CANSAÇO PODE PROVOCAR DEPRESSÃO E PÂNICO


O programa "Bem Viver" da Rede Globo exibiu recentemente reportagens com uma série de depoimentos e explicações  sobre depressão e síndrome do pânico, doenças que podem ser causadas pelo cansaço. Trabalhar sem dúvida é muito bom. Faz parte da vida, do crescimento. Mas e quando as cobranças e a competitividade sobrecarregam? O resultado é um só: doenças causadas pelas emoções. Depressão, transtorno do pânico, síndrome de Burnout. Essas doenças têm feito muita gente se afastar do trabalho, da escola e até do convívio social. Mas o que fazer para que a doença não tome conta? Qual o caminho para encontrar o equilíbrio?

A psicóloga Kátia Beal e a apresentadora Mônica Cunha falaram no "Bem Viver" do dia 1 de setembro sobre os transtornos mentais causadas pelo estresse. Como foram muitas perguntas de telespectadores, não foi possível responder a todas. Mas a especialista, gentilmente, respondeu de casa as que sobraram.  Veja abaixo as respostas:

Suely – Acho que sou uma das vítimas dos transtornos causados pelo estresse. Cheguei a perder os sentidos na rua. Não conseguia trabalhar, meu emprego me sufocava. Dei uma de maluca e pedi uma semana de férias. Descobri que o meu serviço não está me fazendo falta, e que todos os meus problemas estão vindo de lá.

Kátia Beal - É isso mesmo, às vezes não tem nada de errado conosco, mas com o trabalho ou com líderes despreparados. Tem momentos que precisamos avaliar e ver o que é melhor para a gente!!!
E o que você tem pensado em fazer? Pelo que entendi você está em férias e está bem. Já avaliou o que pretende fazer? Tem condições de mudar de emprego?

Natália - Já fui diagnosticada com depressão há quatro anos. Fiz o tratamento por um tempo, mas acabei me dando alta, sem consultar meu médico. Dois anos depois tive crises de ansiedade que culminaram em crises de pânico. Hoje sou medicada e faço tratamento, mas até quando? Qual é o período médio para retirada dos remédios? As doses aumentaram, mudaram os laboratórios, os preços e não tenho previsão de alta. Me sinto escrava dos remédios, o que é muito frustrante. Não posso nem me imaginar sem as medicações e já fico extremamente preocupada e aparentando os sintomas físicos do pânico. Estou me tratando há ano e meio.

Kátia Beal - com relação aos medicamentos, é preciso realmente avaliar com o seu médico. O tempo de tratamento, qual a melhor medicação e a quantidade somente o especialista é quem pode avaliar. Isso varia de pessoa pra pessoa, há quem use a medicação por um ou dois anos, e há quem fique mais tempo. Daí a importância do acompanhamento com o médico associado à psicoterapia. Porque associar os dois?  Porque os medicamentos controlam e reestabelecem neurotransmissores responsáveis pela desorganização mental. Eles atuam no que chamamos de "doença", como se fosse uma doença física mesmo, uma dor nas costas, por exemplo. Já a psicoterapia é uma forma de tratamento que faz com que a pessoa mude a maneira de ver, de perceber as coisas, mudando o comportamento. É dessa forma que a associação faz com que se encontre o equilíbrio. Um erro bastante comum é "se dar alta" e sabe por quê? Porque a maioria dos medicamentos precisa de um tempo para agir no organismo, e quando a gente para de repente, o organismo se descontrola novamente. Daí a importância da orientação médica. Não sei se foi assim com você, mas a dosagem aumenta gradativamente, por exemplo, só um quarto de comprimido, depois meio, depois um inteiro, não é assim? É justamente para o organismo se reorganizar. A maioria dos medicamentos só começa a fazer efeito depois de 14 ou 15 dias de uso. E aí quando a gente para sem a avaliação médica é como se a depressão ou a ansiedade voltassem com mais força.

Você faz terapia?  Se não faz, deveria começar a pensar na possibilidade para não ficar se sentindo tão dependente da medicação. Terapia demanda tempo e engajamento, é verdade, mas pode ser muito mais vantajoso do que procurar a solução aparentemente mais fácil (os remédios).

Não quer se identificar  - Estou fazendo tratamento há meses contra síndrome do pânico, incluindo terapia. A psicóloga suspeitou que talvez fosse devido ao trabalho, mas como sou extremamente ansiosa desde a infância pode ser que não seja apenas esse o motivo. Fui parar várias vezes no pronto socorro achando que iria morrer com taquicardia e pressão alta. Foi um verdadeiro tormento, mas graças a Deus, estou tendo um bom retorno com o tratamento, com medicação e terapia. Incluindo fazer coisas que gosto, como caminhadas, lazer. Mas a questão é que depois que comecei a tomar a medicação vi a balança saltar em quase 10 quilos e a libido foi embora. A psicóloga disse que precisarei fazer uma dieta. Será que o peso volta ao normal quando parar com a medicação? E a libido, volta?

Kátia Beal - A ansiedade, assim como os outros componentes e características dos perfis de personalidade podem vir desde a infância ou até mesmo pela genética e aí encontra terreno fértil nas situações do dia a dia, quando as pessoas são mais vulneráveis psicologicamente. Alguns medicamentos podem fazer elevar o peso e ocasionam também a perda ou diminuição do desejo sexual. Eu recomendo a você que converse com o seu médico, pois atualmente existem várias medicações que não provocam tantos efeitos colaterais. Há muitas opções e talvez seja o caso de apenas fazer um ajuste com o médico que te acompanha. Com relação à dieta, é importante procurar um nutricionista para te ajudar a se alimentar direitinho, procurar fazer um exercício físico, algo que você goste e também avaliar com a sua psicóloga se a ansiedade ainda está tão grande que te faz "atacar a geladeira", por exemplo. Muitas vezes comemos por ansiedade ou por tristeza.

Não quer se identificar -  Tenho 36 anos. Sofro de uma angústia enorme, uma falta de ar, palpitações e muita tristeza. Além de orar, não sei mais o que fazer. Acho que minha vida só anda pra trás. Durmo muito tarde e quando acordar pela manhã, pra mim é o fim do mundo. Com essa ansiedade enorme, minha vida é comer e comer. Engordei muito e minha autoestima foi parar no chão. Não tenho forças para lutar, mas quando luto por um sonho e consigo realizá-lo não tenho forças nem vontade de prosseguir. O tempo está passando e nada consegui na minha vida por ser assim. O que faço?

Kátia Beal - pelos seus sintomas, está mais para depressão ou transtorno depressivo ansioso. Uma característica forte da depressão é batalhar pelas coisas e quando consegue, não aproveita. Há duas situações: o deprimido que de tanta tristeza e angústia acaba se sentindo sufocado e ansioso. E o ansioso que por tentar conseguir as coisas e não acontecer do jeito que queria, acaba ficando triste. O correto para um diagnóstico mais preciso é você procurar um terapeuta que vai te avaliar e verificar a gravidade do caso, o comprometimento na sua vida pessoal e profissional e se precisar fazer uso de medicação irá te encaminhar ao psiquiatra.  Eu acho que você precisa de um direcionamento, busque uma psicoterapia, tenho certeza que vai te fazer bem!!!

Daiana Carina de Araxá-MG  - Passei por uma separação há pouco tempo, tenho um filho de 5 meses e está tudo muito recente. Estou sem vontade de sair, me sinto horrível perto de outras pessoas e às vezes choro sem motivo. Isso pode ser o começo de uma depressão?

Kátia Beal - A gravidez traz muitas mudanças na vida da mulher e depois que o filho nasce ela se depara com uma nova vida, que de repente pode não estar tão preparada. Leva mesmo um tempinho para tudo se ajustar com o novo membro na família. A mulher pode se achar feia, ter aumentado um pouco o peso. Estas questões mexem demais com a autoestima feminina. Também sou mãe e posso afirmar que a maternidade traz muitas mudanças. Algumas muito boas, mas outras nem tanto assim, não é mesmo? A separação também traz consigo muitos sentimentos, muitas mudanças de vida. Dependendo do caso traz mágoa, tristeza, dor. Agora junte as duas coisas e poderá sim haver um desequilíbrio emocional. Se é ou não começo de depressão a gente precisa avaliar melhor. Mas se você acha que não está se sentindo bem e esse chorar sem motivo já acontece há mais de um mês é importante você procurar ajuda.

Mais de um mês por quê?  Porque para diagnosticar como depressão há alguns critérios, um choro de vez em quando pode não ser depressão, mas uma tristeza momentânea devido aos acontecimentos.
De qualquer forma, acho que seria interessante você conversar com um profissional que vai te dar as devidas orientações e avaliar com mais detalhes a sua historia de vida.

Não quer se identificar - Tenho 43 anos, sou divorciada e tenho duas filhas já adultas, sou professora. Há anos venho sentindo praticamente todos os sintomas da depressão, já fiz tratamento com psiquiatras, tomei remédios que me deixavam fora de mim. Mas parei com tudo, mudei-me para Uberlândia para tomar conta de minhas filhas sozinha. Tanto na educação, como financeiramente. Tinha muito medo de não conseguir e deixar faltar alguma coisa a elas. De dois anos para cá ando perdendo a vontade de fazer tudo. Amava dançar e ser professora. Mas agora parei de vez com a dança. Quanto ao trabalho hoje o faço porque sustento a minha casa. Não sinto vontade de me levantar da cama, o que ainda me impulsiona são as contas a pagar. Sorrir nem sei mais. Ando nervosa com pessoas que vivem próximas a mim, como amigas e namorado. Sinto dores no corpo, principalmente no peito, tonturas, mãos dormentes e com dores. Estou desatenta e às vezes chego a ter vertigens. Dores de cabeças são frequentes e não sinto mais prazer sexual. Me sinto feia. Ano passado retirei o útero e engordei 20 quilos. Gostava de viajar, hoje faço tudo pra não sair de casa. Não sinto mais vontade de viver. Cansei de ter de sustentar toda a casa, de ser boa mãe, boa filha, boa professora e boa namorada.

Kátia Beal - fico muito sensibilizada com a sua história. Mas veja, eu já vou começar te respondendo pelo final do seu e-mail. Quem disse que você precisa ser a namorada perfeita, boa mãe, boa filha, boa professora? De onde vêm essas cobranças? Será que é externa ou interna?

Quem exige que vc seja assim tão perfeita?

Será que conseguimos ser perfeitos? Será que as coisas sempre saem do jeito que a gente queria que fosse? Eu sei que você não se orgulha em ser assim, mas também sei que não deve se culpar tanto. Você parece querer carregar o mundo nas costas. Ter um problema emocional não é vergonha. Mas pode escolher mudar o rumo dessa história.

Pelo seu relato percebo muita insegurança, muita ansiedade, baixa autoestima, medo, depressão, desesperança. Talvez pra sair dessa tristeza só falte um estímulo e aprender que não precisa ser perfeita. Aprender a não se cobrar tanto e entender que não pode controlar tudo! Procure um psicólogo, ele vai ajudar a mudar a sua maneira de pensar, de ver as coisas. Você precisa sair dessa nuvem negra que parou sobre sua cabeça. Você é muito jovem, tem uma vida inteira pela frente, que tal fazer algo por você para mandar essa depressão embora? Vamos lá, coragem e tenho certeza de que tudo vai ficar bem.

Cristina Garcia de Souza - Uberlândia - Tive minha primeira depressão mais ou menos aos 25 anos. Foi de repente sem uma causa. Queria ficar só na cama e não dormia. Procurei ajuda profissional e melhorei. Há três anos estava no quarto mês de gravidez quando deu o surto da gripe h1n1. As pessoas só falavam da tal gripe e soube que grávidas estavam morrendo e deixando seus bebês. Comecei a ter pensamentos obsessivos compulsivos, tive crises de pânico. Os exames mostravam que estava tudo bem comigo e com minha filha, mas eu não acreditava. Foi uma fase muito ruim porque não curti minha gravidez. Minha filha nasceu em 28/11/2009 e muito bem. Na hora do parto não tive nenhum pensamento ruim. A partir do momento que ela nasceu os pensamentos foram todos embora. Como me senti aliviada! Tenho 35 anos um filho de 15 e a menina de quase 3. A médica não quis me operar pelo problema emocional que estava passando. Pergunta: será que se eu engravidar posso ter esses pensamentos obsessivos compulsivos?  Recentemente estava com crises de ansiedade no trânsito. Começava sentir taquicardia, mal estar. Ficava ansiosa para chegar logo ao meu destino. Também tenho um pouco de fobia. Resolvi procurar ajuda de um profissional, a psiquiatra me disse que sou ansiosa crônica. Há quatro meses comecei o tratamento e estou me sentindo outra pessoa. Ela me passou um ansiolítico e um remédio para dormir porque deito e fico pensando em coisas pendentes, no que vou fazer no outro dia, enfim sofrendo por antecipação.

Tenho consciência do mal que isso me causa, mas não tenho controle sobre meus pensamentos. Eu acho que tem mais gente do que pensamos com algum distúrbio emocional. Será que é essa vida corrida?

Kátia Beal - Muito importante o que você falou. Tem muita gente sim que sofre com os problemas emocionais, mas por vergonha ou por outros motivos acabam não procurando ajuda e é quando ficam crônicos. Se as pessoas procurassem ajuda no primeiro sinal de alerta, seria bem melhor pra todo mundo. Mudou muito de uns tempos para cá, mas infelizmente as pessoas ainda tem muito preconceito.
Eu não gosto de dar um diagnóstico, sem conhecer a pessoa e sua história de vida (até porque acho mais importante a intervenção do que os rótulos), mas pelo seu relato, me parece mais um caso de perfil de Personalidade Obsessivo-Compulsivo.

O que é isso? É quando a pessoa sofre por antecipação, mas isso não chega a prejudicar significativamente a vida. Quando não conseguimos mais realizar atividades normalmente e sofremos muito com os pensamentos a ponto de ter prejuízos sociais, no trabalho e nas relações aí sim podemos considerar um transtorno. Você relata também sintomas de ansiedade generalizada. Eu, inicialmente, por meio do relato, diria que você está com TPOC - Transtorno de Personalidade Obsessiva Compulsiva, pois tem medos, os pensamentos obsessivos, as crises de pânico, a ansiedade crônica. Pessoas com estas características gostam de ter tudo sob controle, acham que os outros são irresponsáveis, ou não tão responsáveis como ela, que se quiser algo bem feito, tem de fazer ela mesma.

Tudo isso que eu falei está dentro dos TRANSTORNOS ANSIOSOS, e se você está se sentindo bem, é porque os medicamentos foram prescritos adequadamente.

Você disse que teve depressão. Alguns transtornos podem existir juntos, são as comorbidades. Uma pessoa deprimida pode vir a ficar ansiosa, assim como um ansioso pode vir a se deprimir, quando vê que as coisas não saem do jeito que queria.

Talvez fosse interessante pensar na possibilidade de uma terapia como uma ferramenta para modificar os pensamentos distorcidos e a maneira como a pessoa percebe as coisas a sua volta.

Patrícia Marangon - tenho tido muita dificuldades em dar conta do trabalho doméstico da minha casa. Sou só dona de casa há cerca de um ano e meio e desde o nascimento da minha terceira filha, há dois anos, não consigo mais me organizar e executar as tarefas que sempre fiz. Fico nervosa, irritada, muitas vezes tenho vontade de chorar. Essa tensão piora ainda mais no período pré-menstrual. Tenho tomado valeriana, mas acredito que não tem sido suficiente, pois não tenho mais vontade nem de sair de casa. Estou preocupada! Pode ser depressão?

Kátia Beal – você pode estar se sentindo pouco valorizada por não estar mais trabalhando fora. Infelizmente o trabalho doméstico ainda não é tão valorizado, embora seja de extrema importância. Pelo jeito que vc escreve me passa a ideia de ser uma pessoa organizada, que gosta de ter controle e não fica feliz quando as coisas não saem do seu jeito.

Por exemplo, quando se programa para lavar a roupa e limpar a casa em uma manhã e por algum motivo não deu pra terminar tudo, você sofre? Por que tem que terminar tudo hoje? Tem alguém te cobrando ou é uma cobrança interna? Não acho que seja depressão, mas sim ansiedade ou transtorno depressivo ansioso, que é quando a pessoa, por não conseguir fazer as coisas do jeito que gostaria fica triste, se sentindo inferior, pensando que não dá conta de fazer as coisas. Por que você não conversa com um terapeuta? Ele pode te ajudar a reorganizar o seu tempo, priorizando as coisas mais importantes, fazendo o que de fato precisa ser feito e deixando as menos importantes para segundo plano. Quando estamos envolvidos com o problema não conseguimos ver onde estamos errando e o psicólogo pode ajudar nesse sentido. A Valeriana é um antiansiolítico natural, que funciona mais ou menos como um placebo, se você acredita que vai fazer bem, então ele vai fazer. Mas se vc já toma com desconfiança, aí não faz efeito. E como um último conselho, procure cuidar de você. Não é porque é dona de casa que não mereça uma ida ao salão de beleza ou ir ao cinema com uma amiga ou tomar um café. Cuide mais de você e procure algo que te motive, que te dê prazer.

Ordanael - Uberlândia - 28 anos  - Tenho cargo muito importante, trabalho como gerente. Tenho rotina muito cansativa. Não tenho folga há três meses. Estou muito estressado.

Kátia Beal - um cargo de tamanha responsabilidade pode sim trazer problemas, porque as cobranças podem ser demais, a rotina de trabalho estressante, desgastante, os prazos curtos. Normalmente gerentes têm responsabilidade e dedicação exclusiva não é mesmo?

Mas é importante tirar um tempo pra você, ainda mais tão jovem. Tente reorganizar seus horários de maneira que sobre um tempinho para você fazer o que mais gosta. Um jogo de bola com os amigos, por exemplo, ou uma saidinha depois do expediente para relaxar.

Lembre-se que trabalhar é importante, resultados e produtividade também. Mas, já parou para pensar que se o seu organismo adoecer, o único a sofrer com isso vai ser você? As empresas pensam e valorizam os seus funcionários, mas quando não tiver saúde para continuar, sua vaga será preenchida rapidamente, pense nisso!!! Não quero ser radical, mas a nossa saúde em primeiro lugar. Na verdade é preciso um equilíbrio . As folgas são importantes e todo funcionário tem direito a folgas semanais. Cuide-se, o seu corpo e mente agradecerão!

A partir da Rede Globo. Leia no original

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Um comentário :

  1. Anônimo22/2/13

    sou dona de casa aposentada,moro num lugar que não gosto,não dou conta do trabalho(não dà para descrever este lugar)podes fazer as mesmas coisas todos os dias e amanhece tudo igual,fica perto do mato,num lugar isolado e cheio de insetos(estamos tentando vender a casa mas a documentação esta irregular),passo os dias sozinha limpando e meu marido não da valor,acha que fico em casa descansando,ele não se importa com nada em casa é tudo nas minhas costas,me sinto cansada,doente,com insônia e com vontade de sumir,já tentei o suicídio mas não deu certo,não tenho alegrias,só trabalho e solidão.e ainda não tirei isso da minha cabeça,estou sempre ligada no que mata mais rápido.

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