Conversamos com o Dr. Alexandre Faisal, ginecologista-obstetra, com formação Psicossomática, e pesquisador científico do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), para sanar as principais dúvidas e preconceitos que cercam esse transtorno mental.
Podemos dizer que é a depressão é uma doença moderna?
Nós utilizamos o termo "transtornos mentais" que é mais amplo e engloba vários problemas psiquiátricos e psicológicos. Eles afetam 25% da população em alguma fase da vida, sendo a depressão um dos transtornos mentais mais comuns. Imagina-se que a depressão deverá ser, no mundo, a segunda doença mais comum no ano de 2020, sendo superada apenas pelas doenças cardíacas.
Que sinais atestam um quadro clínico de depressão?
Existem critérios para definir a doença depressão, que é diferente de, por exemplo, um dia estar se sentindo triste, coisa que acontece com qualquer pessoa em algum momento da vida. Os principais sintomas para depressão maior, ou seja, a depressão na forma mais intensa e grave são: perda de prazer em atividades anteriormente prazerosas e humor deprimido. Outros sintomas devem estar presentes também: ansiedade, alterações do padrão do sono e do apetite, falta de libido, cansaço, falta concentração, pensar em se machucar, se desvalorizar etc. Os sintomas devem ter duração de pelo menos 15 dias.
As mulheres são mais sujeitas à doença?
Sem dúvida. As mulheres são mais susceptíveis de apresentarem o problema. Saiu o resultado de um grande estudo internacional do qual o Brasil fez parte e lá fica claro que a prevalência da doença ao longo da vida é o dobro para as mulheres. E isso significa que até 20%, 25% das mulheres enfrentarão o problema alguma vez na vida.
Por que a mulher correm mais risco?
O maior risco de sintomas depressivos no sexo feminino, já a partir da adolescência, é um fenômeno bastante conhecido. E a explicação não está no fato de que a depressão é mais diagnosticada em mulheres porque elas procuram mais os serviços de saúde. Talvez, a explicação esteja mesmo nas questões socioculturais, no modo como a mulher enfrenta as experiências adversas da vida, aqueles traumas que acontecem. No geral, aspectos psicológicos e biológicos se mesclam para explicar a depressão feminina.
Muitas pessoas encaram como frescura. Por que o preconceito?
Infelizmente, sim. De fato, muitas pessoas são preconceituosas com os problemas dos transtornos do humor, da depressão e consideram muitas vezes uma questão de falta de vontade ou disposição, fraqueza de caráter. Isso não é verdade e só prejudica o início do tratamento.
Ao perceber os sintomas, que profissional deve-se procurar e em quanto tempo?
O mais breve possível. Às vezes, é alguém próximo da mulher que percebe o problema e sugere acompanhamento médico ou psicológico. A mulher pode procurar um clínico, o ginecologista ou ir direto para o psiquiatra. O importante é que ela tenha espaço e liberdade para falar do seu problema e, dependendo do caso, ser tratada por um ou por outro profissional. Isso sem contar a possibilidade dela fazer sua terapia psicológica até mesmo independentemente da depressão.
Quais os tratamentos mais adequados?
Os antidepressivos são drogas bastante seguras e que, cada vez mais, têm menos efeitos colaterais. Existem diferentes tipos de medicações que devem ser indicados caso a caso. Mas atenção: nada de automedicação e de interrupção do tratamento.
Pode tomar medicamento para combater a depressão durante a gravidez?
Este assunto é muito controverso. Mas podemos dizer que se trata de uma balança. De um lado está o risco que a depressão acarreta para a gestante, do tipo parto prematuro, do bebê nascer com baixo peso, da gestante não dar conta do recado que é a maternidade, como um todo. Do outro lado, os riscos potenciais para o bebê, principalmente, das malformações fetais. Felizmente, tudo indica que os riscos são pequenos e estão mais associados ao uso destas medicações no início da gravidez. É preciso pensar e discutir calmamente com o obstetra.
A rede pública de saúde dispõe de programas específicos para a depressão?
Existem programas específicos e muitas UBS (Unidades Básica de Saúde) podem oferecer o tratamento inicial ou encaminhar a mulher para estes núcleos de atendimento especializado. O problema é que a depressão e outros transtornos mentais são muito comuns e a demanda é muito grande. Como existe uma escassez de profissionais e serviços especializados, acontece de muitas mulheres (e homens também) ficarem sem atendimento adequado.
Quais as alternativas para a pessoa que tem pensamentos depressivos?
Acho que o mais importante inicialmente é fazer o diagnóstico. Saber se é depressão e como isso interfere na vida da pessoa. Escutar a opinião do médico, psiquiatra ou não, antes de qualquer coisa. A partir daí optar pelo tratamento medicamentoso e/ou terapia. Em geral, os melhores resultados associam remédios e terapia psicológica. Outras modalidades de terapia como relaxamento, Yoga, entre outros, podem ser empregadas complementarmente, mas não substituem os tratamentos convencionais, que, em geral, funcionam.
Eu sou uma menina de apenas 17 anos e eu tenho todos os sintomas de depressão e só penso em me matar a minha vida não tem sentido nenhum e quando estou no meio de várias pessoas conversando eu sinto como se eu não estivesse ali e as vezes eu sinto um vazio tão grande dentro de mim me sinto perdida como tipo(o que que eu estou fazendo aqui)isso já aconteceu várias vezes comigo e eu fico me perguntando para que eu vim ao mundo para sofrer (já chorei demais não aguento mais meu Deus me ajuda por favor tô cansada de tudo e de todos me ajudem.
ResponderExcluirquero morrer
ResponderExcluirmeu e-mail e tecaerg@hotmail.com
todos me derão as costas
todos são falços dissimulados comigo
meu filho meu marido minha nora
falão de mim pelas costas
me faz injuria
meu marido diz que e gay
para mim
mas diante dos outros
diz que e mentira
e que eu sou louca
ele não acredita em nada e com isso
pode fazer o que quer e nada aconetec com ele
nada, ele faz de todos os maus tratos comigo
e ninguem acredita em mim
nem emu filho
eu ja perdi a força de lutar e de viver
quero morrer
ResponderExcluirme ajude
que desgraça de site é esse, cadê a merda do texto... vá pro inferno...
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