PROJETO QUER PREVENIR DEPRESSÃO PERINATAL

Uma equipe de investigadores do Serviço de Psicologia Médica da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), dirigido pelo professor António Ferreira de Macedo, acaba de obter um financiamento de 200 mil euros para aplicar um programa pioneiro a nível internacional, que visa minimizar o elevado impacto negativo da Depressão Perinatal (gravidez e pós-parto).

O Projeto “Rastreio, prevenção e intervenção precoce na depressão perinatal – Eficácia de um novo programa nos cuidados de saúde primários” é financiado pelo Programa Iniciativas de Saúde Pública, European Economic Area Grants (EEA-Grants), do Mecanismo Financeiro do Espaço Econômico Europeu 2009-2014, resultante do memorando de entendimento celebrado entre o Estado Português e os países doadores (Islândia, Liechtenstein e Noruega).

De uma forma genérica, o projeto, coordenado pela investigadora Ana Telma Pereira, consiste, numa primeira fase, na aplicação a uma vasta amostra representativa de mulheres portuguesas, recrutadas nos cuidados de saúde primários e maternidades das regiões de Coimbra e de Aveiro, de um novo teste preditivo de auto-resposta intitulado “Rastreio e Prevenção da Depressão Perinatal”.

Desenvolvido de raiz na Universidade de Coimbra, pela equipa do Serviço de Psicologia Médica, o teste avalia sintomas e fatores de risco, permitindo prever quais as mulheres com maior probabilidade de ter depressão durante a gravidez e no período pós-parto.

Paralelamente, a equipe vai realizar ensaios clínicos (aos níveis da prevenção e intervenção precoce), por forma a validar a eficácia do programa de rastreio.

Ana Telma Pereira explica que o grande objetivo da investigação, que dá continuidade ao trabalho científico desenvolvido na última década pelo Serviço de Psicologia Médica da FMUC, e do qual resultaram muitas publicações e apresentações internacionais, é «continuar a contribuir para a minimização do elevado impacto negativo da Depressão Perinatal. Note-se que apesar da Depressão Perinatal ser um problema de saúde pública prevenível e tratável, sem programas de rastreio menos de 10% das mulheres afetadas recebem tratamento».

«Todas as mulheres no período perinatal poderão, potencialmente, beneficiar com esta intervenção, pois a todas será dada a oportunidade de serem avaliadas quanto à presença de sintomas de depressão perinatal e fatores de risco associados. Todas aquelas que mantenham ou a quem seja diagnosticada a patologia serão encaminhadas para consulta externa de psiquiatria, para avaliação e tratamento especializado por membros da equipa de investigação, no Centro de Responsabilidade Integrada de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra», conclui a investigadora.


A partir de Sul Informação. Leia no original

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