Quando cursava a Faculdade de Psicologia, resolvi trabalhar como plantonista no CVV (Centro de Valorização da Vida), uma instituição filantrópica, que na ocasião eu ajudava por telefone ou pessoalmente às pessoas que se sentiam solitárias, desesperadas ou angustiadas e pensavam em se suicidar (muitos, infelizmente, se suicidavam mesmo).
A solidão, sem dúvida alguma, era o principal motivo que levava homens e mulheres a praticarem o suicídio. Esse trabalho me deu uma boa base para entender melhor a prática do suicídio, pois constatei que haviam duas formas de suicídio: a direta e a indireta.
Obviamente, em se tratando do ser humano, há que se levar em conta que somos um fenômeno muito singular, único; sendo assim, cada um reage de forma muito particular diante das adversidades, vicissitudes da vida. Portanto, não existe uma regra, uma fórmula para se entender o comportamento do ser humano, sobretudo, o que o leva a se autodestruir.
Desta forma, a desistência de viver pode se dar de forma direta, explícita, como dar um tiro na cabeça, envenenar-se ou tomar um coquetel de remédios letais, cortar o pulso, atirar-se contra um carro, ligar o fogão de gás num ambiente fechado, etc. É o suicídio clássico.
Mas existem aqueles que são mais sutis, que chamamos de suicídio indireto. Nesses casos, somos suicidas quando comemos, bebemos e/ou fumamos em excesso, dirigimos embriagados, reagimos a um assalto (usamos outrem para nos matar), praticamos o sexo livre sem o uso de preservativos, fazemos uma dieta alimentar rígida (anorexia), entramos numa depressão profunda, etc.
Sendo assim, somos suicidas também quando negligenciamos, tratamos mal o nosso corpo ou de alguma forma desistimos de viver.
Do ponto de vista espiritual, cármico, o suicídio é muito sério, pois ao atentar contra a própria vida, ao abreviarmos a nossa estadia nesse planeta - indo embora antes do tempo -, estamos transgredindo às leis divinas, espirituais.
O que observo com freqüência nos relatos de meus pacientes que passam pela TRE (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual -, abordagem psicológica e espiritual breve, canalizada por mim pelos Espíritos Superiores do Astral, em suas sessões de regressão, é que após cometerem suicídio numa vida passada, seus espíritos deixam seus corpos físicos e sentem a dor do tiro, do veneno, da queda no abismo e geralmente vão para um lugar escuro do astral inferior (umbral).
Muitos por terem mutilado seus corpos astrais com o suicídio, na encarnação seguinte, vêm com defeitos físicos e mentais. Ou seja, quem deu um tiro na cabeça pode vir com problemas mentais; quem tomou veneno vem com problemas na boca ou no aparelho digestivo; quem se jogou do precipício vem com defeitos físicos, aleijados, etc.
Há ainda aqueles que contraem uma doença auto-imune, que é o caso, por exemplo, do Lúpus (causa desconhecida pela medicina) também chamada de doença de auto-agressão, onde os anticorpos, que são uma defesa natural do organismo, ao invés de combaterem os microorganismos (bactérias, vírus e outros agentes) se viram contra o próprio organismo, agredindo os tecidos da pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Portanto, esse desequilíbrio do sistema imunológico, essa auto-agressão, é uma forma indireta, sutil de suicídio.
O suicida, ao matar seu corpo físico, tem por objetivo parar de pensar, sentir, enfim, de sofrer. Mas isso não ocorre, porque a morte não existe, pois, como seres espirituais em evolução, somos imortais, perenes, indestrutíveis. Ao sair de seu corpo físico, o espírito continuará atormentado e, o pior, irá agravar a sua situação pela culpa que sente por ter tirado a sua própria vida, bem como ficará à mercê de seus obsessores espirituais (desafetos de seu passado).
A visão da ciência materialista de que a vida começa com o nascimento e termina com a morte tende a reforçar a crença de muitos de que morreu, acabou tudo. Obviamente, quem pensa assim, acredita que para resolver seu sofrimento, suas dores, a saída é a morte.
Mas muitos pacientes que pensavam dessa forma, após terem passado por fortes experiências espirituais, e conversado com o seu mentor espiritual (ser desencarnado, responsável diretamente pela nossa evolução espiritual) recebendo suas sábias orientações acerca da causa de seus problemas e sua resolução, mudaram radicalmente sua visão sobre a vida e a morte, e saíram dessa terapia com a firme convicção de que a morte não existe e, portanto, o suicídio não é a solução.
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Esse papo espírita me cansa.
ResponderExcluirOs espíritas dizem que quando reencarnamos recebemos uma cruz (vida) com o peso que podemos suportar. Ora, se isso fosse verdade, porque as pessoas se matam? Me parece que o peso da cruz dado aos que se suicidam foi sim superior às forças dele.
Se Deus sabe tudo, já sabia de antemão que o seu filho não daria conta daquela determinada vida e mesmo assim deu a cruz para o seu filho?
Isso não me parece amor.