormônios do estresse", afirma. Tavares coordenou um estudo com dependentes químicos atendidos pelo ambulatório em que trabalha no Hospital das Clínicas de São Paulo, no qual os voluntários passavam por sessões semanais de caminhada ou corrida. A maioria conseguiu reduzir a fissura causada pelo vício.

Por falar em cuidados com o corpo, onde entra a aparência na equação da felicidade? Cuidar de si mesmo é importante, claro. Mas, assim como o dinheiro, a beleza pode trazer somente uma felicidade temporária. Neste ponto voltamos à tal "adaptação hedonista", citada no início da reportagem. Ela ocorre quando nos acostumamos com uma determinada fonte de prazer, seja ela um bem material ou uma cirurgia plástica, ao ponto em que ela deixa de proporcionar satisfação.

Foi o que aconteceu com Denise, também entrevistada pela psicóloga Sonja Lyubomirsky. Aos 40 anos, mãe de três crianças, estressada, fora de forma e com a pele castigada pelo sol, sentia-se muito mais velha do que dizia sua identidade. Um belo dia, Denise foi selecionada para o "Extreme Makeover", programa de TV que transforma radicalmente a aparência dos participantes. Após 12 horas de cirurgia, que incluiu lifting facial, rinoplastia, lipoaspiração e tratamento com laser, seu rosto ficou novo. Sentia-se mais jovem e tão bonita como uma "estrela de cinema" com a atenção que passou a receber da família, dos amigos e da mídia. Cogitou deixar o marido para iniciar uma nova vida. Um ano depois, a euforia baixou. Denise confidenciou à psicóloga que, apesar de ser ótimo ter menos rugas, a plástica não se traduziu em verdadeira felicidade.

Qualquer tipo de atividade física (incluindo a sexual) libera endorfina, que melhora a memória, o humor e os sistemas imune, cardiológico e circulatório
Malhação da mente

Bem, se você já se convenceu de que ser bonito é bacana, mas não é tudo, está na hora de passar para a última parte dessa etapa: o treino mental, mais precisamente por meio de meditação ou outras atividades introspectivas. "Estudos mostram que a prática regular de meditação pode promover uma alteração da fisiologia do cérebro provavelmente associada ao bem-estar, durante e depois da atividade", diz Tavares.

De acordo com o autor de best sellers de auto-ajuda Deepak Chopra, médico indiano radicado nos EUA, o exercício mental da meditação pode ajudar a aliviar o incômodo causado por questões existenciais como "quem sou eu?" e "para onde vou?". Conhecido por fazer uma ponte entre ensinamentos milenares hindus e conceitos avançados da ciência ocidental, Chopra acredita que a felicidade duradoura vem do reconhecimento daquilo que temos de eterno por sermos manifestações de uma consciência universal. Logo, não teríamos início nem fim. Você não precisa acreditar nisso, mas esse pode ser um ponto de partida para suas reflexões.

Richard Davidson, autor do estudo com monges budistas cujos cérebros foram monitorados, também gosta de fazer essa ponte. "Na cultura ocidental não levamos nossas mentes tão a sério quanto em outras. Creio que a mente emocional não deve ser tratada de forma diferente do que qualquer outro componente do corpo", diz Davidson.

E essa mente emocional está ligada ao circuito do bem-estar no cérebro. Um dos grandes marcos nos estudos da felicidade aconteceu em 1950, quando os psicólogos americanos James Olds e Peter Milner descobriram os "centros de prazer" do cérebro. Esse mecanismo está ligado a um processo chamado "sistema de recompensa". Nele, determinadas ações geram como resposta uma sensação de prazer imediato. "Esse sistema é tão bom que pode ser ruim", diz a neurocientista Silvia Helena Cardoso. Segundo ela, o problema está na ligação entre ele e todos os tipos de dependência, das drogas às compras ou o jogo compulsivo. Mas é preciso lembrar que ele está ligado à alimentação, ao sono e à atividade sexual, ações fundamentais para nossa sobrevivência como indivíduos e como espécie.

Além disso, o sexo também estimula a produção de endorfinas e todas as conseqüências benéficas acima citadas. Exatamente por isso a falta de prazer (e de felicidade) na cama é um alerta. Além das disfunções serem um enorme problema do ponto de vista das relações e da saúde mental, elas podem ser um sinal de que há outros perigos para a saúde do indivíduo, como as doenças cardíacas. Em suma, o sexo "dá liga" nos relacionamentos, promove a intimidade e a sensação de conexão com outro ser humano. Felicidade pura.

MÃOS À OBRA
  • Lembre-se da conexão entre mente e corpo. O que fazemos - ou deixamos de fazer - por um influencia o outro
  • Se você é sedentário, comece devagar. Uma caminhada diária de 20 minutos já ajuda a melhorar o humor
  • Sono adequado e hábitos alimentares saudáveis também são fundamentais
  • Se começar a meditar, seja formal: estabeleça horários e um lugar (tranqüilo) específico
  • Comece a prática respirando profunda e lentamente. Procure sentir todas as partes do corpo. Depois, tente focar seus pensamentos em um tópico específico, como um problema que está enfrentando
  • Lembre-se que a meditação não precisa necessariamente estar ligada à religião budista ou qualquer outra
  • Procure ter uma vida sexual saudável e prazerosa - para você e seu(sua)

Juliana Tiraboschi
Imagem: por sinabeet (Flickr)

AMOR GAY : MEDO FRUSTRAÇÕES E SUICÍDIO

12/01/2009
"Amei (amo) muito uma pessoa , mais ela se foi não sei onde esta. Às vezes meu coração sente tanta falta que parece que vai explodir. Sei que ainda vamos ser felizes juntos, mais a falta de paciência me agonia, já faz quase três anos, já tentei outras pessoas, mas não consigo... O nome dele e S., ele é de fortaleza e eu também... Tudo se torna complicado, porque sou gay (ele também ), mas tem medo da familia. Daí me deixou ... Nunca mais o vi... (Anônimo - Comentário à postagem "Minha alma gêmea foge de mim")

O amor entre iguais não é um tema abordado explicitamente no "Amor de Almas", simplesmente pelo fato de que tratamos de um único sentimento (o Amor) e este não conhece os limites das convenções e do preconceito. Mas fatos recentes e a postagem emocionada de uma amiga, no Angel Blog, me fez retornar ao assunto. E foi justamente nos comentários que colhi o gancho para falar disso, mas acabei sendo levado ao blog de Hermano Barrios, onde ele próprio conta, com palavras que não seria capaz de usar tão bem, o drama e o desconforto de quem vive esta opção sexual. Decidi, então, reproduzir seu texto exemplar.

* * *

Infelizmente ontem mais um conhecido meu tirou sua própria vida. Comecei a pensar nas pessoas que conheço que cometeram suicídio e notei que todas tinham algo em comum, ERAM GAYS. Isso me fez pensar, gays são mais infelizes?

As pesquisas indicam que sim.

As possibilidades de tentar terminar com sua vida são treze vezes maiores para os homossexuais que para o restante da população de sua mesma idade e condição social.

Em um ano, 906 garotos vão preferir morrer a continuar sofrendo humilhação. 150 garotas vão escolher desaparecer a ter de lutar pelo direito de amar quem elas quiserem. Mil e cinquenta e seis ao todo.

Quanto de talento não estamos perdendo a cada ano?
Quantos artistas, escritores, músicos, arquitetos, médicos, engenheiros, designers, advogados, professoras?

Quem sabe o que eles poderiam trazer de benefícios para a humanidade?

Em estudo lançado pelo departamento de Medicina Preventiva e Social da Unicamp atestou que a principal causa de suicídio entre jovens gays se relaciona com frustrações no âmbito familiar e afetivo.

Quando um pai ou uma mãe diz "Se você continuar com essa viadagem, você pra mim morreu," e o jovem sabe que NÃO PODE MUDAR ISSO?

Machuca, né? Não só o fato da família julgar, mas até mesmo amigos e meros desconhecidos no meio da rua.

Uma das conclusões que cheguei após uma longa reflexão e pesquisa é que isso é um assassinato social. A pessoa acaba tirando sua própria vida por causa dos outros. Isso é tão errado.

Imagine estes MIL E CINQUENTA E SEIS que vão morrer este ano, se tivessem a chance de pensar um pouco mais de tempo, de serem ajudados, de ver que a culpa não é deles, e sim da sociedade. Gente, são mais de mil vidas!

Mais de mil famílias sofrendo a cada aniversário, a cada Natal, a cada lembrança... Fora os amigos...

Tem solução?

Assumir para as pessoas da sua vida a sua orientação sexual e parar de sofrer em silêncio talvez seja uma das soluções. Sou da teoria de que se todos os gays saíssem do armário, não existiria mais homofobia. Porque se tornaria algo "normal" ser gay. Ainda não entendo porque as pessoas se preocupam tanto com a sexualidade dos outros. Deixem as pessoas em paz!

Uma palavra basta: RESPEITO.

Que tal buscar conhecer um pouco mais sobre o que é ser gay ou ser lésbica (ou até ser travesti ou transexual) em vez de recriminar o que desconhece, por puro susto?

Se você é religioso, que tal procurar saber o que realmente a Bíblia diz sobre a homossexualidade antes de sair repetindo as besteiras pregadas por pastores e padres que mal leram as escrituras?

Caso contrário, a próxima vez que você disser que prefere ter um filho morto a ter um filho gay, seu pedido pode se tornar realidade.

Abaixo, vídeo de um menino que sofria bullying na escola e se suicidou, reportagem do "Profissão Repórter".




* * *

A seguir o comentário de outra blogueira, Manuela Medeiros, que foi o que na verdade me levou a conhecer a página de Hermano Barrios (veja no original).

"por isso amo tanto a minha mãe. ela não consegue ainda lidar com o fato de eu ser gay e eu também não fico tentando empurrar isso goela abaixo. eu respeito a dificuldade dela porque ela foi criada em outros tempos e ela respeita minha escolha, porque ela sabe que eu gosto simplesmente de ... PESSOAS.
ela nunca me humilhou, nunca me bateu e jamais diria ou ousaria pensar que prefere que eu morra do que seja gay.
minha mãe é muito linda, tão linda de coração que só de falar dela as lágrimas veem.
desejo que os pais e mães dos homossexuais tenham por seus filhos o amor que minha mãe tem por mim: incondicional, acima de preconceitos e valores distorcidos impostos pela sociedade e igreja.
parabéns pelo texto e meus sentimentos por seu amigo.
um beijo".

Imagem: Made Underground (Flickr)
 
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