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PREVENIR O SUICÍDIO É EVITAR OUTRAS MORTES

5/30/2012

“A autodestruição surge após várias perdas, fragmentos de dias perdidos ao longo dos anos, rupturas, pequenos conflitos que se acumulam hora a hora, a tornar impossível olhar para si próprio. O suicídio é uma estratégia, às vezes uma táctica de sobrevivência quando o gesto falha, tudo se modifica em redor após a tentativa. E quando a mão certeira, não se engana no número de comprimidos ou no tiro definitivo, a angustia intolerável cessa nesse momento e, quem sabe, uma paz duradoura preenche quem parte. Ou, pelo contrário e talvez mais provável, fica-se na duvida em viver ou morrer, a cabeça hesita até ao ultimo momento, quer-se partir e continuar cá, às vezes deseja-se morrer e renascer diferente.”
                                                 Daniel Sampaio in “ Tudo o que temos cá dentro” pág. 152.


A maior parte das pessoas que se suicida, ou tenta o suicídio, não quer morrer. O que acontece é que vêem essa opção como uma solução para os seus problemas e uma forma de acabar com sua dor e o seu sofrimento. As pessoas que consideraram seriamente o suicídio sentem desesperança, desamparo, e desvalia.

Grande parte destes sujeitos apresentam uma história familiar e tentativas de suicídio ou suicídio consumado; uma história pessoal ou familiar de severa ansiedade, depressão ou outro distúrbio de saúde mental como a patologia Borderline ou Bipolar, por exemplo; ou ainda, problemas de álcool ou drogas.

Mecanismos Psíquicos que podem levar ao suicídio:

 * Situações de sofrimento intenso em que o sujeito se esforça para se libertar do que pensa ser a origem do seu sofrimento. Ao não poder atacar o outro, a experiência da dor pode ser posta no próprio self, aparecendo a autodestruição como equivalente à destruição do outro, que não ama nem compreende;

* A dor interna intolerável implica uma tentativa de eliminação do sítio da dor, ou seja, o suicídio surge como forma de pôr fim àquela angústia devoradora;

* A autodestruição pode aparecer como forma de obter uma resposta desejada daquele que se ama e que, sem esse comportamento externo, parece insensível;

* Pode surgir como forma de vingança relativamente ao outro que se ama e que não retribui;

* O suicídio pode ainda, estar relacionado com um desejo irresistível para a autodestruição, de que são exemplo os condutores suicidas ou pessoas que colocam a sua viva em constante perigo.

O que fazer quando alguém está em crise suicidária?

Antes de mais, é preciso ter presente que nem sempre é possível nem fácil de perceber que a pessoa se encontra numa crise porque apenas se se for muito próximo desta será possível compreender um pouco o seu sofrimento. As pessoas deprimidas, nem sempre manifestam intenções de cometer o suicídio, no entanto, podem fazê-lo. Deve-se estar atento a alterações na forma de vida destes sujeitos que possam ser entendidos como indicadores de sofrimento psíquico. Falar sobre o suicídio com alguém que pretende consumá-lo, não precipita este acontecimento, pelo contrário, pode fazer com que o sujeito se sinta compreendido e consiga ver as coisas de uma outra forma.

É muito importante que se procure uma ajuda imediata de um serviço ou de um psicólogo que faça intervenção na crise, quase sempre é necessária a intervenção psiquiátrica com a terapêutica farmacológica para  o impedimento deste ato.

Não se deve deixar sozinha a pessoa que já ameaçou suicidar-se.

Deve procurar-se ajuda sempre que existam indícios de alteração de comportamento como tristeza permanente, escritos que mencionem a vontade de morrer, desleixo pessoal, bebida em excesso, consumo de drogas, procura de conflitos disruptivos, entre outros, ou comportamentos por verbalização da intenção de se suicidar.

Intervenção

A intervenção começa por uma avaliação dos riscos de novas tentativas de suicídio. Muitas vezes a gravidade dos sentimentos de culpa ou de raiva podem levar a novos atos de auto-agressividade.

Posteriormente a intervenção pode requerer uma combinação entre medicação e psicoterapia. Se por um lado a intervenção farmacológica controla os impulsos agressivos, a psicoterapia trabalha no sentido da compreensão dos sentimentos e emoções, permitindo ao paciente criar recursos internos para lidar com as suas angústias e ansiedades de forma saudável.

Em todas as situações de Suicídio, a intervenção é necessariamente longa e persistente. A negligência do tratamento ou o abandono do mesmo põem em causa a evolução do quadro e põem em causa o bom prognóstico.
Inês Simão (Portugal)
Mestre em Psicologia Clínica pelo Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA-IU)


 *   *   *

Prevenir o suicídio é evitar outras "mortes", pois ninguém morre sozinho. Pais, filhos, amigos, ficam imersos num mar de dor que pode levar a uma morte em vida, pela culpa internalizada e que por vezes é impossível de ultrapassar.

DESABAFO

3/21/2012
Já são 3 dias que não sou mais a mesma, recebi um balde de água fria na cabeça e esta demorando pra secar, talvez não seque nunca. Não tiro as coisas que vi da cabeça, o vento sempre dá o seu jeito de me trazer as imagens, palavras, tudo que não me faz bem. O único momento que me sinto bem é quando estou dormindo, mas é só acordar que as sombras vem me atormentar e pertubar o juizo.

Eu sempre fui uma pessoa fria, calada, e agora eu sou bem mais. As pessoas me obrigaram a ser assim, e assim vou seguir. Não quero que as pessoas sintam raiva de mim, nem odio, nem pena.

Já não sei mais o que falar, não tenho companhia de ninguem. Ultimamente tem sido eu comigo mesma. Eu sou sozinha, vivo na solidão sempre, e passa muita coisa ruim na minha cabeça.
Acho que é só isso, então ...
C.V.

PAI DEPRESSIVO INFLUENCIA COMPORTAMENTO DOS FILHOS

2/27/2012
Não são somente mães com depressão que podem influenciar negativamente o desenvolvimento dos filhos, como já observaram diversas pesquisas. Uma criança cujo pai tenha sintomas depressivos também pode apresentar maiores riscos de desenvolver algum problema comportamental ou emocional, de acordo com um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos. Os resultados, publicados nesta quinta-feira no periódico Maternal and Child Health Journal, também mostram que as chances são ainda maiores em filhos que têm pai e mãe depressivos.

'É DIFÍCIL PERDOAR QUEM TE ABANDONOU', DIZ VIÚVA DE SUICIDA

12/24/2011
Stephanie Madoff Mack e seu marido, Mark Madoff, morto em dezembro de 2010
Até dezembro de 2008, Stephanie Madoff Mack tinha uma vida que podia ser considerada invejável. Vivia em um confortável apartamento no Soho, bairro chique e descolado de Nova York, ao lado de seu marido, Mark Madoff, um executivo bem-sucedido do mercado financeiro. Casados desde 2004, tinham dois filhos pequenos, Audrey e Nicholas. Tudo mudou quando, naquele mês, seu sogro, o poderoso financista norte-americano Bernard Madoff, foi preso acusado de comandar um dos mais criminosos esquemas de fraude de que se tem notícia.

ESTOU GRÁVIDA E MEU MARIDO SE SUICIDOU

9/01/2011
Eu acabo de perder meu marido em razão de suicídio. De fato, é difícil se colocar no lugar dele quanto ao sofrimento descrito por muitos de vocês como algo avassalador, incontornável, sufocante. 

Entender as razões é algo que foge do que presumo ser lógico, racional, mas também não há porque entender já que o fato foi consumado e é irreparável. 

ÓRFÃOS DO SUICÍDIO (PARTIMOS COM ELES)

7/20/2011
“Estava assistindo televisão e conversando ao telefone com uma amiga quando minha mãe passou por mim. Trocamos olhares, mas não nos falamos. Ela foi para o quarto e se trancou. Minutos depois, ouvi um barulho muito forte e um gemido. Chamei por ela, mas ninguém respondeu. Arrombei a porta e me deparei com minha mãe daquele jeito... caída na cama, com um tiro no peito... Num ato de desespero, tentei reanimá-la. Mas seus os olhos estavam entreabertos e as pupilas dilatadas... Eu não podia fazer mais nada. Fechei suas pálpebras e, em choque, fui procurar ajuda.” Arianne Menezes, 27 anos, é paulistana. Fisioterapeuta, ficou órfã de mãe aos 18.

A VIDA SEM ELES - ÓRFÃOS DE SUICIDAS

7/20/2011
“Passei a me sentir solitário nos anos que se seguiram à morte do meu pai. Ficava muito quieto, fechado. A sensação que eu tinha era de ter me trancado no meu quarto e que ali era o meu mundo. Continuei indo à escola, fazendo minhas atividades. Mas quando chegava a hora da saída, pensava que ele não iria mais me buscar como já tinha feito outras vezes, quando vinha a São Paulo. Parecia que tudo tinha ficado mais difícil — lembrava dele nos momentos mais improváveis. Não tinha vontade de ir às festas do colégio, da família. Chegava a ficar uma semana sem falar com ninguém. Até hoje, mesmo nos momentos em que fico feliz, sinto uma tristeza enorme. Porque quando acontece uma coisa muito boa, eu queria que ele estivesse vivo para dividir a alegria comigo”, diz Daniel.

A VERDADE TEM UMA APARÊNCIA MENTIROSA - Cecília Meireles

1/14/2011
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Rio - 06/01/1936

Não quero que fiquem tristes com esta carta. Que adiantam, essas considerações? Eu, por mim, aceito tudo. Mas dôi-me o mal que o Fernando se fez. Às vezes, eu não acredito. Parece-me que estamos apenas à distância. Que ele chegará, logo mais. Mas eu o vi. E revolta-me estar viva, tendo-o visto assim. Ah! decididamente, não se morre de dor! Tive de vir para longe, com as crianças — pobrezinhas! Tomei um apartamento na praia, em Copacabana, onde se pode descansar um pouco entre a montanha e o mar. Estou sozinha com as pequenas, e uma amiga que me acompanhou em tudo isto. Mas sinto que necessito ficar ainda mais só. A solidão tem sobre mim um grande poder. Purifica-me. Exalta-me, interiormente.

Eu queria que ele ressuscitasse, para me explicar porque fez isto
(...) Estou com vontade de escrever agora um livrinho sobre a viagem'-'1. Talvez com um nome assim 'Lembrança-A A Raquel diz que gostava daquele "ar não se importa" do Fernando... Eu gostava do seu desinteresse por certas coisas; mas foi o "ar não se importa" que o matou. Ele viu a vida com uma simplicidade que ela não tem. Passou de leve pelos amigos, sem se dar conta. Dedicou-se aos que nunca o entenderam nem amaram, — apenas o aproveitaram. Por estes sacrificou muito. E nenhum deles agora me apareceu. Andou sempre um pouco longe da verdade -- porque a verdade tem uma aparência mentirosa, também. Teve tudo nas mãos. E não soube fazer nada com o que tinha. Eu queria que ele ressuscitasse, para me explicar porque fez isto. Porque eu o amei sobre todas as coisas, e não o entendi completamente, nem servi de nada. no único instante em que vale a pena servir a alguém.

Peço a V. V. todos que me desculpem esta carta imensa e triste... É como se estivesse conversando com v. v. todos, aqui perto. Escrevam-me quando puderem. Sobra outras coisas. Como antigamente. Façamos de conta que a vida é a mesma. Nem creio que venha a mudar. (...) Depois escreverei com mais vagar. Saudades a todos. Com a maior amizade,

O QUE SINTO TRAGO DESDE A INFÂNCIA

1/10/2011
"Pode ser inacreditável ver uma adolescente de 16 anos querendo morrer. Eu tava em uma das minhas depressões quando digitei no google, sem esperança de encontrar algo proveitoso, "QUERO MORRER" ! Pode ter sido por acaso, ou não.

O que sinto em mim trago desde a infância, quando vi as brigas horriveis de meus pais, pelas quais se separaram. Fui arrancada da minha mãe aos 6 anos pra morar com o pai que batia em minha mãe, e não a tive em meus momentos mais importantes.

Hoje, eu sofro e não a tenho ao meu lado para consolar-me. Meu pai não serve nem para dar um bom dia. Ele me sustenta, colégio bom, casa boa, comida. Não reclamei nunca. Mas eu prefiro catar lixo e ser feliz do que viver nesse inferno de dinheiro no qual vive minha familia. Não é a toa que a familia inteira é desestruturada.

Me sinto feia, despercebida, um verdadeiro patinho feio na frente de todos. Não sei se alguém vai ler isso, porque até eu mesma não li os outros depoimentos, mas confesso que não estava em um bom momento. Não sei o que é receber amor, a não ser de um namorado que eu tenho, e que na verdade, eu nem amo.

Enquanto ao meu pai, imagine uma filha repleta de medo do pai. Pois sou eu. Medo, angustia, insegurança, tudo isso me invade quando preciso lhe pedir algo, porque sei que o não é eterno. Uns dizem que ele me quer pra ele, outros dizem que é ciúmes, pois pareço demasiadamente com minha mãe, e ele foi deixado por ela, já que não aguentava mais apanhar. E eu apanhei, até essa tal Lei da Palmada surgir eu provei das mãos grossas e fortes de um homem que hora era o pai protetor, ora era o bicho papão do meu armário. Eu conto os dias pra minha maior idade, para só assim poder ir embora e morar com minha mãe, a única pessoa que poderá um dia me dar amor verdadeiro, reciprocamente. Ela faz falta :/ "

J.L.F.
Depoimento - Comunidade Q.M.

TEMOS MUITO O QUE APRENDER

1/09/2011
"A morte realmente é algo natural.

É a única coisa com a qual podemos contar com certa, inevitável, chega para todos. Mas não temos o direito de antecipá-la. Também já senti vontade de morrer, mas jamais de me matar. Jamais fazer isso comigo. Simplesmente não me importaria de morrer, não tenho medo da morte, mas ainda tenho muito o que aprender. Ainda tenho algumas pessoas que sofreriam muito caso eu fizesse a grande besteira de antecipar a minha partida; inclusive meu filho.

Meeu amor que já partiu e já está lá me esperando. Quero poder reencontrá-lo, ter o merecimento do abraço dele, quero merecer ficar ao lado dele novamente. Então seja como e quando Deus quiser. No início, achei que era castigo de Deus, continuar vivendo enquanto meu filho já não vivia mais. Mas li muito, me informei muito, rezei muito e aprendi que quanto mais vivemos, maior é o aprendizado. Temos muito o que aprender aqui.

Meu filho partiu aos 24 anos. Com certeza aprendeu tudo antes de mim."

S.O.M.

DESISTI DO SUICÍDIO: APTENDI A GOSTAR DE MIM

12/03/2010
"Meu nome é Ana Cristina sou portuguesa,mãe de 8 filhos, avó de 3 netos... Já sofri de depressão mais que uma vez, e numa delas, antes de ter acompanhamento psicológico, tive  uma tentativa de suicídio com overdose de comprimidos...

Felizmente alguém chegou a tempo e me levou para o hospital, fiz lavagem estomacal e sobrevivi. O que me motivou foi o cansaço de ter de ser sempre eu a resolver todos os assuntos aqui em casa. Era sempre tudo nas minhas costas, tudo eu... Aí pensei: 'Chega estou farta!Vou me matar e acabar com isso tudo.' E foi o que eu fiz, só que, no meu íntimo eu não queria morrer mesmo,até porque deixei os comprimidos na mesa de cabeceira e liguei para alguém antes de os ter tomado; ou seja o que fiz foi como uma chamada de atenção. Hoje eu entendo isso, mas se Deus não tivesse olhado por mim, não estaria aqui... Depois de começar a frequentar uma psicológa, eu fui entendendo muita coisa...

Aprendi a não guardar nada: se tiver de me zangar, eu zango; se tiver de chorar, eu choro;  se tiver de mandar pra trás das costas alguma coisa, eu mando...

Aprendi a gostar de mim, em vez de só olha prós outros, olhar pra dentro de mim mesma...

Entrei no site Partida e Chegada e fui ler diversas psicografias. Li, inclusive, livros espíritas e a verdade é que aprendi muito, evoluí espiritualmente, passei a ver a vida com outros olhos. Afinal Deus emprestou-nos este corpo para que pudéssemos cumprir nossa missão terrena. Quem somos nós pra destruir uma coisa que nem sequer é nossa, e da qual teremos que dar conta quando chegarmos ao plano astral? Aproveito para deixar um alerta: um suicida ou quem está a pensar fazer isso, dá sempre sinais... Cabe à família e aos amigos estarem atentos. E se possível lhes darem livros sobre o assunto. Aconselho vivamente o livro "Memórias de um Suicida", livro sobre o desencarne do escritor Camilo Castelo Branco. Fala de seus tormentos no Vale dos Suicidas, até ser resgatado. Esse livro muito me ajudou...

Espero que o meu testemunho ajude alguém...

E quem quiser falar comigo, sinta-se à vontade para o fazer. Ajudarei com todo o prazer..."

Lisboa, Portugal.

Imagem:  por flydime

FATORES DE RISCO DO SUICÍDIO

11/21/2010
Transtornos mentais Aspectos sociais

• Transtornos do humor, como depressão
• Transtornos mentais e de comportamento do uso de substâncias, como o álcool
• Transtornos de personalidade
• Esquizofrenia
•Transtornos de ansiedade
•Comorbidade aumenta os riscos (ou seja, sofrer de alcoolismo e de depressão) 

Aspectos sociais

• Sexo masculino
• Idade entre 15 e 35 anos e acima de 75 anos
• Muito pobres ou muito ricos
• Moradores de áreas urbanas
• Desempregados (principalmente perda recente
do emprego)
• Aposentados
• Isolamento social
• Solteiros ou separados
• Migrantes

Aspectos psicológicos

• Perdas recentes
• Perdas de parentes na infância
• Famílias conturbadas
• Datas importantes
• Reações de aniversário
• Personalidade impulsiva, agressiva ou de humor instável 

Condição de saúde limitante

• Doenças orgânicas incapacitantes
• Dor crônica
• Lesões desfigurantes
• Epilepsia
• Trauma medular
• Tumores malignos
• Aids

Imagem:  por ELEOTH

SE TIVESSE CONSEGUIDO, SERIA PIOR...

11/10/2010
"Meu nome é Clara, tenho 39 anos...
Assim como muitos, passei por um período de depressão terrível... Perdi u filho com 18 anos de idade (atropelamento por trem), e o que é pior, até hoje não me deixaram descobrir se foi acidente ou souicidio. Ele sofria muito, devido a muitos erros que cometeu.. A hipótese principal era de suicidio...
Afogada na angústia e na dor.. Tentei também suicídio.. Três vezes.. Sempre aparecia alguém pra me socorrer.. Sabem quem?? Minha filha (hoje com 11 anos apenas..)
Ela sofreu demais...
Minha ficha só caiu quando eu fui parar num hospital psiquiátrico... Ai eu ví o quanto estava agindo mal.. Pois por tres semanas fiquei longe de todos os que eu amava... Imaginem, se eu tivesse conseguido me matar? Seria muito pior...
Meu conselho é juntar forças... Se você não consegue sozinho procure ajuda: parentes, amigos, médicos.. Mas principalmente a ajuda de Deus, de Jesus... Em uma boa religião você sempre encontrará pessoas maravilhosas, pra te entenderem e te ajudar...
Hoje, eu nem penso em suicídio. Hoje vivo bem melhor, tenho o apoio e o carinho de todos...e o que é melhor, estou viva para cuidar de todos que eu amo....
Procurem ajuda, procurem a Deus...
Detalhe: se meu filho fosse vivo, hoje ele completaria 23 anos de idade!!!! Saudades...
Com muito amor..."
 
Imagem:  Naíra Dias

MEU NAMORADO SUICIDOU-SE

11/05/2010
"O testemunho que venho aqui deixar não é de ter vontade de suicidar-me, mas sim para que entendam aqueles que o pensam fazer, no sofrimento que causam aos outros. Na mistura de sentimentos que existe dentro de nós e sobretudo na enorme revolta, mágua, tristeza e muitos sentimentos negativos que ficam á volta da vossa imagem.

O meu namorado suicidou-se, enforcou-se na minha garagem.Ninguém pode imaginar o que é de um momento para o outro encontrarmos a pessoa que amamos, a pessoa com que vivemos, a pessoa com quem fizemos planos para um futuro e tantas juras de amor simplesmente pôr fim á vida de uma forma tão horrenda.

Tenho mil e uma perguntas na minha cabeça e sei que nunca irei obter uma resposta, pois a única pessoa que o seria capaz de fazer está morta!

Para quem o pensa fazer apenas aconselho a pedirem ajuda, falem com um amigo, tentem procurar algum tipo de ajuda porque na minha opinião tudo se consegue superar...menos a morte! A morte é uma coisa que todos nós temos certa e vamos ter muito tempo para estarmos mortos...agora para viver temos muito pouco tempo. Existe coisas muito boas para serem vividas e se sentirem que nada vale a pena olhem ao vosso redor pois concerteza haverá alguém que vos saberá dar valor. Percam um momento que seja para pensarem na dor que irão causar aos vossos pais, irmãos, amigos, familiares, namorada (o) pois muitos deles estão cá para vos ajudar a superar essa fase menos boa pela qual estão a passar.

Descobri este blog porque estava gravado no computador do meu namorado..."

Maria Francisca (Rede Quero Morrer)
Imagem:  tchola

BOBBY : FILME FALA DE OPÇÃO SEXUAL, PRECONCEITO E MORTE

10/08/2010


Este é um filme baseado na história verídica de um jovem homossexual, que aos 20 anos suicida-se. "Eu não posso deixar que ninguém saiba que eu não sou hétero. Isso seria tão humilhante. Meus amigos iriam me odiar, com certeza. Eles poderiam até me bater. Na minha família, já ouvi várias vezes eles falando que odeiam os gays, que Deus odeia os gays também. Isso realmente me apavora quando escuto minha família falando desse jeito, porque eles estão realmente falando de mim... Às vezes eu gostaria de desaparecer da face da Terra." Estas palavras estão escritas no diário de Bobby Griffith, quando tinha 16 anos. A sua mãe, "Mary Griffith", interpretada por Sigourney Weaver, sabendo da sexualidade do filho acredita  poder "curar" o filho com base na religião e terapias. Mas, quatro anos depois (1979),  Bobby desiste de viver e se lança de uma ponte.

Um filme intenso, dramático, e que espelha ainda hoje a realidade de muitas e muitos jovens no mundo. Mary após a morte do filho questiona-se a si e ao fundamentalismo religioso, redime-se da sua posição homofobica tornando-se uma defensora dos direitos GLBT. Baseado em fatos reais, mostra o drama de um garoto muito amado pela família,  na qual era visto como um garoto perfeitinho. Até a hora em que ele assume aos familiares ser homossexual. Daí em diante começa a luta da mãe para tornar o filho heterossexual.

Frases 

“Não dizer a verdade... Às vezes eu me sinto como se estivesse na ponta de um penhasco olhando para baixo, a ponto de cair e bater, sem lugar nenhum para ir exceto para baixo.”(09:24)

"Bobby, nós somos a sua família. Podemo superar isso. Eu sei que, se confiarmos em Deus, podemos resolver. É curável com a ajuda Dele." (14:37)

Mãe de Bobby Griffith
"Se um homossexual que quer renunciar a homossexualidade encontra um psiquiatra que sabe curar a homossexualidade ele tem uma grande chance de se tornar um heterossexual feliz nos eixos." (15:50)

“Nada que eu faça muda alguma coisa.
Eu tento e tento, mas sinto que é impossível.
Eles não sabem o que é estar na minha pele.” (21:97)

"Já estou feliz por estar longe de casa e livre. Parece uma nova vida. Um novo dia. E vou ser um sucesso de todas as formas que puder. O meu objetivo é alcançar um sentimento de orgulho e de valor como ser humano." (33:26)

"Por vezes sofro tanto...Estou assustado e sozinho. Estou condenado. Estou afundar-me lentamente num vasto lago de areia movediça. Um poço em fundo. Quem me dera poder rastejar para baixo de uma pedra e dormir para sempre". (33:26)

Trechos de 'O  Diário de Bobby':
"Ninguém me entende.
Ninguém nesta casa consegue aceitar o meu lado da história.
Posso sentir os olhos de Deus olhando para mim com pena.
Não posso deixar ninguém descobrir que não sou hétero. Seria tão humilhante...
Os meus amigos iriam odiar-me. A minha família...
Mãe. Já os ouvi demais.Disseram que odeiam os gays. E que até Deus odeia os gays.
Assusta-me mesmo quando falam assim, porque agora estão a falar sobre mim.
Eu não quero escolher o pecado. Não quero.
Estou tão irritado e frustrado com Deus...
Parece que estou no fim do caminho..."(56:04)

“A todos os Bobbies e Janes por aí...
Digo-vos estas palavras, como as diria aos meus preciosos filhos.
Por favor, não desistam da vida.
Nem de vocês. Vocês são muito especiais para mim.
E eu estou a trabalhar para fazer dessa vida um lugar melhor a mais seguro para vocês viverem. Prometam-me que vão continuar a tentar.
O Bobby desistiu do amor. Espero que vocês não o façam.
Estarão sempre no meu coração.”
(01:22)

SUICÍDIO: FAMÍLIA E AMIGOS

8/28/2010
"O suicida faz com que amigos e parentes se sintam seus assassinos."


(Vincent Van Gogh)

MAGOEI MUITA GENTE E NÃO ME PERDOÔ

1/06/2010

"Eu quero falar porque não sei escrever.

Meu Deus todo poderoso, tenho feito de tudo pra encontrar a paz. Sei que parte da culpa do sofrimento do meu filho é minha, mas ele, mais do que eu, precisa querer sair deste mar de lama em que se lançou.

Preciso de oração e que mandem rezar uma missa para a minha alma.

Me sinto só e desamparado. Sei que no Pai tudo posso, mas minha consciência não me deixa ficar em paz. Continuo com o vício da bebida porque preciso dela para ser forte. Acho que não influencio ninguém, mas não quero que meu filho sofra tanto depois da morte da matéria. Sei que preciso me conscientizar de que o vício me faz mal, mas assim como ele não sei se quero deixar a sensação boa que ela me traz.

Sou um fracassado. Magoei muita gente e não me perdôo por isto. Me aflige saber que meu filho amado percorre o mesmo caminho".

Assinado : Pai do Ricardo
Data: Abril de 2005.
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G.

Indicações de Leitura :
"Deixai os mortos enterrar seus mortos" (Lucas 9:59 e 60)
"Os interesses da vida futura estão acima de todos os interesses e de todas as considerações humanas" (Evangelho Segundo e Espiritismo - Cap. 23 - Moral Estranha)

PRECE:
Pelas pessoas a quem tivemos afeição (pág. 301 / 62 e 63 )
Pelas almas sofredoras que pedem prece (pág. 302 / 65 e 66 )

SUICÍDIO CRESCE ENTRE MILITARES AMERICANOS

1/05/2010
Desde pelo menos a época de Abraham Lincoln, os presidentes enviam cartas de condolências às famílias dos militares mortos em ação, independente das mortes terem ocorrido por fogo inimigo ou por acidente. Todavia, não é o que ocorre quando o soldado comete suicídio, mesmo que em ação ou ainda sobre forte transtorno emocional.

Segundo uma política não escrita que existe pelo menos desde o governo Clinton, os presidentes não enviam cartas aos parentes de soldados que tiraram suas próprias vidas. As raízes dessa política são obscuras e provavelmente baseadas na visão de que o suicídio não é uma forma honrada de morrer. Mas esta visão começa a ser revista, forçada mais pelos fatos do que pela mudança de conceito dos governos ou do comando militar.

Isto porque é crescente o número de suicídios nas tropas norte-americanas. Apesar da maioria dos suicídios ocorrer em postos nos Estados Unidos, um número significativo ocorre no Iraque e no Afeganistão: pelo menos 184 desde 2001. Até outubro, o Exército, que lidera com folga em casos de suicídio entre as forças armadas, relatou 133 entre soldados no serviço ativo, o colocando-se a caminho de superar o recorde do ano passado, 140. O Corpo de Marines dos Estados Unidos, que apresenta o segundo maior número, também terá provavelmente mais suicídios do que no ano passado, 42.

O aumento dos suicídios levou o Pentágono a tomar uma série de medidas. O Exército está colaborando com o Instituto Nacional de Saúde Mental no estudo de doenças mentais e suicídio."Nós temos que reduzir o estigma que cerca a procura por ajuda em saúde mental", disse o general Peter Chiarelli, o vice-chefe do Estado Maior do Exército.

O objetivo é evitar casos como o de Chancellor Keesling, que atirou em si mesmo em uma latrina em 19 de junho. Horas antes de se matar, ele tinha discutido com sua namorada pelo telefone e então enviou um e-mail incoerente e melancólico para casa. "Eu não posso explicar quão envergonhado estou. Eu disse algumas coisas por raiva", ele escreveu. "Eu não aguento sem cada um de vocês me apoiando o tempo todo. Eu me sinto sozinho por algum estranho motivo e pensei em me matar. Carreguei uma bala na minha m4 mas decidi não puxar o gatilho. Eu sei que preciso de ajuda e colocar minha família em primeiro lugar. Por favor me perdoem e aceitem minhas desculpas."Cerca de 17 horas depois, ele estava morto.

"Minhas últimas palavras para meu filho foram: 'Seja um homem e supere'", disse Keesling, lembrando de um dentre dezenas de telefonemas frenéticos ao Iraque horas antes da morte de Chancellor. "Eu fui um pai estúpido. Se meu filho tivesse dito: 'Pai, quebrei minha perna, não consigo seguir em frente', eu teria entendido. Mas eu não entendi o lado da saúde mental."

A partir de reortagem do New York Times. Leia texto integral

ENXUGUE AS LÁGRIMAS E SORRIA AO VER O SOL

1/02/2010
"Vim porque me foi permitido trazer notícias aos meus. Depois de muito tempo fomos socorridos e hoje trabalhamos com muitos outros irmãos no socorro de pessoas que desencarnaram como nós. É triste quando a gente, do lado de cá, sabe que tudo continua da mesma maneira, que a vida não acaba e os entes queridos ficam como que numa escuridão sem saber da realidade.

Quem fica chora, pensa no quanto sofremos, pensa no futuro que ainda teríamos e com pesar pensam no que deixamos.
Quem parte, depois de encontrar e entender o verdadeiro significado da dita 'morte', se vê diante de uma vida nova, diante da possibilidade de crescer espiritualmente, aprender e ajudar. Quem parte sofre com o choro e as dúvidas de quem fica achando que nunca mais irão se encontrar.

Foi triste nosso desencarne por causa do mês de festas. Todos alegres, arrumando suas árvores por menor que fosse. Todos invocando o Espírito do Natal e, de repente, o acidente. Tudo aconteceu tão rápido. Fomos atendidos prontamente por irmãos de um grupo de socorro do qual hoje fazemos parte.

Eu fui primeiro, Sô. Mas seu irmão também não se demorou. Ficamos meio atordoados com aquela correria, com aquele hospital (já do lado de cá) e ao mesmo tempo tanta tristeza, tanto choro que nos atingia o coração e que não sabíamos de onde vinha.

Não tínhamos mais nada pra fazer aqui. Cumprimos o nosso tempo, embora não tenhamos aproveitado da maneira correta.

Sô, fique em paz e se entregue no caminho do bem. Olhe mais para os irmãos mais necessitados e cada vez que você vestir uma criança, estará fazendo a vontade do Pai. Cada vez que der de comer a quem tem fome, estará subindo um degrau na direção da evolução.

Não passamos muito tempo juntas, pela distância, pela correria de uma vida comum.

Cuida bem da 'mãe', aquiete o seu coração, mas saiba escolher as palavras porque ela pode ficar impressionada com notícias minhas. Sabe como é... poderia criar algum constrangimento a você, pois ela pode procurar ajuda com o padre e ele, com certeza, dirá que isso não é coisa de Deus.

A vida aqui é muito boa e produtiva. Mais irmãos como nós passaram por situação semelhante e com o tempo vão se unindo e fazem de todo o ocorrido um aprendizado. O seu irmão não veio porque ainda nao teve a permissão, mas ele está muito bem e com saudades.

O natal está próximo, de novo, e virá ainda por muitos anos e peço em meu nome e em nome dele, que o clima de tristeza dê lugar a muito amor, muita alegria e muita paz. Acenda as luzes. Comemorem o aniversário de Jesus Cristo e fortaleçam a fé e a esperança, pois a vida não termina. Podemos comemorar juntos, em pensamento e coração. Façamos uma oração neste dia que já foi triste por tantos anos. Festejem e comemorem o novo ano como um marco, um renascimento, um ponto de partida em busca de uma vida mais feliz.

Não se torture querendo saber como foi e pelo que passamos. Estamos bem e unidos no amor de Deus e ligados a vocês. O amor transcende. Ultrapassa esses planos e nos une num amor e num sentimento único de paz e alegria.

Enxugue as lágrimas e sorria ao ver o brilho do sol e das estrelas.
Beijos afetuosos e cheios de saudades. Fiquem em paz e, se Deus permitir, daremos notícias novamente, em breve. E, não se esqueça, comemore o natal que você sempre fez questão de comemorar e de reunir a família. Estaremos todos reunidos neste dia bendito."

Assinado : " Su "
Data: Outubro de 2007.
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G

O VAZIO QUE SENTIMOS PELOS QUE JÁ SE FORAM

1/01/2010
O período de festas, bem como as diversas outras datas comemorativas (aniversário, nascimentos) ou meras reuniões familiares são, por vezes, momentos de tristeza, de agonia, de depressão para grande número de pessoas que perderam entes ou pessoas que lhes eram muito caras.

Este sentimento, não há como negar, em grande parte pode ser creditado à solidão, este mal da alma humana. Mesmo em família, nem sempre nos sentimos à vontade, integrados à maneira de viver e de comemorar o Natal ou outras datas. Outro aspecto a considerar é a saudade que sentimos dos que já partiram. Não podemos esquecer que também deixamos amigos no mundo dos espíritos que nos aguardam um dia. Portanto, devemos compreender que somos os maiores, senão os únicos, responsáveis pela onda de sentimentos que nos afetam; que atingem nossos amigos e parentes próximos; e, numa dimensão diversa, os entes que partiram para outro plano da vida.

O estudioso espírita Mauro Operti observou em entrevista ao IRC, que a maneira de saber se os entes desencarnados estão bem é rezar, “pedir a Deus que lhe permita sentir o carinho daquele de quem você gosta”. “Com o tempo e a prática — completa — aprendemos a nos dirigir mentalmente àqueles de quem gostamos e as evidências subjetivas que colhemos desses contatos nos dão a certeza de que realmente estivemos com eles. Mas é preciso aprender a fazer as rogativas mentais com tranqüilidade, confiança e á certeza da assistência espiritual de nossos guias. Peçamos (...) e esperemos com serenidade”. Devemos, neste sentido, entender que nascemos, vivemos e até mesmo “morremos” para aprender a viver em relação aos outros e à própria vida. Saibamos, como afirma Mauro Operti, que “Deus não cometeria esta maldade de separar definitivamente dois seres que se amam. A essência da vida é o outro.

Porque Deus juntaria num breve tempo de uma existência duas criaturas que se sentem felizes de estar juntas e depois as separaria pela eternidade? A certeza da sobrevivência que a prática espírita garante às criaturas está acompanhada da certeza da reunião daqueles que se amam depois da perda do corpo físico”. Esta é a maior consolação que poderíamos desejar, mas não é só uma consolação piedosa, é uma certeza proveniente da vivência que, aos poucos, vai nos tornando mais seguros e menos propensos às crises de ansiedade e aflição que são tão comuns às pessoas hoje em dia.

Por isto, importante a atitude da família. Em regra, sempre, mas de maneira particular nas datas comemorativas, onde as ondas mentais, as lembranças são mais presentes, reais e amorosas. Léon Denis examinando a questão diz: "Os pensamentos de amor e caridade, as vibrações dos corações afetuosos brilham para” os desencarnados como raios na névoa que, por vezes, o envolve. “Ajudam-no a soltar-se dos últimos laços que a acorrentam à Terra.”

O posicionamento mental dos familiares ante a “morte” é fundamental na recuperação do espírito. Pensamentos de revolta e desespero o atingem como dardos mentais de dor e angústia, dificultando a sua recuperação. André Luiz mostra que a atitude inconformista da família pode criar "teias de retenção", prendendo o Espírito ao seu corpo (Fonte: IDE-JF Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG).

Complementa Léon Denis, ao falar do hábito de velar os “mortos” : "O cerimonial religioso, em uso, pouco auxílio e conforto dá, em geral, aos defuntos. Bem poucos dos que formam o acompanhamento pensam no defunto e consideram como dever projetar para ele um pensamento afetuoso." André Luiz chega a dizer, que "felizes são os indigentes, porque são velados nas câmeras dos institutos médico-legais", porque o velório e o sepultamento são quase sempre, mais um motivo de sofrimento para o desencarnante.

O pensamento elevado, e sobretudo a prece sincera são infinitamente mais valia para o equilíbrio do desencarnante. Allan Kardec afirma que o melhor presente que podemos dar a um ente querido que partiu é orarmos sinceramente em seu benefício: "As preces pelos Espíritos que acabam de deixar a Terra têm por fim, não apenas proporcionar-lhes uma prova de simpatia, mas também ajudá-los a se libertarem das ligações terrenas, abreviando a perturbação que segue sempre à separação do corpo, e tornando mais calmo o seu despertar" (ESE-cap XXVIII it 59).

Vale, como sempre, a lição de André Luiz:

"Maior resignação, maior prova de confiança e entendimento.Emitir para os companheiros desencarnados, sem exceção, pensamentos de respeito, paz e carinho, seja qual for a sua condição.A caridade é dever para todo clima.O companheiro recém-desencarnado pede, sem palavras, a caridade da prece ou do silêncio que o ajudem a refazer-se.Transformar o culto da saudade, comumente expresso no oferecimento de coroas e flores, em donativos às instituições assistenciais, sem espírito sectário, fazendo o mesmo nas comemorações e homenagens a desencarnados, sejam elas pessoais ou gerais.A saudade somente constrói quando associada ao labor do bem.O corpo que morre não se refaz."
(Do Livro"Conduta Espírita, Pelo Espírito de "André Luiz" Psicografia de Francisco Cândido Xavier).

Em conclusão, devemos agir com resignação. Entendimento do sentido da vida, que compreende a morte do corpo e o princípio da evolução do espírito. Para tanto, devemos nos portar no sentido de ajudar, de amparar e compreender os encarnados e desencarnados. Para tanto, a oração e a simplicidade das reuniões familiares; a lembrança carinhosa, com saudade, mas sem dor, ajuda e proporciona luz aos que se foram e nos ilumina o caminho para a continuidade de nosso próprio caminho.

Marcos Grignolli

Resposta a questionamento formulado na Comunidade Partida e Chegada no Orkut
 
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