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'ESTOU MEDICADO, NUM PARAÍSO ARTIFICIAL "

12/03/2017


Olá senhoras e senhores.

É possível curar a depressão? Deixar de ser um suicida? De desejar a morte de todas as formas? Não tenho essas respostas. Na verdade estou medicado, num "paraíso" artificial.

Venho experimentando um pequeno coquetel de drogas em que eu, minha psicóloga e a psiquiatra vem há meses tentando acertar a dose e a melhor forma de terapia. Acontece que sou extremamente cético, ateu, desgrudado dessas coisas que dão esperança.

Não acreditava numa melhora possível. Já tentei me matar 8, 9x, perdi até a conta exata. E sempre foi muito doloroso essas experiências até que conheci a Venlaxina. Calma. Não é só isso. Um dia acordei, o mundo estava igual. Eu não dei um alegre bom dia pro sol. Não vi arco íris, pássaros, borboletas celestiais. Nem se quer um pingo de felicidade extravagante brotou. Meus problemas materiais ainda estavam lá. Só mais tarde percebi...o dia tá estranho. Eu tô estranho. Passei ao lado da forca que até hoje tenho no meu quarto, presa atrás de um espelho e senti certo arrepio.

 Peguei minhas giletes de mutilação, olhei minhas cicatrizes evidentes nos braços e senti certa pena de mim...que coisa macabra. Estaria eu querendo viver a essa altura do campeonato? Não rola! Meu suicídio é certo... Alguma coisa não estava em seu lugar e eu quase, quase vi uma luz no fim do túnel. Pudia jurar... até que vasculhei meu pensamento e achei.

Sim, ainda me escapole o olhar em direção ao vazio, aquele oco ainda habita meu ser. Então o que é isso que estou sentindo? Também não sei. Mas com 4 meses experimentando essa dose que foi inicialmente de 75mg até hoje, estacionando com 300mg de Venlaxin, um potente inibidor seletivo de recaptação da serotonina, norepinefrina e dopamina, responsáveis pelas sensações de prazer e felicidade + 1mg de Respiridona, que para mim vem como um lubrificante que ajuda a desgrudar e colocar para fluir pensamentos repetitivos + Rivotril pela manhã para relaxar e booom. 

Consegui atravessar dias e noites sem pensar em morrer. Me senti cafona, pois a morte para mim era sinônimo de luxo. E lá estava eu dizendo SIM para as coisas sociais, porque minha psicóloga disse que eu falava muito não, e por isso vivia trancado, que eu tinha um padrão de pensamento negativo, e então passei a pensar duplo, triplo, ou seja, para cada coisa que eu pensava e identificava como negativo eu tentava encontrar 2 ou 3 pensamentos contrários, positivos.

 Algo estava acontecendo! Não posso dizer que estou curado (disse minha psiquiatra que não tem cura). Só posso dizer que hoje vivo melhor que ontem e que estou com vontade de ver até onde isso vai. O pensamento de morte ainda vem e já fui alertado que ele vai continuar. Ainda tenho dias de desespero, mas são menos e mais fracos do que eu costumava ter. E assim tenho passado meus dias nessa Terra. 

Ainda persiste na minha cabeça a ideia de que só estou vivo para não fazer minha mãe sofrer e no minuto seguinte que ela morrer eu vou me matar porque a vida não terá o menor sentido. Só que ultimamente, nesses últimos 3 meses, isso não tem me feito sentir vontade de apressar as coisas e sim deixar que o tempo me revele o que sentir e como agir, ao invés de tentar prever o futuro e o trazer imediatamente para o presente. 

Então meus amigos e amigas. Como disse no início, ainda não tenho respostas definitiva e bem provável que nunca terei. Porém me parece certamente que existe como tornar essa vida mais suportável, melhor do que hoje, do que ontem. E nada disso é caro, inacessível. Pelo contrário. Esta disponível no SUS. É um direito do cidadão brasileiro. Experimentem! Não os mesmos medicamentos e doses que uso, e sim um tratamento na área de saúde mental. Tem que persistir! 

Esses remédios demoram de semanas a meses para funcionar, sem contar a psicoterapia, que demora de meses a anos (no meu caso, apesar de fazer há anos, só nos últimos 2 que me tornei frequente, indo toda semana). É pronto. Quero que todos melhorem! E podem contar comigo para o que precisar, pois eu já contei com esse grupo e já fui ajudado em meio a desgraça que se instalou no meu ser. Gritem! Chorem! Desabafem! E acima de tudo, tentem outra vez, por mais exausto que você esteja. Vale a pena? Sei lá... 

Talvez nunca saiba, mas estou descobrindo que também posso tentar. E se eu posso, porque você não? Um beijo para quem é de beijo e um abraço para quem é de abraço.

Roosevelt Soares
Depoimento no Grupo QM
Imagem : Pexels

APÓS 3 CIRURGIAS NO CÉREBRO, GAROTA LANÇA LIVRO E PLANEJA FESTA

10/09/2017

Heloíza Maria Carmona Santos, 14, nasceu com hidrocefalia grave, e o diagnóstico era de que, se vivesse, poderia ser em estado vegetativo. Já fez três cirurgias para implantar válvulas no cérebro e hoje vive sem sequelas. Sem condições financeiras, organizou vaquinha on-line para colocar no mercado um livro, cuja renda ajudaria em sua festa de 15 anos. A arrecadação superou a meta e ela ganhou quase tudo para a festa.


*     *     *

Minha luta pela vida começou quando eu era bem pequenininha, logo que nasci. Com 12 horas de vida passei por uma cirurgia delicada para implantar uma válvula no cérebro. Ela drena a água que se acumula na minha cabeça, devido à hidrocefalia, e ajuda a me manter viva. A cirurgia era de risco, eu poderia ficar com sequelas graves ou em estado vegetativo.

Nada disso aconteceu. mas, em 15 dias, o aparelhinho deu problema e novamente fui parar no centro cirúrgico. Uma nova válvula teve que ser implantada. Não lembro como foi, mas sei que minha mãe sofreu muito e fez de tudo por mim.
De lá para cá eu levo uma vida normal, os meus "defeitinhos" não me impedem de fazer nada. Vou para a escola, brinco com meus amigos e meu irmão. Em casa tenho minhas responsabilidades. Sou eu quem cuido do Max, o cachorro, e também tenho que lavar a louça todos os dias, apesar de não gostar.

Sou apaixonada por ler e escrever. Amo os gibis da Turma da Mônica! E foi a partir daí que surgiu meu gosto pela escrita.
Quando eu tinha nove anos, um jornalista amigo da minha mãe me viu escrevendo e quis ler a minha crônica. Ele gostou tanto que me convidou para escrever para o jornal dele e uma vez por mês um texto meu é publicado.

Estava indo tudo muito bem, eu tinha uma vida como qualquer outra criança da minha idade, quando mais uma vez fiquei entre a vida e a morte.

No início do ano passado comecei a passar mal, desmaiava na rua e sentia dores muito fortes num dos braços. Não queria acreditar, mas minha válvula estava dando problema de novo e eu teria que trocá-la. Mais uma vez eles iam "abrir" a minha cabeça. E lá fui eu para o hospital.

Me internei e em poucos dias já passei pelo procedimento. Não é nada legal ficar no hospital, era tanta medicação que eu ficava enjoada e não conseguia comer. Era só biscoito de polvilho e iogurte. Vendo a situação, um médico bonzinho me deixou comer um lanche. Foi uma alegria só.

Sabia que a cirurgia era complicada e que eu tinha 50% de chance de vida. Poderia voltar sem falar, andar, em estado vegetativo ou até mesmo não voltar.

Na madrugada que antecedeu o procedimento, acordei às 3h com a enfermeira me dando medicação. Pedi para falar com minha mãe, ela não queria me ouvir, mas insisti.

Falei em seu ouvido, bem baixinho: "mãe, se eu voltar da cirurgia sem conseguir falar quero que você saiba que eu amo muito vocês e nunca vou esquecer tudo o que vocês fazem por mim. E, se eu não voltar, vou pedir muito para Deus me enviar de novo nessa família, porque eu sei o quanto sou amada. Minha mãe chorou".

Fiquei três dias sem sentir as pernas, pensei que iria usar uma cadeira de rodas, mas, mais uma vez, contrariei as expectativas e me recuperei bem. Saí de mais essa sem sequela, estou mais forte do que nunca.

Deus tem o controle de tudo e acredito muito nele. Ele é muito bom e se eu estou aqui até hoje é porque ele ainda não quis desligar o botãozinho que me mantém viva. Só tenho que aproveitar e agradecer. A gente não pode ficar reclamando de um negocinho pequenininho que não está dando certo. Tem gente que tem problemas muito maiores. A gente tem que ser feliz.

15 ANOS

Sempre sonhei com uma festa de 15 anos. Não precisava ser algo grande, só queria dançar a valsa. Mas, como não temos condições financeiras, iria comemorar apenas com um bolo. Eu estava feliz, mas ainda queria dançar a minha valsa. Foi aí que tive a ideia de juntar os textos que escrevia para o jornal e lançar o livro "O Sol que Brilha em Torno de Mim", com 40 crônicas sobre assuntos como política, cultura e coisas do dia a dia.

Contei a ideia para minha mãe, que aceitou o desafio e, com a ajuda de uma amiga, lançamos uma vaquinha on-line. Queríamos arrecadar R$ 5.000 para fazer e lançar o livro e, com a venda dele, eu poderia então pagar a minha própria festa de 15 anos, que vai ser no dia 20 de outubro.

O resultado nem eu esperava, mesmo. O assunto foi ganhando força e já arrecadamos mais do que pretendíamos. E ganhamos quase tudo para a minha festa. Nem nos meus sonhos mais fofinhos eu imaginaria que tudo seria assim.

A VALSA

Eu vou poder dançar valsa, e o príncipe que vai me acompanhar nesse momento já está escolhido, é o Álvaro, um menino da minha escola. Ele tem Síndrome de Down, começou a estudar comigo no começo deste ano e nos tornamos muito amigos.

Eu até poderia escolher um amigo de infância, alguém que eu conheço há mais tempo, mas o Álvaro me cativou. Ele é muito especial, ele preza pelo respeito ao próximo, trata todos muito bem, é um verdadeiro príncipe. Não tinha como não ser ele.

O LIVRO

O dinheiro da vaquinha vai ajudar no lançamento do meu livro, que deve acontecer em outubro. Ele já está pronto e foi levado para a gráfica. A procura já está grande, tem muita gente ligando pedindo para encomendar. Serão feitos 1.000 exemplares e torço para que todos gostem.

A partir da Folha de S.Paulo. Leia no original
Imagem : Reprodução

A FACE FELIZ DE QUEM SOFRE DE DEPRESSÃO

10/05/2017
O vocalista do Linkin Park, Chester Bennington, com a mulher Talinda, em 2012; ele se matou neste ano

Trinta e seis horas antes de cometer suicídio, Chester Bennington, do Linkin Park, se divertia com a família num vídeo divulgado por sua mulher. "A depressão não tem rosto ou mau humor", escreveu Talinda, no Twitter.

Não sei como é para outras pessoas que sofrem com a doença, mas ouvi muitas vezes que eu parecia ótima. Eu queria estar bem, me divertir, voltar a experimentar aquilo que chamamos de felicidade. Desejava reencontrar a pessoa que sempre fui até sofrer uma crise de pânico e mergulhar numa tristeza profunda. Era a vontade de superar o problema que fazia com que, na maioria das vezes, eu não parecesse triste. Mas eu sabia que estava.

Durante mais ou menos um ano a hora mais feliz do meu dia era quando eu deitava na cama e fechava os olhos, com a esperança de que aquela noite de sono não terminasse nunca. Não era vontade de morrer, mas eu imaginava que se dormisse muito talvez acordasse mais disposta a ser feliz de novo.

Nunca era o suficiente. Nem o sono, nem os remédios, nem a paciência do meu psicanalista ou o infinito amor que recebi do meu marido e dos meus pais naquele período.

Eu queria estar bem. Me esforçava a reagir e parecer recuperada. Não podia decepcionar quem estava em minha volta. Então, eu tentava alcançar dentro de mim a pessoa que havia se perdido, mas durante a maior parte do tempo não tive forças para mergulhar tão fundo para resgatar aquela parte que havia naufragado.

Lembro que alternava entusiasmo exagerado em qualquer coisa que fizesse com dias e dias em que não queria sair de casa para nada. E era durante os episódios em que bancava a esfuziante que eu mais me enganava. E os outros acreditavam. E eu confiava no que eles viam.

Gostava de ouvir que estava bem, talvez eles conseguissem ver nitidamente o que eu não conseguia sentir. Em alguns momentos pensei que pudesse estar fingindo. Não estava. Estava tentando me arrancar daquele buraco. Mas entendi que a felicidade que eu transmitia era só a tarja preta que anestesiava a tristeza.

Funcionava. Cheguei a interromper a medicação, tudo com acompanhamento médico, porque me sentia melhor. Achava que tinha uma parte naquele processo que dependia apenas de vontade. Não adianta só querer. Levei um tombo. Mas foi dessa vez que entendi que dá para conviver pacificamente com a doença, embora os sintomas estejam apenas adormecidos.

Quase tudo que vivi naquele período parece meio nublado agora. Mesmo as lembranças dos bons momentos nem sempre têm a nitidez que a felicidade carimba em nossa memória. O cérebro não conseguia assimilar.

Não sei o que a depressão causa nos outros. Em mim, era como se a doença sufocasse no peito a pessoa alegre, divertida e bem-humorada que sempre fui. Era como se, por mais que eu tentasse, não conseguisse sentir prazer em pequenas coisas ou euforia nos grandes acontecimentos. Me olhava no espelho e não me enxergava. Passei um ano e meio da vida chapada de tristeza.

Deixei de fazer muitas coisas que gostava. O único prazer que eu tinha era afundar no sofá e beber. Beber até anestesiar os sentimentos e dormir noites intermináveis de sono. Tenho sorte. Muita gente não tem. Tornam-se alcoólatras, viciados em drogas, tiram a própria vida, tudo para fugir da dor de sentir-se triste.

Pessoas passam a vida lutando diariamente contra a depressão, algumas conseguem colocar a cabeça para fora da lama e respirar. Não sei o que funcionou no meu caso. Mas quando isso aconteceu, percebi que a doença tinha causado transformações em mim, inclusive fisicamente. Foi como se eu estivesse ficando sóbria aos poucos e me dando conta do estrago que ela tinha feito. E a ressaca é grande. Mas ela passa.

Imagine que você consegue recuperar o seu HD inteiro e ele te ajuda a lembrar quem você é, te mostra os caminhos que costumava fazer para sentir-se feliz. Dançar, correr, comer ovos mexidos no café da manhã, fazer piadas bobas, soltar o verbo. Você consegue se lembrar de como era antes da doença, que nem sempre teve que lidar com o desequilíbrio causado por suas emoções. Foi o que aconteceu comigo. E eu me agarrei a isso. E todos os dias faço um baita esforço para não soltar essa corda.

Hoje, sinto-me sóbria, e não porque não tomo mais remédios, mas porque voltei a experimentar sentimentos na intensidade que eles têm de fato. Fico feliz, alegre, decepcionada, animada e triste também. Faz parte da vida experimentar disso tudo no dia a dia. Já a depressão é um mergulho profundo na tristeza, mas nem sempre ela parece, aos olhos de quem está de fora, tão triste e devastadora quanto pode ser.

A partir do UOL. Leia no original

SETE MITOS SOBRE A FELICIDADE

9/28/2017

Não existe um manual para ser feliz. Muitas vezes ficamos à mercê de certos pensamentos e crenças que acabam nos sabotando, sabia? Há mitos sobre a felicidade que, além de nada realistas, fazem com que a gente deixe de viver plenamente. Esperar que grandes mudanças encham nosso coração de uma satisfação plena e imutável é apenas uma entre várias ideias equivocadas que cercam o tema.

1. Se eu emagrecer, fizer uma cirurgia plástica, viajar para o exterior, comprar um carro e/ou mudar de casa, serei mais feliz

É uma ilusão atribuir a felicidade à conquista de algo, mesmo de uma transformação na aparência. Todas essas coisas nos deixam alegres e até proporcionam entusiasmo por algum tempo, mas, efetivamente, não têm o poder de fazer ninguém feliz. Segundo o psicólogo norte-americano Shawn Achor, autor de "O jeito Harvard de ser feliz" (Ed. Saraiva), primeiro precisamos ter uma atitude mental positiva para depois atingirmos as conquistas materiais e vibrarmos com elas. A felicidade não é algo externo a nós, como temos tendência a idealizar, e sim interna. É o que o senso comum chama de “estado de espírito”. Senti-la é uma escolha de nossa responsabilidade, o que acaba assustando - por isso tendemos a idealizá-la como algo externo. Depois que a boa sensação vivenciada com uma viagem ou com a compra de um carro se esvai, se a pessoa tem um vazio interior a tendência é criar novas crenças e expectativas para preenchê-lo. E mais: há quem perca anos da vida reformando uma casa ou economizando para viajar e acaba deixando de lado várias circunstâncias felizes ao longo do caminho. É preciso ter objetivos, sim, mas sem virar escravo deles.

2. Quando eu ganhar mais dinheiro, encontrarei a felicidade

Não há dúvida nenhuma que o dinheiro proporciona acesso a certas coisas. Pesquisas mostram que até mesmo um simples aumento no salário pode deixar a pessoa mais feliz. Porém, depois essa felicidade se estabiliza e, muitas vezes, até cai. Mais do que ter um saldo bancário recheado, é fundamental aprender a viver com o que se ganha e a manter os boletos pagos em dia. Dívidas, contas atrasadas, cartão de crédito estourado e extrato no vermelho afetam o bem-estar físico e emocional.

3. A maternidade realiza a mulher

Para uma parcela das mulheres, sim. A maternidade promove mudanças emocionais profundas que transformam a vida significativamente. Porém, não deve ser encarada como a única ou maior realização feminina. Para qualquer mulher se sentir feliz de verdade, é preciso haver um equilíbrio entre os diversos papéis desempenhados em sociedade: mãe, esposa, amiga, amante, profissional, filha, etc. Vale lembrar que depositar toda a capacidade de encontrar satisfação nos ombros de uma criança é um peso muito grande para o filho.

4. Quando eu me apaixonar, serei feliz

Não necessariamente, viu? A paixão proporciona alegria e entusiasmo, mas não traz felicidade. Na verdade, durante o ápice ela atrapalha a razão e leva as pessoas a fazerem coisas sem sentido e, dependendo da habilidade e estrutura emocional, a chegarem a limites extremos. Entretanto, quando a paixão entra na maturidade, aí, sim, vira amor e faz a pessoa feliz. Mesmo assim, é importante aprender a gostar de si primeiro antes de amar alguém. Nós é que devemos ser responsáveis por nossa própria felicidade, em vez de atribuí-la aos outros.

5. Não se deve ostentar a felicidade, pois isso atrai inveja e olho gordo

Reflita: ao evitar demonstrar sua felicidade, você consegue usufruir 100% dela? Qual a serventia de disfarçar algo que se manifesta em seu olhar, no sorriso, em seus gestos, na expressão facial? Será que esse tipo de crença toma conta de seus pensamentos porque, na verdade, é você quem se incomoda com o sucesso e o bem-estar alheio? E, portanto, projeta nos outros algo que pertence a você? Enfim, quem quer ser feliz precisa se libertar da preocupação limitadora com a opinião alheia.

6. Meu tempo feliz já passou

Você é da turma que acredita que não dá pra ser feliz depois de uma certa idade? Acha que o auge da sua existência foi a adolescência ou relembra com saudosismo e pesar os dias gloriosos da sua infância? Continuar a viver assim só vai limitar a sua rotina. Ser feliz é uma questão de escolha, portanto é possível criar um cotidiano produtivo e interessante em qualquer momento da vida. Se você está respirando,  o aqui e o agora é o momento certo.

7. Felicidade é encontrar o trabalho perfeito

Todo trabalho é perfeito até que o tempo prove o contrário. Quando vislumbramos a possibilidade de trocar de emprego, o próximo sempre parece muito melhor do que o anterior. O ambiente diferente, os colegas novos, os desafios e os benefícios extras formam um cenário atraente e promovem uma sensação de realização plena. No entanto, à medida que o tempo passa, o doce sabor da novidade se esvai e o peso da rotina se impõe, trazendo de volta a insatisfação e demais sentimentos negativos anteriores. Não é o trabalho que deve te fazer feliz, e sim você precisa se sentir o mais feliz que pode com o trabalho que tem. E mais: um emprego sozinho não torna ninguém feliz. É preciso se sentir bem em família, com os amigos, na própria pele etc., ou seja, buscar contentamento contínuo e em todas as esferas.

Fontes: Hebe de Camargo, psicóloga especialista em depressão e em psicologia com ênfase em comunicação, arte e educação, de São Paulo (SP); Heloísa Capelas, especialista em inteligência comportamental, consteladora familiar, autora dos livros "O mapa da felicidade" e "Perdão – A revolução que falta" (Ed. Gente) e diretora do Centro Hoffman no Brasil, em São Paulo (SP); master coach Paulo Vieira, pós-graduado em gestão de pessoas, master coach e autor dos livros "O poder da ação" e Fator de enriquecimento" (Ed. Gente), e Sabrina Gonzalez, psicóloga e psicoterapeuta, de São Paulo (SP)

A partir do UOL. Leia no original
Imagem : Pexels

O IMPORTANTE É SAIR DOS TRILHOS

9/10/2017


Sair dos trilhos é fugir a um padrão de comportamento, não agir conforme o esperado. Todos nós temos paradigmas. Desses que encalacram a vida da gente. Eles nascem, brotam, surgem do nada, pelos cantos, frestas e paredes, por cima, por baixo, de pé, deitado, em nossa casa, nas padarias, nos escritórios, nas empresas, nos jornais, nas tevês. 

Mas o que são paradigmas? Diriam  as testemunhas do trabalho e das idéias de Albert Einstein: “ele fez o seu trabalho mais brilhante quando desafiou os paradigmas da ciência e ousou sair dos trilhos, violando regras que constrangiam seu pensamento. Felizmente não se deixou limitar pelo mundo tridimensional que conhecia. Ele usou a
imaginação para ir além das suas experiências e entrar de corpo e alma num universo multidimensional. Nós, físicos e amigos de Einstein, descobrimos que essa idéia se aproxima
mais do  modo pelo qual o universo se estrutura na realidade. Einstein só pode chegar a ela por seu espírito transgressor. De maneira imaginativa e inovadora, e de natureza perseverante, saiu dos trilhos, voou sentado na ponta de um raio de luz.”

Mas quer ver como nasce um paradigma?

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula. No centro dessa jaula puseram uma escada e no ponto mais alto da escada, no último degrau, um bonito e maduro cacho de nanicas, a marca de bananas preferida dessa macacada. Quando um macaco subia a escada para apanhar uma banana que fosse, os cientistas esguichavam água fria – atente para o detalhe – nos que estavam no chão. Esses pagavam o maior mico. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam o pobre coitado de pancada. Passado algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada. E as nanicas continuavam lá, tentadoras. Então os cientistas substituíram um dos cinco macacos.

primeira coisa que ele fez, morrendo de fome que estava, foi subir tranquilamente a escada. Os outros macacos, antes que o jato gelado de água fosse detonado, retiraram o novato rapidinho e não deixaram por menos, pancada em cima de pancada no calouro. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo aprendeu, não subia mais a escada. Um segundo macaco foi substituído, e a mesma coisa acabou acontecendo, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, da surra ao novato.

Bem, um terceiro foi trocado, e o fato repetiu-se. Subiu a escada, pancada. Um quarto e, finalmente, o último dos veteranos foi substituído. Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentasse
chegar às bananas. 

Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: “Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui…”

Agora continue fora dos trilhos e troque essa jaula pela sua casa, padaria, escritório, empresa. Em grandes companhias o pessoal da administração diz que isso não pode porque o ‘policy’ da empresa não permite. As coisas sempre foram assim por aqui! Daí a gente traduz ‘policy’ e vê que é a linha política, o plano de ação, a orientação, o método, as normas, os programas, os TRILHOS. Bem que Einstein dizia, “é mais fácil desintegrar um átomo do que um paradigma, um preconceito.”


*     *     *
Sobre a animação

A divisão entre os poderosos e os impotentes nunca foi tão grande. E nestes tempos difíceis, temos de perceber que, se queremos mudar o mundo, precisamos mudar a forma como ele funciona. AIME é uma organização de caridade que faz exatamente isso, usando mentoring para tornar o sistema de educação mais justa e inclusiva para todos. 

Porque as crianças com acesso a uma boa educação têm condições de sair da pobreza e começar a quebrar o ciclo de desigualdade. Na Austrália, AIME já capacitou dezenas de milhares de crianças para mudar o curso de suas vidas. 

Créditos 
Filme: Dirigido por Laurent Witz Animado por Zeilt produções criadas por M & C Saatchi, Sydney música composta por Olivier Defradat letras cantadas por Mariot Pejot

A partir de artigo Cláudio Corrêa de Almeida
Imagem : Pixabay

SUICÍDIO : REFLEXÕES

4/11/2013
Era sábado de manhã, eu estava em um hotel fazenda dando conta do calendário de férias escolares, e na véspera tinha me divertido com "Uma coisa supostamente divertida que eu nunca mais vou fazer", ensaio/reportagem de David Foster Wallace sobre sua experiência em um cruzeiro de luxo no Caribe. Me divertindo em termos. Cada vez que ele fazia uma de suas digressões geniais, me flagrava pensando: que raiva desse sujeito. Como assim ele não vai mais escrever essas coisas, nunca mais, com tanto mundo para ser escrito, tanta vida disponível para ser vivida? Que raiva. 

Pois naquele sábado, na varanda que desabava por cima de um jardim impecável, salpicado de flores e cercado por colinas verdes sobrepostas no horizonte, eu já estava lendo outro texto do livro Ficando longe do fato de já estar meio que longe de tudo. Não tinha me detido tanto (ainda) no título do livro, uma frase retirada de outro ensaio sobre uma feira agrícola e que parecia referir-se ao fato de os moradores do meio-oeste rural americano já viverem "meio que Longe o tempo todo". Avançava para o final do livro em outro texto. Lembro de estar degustando o momento, um daqueles em que o tempo escorre devagar o suficiente para se perceber o privilégio de estar atento ao tempo presente. 

Wallace falava sobre a importância de estar atento. Atento e forte, acrescentei caetana e mentalmente. Eu estava lendo "Isto é água", discurso de paraninfo no Kenyon College que depois descobri ser cultuado na internet, com direito a áudio e tudo. Venerar David Foster Wallace, de certa forma, ganha sentido no discurso:

"Não existe isso de não venerar. Todo mundo venera. Nossa única escolha é o que venerar. E se existe uma ótima razão para talvez venerar algum tipo de deus ou coisa espiritual - seja Jesus Cristo ou Alá, YHWH ou uma deusa-mãe wiccan, as Quatro Verdades Nobres ou algum conjunto inviolável de princípios éticos - é que provavelmente todas as outras coisas vão devorar vocês vivos. Quem venerar o dinheiro e os bens materiais, quem buscar neles o sentido da vida, nunca terá o suficiente. Nunca terá a sensação de que tem o suficiente. É a verdade. Quem venerar o próprio corpo, beleza e encanto sexual sempre vai se achar feio, e quando o tempo e a idade começarem a deixar marcas morrerá um milhão de mortes antes de finalmente ser enterrado por alguém. (...) Quem venerar o intelecto, ser visto como inteligente, vai acabar se sentindo burro, uma fraude na iminência de ser desmascarada. E por aí vai.

"Essas formas de venerar são traiçoeiras não por serem malignas ou pecaminosas, mas por serem inconscientes. São configurações padrão. É o tipo de veneração pelo qual nos deixamos levar gradualmente, dia após dia, e que nos torna cada vez seletivos em relação ao que vemos e a como atribuímos valor às coisas, sem jamais termos plena consciência do que é isso que estamos fazendo. E o suposto 'mundo real' nunca desencorajará vocês de operarem nas configurações padrão, porque o suposto 'mundo real' dos homens, do dinheiro e do poder avança tranquilamente movido pelo medo, pelo desprezo, pela frustração, pela ânsia e pela veneração do ego."

Eu estava dialogando com Wallace, claro. Não sou de venerar (pelo menos de forma consciente), tenho dificuldade em manter ídolos e me sentia atraída pela possibilidade de tê-lo como objeto de veneração, para ajudar na minha luta contra a configuração padrão. Caramba, como me identifiquei com aquilo. Só que eu chamava de luta contra os lugares comuns e as verdades cristalizadas. Sim, é preciso questionar tudo, o tempo todo, estar atento e forte... Mas a vigilância cansa. "Atento e forte" pode ter se tornado um clichê? O fato de eu grudar uma palavra na outra me acendeu uma luz interna amarela. Mas Wallace diz para mim que muitos clichês são também grandes verdades. Por exemplo: o velho clichê segundo o qual "a mente é uma excelente empregada, mas uma péssima patroa": 

"Esse clichê, que como tantos outros é tolo e banal na superfície, no fundo expressa uma grande e terrível verdade. Não há um pingo de coincidência no fato de que a maioria dos adultos que cometem suicídio com armas de fogo faz isso com um tiro na... cabeça. E a verdade é que muitos suicidas já estão mortos muito antes de puxar o gatilho."

Para tudo. Não, eu não tinha parado para pensar na forma como Wallace se suicidou em 2008, enforcado, três anos, três meses e vinte dias depois deste discurso. É que havia chegado, finalmente, o jornal de sábado. Como eu o solicitara na portaria, o funcionário apressado acabara de me entregá-lo. Na capa, a morte do ator Walmor Chagas. 

*  *  *
O problema do suicídio é não ter parte 2 - pelo menos é nisso que acredito. Então o escritor David Foster Wallace, o ator Walmor Chagas e o programador Aaron Swartz não nos darão explicações para suas decisões. Como o suicídio é um tabu dentro de outro maior ainda, que é a morte (há quem defenda que a morte tomou o lugar do sexo no ranking de tabus da modernidade), simplesmente temos dificuldades em pensar nele. No mínimo, não estamos acostumados. 

Por muito tempo o suicídio sequer era noticiado na imprensa brasileira, e o primeiro a falar disso, se não me engano, foi o jornalista Arthur Dapieve, que escreveu o livro Morreu na contramão - o suicídio como notícia. Eu mesma, em redação de jornal, lembro de ter ouvido: não "damos" suicídios. Tabus são assim, e quem os estuda sabe como essas frases lacônicas silenciam tudo. 

Mas os tempos já são outros, são os tempos da internet, e o fato é que os três suicídios foram considerados notícia, receberam ampla cobertura, e, para mim, de certa forma coincidiram: soube das mortes de Walmor e de Aaron na época em que estava lendo Wallace. Ou melhor, enquanto estava descobrindo o escritor americano e percebendo em sua escrita uma espécie de compromisso com o futuro, uma pregação sobre a importância de se estar atento a tudo - principalmente a si próprio - para poder fazer escolhas verdadeiras.

Tradutor do primeiro romance de Wallace que será lançado no Brasil, Caetano Galindo reconheceu que pode ser "inescapável" entender o escritor a partir de sua depressão e seu suicídio. (Ah, sim: como tantos suicídios, o de Wallace costuma ser "explicado" pela convivência com a depressão e pelas dificuldades com a medicação.) Em entrevista a Francisco Quinteiro Pires, Galindo parece lamentar: "Ficou a sombra de que a morte dele representava uma confissão do fracasso da missão enorme que tinha se imposto".

Ao se matar, Wallace não teve oportunidade, por exemplo, de escrever algo sobre o fenômeno Facebook - embora parecesse bastante visionário sobre os impactos das tecnologias no comportamento humano. Depois de ler seus ensaios, me flagrei tentando reproduzir o seu olhar para pensar as redes sociais. Ou melhor, em como 'nós' agimos nas redes sociais (e ele colocaria a palavra 'nós' em destaque). Por que andamos tão pouco questionadores sobre tanta coisa? Será que os leitores de Wallace, após a sua morte, consideraram a missão pesada demais? 

Impossível não relacionar isso tudo, também, ao suicídio de Aaron Swartz, um dos criadores do RSS e fundadores do Reddit. Como Wallace, o programador americano tinha uma mente privilegiada, talento de sobra e a mania de questionar tudo sobre todos. Seu questionamento incessante o levou a ser um ativista na internet e usar a própria genialidade como hacker, em prol do livre acesso ao conhecimento. Parecia ter uma missão, uma missão que talvez tenha pesado demais - estava sendo pressionado e processado. Enforcou-se, aos 26 anos. 

Um diagnóstico de depressão também acompanhava Aaron, e realmente seria muito confortável para todos nós que suicídios sempre tivessem como "explicação" uma patologia. De preferência uma patologia com cura possível: fulano se matou porque não tomou o remédio. 

Como diria Wallace, individualmente somos serzinhos egoístas, que transpomos para nosso universo pessoal toda e qualquer experiência alheia. É o nosso ponto de vista e são os nossos interesses que imperam, porque não conseguimos de fato 'estar' no lugar do outro. E, para nosso conforto pessoal, buscar explicações fáceis para as mortes dos outros nos desobriga a pensar em nossa própria morte. Ou, mais provavelmente, nos desobriga a pensar em nossa própria existência.

E foi por esse motivo que, numa manhã de sábado, uma semana depois do suicídio de Aaron, quando eu estava lendo Wallace e soube da morte de Walmor Chagas, parei tudo para buscar uma explicação. Walmor era um ator genial. O obituário exaltava isso, e mesmo quem não teve oportunidade de constatá-lo pessoalmente podia percebê-lo por sua postura e conduta (vale a pena rever sua entrevista ao programa Starte, da Globo News). Sabe qual foi o nome da última peça que ele encenou, em 2005? Um homem indignado, de sua autoria.

Se pensar na morte como opção é difícil porque também temos que pensar na vida como uma opção, e no que devemos fazer com toda uma existência sem sentido, naturalmente a explicação fácil nos conforta. Walmor, eu leria, estava deprimido. Isolado há anos em um sítio, reclamava das limitações físicas da velhice. A pior delas, a dificuldade para ler - uma de suas últimas paixões - teria sido a gota d'água. Então era isso: Walmor Chagas se matara com um tiro de revólver calibre 38 na cabeça porque estava cego. E ainda dava para subtrair uma mensagem edificante de seu ato final: é mesmo terrível não poder ler, e viva a literatura.

Mas não era possível ignorar que havia, já em 2005, um homem indignado com a mediocridade reinante, um homem que não estava cego e tinha sete anos a menos que os 82 com que se mataria. Como já deve ter ficado claro, eu resistia em pensar que pessoas admiráveis só se mataram por uma contingência física ou um desequilíbrio químico no cérebro. Só que, ao rejeitar a justificativa da depressão para os suicídios, eu acabava caindo numa outra tentativa de "explicar a morte": eram pessoas geniais, e com uma consciência exacerbada, que queriam mas não conseguiam mudar o mundo. 

No fundo, tratava-se apenas de uma hipótese formulada por um serzinho egoísta, ávido por justificar as inquietações de sua própria existência... Pelo menos o suicídio está deixando de ser tabu, e estamos falando e pensando nele ele aqui, agora.
Marta Barcellos 
A partir do Digestivo Cultural. Leia no original

SENCIÊNCIA VERSUS CONSCIÊNCIA

3/26/2013
Imagem por alexandre_vieira
Cansados da vida por esta já ter sido demasiado preenchida de emoções e acontecimentos marcantes, talvez comparáveis a uma vida demasiado longa... isso nos dá essa sensação, de nos sentirmos demasiados velhos para a idade que temos, o peso no nosso interior parece cada vez maior e mais denso.

Em astronomia os buracos negros são considerados como os objectos cósmicos mais pesados e densos. Parece que é isso que está a acontecer no nosso interior, um vazio cada vez mais pesado e denso, e que se todo esse interior for libertado cá para fora vai destruir os que nos rodeiam, tamanha é a nossa dor e o nosso sofrimento... esse abismo é alimentado por nós a cada dia que passa por ser mais forte que nós, porque por fora nos sentimos cada vez mais transparentes, a nossa identidade a ser sugada para esse interior voraz.

Pensar na nossa longevidade, refletindo sobre o que até agora foi suportado, parece que o fim da nossa existência está tão longe de nós como a eternidade.

Por tudo isso é compreensível querer antecipar o fim da nossa vida, para deixarmos de alimentar esse nosso interior que está sugando tudo.

Admito, não consigo segurar o meu próprio buraco negro, é mais forte que eu em muitas ocasiões, destrói-me de dentro para fora, e mais facilmente atrai o negativo do nosso exterior não me deixando apreciar o que me rodeia com a atenção e a perspectiva merecida...

A minha solução? Desligo-me do que é exterior a mim, enfrento o meu próprio abismo como se ele fosse o meu oposto e me alimento dele. Não somos culpados por ter esse buraco dentro de nós, o mundo assim nos criou, nos prometendo e  fingindo felicidade, nesta vida e em outras existências... devíamos ter aprendido desde pequenos que o sofrimento faz parte da nossa natureza humana, enquanto criaturas sencientes. Essa é a nossa dávida e a nossa maldição enquanto criaturas...

Charles Darwin disse: "Não existe nenhuma diferença fundamental entre o ser humano e os animais superiores em termos de faculdades mentais. A diferença entre a mente de um ser humano e de um animal superior é certamente em grau e não em tipo". São sencientes, tem sentimentos, dor, medo, e querem preservar suas vidas tanto quanto nós humanos. (in dicionarioinformal.com.br)

Sensciência é a "capacidade de sofrer ou sentir prazer e felicidade".

Mas temos uma vantagem sobre as outras criaturas: a nossa consciência.

Então enfrento esse meu abismo interior, não mais viro as costas para "ele", fico de frente para ele, fecho os olhos e observo-o intensamente, e aprendi a me alimentar dele... o negativo se torna positivo, porque estou consciente que não o quero mais alimentar nem me deixar ser consumido por ele, apenas com a minha perseverança, insistência, determinação.

Depois de enfrentar esse nosso interior, o que está cá fora, aqueles pequenos pormenores que nos provocavam tão facilmente, deixam de ser assim tão relevantes, nos tornamos neutros porque estamos em equilíbrio, não há mais negativo nem positivo, deixamos de ter duas naturezas dentro de nós e passamos a ser um só...

Gostaria de ter aprendido isso em pequeno para não pensar que andei este todo tempo a sofrer pensando que um dia poderia ser feliz quando esse sofrimento terminasse, me alimentar de esperanças supérfluas e inventadas pelos outros, me deixar iludir... e apenas aceitar que a senciência faz parte de nós, a nossa consciência é que tem de se adaptar a ela.
सचेतन
A partir da Comunidade Q.M. 

SORRIA PARA O ESPELHO

2/24/2013
Imagem por victorcamilo
"Nossa, estou chocada com os comentários que li... Quanta dor, quanto sofrimento, não tenho mais coragem de reclamar da minha vida. Mesmo as coisas não dando certo para mim, meu casamento ser tudo do avesso, tudo errado, eu não me sinto agora com direito de reclamar.

Minha vida melhorou e tomou outro rumo quando conheci Jesus. Já sei o que vão pensar: lá vem uma crente falando de Deus e falando que tudo vai mudar e blá-blá-blá, mas não vou falar isso, vou falar o que aconteceu comigo.

Estava desesperada, com uma criança de colo e fotos de traições do meu marido no meu computador... cenas fortes e chocantes. Perdi o chão, morava dentro da casa dos meus pais, não podia deixar que ninguém percebesse o que eu estava passando. Falei com ele e ele negou, mentiu; foi sujo até que confessou.

Eu estava desempregada, depressiva e sozinha, ainda tinha que cuidar do meu filho. Dei o braço a torcer e fui pra igreja, mas não gostei, até que conheci uma moça, jovem que me levou a um grupo de mulheres que oravam as quartas-feiras. A partir daí, a cada semana me sentia mais fortalecida, mais independente. 

Percebi que tinha que me auto afirmar, me amar para que toda a dor fosse embora.

Mudei minhas ações, não mais ficava trancada em casa. Fui viver com Deus, por assim dizer. Me arrumava para os encontros de quarta, orava, me transformei, mas a vida continuou a mesma... Foi quando pedi ajuda a Deus. Passado alguns dias sonhei que tinha que ser mais decidida, que eu fazia tantos pedidos diferentes que Deus não sabia o que me conceder, o que eu realmente queria.

Passei a orar por um emprego, achava que se eu ganhasse dinheiro, seria independente e seguiria minha vida....e não é que consegui um 15 dias depois...

Bom, não vou alongar a historia, sai do emprego 3 meses depois, mas decidida a me amar, a amar a Deus e meu filho, voltei a advogar (sim, sou advogada e larguei tudo pra seguir meu marido), e estou nessa luta há 15 meses.

Ainda não esta fácil, toda vez que o olho vem imagem da traição, tenho recaídas, mas hoje vejo o quanto ele esta se dedicando a ser melhor, o quanto Deus esta abrindo as portas na minha vida, o quanto eu posso ser feliz se continuar crendo que não preciso de ninguém para ser.

Não sei se vai ajudar o que escrevi aqui. Já nem lembro como comecei esse texto

Mas quero dizer que mesmo sem conhecer você eu te amo e Deus te ama bem mais....sei que esta difícil, esta insuportável essa situação, mas minha vida passou a melhorar quando passei a buscar alternativas nos meus problemas, quando passei a crer que havia uma possibilidade positiva numa situação.

Estou devendo horrores, não sei se terei dinheiro pro aluguel esse mês  mas de uma coisa eu sei, Deus me ama e me mostrou que nada pode me atingir se eu crer que sou protegida por Ele... que Ele jamais desistiu de mim, Ele me ama e quer meu bem...

A dor para voltar ao caminho que Deus tem pra nós é difícil  dói, machuca e as vezes sangras, mas vale a pena pois ganharemos uma eternidade de felicidade...

Minha idade, 28 anos, já me ensinou tanta coisa... já me machucou tanto.... mas creio que serei feliz !!!

Seja feliz também,  sorria para o espelho, quem verá seu sorriso será a pessoa mais importante para sua vida... "
Anônima
Depoimento em "Um Pedido de Ajuda"

TODO DIA É DIA DE SER FELIZ

11/16/2012

A felicidade está nas coisas simples da vida.

Mas, para poder perceber as coisas simples, aquelas que podem fazê-lo feliz, você precisa estar aberto para a felicidade. Mais ainda, você precisa dar-se permissão para ser feliz."

Todo dia é dia de ser feliz. E tudo é apenas uma questão de atitude que você tem perante a vida.

Levante-se pela manhã, olhe-se no espelho e diga a si mesmo, em voz alta e com convicção: "Apenas pelo dia de hoje, eu escolho ser feliz".

Isso será o começo de uma transformação positiva que vai tomar conta de sua vida. Que vai torná-lo mais aberto à felicidade.

Roberto Shinyashiki
Psiquiatra, escritor e palestrante
A partir do livro "Todo dia é dia de ser feliz"

ENTÃO VOCÊ QUER SE MATAR ?

9/30/2012
Marcela Bossiger
Eu quero me matar, Marcela.

"Então você que ser matar? Porque ninguém liga pra você. Sua família te odeia. Certo? Não. Seu pais entram no seu quarto de manhã e encontram um cadáver. Se esforçam ao máximo para não pensar negativo, e pra pensar que você só está brincando. Então eles começam a te chacoalhar. Porque você não está respirando? Eles ficarão arrasados. Lágrimas. Muitas lágrimas. Mais lágrimas do que você já chorou sua vida inteira. Foram eles? Eles foram a razão de você ter feito aquilo? Mais lágrimas. Dor. Todo dia. Toda noite. Todo segundo do dia. Culpa. Mais culpa. E os seus melhores amigos? Eles não vão ligar. Certo? Não.

Qual será a primeira coisa que virá à mente deles quando o seu diretor entrar na sala e avisar à turma que você não está viva? Sua melhor amiga se senta aos prantos. Aquela garota para a qual você sorria mas com quem nunca conversava? Ela está chorando agora. O menino que te chutava debaixo da mesa só pra te irritar? Ficará chocado. Ficará devastado. Irá se culpar. E a sua professora? Pensamentos cruzando sua mente. Ela se perguntará se você se matou porque ela não tornou a escola confortável o bastante para você. Dor. Devastação. Tudo junto. Quem organiza seu funeral? 
'Curta cada minuto da sua vida como se fosse o último."

Quem vai pegar suas coisas? Roupas? Cadernos? Algumas das garotas mais velhas que costumavam te irritar na escola? Se sentirão arrependidas. Irão se culpar. Veja, se você se matar hoje, jamais saberá o que pode acontecer amanhã. Jamais saberá porque estará morta. Completamente morta. Sem respirar. Sem vida. Só morta. Sua família se odeia por isso. Sua melhor amiga entra em depressão. Lágrimas. Lágrimas. Mais lágrimas que em um rio. Tudo por que você se matou por pensar que ninguém ligava pra você. Certo? 


Você é amada. Por muitos. Alguém nesse instante está pensando em você. E agora, estou pensando em todos que pensaram ou estejam considerando o suicídio. Você é linda. Não importa se é negra, branca, homossexual, alta, baixa, gorda ou anoréxica. Você é linda. Quer se matar? Pense nisso antes. Não há volta. E eu juro que, se você o fizer, não estará apenas se ferindo; estará ferindo muitos. Está criando mais lágrimas do que já se permitiu chorar. Está tornando todo mundo infeliz e fazendo-os se sentir culpados e com dor. Eles jamais se sentirão plenos como se sentiam quando tinham você. Você é linda. E nunca está sozinha."

Depoimento no Ask. Leia o original
Desde que descobriu que estava com câncer,
 ela criou esta página no Facebook para
 compartilhar experiências com velhos e, cada vez mais, novos amigos

GINASTA CALA MÉDICOS E LUTA POR MEDALHA

7/29/2012
Os Jogos Olímpicos são recheados de histórias de superação. Um ginasta irlandês que vai estrear na competição mais importante do planeta é um exemplo disso. Kieran Behan passou boa parte da vida brigando contra doenças e lesões. Entre os muitos diagnósticos, veio o veredicto: "pare com seus sonhos doidos de ser atleta, você nunca mais poderá andar". Mas ele calou os médicos e neste sábado cumpre o que tanto imaginou, desde garoto.

Behan é o primeiro irlandês a conquistar uma vaga olímpica na ginástica artística - outros atletas competiram nos Jogos, mas por convite -, e leva para Londres um histórico que poderia virar filme, em que precisou vencer um tumor e uma lesão cerebral para poder competir. Ele chegou a ser carregado de um hospital pela mãe, descontente com o tratamento dado ao filho.

Desde os seis anos o irlandês cultivava o sonho de ser ginasta, após assistir aos Jogos Olímpicos, mas as dificuldades começaram cedo. Aos dez, ele descobriu um tumor do tamanho de uma bola de golfe em sua perna esquerda. A cirurgia revelou que ele era benigno, mas um erro médico que deixou um torniquete apertando o membro mais tempo do que o devido causou danos em seus nervos. Isso limitou as sensações de seu pé.

Sem poder andar e com o aviso de que esses nervos poderiam não mais se regenerar, um psiquiatra o alertou para se preparar para uma vida na carreira de rodas. "Muitas vezes eu ficava olhando as outras crianças correndo no parque e jogando futebol. Isso me emocionava, eu só queria ser uma criança normal", afirmou o ginasta, ao The New York Times.

Behan demorou 15 meses, mas conseguiu voltar a ser um garoto convencional. A sorte, no entanto, veio e se foi. Na volta à ginástica, ele sofreu uma queda e bateu a parte de trás da cabeça, vivendo um novo drama.

Desta vez, o trauma causou lesão cerebral e afetou seu senso de equilíbrio de tal forma, que alguns movimentos o faziam desmaiar - o que aconteceu centenas de vezes, segundo sua mãe. Ela, frustrada com o lento progresso após dois meses de hospital, pegou o filho pelos braços, o levou para casa e deixou o trabalho como personal trainer para se dedicar à sua cura.

"Ele dizia aos médicos: 'eu posso andar, fale para eles, mãe'. Meu coração estava em pedaços. Eu ia para meu carro, chorava, mas voltava e falava: 'Sim, você pode. Faremos isso, eu acredito em você'", contou ela.

Dois anos depois, ele mais uma vez se recuperou e conseguiu voltar à ginástica. Apesar de enxugar o chão para financiar os treinos, ele conseguiu retomar a atividade. Sem conseguir se afastar dos hospitais, teve algumas fraturas "comuns" na ginástica, no braço e no pulso e até uma ruptura de ligamento. Mas era pouco para vencê-lo.

Como atleta, o irlandês mostrou talento com três pódios em etapas da Copa do Mundo em 2011 e faturou o primeiro ouro para seu país na história, no solo. Favorecido por novas regras de classificação para as Olimpíadas, que diminuíram de seis para cinco os atletas classificados por equipe e privilegiaram vagas individuais, o ginasta cumpriu seu sonho.

"Parece que passei por um conto de fadas para chegar até aqui", disse Behan, que dá sua explicação para a comovente história de resistência. "Apenas acho que nasci assim."

A partir do Portal UOL. Leia no original

TENDÊNCIA AO SUICÍDIO É UM PEDIDO DE AJUDA

6/23/2012
Girodet, 1808, O Enterro de Atala. Ela se suicidou por amor
Suicídio é o ato intencional que visa retirar a própria vida ou o ato deliberado no qual o sujeito provoca a própria morte. O suicídio é um ato, particular a raça humana, pois apesar de alguns animais terem certos comportamentos que os levem a morte (a corrida dos lêmingue, por exemplo) não existe provas que esses atos tenham por vontade ou intenção de causar a própria morte. O suicídio é uma ação que contraria o instinto natural de auto-preservação comum a todos os seres vivos, ao mesmo tempo contraria a moral judaico-cristã (predominante na cultura ocidental), que diz  o suicida está destinado ao inferno ou coisa que o valha.

As formas escolhidas para acarretar a morte e falta de preocupação em tomar precauções para alguém ou algo evite que o ato seja consumado (a maioria dos suicídios pode ser evitado se alguém chegar a tempo) demonstram que por mais que um suicida planeje a dar cabo da própria vida o ato do suicídio em si é algo feito de maneira impulsiva. Do meu ponto de vista esses fatores demonstram também que no fundo o suicida tem a esperança de alguém ou alguma coisa possa lhe resgatar no ultimo minuto salvando a sua vida e lhe resgatando o desejo de viver.

O que leva alguém a cometer suicídio?

Existem diversos fatores que podem acarretar nessa decisão entre eles estão os sentimentos de vazio e solidão, a falta de perspectiva, os adoecimentos mentais (depressão, borderline, esquizofrenia, etc.), a tentativa de aliviar o sofrimento e a dor (como no caso de receber um diagnóstico de uma doença grave), traumas e lembranças dolorosas que não se consegue esquecer.

O suicida não consegue enxergar a vida como o oceano de possibilidades que ela é, ao invés disso ele se mantém preso aos problemas e ao seu sofrimento. Ele (a) não fica nesse estado por querer, mas sim por ser incapaz de sair dele sozinho (a).

De forma geral o suicídio é uma forma de fuga, uma porta de saída de uma situação a qual não se pode suportar. Para o suicida a morte pode ser uma libertação, uma passagem para um lugar onde os problemas deste mundo não possam chegar.

Não devemos nos esquecer de que a maioria dos suicidas (e pessoas com ideia de cometer suicídio) são portadores de alguma patologia psiquiátrica (mais comumente a depressão) e precisam de ajuda profissional e do apoio dos familiares e amigos.


Como identificar alguém que quer cometer suicídio?

Como eu posso identificar um suicida? Na verdade, a pessoa com ideação suicida dá alguns indícios: 
  • Melancolia, desânimo, pessimismo constante, falta de interesses e esperança (sintomas de depressão)
  • Sentimentos de autodesvalorização: “Sou um fracasso só trago problemas para os outros” “não sirvo para nada”
  • Falta de sono ou sono excessivo
  • Dicotomia ou rigidez cognitiva: estado de pensamento que leva o indivíduo a ver as coisas de maneira extrema: ou tudo ou nada. Ou a minha vida é perfeita ou é um desastre. 
  • Afastamento ou isolamento social, dificuldades de relacionamento e integração na família ou outro grupo no qual faz parte.
  • Oferecer ou doar objetos pessoais (de valor) sem um bom motivo para isso.  
  • Uso abusivo ou exagerado de álcool, drogas ou remédios. 
  • Agressividade e impulsividade.
  • História de suicídio na família.
  • Falar sobre morte e sobre morrer: “eu preferia estar morto”, “os outros vão ser mais felizes sem mim”. 
  • Se despedir das pessoas como se fosse pela ultima vez. 
  • Histórico de tentativas de suicídio.  

Se esses comportamentos aparecerem nos últimos tempos, ou logo após um acontecimento importante tal como a morte de um ente querido, um divórcio ou termino de relacionamento existe uma possibilidade muito grande de ideação suicida. 

Como eu posso ajudar alguém que está pensando em cometer suicídio?

Alguém que está em risco de cometer suicídio deseja e precisa ser ouvida, afinal ela se encontra cheia de conflitos e dúvidas e desabafar com alguém é a melhor forma de dissipara esses problemas.

Encontre um ambiente adequado para conversar. É necessário que a pessoa se sinta segura para falar, que não aja risco de interrupções e da presença de “curiosos” e “palpiteiros”.

Fale sobre a ideia de cometer suicídio: ao contrário do que as pessoas pensam falar sobre morte e suicidio não vai reforçar o desejo do suicídio, ao contrário ajuda o suicida a compreender melhor a os pensamentos e entender que essa não é a única e nem a melhor solução. 

Ouça de verdade: esse é um tipo de diálogo que precisa de toda sua atenção, não adianta ficar olhando para a cara do outro e ficar “viajando na maionese”. É necessário escutar e compreender o que o outro está lhe dizendo.
  
Deixe de lado a crítica: o suicida já possui uma carga muito grande de culpa e não precisa que você coloque mais disso sobre ele. Ao invés disso tente ser empático e compreender como ele (a) está se sentindo.

Valorize a vida: NÃO existe na face da terra nenhum motivo bom ou forte o suficiente para se cometer suicídio.  Por isso nunca pense: “no lugar dele acho que eu faria a mesma coisa”. Por maior que seja um problema ele sempre acaba, Existe sempre uma alegria e um prazer capaz de superar qualquer dor ou tristeza equivalente.

Reserve tempo: o suicida pode necessitar de muito tempo para expor todos os seus conflitos e mais tempo ainda para auxiliar a pessoa a mudar de ideia.

Como eu devo conversar com alguém em risco de cometer suicídio?
  • Fale com calma e ajude a pessoa e manter ou/e recuperar a calma
  • Fale menos e escute mais, não fique interrompendo o que ele (a) estiver falando o tempo todo.
  • Vá além das palavras, um abraço, segurar as mãos ou um toque nas costas ajuda a outra pessoa a se sentir compreendida e apoiada.
  • Não faça juízo de valores “mas isso é errado” “é pecado”.
  • Controle suas palavras e expressões de reprovação e espanto.
  • Demonstre que você está preocupado e que quer ajudar.
  • Demonstre que possui respeito pela pessoa e pela situação que ela está passando. 
  • Evite fazer perguntas indiscretas e desnecessárias.
  • Evite (extremamente) menosprezar a pessoa e o problema dela. Não diga coisa tipo: “isso não é nada” “já isso passa” ”se você tivesse os meus problemas então...”.
  • Converse de verdade não fique dizendo que apenas que “tudo vai ficar bem”.

Se quiser maiores informações ou se essa ideia estiver passando pela sua cabeça, ligue para o CVV (Centro de valorização da Vida) no telefone 141. Procure ajuda profissional (psicólogo ou médico) converse com alguém de sua confiança (familiar, amigo, pastor, padre etc.) mas não fique com esse problema só para você.

Cesar Augusto
 Psicólogo clínico e trabalha na prefeitura de São Caetano do Sul
A partir do site PsicólogoSP. Leia no original

 
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