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TODOS JÁ PASSAMOS POR ISSO ...

10/20/2016


Quantas vezes enfrentamos problemas e aparecem alguns "anjos da guarda" para nos ajudarem?

CHORO TODOS OS DIAS ESCONDIDA

9/23/2015
"Esse meu relato vai ser taxado por muitos como fútil, bobo, insignificante, mas eu não julgo porque é assim que a minha vida é! Eu tenho praticamente 25 anos e posso dizer que sempre tive uma vida boa, sou a caçula da família e sempre fui regada de mimos, sempre tive tudo que eu queria de forma muito fácil. Hoje eu vejo que parte da pessoa que eu me tornei se deve a todos esses mimos que me fizeram ficar acomodada, preguiçosa e tendo uma visão errada da vida... Meu pai faleceu quanto eu tinha 14 anos e eu sinto tanta saudades dele... Moro com a minha mãe, essa sempre está muito mais preocupada com o relacionamento dela com o namorido do que comigo! Em muitas situações o namorado dela pensa mais em mim do que ela mesma! Eu não consigo abrir a boca e pedir ajuda, eu não consigo conversar sobre como eu me sinto com ninguém, eu tenho vergonha de me expor. Eu até sinto vontade, mas eu simplesmente não consigo! 

Vejo os relatos no grupo e me lembro daquela frase "sempre há alguém pior do que você", mas eu sempre acho que a pessoa pior, no caso, sou eu. Vejo pessoas bonitas reclamando da vida, pessoas com família, com bons relacionamentos, que recebem amor... Eu odeio a pessoa que eu sou. Eu realmente odeio tudo em mim! Eu odeio o que eu vejo toda vez que olho no espelho, porque não sou nem de longe uma pessoa bonita. Nunca trabalhei na minha vida e nesse momento me sinto velha demais pra entrar no mercado de trabalho. Não estou trabalhando, não estou estudando, não tô fazendo nada da vida além de passar dias e dias trancada em meu quarto, comendo feito uma vaca. Mas vou contar o maior dos motivos que me deixa tão perdida...

Tudo "começou" quando um ano e meio atrás eu reencontrei uma pessoa, comecei a me envolver com ele. Fui apresentada a uma forma de vida que eu até então nunca tinha chegado perto de conhecer. Alguém envolvido com drogas, com assassinatos, com coisas que fariam a minha mãe enlouquecer se soubesse. Eu quis ficar com ele! Eu tinha uma fé absurda de que era plano de Deus que a gente tivesse se reencontrado, que era pra ficarmos juntos, que eu iria tirá-lo dessa vida e que ele iria de alguma forma me resgatar também. Não vou ser hipócrita, tivemos momentos muito bons e felizes juntos. Até então eu já tinha tido muitos "namorinhos", gostei de muitas pessoas e até me considero uma pessoa fácil de se apaixonar. Mas com ele foi diferente. 

Eu nunca amei uma pessoa da forma que eu o amo, eu o aceitei como ele era (com todos os seus defeitos e principalmente com a vida que ele tinha/tem). Mas não é aquele sentimento bonito de filmes e novelas. Eu me sinto doente. Eu sinto vontade de morrer por conta de tudo que ele me faz sentir. Ele não é nenhum príncipe encantado, está muito longe de ser. É alguém que sente vergonha de mim, que só sabe me xingar, que só sabe desfazer dos meus sentimentos, que não se importa de se expôr com outras na minha frente, que chama todos os meus sentimentos de drama! Ele nunca me agrediu fisicamente, mas foi por conta dele que eu aprendi que realmente existe essa tal de agressão verbal, porque todas as coisas que ele me fala parece que rasgam a minha alma. 

Chego a pensar que talvez um tapa não fosse me doer tanto do que as coisas que ele fala pra mim. E o fato de eu me sentir tão mal por conta de outra pessoa é o que me deixa mais envergonhada! E eu sei que isso deixou de ser amor faz tempos, é realmente uma doença! Eu não consigo me defender, eu não consigo reagir, eu não consigo me amar mais do que "amo" ele. Faço de tudo para vê-lo feliz, sempre estou disponível para cuidar dele quando ele precisa, quero ele sempre bem, sempre saudável, faço "campanha" pra ele não usar drogas, não ficar bebendo, me faço de tapete pra ele pisar em cima, a minha vida praticamente gira em torno dele, desse amor doentio que eu queria que ele enxergasse que eu sinto. 

Eu não consigo me afastar, parece que uma força maior me prende a ele. Na última briga séria que tivemos (na madrugada do dia 6/9 para o dia 7/9), passamos a madrugada batendo boca e quando ele foi embora, eu me pus de joelhos e comecei a orar, comecei a abdicar de tudo que estava acontecendo. Falei pra Deus que tudo tava errado, que as coisas não eram pra ser daquele jeito, que eu não aceitava mais passar por nenhuma humilhação por conta desse homem. A minha fé em Deus é tudo que eu tenho, é a única coisa que eu tenho. Fui dormir e quando acordei, eu me sentia anestesiada. Passei dias em paz, sem sentir a louca vontade que sinto de ir procurá-lo, mas logo veio a saudade (que eu não sei nem do que) e eu fui atrás dele para recomeçar esse ciclo de ser tratada como lixo. 

Não consigo entender porque eu me permito passar por isso! Eu sinto vontade de morrer, eu penso na minha vida e não vejo motivo nenhum pra continuar vivendo porque acho que todo mundo ficaria melhor sem mim, que eu só existo pra ser um peso na vida de todos que precisam conviver comigo. Eu não sei pra que que eu nasci se não sirvo pra nada, eu não sou uma pessoa merecedora de amor, ninguém me ama. Uma vez eu consegui me abrir com esse cara, falei pra ele como me sentia com relação a minha vida e ele mais uma vez fez pouco caso de mim. As vezes eu acho que ele é a única pessoa que poderia me ajudar, não como um namorado, mas como um amigo (porque é o mínimo que eu esperava ter dele), mas não, ele acha que tudo é drama. Ele é a única pessoa que eu consegui desabafar, foi a única pessoa a quem consegui pedir ajuda. 

Quando falei pra ele que sinto vontade de morrer, ele me disse "então se mata". Imagina como me senti ouvindo isso dele... Cheguei ao ponto de pedir pra ele tirar a minha vida, mas ele disse que não iria sujar as mãos comigo. Nesse momento que estou escrevendo, estou pensando na morte, porque eu a vejo como solução de todos os meus problemas. 

Choro todos os dias escondida e se eu não me matei ainda é porque eu não tenho coragem. Se eu tivesse coragem por alguns segundos, tiraria a minha vida sem nem pensar duas vezes. Eu sou formada em técnico em enfermagem, apesar de nunca ter trabalhado, sei exatamente o que me poderia ser letal, mas me falta a droga da coragem pra fazer! Oro dizendo a Deus que sou grata pelas coisas que ele me deu, mas que eu estou sofrendo e quero que ele me leve. Meus pensamentos sempre são os mesmos: eu quero morrer! Eu quero muito morrer! Fico esperando ansiosamente pelo dia em que eu não vou mais acordar. "

Anônima, por e-mail
Imagem: FreeImages

'SE DISSÉSSEMOS O QUE REALMENTE DESEJAMOS, TODOS SERÍAMOS LOUCOS'

3/29/2015
A realizadora austríaca fala sobre “Amor Louco”, o filme sobre um pacto de suicídio duplo que ganhou o grande prêmio do Lisbon Estoril Film Festival



O poeta Heinrich von Kleist procura companhia para o suicídio e acaba por encontrar Henriette Vogel, casada com um parceiro de negócios e a quem foi diagnosticada uma doença incurável. A história verídica ideal para que Jessica Hausner deitasse para o lixo o seu antigo argumento sobre um suicídio que corre mal e remexesse nos baús da Alemanha no início do século xix. “Amor Louco”, o filme da realizadora austríaca de 42 anos, estreou em Cannes o ano passado na secção “Un Certain Regard”, foi premiado no Lisbon & Estoril Film Festival e chega agora a Portugal. Num hotel em Lisboa, a realizadora fala ao i sobre loucura, suicídio e como tentou fazer um filme que fugisse aos clichés históricos.

De onde surgiu a ideia para um filme sobre um suicídio a dois?

O primeiro rascunho do argumento para este filme foi feito há muito tempo. Há uns dez anos, por aí. O plano inicial era contar a história de um suicídio duplo e lembro-me da primeira história que escrevi, a de um casal que tenta matar-se em conjunto mas que não consegue. Um deles morre antes do outro e o outro não morre de todo… Era qualquer coisa deste género, uma história sobre o falhanço do plano, passada nos dias de hoje.

Mas acabou por concentrar-se num episódio real e histórico.

Não gostava deste argumento porque era muito trágico e pesado. Então fiz outro filme [“Lourdes”, de 2009, que ganhou o prémio de Melhor Filme em Veneza] e só depois voltei a concentrar-me no suicídio. Foi nessa altura que encontrei um artigo sobre a morte de Heinrich von Kleist e Henriette Vogel.

O que a fascinou na história?

O facto de Kleist ter perguntado a várias pessoas se queriam morrer com ele. Primeiro perguntou ao melhor amigo, mas ele não estava interessado. Depois perguntou à prima, Marie, mas ela não queria morrer com ele. E só então encontrou Henriette Vogel, que pensava que ia morrer de qualquer forma por causa da doença que tinha e disse-lhe que sim.

Abandonou então o argumento antigo.

Sim, depois nem toquei no outro argumento. Comecei do início. Até porque gosto que seja uma coisa histórica, ajuda-me a ter alguma distância sobre os acontecimentos e a estudar tudo o que está à volta. Não gosto de contar só uma história individual, gosto de perceber o grupo ou a sociedade em que estas pessoas vivem. E aqui tenho distância em relação a 1800, posso ver como era a situação nessa altura, é por isso que o filme fala dos dois lados de um acontecimento, que é verdadeiro e falso ao mesmo tempo.

Leu muita coisa sobre a época e sobre a vida de Heinrich von Kleist ou preferiu ter a sua própria interpretação das coisas?

Não li muitas biografias de Kleist porque não queria influenciar a minha interpretação da história. Mas li muita correspondência dessa altura, muitos diários e cartas, artigos de jornal e ensaios filosóficos para aprender como era a linguagem. Também fui muito influenciada por pinturas. Por exemplo, por Vermeer mas também por pintores do Renascimento.

Já que fala em pinturas, o filme é mais colorido que os filmes da época a que estamos habituados. Foi propositado?

Quisemos ser rigorosos nos detalhes históricos, mas não quisemos que fosse um filme histórico clássico. O guarda-roupa, por exemplo, foi influenciado por detalhes de moda dos dias de hoje. Mesmo os filmes clássicos que tentam replicar o que aconteceu em determinada altura não conseguem ser rigorosos. Ninguém estava lá nessa altura. E a partir do momento em que se percebe isso há uma certa liberdade para seres diferente, por isso tentámos investigar detalhes e imagens que não são muito comuns. Na maior parte destes filmes sobre o início do século XIX na Alemanha vês cores como o preto, o branco, o castanho e o cinzento. E pensámos: porque não fazer o contrário, com cores? E o material está lá. Os tapetes, as cores, é tudo de 1800, por isso é tudo uma questão de liberdade de escolha.

Como é que têm sido as reações ao filme?

Na Alemanha as pessoas já conheciam a história porque o Kleich é muito conhecido. Estive a seguir as estreias em várias cidades por todo o mundo [a seguir a Lisboa estará na Coreia] e as reacções têm sido diferentes. Riem-se por causa da obsessão de Kleich pelo suicídio. Em geral gostam do humor, já que o filme não está escrito de uma maneira trágica.

É por isso que decidiu chamar-lhe uma “comédia romântica”?

Sim, é uma espécie de piada. Mas algumas pessoas ficaram chocadas com a ideia de que a Henriette ainda queria dizer alguma coisa [antes de Kleich a matar]. O que acho interessante é que as pessoas têm sempre muitas interpretações. Já tinha experimentado isso também com outros filmes meus, todos eles têm alguma ambiguidade e por isso há espectadores muito certos de uma coisa e outros que dizem o contrário.

O que lhes costuma dizer?

Digo que estão todos certos. O filme está aberto a várias interpretações e era isso que queria. É essa a razão principal para fazer filmes, para dar a conhecer esta abertura numa altura em que tentamos sempre arranjar títulos ou categorias para as coisas. Elas podem ser muito contraditórias.

Algumas pessoas acham que Kleist era doente mental. Qual é a sua interpretação?

Consigo percebê-lo muito bem. Acho que ele, de alguma forma, é louco. Mas todos nós o somos de alguma maneira. Uns escondem-no melhor que ele. Ele diz o que quer e isso é muito estranho. Mas, sinceramente, acho que se disséssemos o que realmente desejamos os resultados seriam incríveis. Todos nós seríamos loucos. Nós só nos adaptamos melhor ao que é esperado. Ele é um homem teimoso que não tem nenhuma incapacidade, por isso até o percebo e gosto dele.

E Henriette?

Ela é o oposto. É tão inconsciente de si própria e do que ela quer que se torna o oposto. Ela é levada a fazer alguma coisa [neste caso ao suicídio] mas ainda assim não é uma vítima.

Ganhou o prémio de Melhor Filme no Lisbon & Estoril Film Festival. Como reage a premiações como esta?

Não estive cá durante o festival, mas fico feliz quando os filmes que faço têm algum sucesso, até porque sou uma pessoa muito autocrítica e por isso é bom para mim.

A partir do Jornal I. Leia no original

SABE QUANDO VOCÊ SE SENTE IMPOTENTE ?!

3/03/2013
Imagem por angelssol
Sabe quando você se sente impotente? E ainda sabe que a culpa é sua por tudo estar acontecendo dessa maneira? Sabe como é difícil olhar pra trás e saber que você poderia ter feito diferente, mas não fez. Pior ainda é saber que você sabe dos erros, mais não aprendeu com eles, continua a errar da mesma forma... Medos. Medos graves mesmo, sabe? Não é medo do “bicho papão” de ser roubado, de um “filme de terror” ou algo assim. O medo que eu sinto é o pior medo que alguém pode sentir... Medo do futuro! Meu futuro é incerto, estou construindo ele hoje, o pior de tudo é que estou construindo errado, cheio de falhas. Nada acontece como eu planejei. Minhas vontades parecem ser maiores que meus sonhos, meus objetivos, minha carência muda meu comportamento.

Quanto eu faço por ter as pessoas ao meu lado? E elas não fazem nada por mim... Mesmo assim, eu cometo o mesmo erro de ir atrás, de ferir os meus sonhos. É tão triste saber que meus sonhos estão afundando e eu assistindo isso, me sentindo impotente, com as mãos amarradas. 

Não sei como achar uma saída, realmente não sei onde esta aquela famosa “luz no fim do túnel”, mas estou a procurá-la. Ainda bem que eu ainda tenho força pra continuar, ou talvez “empurrar com a barriga” mesmo sabendo que o certo seria de outro jeito. Fico a pensar... Porque eu não consigo? Por quê? Se eu sei o que é certo a se fazer, se eu sei o que deve ser feito... Fico a pensar o porquê de eu não ter a capacidade intelectual para conseguir traçar meus objetivos, fico a pensar onde estão as minhas qualidades? Só vejo mentiras sobre mim... Eu não sou nada do que as pessoas acham que eu sou: não inteligente, eu não sou legal, eu acho que nem mesmo “coração bom” como algumas pessoas falaram que eu tenho. Que tipo de ser humano eu sou? E o porquê que eu tenho que ser assim? Fico a pensar, como eu posso conseguir mudar? Sumir com esse orgulho que me sufoca a cabeça, acabar com esse egoísmo que machuca meu peito, e desaparecer com essa inveja que sufoca meu amor próprio.

Onde eu posso conseguir ajuda? Quem pode me ajudar? Eu sei que não adianta chorar, não adianta fingir, as máscaras caem um dia... Eu só quero ser um ser humano melhor, eu só quero poder ajudar a minha mãe, meus irmãos, eu só quero poder dar orgulho a minha família, amá-los como eles me amam e me sentir amado também. Será se é pedir muito? Sabe, eu juro, dinheiro não me interessa muito, o que me interessa é o que ele pode me proporcionar, ajudar todas as pessoas que eu amo. Eu sei que dinheiro não trás saúde, amor ou até mesmo felicidade, mas ele ajuda e muito nesses fatores... Eu só queria ter o suficiente pra ajudar minha família e poder seguir em frente, porque eu sonho em ter uma família, filhos, esposa, netos. Sonho com um futuro bom. Mas, como eu posso conseguir isso, se eu estou tendo a chance e a estou perdendo, devido a minha preguiça, burrice, orgulho, egocentrismo, maldade, egoísmo, inveja, falta de amor próprio, “vadiagem”. Como eu posso mudar isso, se esse sou eu? Eu queria realmente poder responder essa pergunta a mim mesmo... Eu queria realmente mudar, (viver dói, dói muito! Mas é necessário viver...).

Um dia li um texto que me identifiquei muito “a síndrome dos 20 e poucos anos”, como é difícil chegar a essa fase, sonhos, interesses, objetivos, pessoas, amigos, responsabilidades, é uma difícil transição e o pior é que você tem que traçá-la sozinho, ninguém pode te ajudar, mas precisamos de ajuda (eu preciso), escrevo esse texto de forma de desabafo, pra eu mesmo às vezes ler e saber quem sou eu, pra eu saber que se eu fracassei ou fracassar o culpado sou eu e mais ninguém... O meu choro, vem com poucas lágrimas, mas me dói tanto... Às vezes eu acho que se eu chorasse com mais vigor poderia até não acabar com toda a dor que eu sinto agora, mas me aliviaria um pouco só que infelizmente nem isso eu tenho mais (lágrimas).  Tem uma música do "los hermanos" que eu fico a pensar no trecho dela que diz assim: (...) “e se eu fosse o primeiro a voltar, pra mudar o que eu fiz... Quem então agora eu seria?”.

Então, quem eu seria? Na verdade eu não sei mudar, eu não consigo mudar, mas eu quero, quero muito! Tenho as ferramentas, sei dos meus erros, mas porque eu não consigo usá-las? Porque eu sou tão “burro” ao ponto de me ver errando e não mudar? Por que eu não tenho capacidades cognitiva e intelectual para ser um profissional de sucesso? São tantos os porquês e nenhuma as respostas... Mas, fica tranquilo... Eu to seguindo, mesmo com o coração todo quebrado, cheio de mágoas e às vezes me sentindo a “pior pessoa do mundo”, mas como eu já disse é necessário viver... Certo de que cada um tem seu destino, fico a imaginar como os deficientes (visuais, cegos, surdos, mudos, paraplégicos ou outras síndromes) quais são os porquês deles, e as respostas que eles encontram pra continuar com vigor e “felicidade” talvez o sorriso deles sejam igual ao meu: cheio de tristeza, que ninguém percebe. Não percebem porque somos guerreiros, porque conseguimos viver e apesar de todas as dificuldades, sabemos que é preciso continuar... Ás vezes não por nós, mas por quem amamos, mesmo dando trabalho, mesmo sendo “uma pedra no sapato” dessas pessoas que nos amam, mesmo assim elas nos amam, não sei por que, mas amam...
A partir da Comunidade QM. Leia no original

NUNCA NINGUÉM FEZ ISTO POR MIM

3/01/2013
Imagem por angelssol
Tenho um casal de cachorrinhos da raça maltês e, ontem, enquanto lia um livro na varanda dos fundos aqui de casa , presenciei uma cena que me emocionou muito: a fêmea estava escondida atrás de um cadeira e o macho foi empurrando com o focinho a  tigela de ração até chegar perto da cachorrinha e ficou perto dela até certeza que ela estava bem alimentada. Achei essa cena de uma beleza incrível! Quantos seres humanos se matam por nada, se agridem sem motivo, abandonam seus filhos, ferem os sentimentos alheios pelo puro prazer de ver o outro chorar... E esse cachorrinho, tão pequenino, se preocupou com a sua companheira e com o seu bem-estar! 

Nunca ninguém fez isso por mim, talvez por isso essa cena tenha me tocado tanto. A espontaneidade, o fazer sem cobrança, o simples gesto de se preocupar com alguém, que coisa linda! E coincidiu que eu estava lendo um livro do meu autor favorito: Stephen King, e ele fez a seguinte citação no livro 'Sob a Redoma', página 816: " Nós achamos que somos inteligentes! Sabemos que as formigas são insetos sociais, construtores de casas, de colônias, arquitetos espantosos. Trabalham duro como nós. Sepultam os mortos como nós. Têm até guerras raciais, formigas pretas contra vermelhas. Sabemos disso tudo, mas não pressupomos que as formigas sejam inteligentes."

E os seres humanos são inteligentes? Alguns animais praticam o suicídio, elefantes se separam da manada quanto sabem que estão muito doentes e preferem morrer sozinhos. Baleias e golfinhos praticam o suicídio em massa, não se sabe o porquê, acha-se que deva ser por causa da poluição. Não sei, se o suicídio faz parte da natureza e das religiões criadas antes do cristianismo, como as orientais, por que ele é tão condenado? Por que acabar com o próprio sofrimento é tão combatido? Ou seria porque o nosso semelhante gosta de ver o outro sofrer? Já observaram como junta gente quando ocorre um acidente? Corridas de automóveis atraem o público  pela grande possibilidade de ocorrer acidentes, isso já está comprovado. A humanidade é cruel. Os animais são sublimes em sua essência.
A partir da Comunidade QM

ELA QUASE MORREU POR ELE

1/31/2013
"Seguiu em frente, mas antes disso ela passou por tanta coisa junta! Viam-se lágrimas a cair dos olhos dela sempre que se lembrava dele, ele quis desistir de tudo, e ela ali ficou, sozinha! 

Eu acho que lhe passou tudo pela cabeça, ela vivia a cortar-se por puro desespero, queria afogar a dor que sentia por dentro, ela vivia a chorar! 

Ela vivia a pensar em se suicidar, e até penso que ela o tentou fazer, mas alguém a impediu! Ele a via assim, não fazia nada, olhava, baixava a cabeça e seguia em frente, como se nunca a tivesse conhecido! Ela dizia que o amava, ele dizia que ela o sufocava! 

Ela queria desaparecer dali para fora, afastou-se de tudo e todos, não via mais nada a não ser a dor que sentia, não pensava em mais nada, não comia nada, não falava com quase ninguém... até que um dia aprendeu a lição que ele lhe deu, ele prometeu, não realizou, ele a iludiu, ela acreditou! 

Ele a fez sofrer muito, ela não merecia, não era uma pessoa perfeita, mas ninguém merece. Ele esteve mal com ela! Ela quase morreu por ele, ele nem um desculpa pediu, ela ainda hoje pensa nisso, mas já esqueceu ! Aprendeu a não acreditar em tudo o que dizem, por mais convincente que a pessoa esteja a ser! Sabem como sei tanto da história dela? É porque ela , sou eu!"
Didinha

DE IGUAL PRA IGUAL

10/20/2012
Num momento em que eu me sentia só e perdida no escuro,eu pude ver você.
Te pedi a mão e você a estendeu para mim.
Você me compreendeu em todas as palavras desesperadas, em todos os momentos em que eu me afundava em lágrimas, lá estava você, para me levantar,mesmo que de longe.
Cada sentimento meu, que eu achava que era somente eu quem sentia, você também já sentiu e dividiu comigo antes que eu lhe dissesse.
O seu talento,sua compreensão... Você é único.
Ainda se fecha para o mundo, mas assim como eu,sofreu demais com ele, sente o mesmo receio que eu sinto de se machucar ainda mais.
Você quer me ver feliz, assim como eu quero ver você feliz também.
Você não me conhecia,mas vimos o dia amanhecer juntos, mesmo não nos vendo.
Sua dor é parecida com a minha, nós nos entendemos.
E mesmo nunca ter olhado em seus olhos, divido com você meu coração.
Pois sei que você tem sentimentos puros, quer ver o mundo como eu quero,o mundo de verdade.
Você ora por mim e eu oro por você
E mesmo longe, estamos perto.
M.S.
A partir da Comunidade Q.M.. Leia no original

ESTOU SAINDO DE UM AMOR DA VIDA INTEIRA

6/17/2012
Tenho 39 anos e estou saindo de um relacionamento da vida inteira. Amo meu (ex) marido e ele simplesmente não me ama mais. Depois de muito sofrimento, ele terminou comigo da pior forma possível. Fiz muitas coisas erradas, não me entreguei da forma como ele esperava, carrego remorsos e culpas na consciência. Não tivemos filhos.

Ele é deprimido, alcoólatra, vinha me maltratando há muito tempo e mesmo assim sinto que ainda o amo. Estamos separados há quase dois meses, mas ainda nos vemos e nos falamos, sem amor nem sexo. Ele sempre diz que não me ama mas sente saudades do nosso convívio. Eu também, com a diferença que eu o amo. Na verdade acho que nos falamos sempre porque somos dois solitários, só "temos" um ao outro e ficamos nos machucando, machucando, machucando.

Tenho muito medo da hora em que a gente decidir parar de se ver/falar definitivamente. Sei que vai acontecer em breve e que isso é necessário mas o que eu vou fazer depois disso?

Tenho medo que ele se mate, tenho medo de tocar a minha vida sem ele, não tenho nenhuma vontade de envelhecer sem ele ao meu lado.

Considero essa vida sem ele sem sentido, sem objetivo. Tudo o que eu fazia era para viver com ele. Só de pensar que vou viver sem esse referencial parece que todo o ar sai do meu peito. Ele também está tão infeliz, tão sozinho, tão desesperado. Esvaziamos nossa casa, vamos vender o nosso apartamento tão lindo, que um dia foi o nosso sonho. Que dor!

Estamos ambos com acompanhamento psicológico mas não estou sentindo melhora. 
Tenho tanta pena. Poderíamos ter sido felizes e envelhecido juntos. Fomos os primeiros namorados um do outro e agora vamos acabar infelizes, separados e cheios de mágoas.

Posso até ter outros relacionamentos mas é muito duro saber que ele foi o homem da minha vida e que essa etapa acabou. Daqui para a frente é só tolerar um dia depois do outro e esperar o tempo passar.

A dor é tão profunda... O estranho é que ninguém vê, ninguém se importa, as pessoas acham que eu tenho a "obrigação" de me recuperar rápido. Cada vez que alguém me diz que "a fila anda", que eu vou achar alguém, que nada como um novo amor para curar o antigo, etc., eu tenho vontade de morrer. Todo o futuro que eu imaginava e desejava morreu, nada nem ninguém podem mudar isso.

Não sei se vale a pena o esforço de continuar vivendo. O que me impede de me matar é o amor que sinto pelos meus pais e por incrível que pareça, o amor que sinto pelo meu ex. Não quero que ele se sinta culpado pela minha morte. Quero que ele se cure da depressão, controle o alcoolismo e que de alguma forma seja feliz. 

(Isso também dói muito, desejar que ele seja feliz sem mim)

A VIDA E O AMOR

3/31/2012

Ignore o trecho final da mensagem. Trata-se de uma peça comercial da empresa Garoto para o produto "Serenata de Amor", mas, como disse, ignore este fato e preste atenção a todo o texto. Com poucas palavras e belas imagens, transmite o sentido que por vezes esquecemos de dar à vida. A sugestão foi dada por A.S. da Comunidade Q.M..

ALGUÉM PARA AMAR

9/27/2011


Alguém Para Amar
Qualquer um, pode me encontrar um alguém para amar?

A cada manhã [que] eu me levanto, eu morro um pouco,
Mal consigo permanecer em pé.
(olhe para si mesmo) Olho no espelho e choro, (e choro)
Senhor, o que está fazendo comigo... (sim, sim)
Eu tenho passado todos os meus anos acreditando em você,
Mas eu simplesmente não consigo nenhuma ajuda, senhor!
Alguém, alguém, alguém, alguém,
Qualquer um, podem me encontrar um alguém para amar?

TENTO SABER A FONTE DO PROBLEMA E NÃO CONSIGO

4/26/2011
"Tenho bons cursos, tenho um filho de um ano e meio e recentemente me separei da minha mulher. Sei que é difícil as pessoas entenderem. Só quem está passando por alguma situação angustiante sabe o que sentimos. Me vejo triste... impotente e fraco diante da situação que estou vivendo!

É como se morrer fosse a única solução. Por outro lado, há a família, que tenho certeza que vai sofrer se eu cometer suicídio. Sinceramente, não é por causa da separação, até por que meu casamento já não existia de fato há um bom tempo. Meu problema é o fracasso profissional. Sempre procurei ser muito bom no que faço e sempre me dediquei, sempre acreditei que poderia obter sucesso, pois me qualifiquei para isso. No entanto tenho muita raiva por ter traçado metas, planos, sonhos e objetivos e hoje ver que só tenho curriculum! O curiculum não é NADA !!!

Tento entender... identificar qual exatamente a fonte do problema e não consigo. Será que ter trabalhado desde os 15 anos de idade e hoje estar com 25 anos, sempre sendo responsável, é algum pecado? Não tenho inveja de ningém, mas é chato a gente saber que outras pessoas que devem dinheiro, subornam, se corrompem e ainda assim conseguem obter casa, carro e passear todos os finais de semana... Como pode? É essa a justiça divina? Nunca consegui admiração e respeito, mesmo respeitando os outros, por que não tenho dinheiro, carro...

Respeito meu trabalho e gosto muito do que eu faço. Será que isso é errado também? Vou continuar tentando, mas... já estou até conformado de que só os "escolhidos" conseguem vencer, os demais seres humanos são só "batalhadores". E serão sempre. Assim como eu. Fiquem em paz."

André
Comentário à postagem Magoei muita gente e não me perdoô

NUNCA ACREDITEI QUE UM AMOR PODE FERIR

2/01/2011
A vida é realmente intrigante... Eu nunca acreditei realmente em amor eterno, nunca levei suicídio a sério, sempre que ouvi dizer que alguém havia se suicidado por amor eu pensava: "que atitude precipitada". Enfim, sempre fui muito cético quanto a sentimentos, sempre pensei que quando meu casamento acabasse eu encararia a situação com naturalidade e que eu acabaria tendo que consolar minha ex-esposa. Mas a vida guarda os segredos mais profundos do coração.

Só percebi que algo estava errado quando me vi num sábado a noite em casa, sozinho, com uma caixa de calmantes numa mão e uma garrafa de whisky na outra...

Logo eu que nunca acreditei que um amor pode ferir. Agora simplesmente não consigo viver sem o amor da minha esposa. De repente eu vi que eu não tenho vontade de viver, eu vivia por ela, em todos os meus planos lá estava ela, toda vez que eu pensava no futuro, lá estava ela.

Meus planos sempre foram terminar a faculdade, conseguir um bom emprego e ter um salário bom, mas agora eu vejo o motivo, para dar a ela uma vida confortável.

E agora, assim de repente, ela sai da minha vida e me deixa sozinho com os nossos planos.

Sempre imaginei o dia em que teríamos um filho, esse sem dúvida seria o dia mais feliz da minha vida! Estava tudo praticamente planejado, eu terminando minha faculdade e ela também, terminaríamos no mesmo ano, e logo no ano seguinte já encomendaríamos o nosso bebê.

Mas agora.... já nem sei o que fazer semana que vem.

Pior que essa dor, é a voz que fica martelando na minha cabeça: "acaba com isso cara, termina com esse sofrimento, você não precisa sofrer assim!"

Eu tento lutar contra, mas não sei até quando eu vou aguentar, pois a cada dia que vejo que ela está mais distante de mim, a minha vontade de viver diminui, a vontade de lutar se esvai, os planos não fazem sentido, a vida perde a graça.

Logo eu que nunca acreditei em amor eterno. Logo eu que nunca chorei. Logo eu que nunca pensei em como seria viver sem ela.

T.A.R.
Depoimento na Comunidade Q.M.
Imagem: por mindfulness

CECÍLIA MEIRELES RELATA EM CARTA SUICÍDIO DO MARIDO

1/14/2011
Na manhã do dia 19 de Novembro de 1935 uma das três meninas de uma casa do Rio de Janeiro sai do quarto, desce à sala de jantar, e vê o pai dependurado no candeeiro, atado pelo pescoço a um pedaço de uma rede de balançar. Dá um grito, e chama pela mãe, que logo acorre. A menina chamava-se Maria Matilde. O pai chamava-se Fernando Correia Dias, português nascido em 1892 em Penajóia, filho de capitão de infantaria, que partiu, em 1914, para o Brasil, instalando-se no Rio de Janeiro. Em 1922 casou com a jovem poetisa Cecília Meireles, nascida em 1901 no Rio de Janeiro mas de descendência portuguesa, e órfã, muito cedo, de pai e mãe.

Cecília Meireles foi autora de uma vasta obra poética, iniciada em 1919, e com pontos altos como Viagem, Mar Absoluto, Retrato Natural e Romanceiro da Inconfidência A carta que a seguir reproduzimos é uma das muitas cartas que escreveu para os seus amigos portugueses. Mas desde o seu início se vê que não se trata de uma carta como as outras, ou que se trata, mais do que de uma carta, de um texto de qualidade excepcional, humana e artística, e de um testemunho raro sobre a tragédia do suicídio do seu marido. As razões dessa tragédia relacionou-as a imprensa do tempo, brasileira e portuguesa, com a "neurastenia" que se abatera sobre Correia Dias sobretudo depois do regresso da viagem, em 1934, a Portugal. Mas o sucesso da bonita e inteligente e sensível Cecília junto dos portugueses foi tão notório quanto o apagamento do "neurasténico" marido, que às vezes se quedava ignorado a um canto dos salões em que sua mulher centralmente brilhava.

A escritora acompanhou a "doença" do marido, e pôde pensar em soluções ou hipóteses de "cura". Numa outra carta, dizia ela: "há muitas mortes pordetrás dessa morte. E não foi apenas um suicídio: foi também um assassinato". E, apesar da indignação, registem-se as confissões de amor de Cecília ("dando-me, dando-me, dando-me infinitamente", "eu o amei sobre todas as coisas"). 

CHEGA DE SOFRER POR QUEM NÃO SE IMPORTA COMIGO

1/13/2011
Eu já senti essa dor (término de um relacionamento), não é nada fácil. Mas quero compartilhar o que eu fiz pra sair dessa. Bom, eu também só queria saber de dormir e até desejei a morte por várias vezes, estive a ponto do ato de me suicidar. Li algumas cartas e conversei com pessoas que tiveram conhecidos que se suicidaram. Sabe o que aconteceu? No início, como era recente, as pessoas sentiram muito. Mas depois a vida continuou, eles continuaram vivendo e o suicida, ficou no esquecimento.

Os "supostos" culpados, que motivaram as pessoas a se suicidarem, estão por aí, curtindo a vida, vivendo cada vez mais e melhor. E o que aconteceu com a pobre alma suicida? Isso eu não sei. Uns dizem que vão para o inferno, outros que vão ficar vagando ou carregarão esse ato por várias outras vidas.

Diante disso, comecei a refletir sobre a minha vida e compará-la com a do meu ex. Vi que enquanto eu estava aqui parada, eles estava lá vivendo. Enquanto eu pedi demissão do emprego, porque estava depressiva, ele havia subido de cargo na empresa na qual ele trabalha. Enquanto eu estava trancada dentro do meu quarto, isolada do mundo, ele estava viajando, conhecendo pessoas e se divertindo.

Então resolvi dar um basta nisso! Pensei, pensei e me decidi: Chega de sofrer por quem não se importa comigo. Compreendo que não posso obrigar a ninguém a me amar, nem quero viver me humilhando, vivendo de migalhas. Chega! Não existe só ele no mundo. Minha vida não pode girar em torno dele. Descobri que a minha felicidade não pode depender de outras pessoas e somente de mim!

Resolvi correr atrás de um emprego, procurar minhas amigas, ler bons livros, fazer atividades, correr atrás dos meus sonhos,dar mais valor a quem realmente gosta de mim (familia, amigos). Enfim, viver! Hoje vejo que o término do meu relacionamento, fez é bem pra mim, pois eu estava bem acomodada, tinha esquecido dos meus sonhos, amigos, da minha vida. Estava vivendo a vida conforme ele queria, e não era certo. Eu não enxergava isso pois estava cega de amor. Outra coisa, quando terminamos um relacionamento ficamos tão abatidos que nem sequer lembramos de como era realmente o relacionamento. Esquecemos os defeitos, as desavenças e só lembramos dos bons momentos, o quão o parceiro era "maravilhoso e perfeito".

sso ocorre porque somos tomados pela emoção. Quando nos recuperamos e conseguimos agir pela razão, a realidade é bem outra. Então, a todos os outros que vem aqui no site pensando em suicidio por um relacionamento amoroso que não deu certo, deixo a minha história. Espero que possa ser útil. Desejo de coração que se recuperem dêem a volta por cima e sejam muito felizes! Um grande abraço, fiquem com Deus!

K.L.
(Depoimento na Comunidade Q.M.)
Imagem : por kelp1966

O AMOR É INTRANSFERÍVEL

12/05/2009

Quero levantar uma questão muito triste,Vc daria sua vida por amor?... Eu trago essa questão pois conheci a pouco um caso de um garoto chamado Roger Nascimento ( http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=6358873604335905724 ) que acabou se suicidando por que sua namorada havia acabadu com ele... Vcs axam que nesse casu foi amor ou um simples caprixu? Eu fiquei muitu triste com essa historia pois ele tinha a vida toda pela frente, era jovem e ate pinta... Que ele descance em paz... 22/05/2006. LUIZ HENRIQUE BERNARDES (
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=7937240121080887823 )


Como alguns membros devem saber, eu e Solange somos espíritas e, como qualquer religião (ou doutrina) cristã, não poderia aceitar o suicídio. Mas não quero fazer observações com base neste aspecto, mas sim em relação ao amor e à vida.Acredito na vida como experiência da alma e, em nossas relações, deve prevalecer a aceitação. No amor, esta postura é primordial para que entendamos a história de cada um e o porquê as pessoas passam por nossas vidas. No amor, precisamos aceitar as diferenças, aceitar o pouco amor, aceitar a rejeição, aceitar a solidão. Pois amor não se mede e não se compra. Amor existe e não se cobra. Afinal, as pessoas são diferentes e, portanto, assim, também seus sentimentos. O amor de cada um é diferente, mesmo em pessoas apaixonadas e, se formos pesar estas diferenças, começaremos a lançar flechas contra quem amamos. E o amor puro não é isto. É liberdade, mesmo com dor, é liberdade.O caso relatado no tópico e no profile acima é um exemplo de "falta de aceitação". Não condeno a atitude desesperada, por si só merecedora de compaixão. Mas falo pra quem vive uma situação de rejeição que é preciso aprender algo primordial na vida: que o amor é pessoal, o amor é individual e intransferível. O amor é nosso e de mais ninguém. Podemos, quando muito, compartilhar os sentimentos. Mas o sentimento é teu e somente teu. Não exija amor de quem não pode dar, pois isto não é amar. Não exija mais amor do que alguém pode te dar, porque isto também não é amor. Cada um ama como pode e quem seu coração escolheu.

Não há limite e nem razão para este amor e, mesmo quando ele acaba, não merece julgamento. Se o amor existiu, ele merece perdão por ter acabado. Pois amor é como um pássaro que não pode ter as asas aparadas, sob pena de perder o brilho da liberdade e a beleza do vôo.

O amor não é uma conquista, é um achado, é um presente... E, sob pena de deselegância, não avaliamos os presentes: aceitamos, agradecemos e, se possível, retribuímos.

O amor é um sentimento que não nos pertence.

Marcos Grignolli


Tópico : POR VOCÊ EU MORRERIA...
Comunidade AMOR DE ALMAS no ORKUT

SUICÍDIO : DEDICATÓRIA PARA UM GRANDE AMOR

12/02/2009
Agora era tarde para voltar. A mulher estava me esperando e eu já havia adiantado um pouco do assunto pelo telefone…

Nem sei porque a procurei. Curiosidade? Bom, acho melhor explicar como aconteceu…

Há dois meses atrás fui ao sebo, que ficava quase na esquina da Farrapos com a São Pedro, em Porto Alegre, e comprei um livro. Não era um livro qualquer, era “O Livro”. Era, para mim, um livro tão importante, que provocou tanto impacto em minha maneira de ver o mundo e o Universo que eu queria ler apenas quando julgasse estar pronto…

O filme era o meu preferido, o diretor do filme também, assim como o escritor do livro. Mas o livro propriamente eu jamais havia lido. Sabe aquela lista que a gente sempre faz dos “livros para ler este ano”? Eu jamais colocava este livro na lista. Sei lá, pode parecer idiota, mas é como uma sobremesa onde primeiro comemos a “pior” parte, deixando a melhor para o final…

2001, Uma Odisséia no Espaço, de Arthur Charles Clarke (dizem que ele não gosta do Charles. Desculpe…). Uma barbada. 10 reais. Se você que estiver lendo essas palavras, mora no futuro, saiba que esses 10 reais equivalem a cinco garrafas de coca-cola, ou a um ingresso de um bom cinema.

Bom, chega de divagações. Comprei o livro. Ponto. Isso era uma quarta-feira e no sábado, aproveitando a folga, refestelei-me no sofá pronto para ler o livro.

Geralmente quando escolho um livro em um sebo, não olho as páginas finais e nem as iniciais. Pra não estragar a surpresa, acho. Abri a primeira página, a da contracapa, e lá estava, uma dedicatória escrita em letras bonitas, angulosas. Se fosse possível imaginar alguém através da letra, eu diria que aquela moça (era na época, descobri mais tarde…) era alta, elegante, gostava de vestir-se bem e ouvia bossa nova. Tinha preferência por tudo o que fosse sóbrio e altivo. Em suma, uma pessoa “clássica”, como a música.

Essas coisas me passaram pela mente, mas não tenho nenhum processo lógico para explicar como cheguei a essas conclusões. Não me peçam para destrinchar os intrincados mecanismos da mente humana, tão diferentes de pessoa para pessoa.

Eram oito linhas. Oito simples linhas.

“Que você encontre a felicidade e que ao abrir este livro lembre-se desta que tanto o ama. Lílian Marlene Fuchs” (22 - 2 - 1969) . “Lili”

Comecei a ler o livro mas aquilo sempre me voltava à mente: o que teria acontecido àquele grande amor da Lílian? Afinal, o livro fora vendido ou emprestado para alguém que, ao invés de devolvê-lo, vendeu-o para um sebo. É triste, é engraçado, mas não impossível de acontecer…

Teria o “amor da Lílian”, morrido? Teria Lílian também morrido?

E me veio a vontade de conhecer a Lílian.
A partir do blog Stapafurdius. Leia no original.
Imagem: Flickr. Autor: 1Happysnapper

AMOR GAY : MEDO FRUSTRAÇÕES E SUICÍDIO

12/01/2009
"Amei (amo) muito uma pessoa , mais ela se foi não sei onde esta. Às vezes meu coração sente tanta falta que parece que vai explodir. Sei que ainda vamos ser felizes juntos, mais a falta de paciência me agonia, já faz quase três anos, já tentei outras pessoas, mas não consigo... O nome dele e S., ele é de fortaleza e eu também... Tudo se torna complicado, porque sou gay (ele também ), mas tem medo da familia. Daí me deixou ... Nunca mais o vi... (Anônimo - Comentário à postagem "Minha alma gêmea foge de mim")

O amor entre iguais não é um tema abordado explicitamente no "Amor de Almas", simplesmente pelo fato de que tratamos de um único sentimento (o Amor) e este não conhece os limites das convenções e do preconceito. Mas fatos recentes e a postagem emocionada de uma amiga, no Angel Blog, me fez retornar ao assunto. E foi justamente nos comentários que colhi o gancho para falar disso, mas acabei sendo levado ao blog de Hermano Barrios, onde ele próprio conta, com palavras que não seria capaz de usar tão bem, o drama e o desconforto de quem vive esta opção sexual. Decidi, então, reproduzir seu texto exemplar.

* * *

Infelizmente ontem mais um conhecido meu tirou sua própria vida. Comecei a pensar nas pessoas que conheço que cometeram suicídio e notei que todas tinham algo em comum, ERAM GAYS. Isso me fez pensar, gays são mais infelizes?

As pesquisas indicam que sim.

As possibilidades de tentar terminar com sua vida são treze vezes maiores para os homossexuais que para o restante da população de sua mesma idade e condição social.

Em um ano, 906 garotos vão preferir morrer a continuar sofrendo humilhação. 150 garotas vão escolher desaparecer a ter de lutar pelo direito de amar quem elas quiserem. Mil e cinquenta e seis ao todo.

Quanto de talento não estamos perdendo a cada ano?
Quantos artistas, escritores, músicos, arquitetos, médicos, engenheiros, designers, advogados, professoras?

Quem sabe o que eles poderiam trazer de benefícios para a humanidade?

Em estudo lançado pelo departamento de Medicina Preventiva e Social da Unicamp atestou que a principal causa de suicídio entre jovens gays se relaciona com frustrações no âmbito familiar e afetivo.

Quando um pai ou uma mãe diz "Se você continuar com essa viadagem, você pra mim morreu," e o jovem sabe que NÃO PODE MUDAR ISSO?

Machuca, né? Não só o fato da família julgar, mas até mesmo amigos e meros desconhecidos no meio da rua.

Uma das conclusões que cheguei após uma longa reflexão e pesquisa é que isso é um assassinato social. A pessoa acaba tirando sua própria vida por causa dos outros. Isso é tão errado.

Imagine estes MIL E CINQUENTA E SEIS que vão morrer este ano, se tivessem a chance de pensar um pouco mais de tempo, de serem ajudados, de ver que a culpa não é deles, e sim da sociedade. Gente, são mais de mil vidas!

Mais de mil famílias sofrendo a cada aniversário, a cada Natal, a cada lembrança... Fora os amigos...

Tem solução?

Assumir para as pessoas da sua vida a sua orientação sexual e parar de sofrer em silêncio talvez seja uma das soluções. Sou da teoria de que se todos os gays saíssem do armário, não existiria mais homofobia. Porque se tornaria algo "normal" ser gay. Ainda não entendo porque as pessoas se preocupam tanto com a sexualidade dos outros. Deixem as pessoas em paz!

Uma palavra basta: RESPEITO.

Que tal buscar conhecer um pouco mais sobre o que é ser gay ou ser lésbica (ou até ser travesti ou transexual) em vez de recriminar o que desconhece, por puro susto?

Se você é religioso, que tal procurar saber o que realmente a Bíblia diz sobre a homossexualidade antes de sair repetindo as besteiras pregadas por pastores e padres que mal leram as escrituras?

Caso contrário, a próxima vez que você disser que prefere ter um filho morto a ter um filho gay, seu pedido pode se tornar realidade.

Abaixo, vídeo de um menino que sofria bullying na escola e se suicidou, reportagem do "Profissão Repórter".




* * *

A seguir o comentário de outra blogueira, Manuela Medeiros, que foi o que na verdade me levou a conhecer a página de Hermano Barrios (veja no original).

"por isso amo tanto a minha mãe. ela não consegue ainda lidar com o fato de eu ser gay e eu também não fico tentando empurrar isso goela abaixo. eu respeito a dificuldade dela porque ela foi criada em outros tempos e ela respeita minha escolha, porque ela sabe que eu gosto simplesmente de ... PESSOAS.
ela nunca me humilhou, nunca me bateu e jamais diria ou ousaria pensar que prefere que eu morra do que seja gay.
minha mãe é muito linda, tão linda de coração que só de falar dela as lágrimas veem.
desejo que os pais e mães dos homossexuais tenham por seus filhos o amor que minha mãe tem por mim: incondicional, acima de preconceitos e valores distorcidos impostos pela sociedade e igreja.
parabéns pelo texto e meus sentimentos por seu amigo.
um beijo".

Imagem: Made Underground (Flickr)

OBRIGADO, AMOR, POR TUDO

11/07/2009

"Sei que a morte é uma separação momentânea mais é muito difícil viver sem ver esta pessoa do nosso lado,tocar,conversar,abraçar sei que é egoismo e entendo que a vida tem que continuar mais a saudade dói muito. 0 que faço é pedir a Deus forças para continuar e rezo para não lembrar a minha vida passada para poder continuar em frente sem meu marido a quem continuo amando muito apesar da ausência física. Deus é quem me ampara e me mostra uma luz que devo seguir". Giselda Castilho Dutra

A dor da perda é absolutamente amplificada quando aquele que se foi é nosso amor de alma. Não há o que falar para aplacar o sentimento de vazio e o autor que melhor retratou esta situação limite foi o Richard Matherson, autor de Amor Além da Vida (Butterfly, 285 pags., R$.22,90). O lançamento do livro já foi comentado aqui no blog, mas hoje aproveito o comentário de acima para publicar alguns trechos da obra:

"O que você pensa torna-se seu mundo. Você pensava que isso se aplica ainda mais aqui, pois a morte é um redirecionamento da realidade física para a mental - um ajuste para campos mais altos de vibração.(...) A existência do homem não muda quando ele tira um casaco. Não muda quando a morte remove o casaco de seu corpo. Ele ainda é a mesma pessoa. Não é mais spabio. Não é mais feliz. Não é melhor. É exatamente o mesmo. A morte é meramente a continuação em outro nível."

"As atitudes das pessoas em relação àqueles que morreram são vitais. Como a consciência dos que morreram é muito vulnerável a impressões, as emoções daqueles que ficaram para trás podem ter um efeito sobre eles. Uma angústia intensa cria uma vibração que pode causar dor nos que partiram, impedindo que progridam. Na verdade, é desastroso que as pessoas pranteiem os mortos, protelando sua adaptação à vida após a morte. Os falecidos precisam de tempo para alcançar sua segunda morte. A cerimônia funerária deveria ser um meio de libertação pacífica, não um ritual de luto."

"— Quero lhe dizer obrigado em palavras agora — eu disse a ela. — Não sei o que acontecerá conosco. Rezo para fiquemos juntos em algum lugar, algum dia, mas no momento, não sei se isso é possível. É por isso que vou agradecer agora tudo o que você fez por mim, tudo o que você significou para mim. Alguém que você nunca conheceu me disse que pensamentos são reais e eternos. Então, mesmo que você não entenda minhas palavras agora, sei que chegará um dia no qual o que eu disse tocará você.”

Pressionei sua mão entre minhas palmas para aquecê-la e disse a ela o que eu sentia.



"Obrigado, Ann, por todas as coisas que você fez por mim em vida, das pequenas às maiores. Tudo o que você fez foi importante e eu quero que saiba da minha gratidão por isso.


Obrigado por se preocupar comigo quando eu tinha qualquer tipo de dificuldade. Por me apoiar quando eu me sentia deprimido. Obrigado pelo seu senso de humor. Por me fazer rir quando eu precisava disso. Por me fazer rir quando eu não precisava nem esperava, mas apreciei o sabor extra que isso acrescentou à minha vida. Obrigado por cuidar de mim quando eu estava doente. Obrigado pelas lembranças das coisas que fizemos juntos e pelos filhos.


Obrigado pelas lembranças de nós dois sozinhos. Fazendo viagens de fins de semana ou passeios a lugares interessantes. Fazendo compras juntos. Caminhando. Sentados no banco e admirando as montanhas ao entardecer. Eu colocava meu braço em volta dos seus ombros, você se inclinava contra mim e nós observávamos o pôr-do-sol.


Obrigado por deixar que eu fosse eu mesmo. Por lidar comigo como eu era, não como você imaginava que fosse ou como queria que fosse. Obrigado por ser tão compatível com minha mente e emoções. Obrigado por ser tolerante com minhas falhas. Por não esmagar meu ego nem permitir que ele ultrapassasse os limites do bom senso. Obrigado por me transformar sem jamais ter feito isso deliberadamente. Por me ajudar a entender melhor quem eu sou. Por me ajudar a realizar mais coisas do que eu jamais conseguiria sozinho.

Obrigado por gostar de mim e de me amar, por não ser apenas minha esposa e amante, mas também minha amiga. Peço desculpas por todos os momentos que decepcionei você, por cada momento que deixei de dar a compreensão que você merecia. Peço desculpas por não ter sido paciente e gentil quando eu deveria ter sido. Peço desculpas por todos os momentos que fui egoísta e incapaz de ver suas necessidades. Sempre amei você, Ann, mas, muitas vezes, eu a decepcionei. Peço desculpas por todos esses momentos e agradeço a você por me fazer sentir mais forte do que eu era, mais sábio do que eu era, mais capaz do que eu era. Obrigado, Ann, por agraciar minha vida com sua adorável presença, por acrescentar a doce medida de sua alma à minha existência. Obrigado, amor, por tudo.”


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