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Imagem por Luiz Gustavo Leme |
De acordo com o perito André Kiyoshi, o menor saiu de casa por volta das 13h30 e foi encontrado às 17 horas, enforcado em uma árvore às margens de uma estrada vicinal que corta a reserva. “Ele vinha sofrendo porque há cerca de um mês perdeu o irmão que foi brutalmente assassinado. O jovem estava com depressão e nós buscávamos uma maneira para resgatá-lo, mas não conseguimos a tempo”, disse Aniceto Velasquez, integrante da liderança indígena.
Velasquez afirma que já procurou as autoridades, mas que nada foi feito até o momento. “Em novembro nós comunicamos a Fundação Nacional do Índio (Funai), assim como as forças de seguranças, mas ainda não vimos nada posto em prática. Precisamos de algo que controle o fornecimento de bebidas alcóolicas, combata o tráfico e ofereça assistência social aos dependentes químicos e depressivos. Só assim evitaremos mais mortes”, explicou.
Atuação da Polícia
O delegado regional Antonio Carlos Videira garante que a polícia tem feito sua parte, e que a criminalidade tem diminuído gradativamente no município. Nesta terça-feira, as policias Civil e Militar se reuniram no 3° Batalhão para discutir um novo plano de segurança para a região; na pauta estava a questão das aldeias indígenas. Carlinhos, como é mais conhecido, disse que é preciso cooperação dos líderes comunitários junto às autoridades.
“Quando se fala da reserva indígena é preciso levar em consideração aspectos culturais e históricos, por exemplo. De modo geral, a polícia vem fazendo trabalho de fiscalização nas aldeias, entretanto, esbarramos em algumas dificuldades que podem ser facilmente superadas se tivermos o apoio da comunidade. Uma delas é a ausência de nome nas ruas e logradouros. Isso dificulta a atuação de investigadores e atendimento à ocorrências”, afirmou.
Ele continua: “Mesmo quando a reserva indígena era atribuição exclusiva da Polícia Federal, nós sempre estivemos à disposição para atender qualquer chamado, e assim continuamos. Junto com o trabalho da polícia também é preciso apoio psicossocial pois eles são frágeis e vivem em uma cultura completamente diferente. Não basta apenas controlar a venda de bebidas alcoólicas ou fechar bocas de fumo, também é preciso cuidar dessas pessoas”, explicou.
A partir de FatimaNews. Leia no original
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