PEÇA FALA DO LADO RISÍVEL DA MORTE

Em 2006, em plena Copa do Mundo da Alemanha, morria vítima de um ataque cardíaco o Sr. Cláudio Besserman Vianna, 43 anos, o "Bussunda" do programa "Casseta e Planeta". Embora pareça uma piada mórbida e de mau gosto sobre um acontecimento trágico, os próprios "cassetas" previram ou brincaram com uma fictícia morte do humorista anos antes, em março de 2003. À época, repercutindo um boato que circulou no Rio de Janeiro, os integrantes do grupo divulgaram a seguinte nota no site oficial : "Agora é oficial: o humorista Bussunda está morto! E só não foi enterrado ainda porque é espada e ainda não conseguiram um caixão que se adequasse ao seu tamanho avantajado!"

A "piada" saiu do ar e no dia do enterro de "Bussunda" o jornalista Pedro Bial fez uma crônica sobre a partida "sem graça" do colega. Dizia ele que "A morte por si só, é uma piada pronta. A morte é ridícula. Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário.Tem planos para semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório... Colocar gasolina no carro e no meio da tarde... MORRE. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu? O livro que ficou pela metade? O telefonema que você prometeu dar a tardinha para um cliente?Não sei de onde tiraram esta idéia: MORRER..."

E continua mais adiante : "A troco de que? Morrer é um chiste. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas... Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas... A apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. Logo você que dizia: das minhas coisas cuido eu".

Para concluir : "Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.Por isso viva tudo que há para viver.Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da vida...Perdoe...Sempre!!"

Pois agora quem explora o aspecto risível da morte é o dramaturgo Renato Prieto. Em seu novo espetáculo ”A Morte, é uma piada", o ator faz uma reflexão sobre o lado cômico da partida. A proposta do projeto é dar a oportunidade aos espectadores fazerem uma reflexão séria sobre um tema que inquieta a todos: de onde viemos, o que estamos fazendo aqui e para onde vamos. "Pesquisadores, grupos sérios de estudos, a ciência, a literatura, o cinema e o teatro estão sempre colocando em pauta: E a vida continua?", observa Prieto, para responder em seguida : "A resposta é sim: A morte é uma piada!"

A peça traz ainda músicas de Roberto Carlos, Milton Nascimento/ Fernando Brant, Nelson Cavaquinho/ Guilherme de Brito, Paulo César Feital e Noel Rosa. A estréia está marcada para o dia 1o. de janeiro de 2010, no "Teatro Princesa Isabel", que fica na Av. Princesa Isabel, 186, em Copacabana, no Rio de Janeiro. No elenco, além de Prieto, estarão ylvia D´Silva e Adriana Mattos. A pesquisa e texto são de Alexandre Wacker, Amilcar E. Zampirollo e Semíramis Alencar. Maires informações pelo site oficial ou pelos telefones (21) 2208-5282 e (21) 3215-2822.

Foto: Renato Prieto e elenco da peça "E a vida continua..."

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4 comentários :

  1. Anônimo7/1/10

    olá pessoal, a único motivo porque eu não morro é:
    não sei o que tem do lado esperitual porque eu nunca fui nem sei se isso existe.e se derrepente você morre e deus fala pra você:, bem você se matou.o seu castigo é rencanação terá de viver o dobro. ou seja talvez é até pior fazer isso

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  2. Dany3/2/10

    Sou casada, tenho 27 anos, bonita, tenho uma situação financeira legal, não trabalho e não preciso, tenho empregada, um bom carro, ets... E mesmo assim ando me sentindo invisível,minha função na vida é facilitar a vida da minha família, eu sou aquela que atende a mãe, ao irmão, ao marido, a sogra, aos cunhados, todos, até os vizinhos. Não há quem não goste de mim, que não admire minha educação, minha conduta de carater. Me casei há três anos como manda o figurino, de branco, virgem, tudo programadinho, tudo certinho, sempre dei muito orgulho pra minha mãe e, provavelmente daria ao meu pai se estivesse vivo. Claro que antes fiz uma faculdade, tenho um diploma dentro de uma pasta qualquer em um armário no escritório de casa. Mas mesno se eu quisesse trabalhar, não teria tempo. Sou aquela pessoa que todos queriam ser, menos eu! Sempre escuto que pais querem filhas como eu, que pessoas me acham um exemplo, etc... Minha vida parece um maldito comercial de margarina que se repete todos os dias, e eu continuo presa nele. Não sei ser rebelde e mudar tudo, não sei nem ao menos o que realmente está me fazendo infeliz, então não saberia nem o que mudar. Amo meu esposo, amo todos os que me cercam, só não quero estar mais aqui. Tenho vontade de deixar tudo pra tras, caminhar até não saber mais onde eu estou, nem como voltar. Tenho momentos felizes, as vezes acredito que sou feliz quase que todo o tempo, mas logo depois vem minha tristeza. E de uns tempos pra cá não disfarço mais minha instabilidade emocional, ando nervosa, angustiada, com raiva do mundo. Não sei o que fazer! É a primeira vez que "falo" disso, nunca tive nem coragem de admitir isso pra mim mesma. Me acho egoísta, mesquinha, tenho tanto, tando amor, tando carinho das pessoas que me cercam e mesmo assim, as vezes penso em um dia não mais precisar ser quem eu sou!!!!

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  3. Anônimo11/2/10

    há muito tempo penso em suicídio nada vai bem e é problema por cima de problema mal consigo resolver um e aparecem três piores ainda não aguento mais isso estudo e até gosto mais minha vida é tão vazia e sem graça que não vejo porque ficar aqui e viver mais...

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  4. Anônimo15/3/10

    Dani, entendo muito o que voce esta sentindo.Passei por algo muito parecido, fui casada, nao precisava trabalhar, tudo era cor de rosa, 2 filhos lindos mas comecei a me sentir muito infeliz, percebi que nao amava mais meu marido (16 anos de relacionamento) me separei queria amar de verdade , segurar minha vida nas minhas maos.Hoje estou casada novamente e tenho mais uma linda bebezinha, eu e meu marido trabalhamos mas o que ganhamos mal da pra pagar as contas e novamente a sensacao de infelicidade.Eu queria a vida que tinha antes com a pessoa com quem estou hoje, fico pensando em como nao tinha preocupacoes antes e me sinto mal, como se eu nao fosse capaz de suportar a pressao que vivo hoje.Eu tive a coragem de mudar tudo em minha vida mas continuo me sentindo infeliz.Todo mundo fala que tenho uma linda familia, amo meu marido mas vivo deprimida pensando nas coisas que nao devia ter feito.Eu nao sei, talvez excesso de seguranca na sua relacao, falta de problemas reais, talvez vc precise ocupar seu tempo com alguma coisa realmente util, tipo ajuda humanitaria, ja que vc nao precisa de dinheiro.Buscar algo que de sentido a sua existencia.

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