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DOIS DIAS, UMA NOITE : O DRAMA DO DESEMPREGO

3/15/2015
A obra dos irmãos Dardenne apresenta Sandra, um mulher que não quer perder o emprego e precisa agir


Sandra é um mulher comum, com uma vida simples e que acaba de sair de uma depressão. Ao voltar ao trabalho, local do qual foi afastada para tratar da doença, a protagonista se depara com uma questão inesperada e extremamente fria: os funcionários precisam abrir mão dos próprios bônus salariais para que Sandra volte a receber como funcionária da empresa. O problema é que ninguém está disposto a deixar de lado o dinheiro envolvido para que ela possa voltar como antes à rotina de trabalho.

Essa é a trama que move o filme Dois Dias, uma noite, dos irmãos consagrados Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne. A protagonista ganha vida com a interpretação da francesa Marion Cotillard, cuja interpretação foi muito bem elogiada pela crítica e fez do filme sutil e simples, uma obra cheia de sensibilidade.

O nome do longa-metragem remete exatamente ao tempo que Sandra tem para convencer os funcionários de que precisa que eles abdiquem do bônus para que ela possa voltar ao trabalho. São horas angustiantes da protagonista em busca de argumentos e razões que justifiquem sua necessidade de voltar ao emprego. 

Imersa em um cenário onde não é benquista, os diretores apresentam Sandra ao público como uma mulher distante, calada, pensativa. Uma mulher que passou por uma depressão e, logo no momento de recuperação, precisa lidar com a rejeição dos colegas de trabalho. O filme, aliás, apresenta a depressão com muito cuidado, sem empregar o caráter emocional, apenas apresentando como um diagnóstico sério. 

Em meio à saga pessoal e pressão psicológica da protagonista, surge o personagem que será seu antagonista, o homem que incita os outros funcionários a não ajudarem Sandra, contribuindo ainda mais para o desespero interno da mulher. Ao mesmo tempo em que é muito pessoal, o filme aborda temáticas contemporâneas como a crise econômica, a sede por dinheiro e o egoísmo presente na organização social. 

A partir de Século Diário. Leia no original

TEMPO DIFERE PARA QUEM TEM DEPRESSÃO

3/15/2015

Se tem um prazo para cumprir, é provável que tenha a sensação de que o tempo voa. Já para quem sofre de depressão, o tempo não passa. É o que descobriu uma equipa de investigadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Mainz, na Alemanha.



O grupo analisou os resultados de 16 estudos que contaram, ao todo, com 433 indivíduos deprimidos e 485 sem a doença. A pesquisa confirmou o que psicólogos e psiquiatras já ouviam muito das vítimas de depressão: para eles, o tempo parece passar em câmara lenta.

Em termos objetivos, porém, a percepção deles é igual a dos outros – ao julgarem a duração de um intervalo entre dois sons, ou estimarem quanto dura um filme, eles são tão precisos quanto pessoas saudáveis.

Os pesquisadores também identificaram vários aspectos da relação entre depressão e percepção do tempo que ainda não foram estudados de forma adequada. Não se sabe, por exemplo, qual o efeito dos remédios e da psicoterapia sobre isso, nem se há diferença para pacientes com depressão bipolar.

A partir do Diário Digital. Leia no original

SUICÍDIOS NO JAPÃO RECUAM, MAS ÍNDICE AINDA É UM DOS MAIS ALTOS NO MUNDO

3/13/2015

A Agência Nacional de Polícia (ANP) do Japão informou nesta quinta-feira (12) que o número de suicídios registrados no país em 2014 recuou 6,8% em relação ao ano anterior, para 25.427, marcando o quinto ano consecutivo de descenso. O nível, no entanto, ainda é um dos mais altos entre os países desenvolvidos se comparado com o volume total de sua população.

O dado coloca em relevo os esforços das autoridades japoneses para reduzir o número de suicídios que, além disso, se situou pelo terceiro ano consecutivo abaixo dos 30 mil. A metade dos casos registrados em 2014 foram atribuídos pela polícia a “problemas mentais ou doenças”.

O número de suicídios no Japão esteve abaixo dos 26 mil entre 1978 – quando as autoridades começaram a colher dados – e 1997, mas a partir daí ultrapassou os 30 mil durante 14 anos consecutivos.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Japão, um país com cerca de 126 milhões de habitantes, está entre os 10 com a taxa de suicídio mais elevadas, o que significa que há 20,7 suicídios ao ano por cada 100 mil japoneses. Além disso, a terceira economia do mundo é, depois da vizinha Coreia do Sul, o segundo membro com maior taxa dos membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Das 47 Prefeituras do Japão, Tóquio, a mais povoada do país, foi de novo a que teve o maior número de mortes deste tipo, registrando 2,636 suicídios. Enquanto a província de Fukushima, gravemente afetada pelo terremoto e tsunami de há quatro anos e a crise nuclear resultante, registrou 0,9% menos mortes provocadas que em 2013, embora voltou a superar os mil (teve 1.083) e foi a nona prefeitura por volume de suicídios.

A Agência Nacional de Polícia publicou também dados sobre suicídios cujas causas e motivos considera ligados ao “impacto direto” do tsunami e do acidente nuclear. Em 2014, a polícia japonesa teve registro de 22 falecimentos deste tipo, 42% a menos que no ano anterior e 60% a menos que no ano da catástrofe.

Segundo os últimos dados relacionados com o desastre nuclear, de cujo explosão completou quatro anos na quarta-feira, mais de 70 mil pessoas que viviam junto à usina de Fukushima seguem sem poder retornar a suas casas pelos altos índices de radiação.

A partir de Mundo Nipo. Leia no original

SUS TERÁ REMÉDIOS PARA TRANSTORNO BIPOLAR

3/11/2015

Medicamentos serão oferecidos na rede pública a 271 mil pessoas. Principal complicação da doença mental é o suicídio.



Ministério da Saúde decidiu incorporar cinco medicamentos para tratar brasileiros que sofrem de transtorno afetivo bipolar (TAB) ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A doença é caracterizada por alterações no humor que se manifestam como episódios de mania, hipomania e depressão.

Segundo portaria divulgada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial da União, os medicamentos clozapina, lamotrigina, olanzapina, quetiapina e risperidona serão oferecidos a 271 mil pessoas em tratamento no país.

A decisão foi tomada após relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, responsável por realizar consulta pública sobre o tema.
De acordo com o documento, o gasto com os remédios ainda este ano deve variar entre R$ 89,3 milhões, considerando a menor dose, e R$ 176,2 milhões, considerado a maior dose.

O tratamento para TAB depende da apresentação da doença e consiste em monoterapia ou terapia combinada com lítio, anticonvulsivos, antipsicóticos ou antidepressivos. A principal complicação da doença é o suicídio.

Levantamento feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a doença mental está entre as dez que mais afastam os brasileiros do trabalho. Ocupa o terceiro lugar na lista, depois da depressão e da esquizofrenia.

COMUNIDADE QM MUDARÁ PARA O FACEBOOK

3/10/2015


Como todos sabem, a Comunidade QM é um projeto sem fins lucrativos, criada com o objetivo de discutir a vida e a morte, representando um fórum para a troca de experiências e depoimentos.

Em todos esses anos a rede não esteve vinculada a qualquer entidade pública ou privada e nossa página é mantida por voluntários. Todavia, a veiculação de anúncios e mesmo os pedidos de doações se mostraram insuficientes para fazer frente às nossas despesas de manutenção.

Com isto, o pagamento de hospedagem, domínio, equipamentos e prestadores de serviço foi feito, até agora, por um restrito grupo de fundadores que não se vê mais em condições de arcar com tais compromissos. 

Até o momento, contamos com cerca de 3.000 membros cadastrados neste espaço colaborativo, no qual todos opinam, questionam e interagem, em qualquer dia e a qualquer hora. 

Mas as dificuldades nos obrigaram a mudar. E o caminho que se apresentou como mais viável para preservar nossas relações de amizade foi criar um GRUPO RESTRITO (FECHADO) no Facebook, que já está operando no endereço abaixo e que, a partir de abril, substituirá a nossa rede no Ning (www.queromorrer.ning.com).

Esta mensagem é, portanto, para informá-lo que, infelizmente, a Comunidade QM deixará de existir como a conhecemos. Mas todos que desejarem estão convidados e poderão transferir seus arquivos e textos para nossa página na rede social

O prazo limite será dia 31 de março e, a partir de abril, nos encontraremos apenas neste blog e no endereço abaixo:


Clique, conheça e peça sua inclusão.

FACEBOOK : FERRAMENTA AJUDARÁ A PREVENIR SUICÍDIOS

3/03/2015

A novidade foi publicada na página "Facebook Safety". Esta nova função surgiu graças a união entre a rede social e organizações de saúde mental dos Estados Unidos.

Nova ferramenta do Facebook deve ajudar na prevenção de suicídios
Após lançar a função Herdeiro, o Facebook vai cria uma nova ferramenta para ajudar pessoas que passam por um momento difícil. O serviço permite que amigos identifiquem uma postagem suicída e "denunciem" o comportamento para a rede social. Se o caso for sério, o site entra em contato com o usuário deprimido e sugere para ele um tratamento com especialista.

A novidade vai surgir graças à união do Facebook com organizações de saúde mental norte americana, como Forefront, Now Matters Now, the National Suicide Prevention Lifeline, Save.org e outras. Estas companhias possuem experiência com pessoas deprimidas. O usuário que estiver abalado será encorajado a entrar em contato com uma dessas organizações ou com outras pessoas que já tentaram se matar.

O Facebook também quer dar assistência para o amigo da pessoa deprimida. Por isso, quando um usuário indicar ao site sobre o colega abalado, receberá a sugestão de contactá-lo, mostrando que se importa com ele.

O novo recurso deve chegar nos Estados Unidos primeiro. Porém o Facebook, que comprou o Whatsapp em 2014, afirmou que está trabalhando para ajudar aqueles que moram em outros países. Por isso a rede social quer ajudar pessoas que precisam de ajuda. Quem precisar de ajuda no Brasil pode ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV).

ROTEIRISTA CONFESSA TENTATIVA DE SUICÍDO

2/23/2015
Graham Moore
Vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado por "O Jogo da Imitação", o escritor Graham Moore fez, ao receber a estatueta, um dos discursos mais pessoais da história da premiação ao falar que tentou cometer suicídio quando era adolescente. O escritor transformou o livro Alan Turing: The Enigma, de Andrew Hodges (ainda sem tradução no Brasil) no roteiro para o filme O Jogo da Imitação.

"Eu tentei cometer suicídio quando tinha 16 anos e agora estou aqui", ele revelou. "Eu gostaria de dedicar este momento para aquele garoto que sente como se não se encaixasse em lugar nenhum. Você se encaixa. Continue estranho. Continue diferente, e depois, quando chegar a sua hora de estar neste palco, por favor, passe a mesma mensagem adiante."

Depois da cerimônia, Moore falou com a imprensa nos bastidores da premiação sobre o seu discurso. "Foi realmente difícil", ele admitiu. "Eu não sei. Sou um escritor, quando eu estaria de novo na televisão? Eram os 45 segundos que eu tinha na minha vida para aparecer na televisão e dizer algo, então achei que deveria fazer um bom uso disso e dizer algo significante." Ele garantiu que a sua família lhe deu muito suporte enquanto ele enfrentava depressão. 

Alan Turing foi um matemático britânico, unanimemente considerado um dos gênios da era moderna. Seu trabalho estabeleceu a fundação para a criação dos computadores; durante a Segunda Guerra Mundial, ele conseguiu decifrar os códigos que os alemães usavam para criptografar suas mensagens, fato que se tornou um trunfo durante o conflito. Homossexual, em 1952 foi condenado a se submeter a um programa de castração química pelo governo britânico – a homossexualidade na época era crime. Turing suicidou-se em 1954, tomando cianeto. Em 2013 o cientista recebeu perdão póstumo da rainha Elizabeth II.

Ao receber o prêmio da Academia, Moore aproveitou a história de Turing para contar fatos pessoais e enviar uma mensagem de esperança:

Então, é o seguinte. Alan Turing nunca pôde subir num palco como esse e olhar para todos esses rostos desconcertantemente lindos, e eu posso. E essa é a coisa mais injusta que eu já ouvi. Quando eu tinha 16 anos, eu tentei me matar porque eu me sentia esquisito e me sentia diferente e sentia que não pertencia a lugar nenhum. E agora que eu estou aqui eu gostaria de dedicar esse momento aos jovens por aí que sentem que são estranhos ou diferentes ou que não se encaixam – sim, vocês se encaixam. Eu prometo. Permaneçam estranhos, permaneçam diferentes, e quando chegar a sua vez, e vocês estiverem sobre esse palco, transmitam essa mensagem para as pessoas que virão depois de vocês.

Depois de vencer o prêmio, Moore falou com a revista Advocate sobre a responsabilidade que sentia ao escrever o roteiro sobre a história de Alan Turing: “Alan foi alguém que foi tão maltratado pela história. Ele foi alguém que, por ser gay, foi perseguido pelo governo cuja existência manteve. Então eu sempre senti que nós precisávamos de um filme que ajudasse a espalhar seu legado, e o celebrasse, e o levasse um novo público que de outra maneira não seria exposto a este homem porque a história o tratou tão miseravelmente.”

Graham Moore se declara heterossexual, mas isso não o impediu de usar seu momento perante as câmeras do mundo todo para enviar uma mensagem de apoio a todos que se sentem deslocados e desesperançados, seja qual for o motivo. A empatia não precisa ser limitada pela orientação sexual.
 
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