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PARECE QUE A VIDA QUER ME TESTAR

4/24/2015

"Olá, eu queria mandar o meu depoimento do quem vem acontecendo na minha vida. Tá muito difícil ultimamente viver. Só vem acontecendo problemas (e muitos problemas) em torno do meu dia a dia.

Eu tenho 17 anos, prestes a ser de maior no final do ano, mas tô muito ansiosa. Isto porque eu namoro há 1 ano e 7 meses e minha família é muito rigorosa em relação de ter 'liberdades', entendeu? E meu namorado é uma boa pessoa e está tendo muita pressão. Meus pais estão com planos de ir embora para nordeste daqui a alguns meses, e eu não quero. O único jeito seria casar. Mas esta é uma escolha bem difícil, porque eu tô preparada e ao mesmo tempo não.

É uma confusão só. E a causa dos meus problemas é o ciúme obsessivo da minha mãe. Ela faz um inferno toda que vez que falo que meu namorado vem aqui em casa, ou peço pra passar uma tarde lá na casa dele, com os pais dele.

Meu pai, por outro lado, é super de boa e ama muito ele.

Não aguento mais tanta briga, tanta indecisão. Suplico todas as noites por misericórdia, pra que tudo mude, mas eu não tô vendo resultado. Parece que a vida quer me testar ou Deus mesmo quer me testar.Eu quero uma ajuda, pois não vejo mais graça em viver e continuar vivendo uma vida presa enquanto todos vivem a vida. Peço uma ajuda, muito obrigada."
M.
Depoimento por e-mail
Imagem : Pexels

DEPRESSÃO INFANTIL: PAIS DEVEM COBRAR MENOS

4/24/2015
Diretamente associados à relação familiar, depressão e distúrbios de ansiedade são cada vez mais comuns entre crianças em fase escolar. De acordo com a neuropediatra Mirella Fernandes Senise, a depressão costuma estar atrelada a dificuldades de aprendizagem e a ansiedade a dificuldades de separação dos pais. “Em todos os casos, é importante que os pais compreendam que cada criança tem seu tempo, suas limitações. Não podem cobrar demais, precisam estar presentes e evitar envolvê-los nos problemas cotidianos”, alerta.

Nos últimos quatro anos, a médica destaca aumento na procura por tratamento de crianças depressivas com dificuldade de aprendizagem. “É uma via de mão dupla. A depressão pode causar essa dificuldade. E o contrário também. A dificuldade de aprendizagem pode causar baixa estima e levar ao quadro depressivo”, explica.

Déficit de atenção associado a depressão, por exemplo, é muito comum. “Vale ressaltar que as vezes a criança é cobrada demais. Ela até vai bem na escola, tira notas boas, mas não é o suficiente para esses pais.”

Mirella destaca outros fatores que podem levar a depressão: a separação dos pais; a chegada de irmãos mais novos; abandono. “Crianças que ficam tempo demais sozinhas podem ter mais tendência. E não basta o pai só estar presente. Precisa dar atenção, incentivo.” Ansiedade - Segundo a psicóloga Patrícia Blanco Silva, a ansiedade é a reação normal a situações que podem causar medo, expectativa ou dúvida. “Ela pode ser causada por muitos fatores. E um pouco de ansiedade até pode ser saudável. Mas para que não seja excessivo, no ambiente familiar os pais precisam lidar com os problemas de forma natural e acolhedora. Diagnóstico - As duas profissionais alertam para a importância do diagnóstico precoce. “A hora certa para procurar ajuda é quando percebem os primeiros sintomas de alteração de humor”, orienta a neuropediatra Mirella. “Crianças tendem a ficar muito irritadas ou agressivas. Os pais também percebem alterações de apetite, que pode ser para mais ou menos, e alterações no sono, como dificuldade de dormir, insônia ou até procurar a cama deles para conseguir descansar.”

Patrícia, no entanto, avisa que nem sempre os sintomas são constantes. “O diagnóstico leva em conta a história de vida do paciente e uma análise clínica criteriosa. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas interferem diretamente na qualidade de vida.” Quando não tratadas adequadamente, tanto a depressão quanto a ansiedade podem acarretar problemas mais sérios no futuro. “Mudança de personalidade. Propensão a depressões mais graves no futuro. Prejuízo social, porque se afastam de todas as pessoas. Desestruturação familiar”, elenca a médica. “Em casos muito graves, levam a distúrbios alimentares, como a anorexia. E até ao suicídio na adolescência, que seria mais raro.”
Imagem: Pexels

SUICÍDIO ENTRE ADOLESCENTES

4/22/2015

Causa da morte de mais de 2 mil jovens brasileiros todos os anos. Considerado um fenômeno social entre alguns especialistas. Prática incentivada na internet. Ainda assim, o assunto – velado e cercado por tabus – é evitado pela sociedade. A temática suicídio entre adolescentes vem à tona após duas recentes mortes de garotas em idade escolar, em Belo Horizonte. Infelizmente, não se trata de casos isolados, muito menos raros.

Na última década, os índices de autoextermínio dobraram entre pessoas de 12 a 21 anos, segundo Fábio Gomes, vice-coordenador da Comissão de Prevenção ao Suicídio, da Associação Brasileira de Psiquiatria. Das mil ocorrências registradas todos os meses no país, cerca de 170 são cometidas por adolescentes.

O número pode ser ainda mais preocupante. “Estão subnotificados. Se uma pessoa morre ao se envolver, por querer, em um acidente de carro, o fato é tratado como acidente de trânsito”, destaca.

Características

Embora alguns casos sejam atribuídos a distúrbios psiquiátricos, outros fatores estão por trás desse crescimento. “Há uma falsa ideia de que o suicídio está sempre associado à depressão. Isso não é verdade. Vivemos em uma sociedade altamente consumista, onde tudo ficou banalizado. Até a própria existência”, observa Maurício Leão de Rezende, presidente da Associação Mineira de Psiquiatria.

Solidão, estresse e a pressão da competitividade também podem explicar o aumento das ocorrências. Sem maturidade suficiente para lidar com esses sentimentos, muitos escolhem o caminho mais radical. “Alguns não conseguem enxergar uma saída ‘meio-termo’. Eles têm percepções extremadas sobre a vida e são mais impulsivos”, afirma a psicóloga Sylvia Flores.

Apesar dessas características serem comuns à idade, Marcelo Tavares, professor do programa de pós-graduação em psicologia clínica e cultura da Universidade de Brasília (UNB) e coordenador do Núcleo de Intervenção em Crise e Prevenção de Suicídio, adverte sobre o perigo de jogar a culpa apenas à fase da vida.

“Nem todos os pais querem compreender os sentimentos do adolescente. Preferem procurar um atalho, uma pílula que esconda o real problema. É mais fácil do que investir no relacionamento e no vínculo com o filho”. Outros setores da sociedade – até mesmo a escola – agem de modo semelhante. “Todo mundo quer passar a batata-quente”.

Internet

Não bastassem esses fatores, a internet também tem aberto o caminho para novas ocorrências. Segundo Fábio Gomes, diversos sites e páginas nas redes sociais incentivam a prática.

“Há grupos no Facebook que glamourizaram o suicídio. As pessoas deixam seus nomes e entram em uma espécie de lista, até que chegue o dia de se matarem”, conta. Recentemente, oito casos do tipo foram registrados apenas na cidade de Fortaleza. Dentre eles, uma família descobriu que um grupo saiu do enterro da menina para uma comemoração, como se aquele tivesse sido um grande dia.

“E que controle temos sobre isso? Nenhum. É muito importante resgatar a convivência familiar. Os adolescentes estão sozinhos e acabam se cercando por tecnologia. E na internet têm acesso indiscriminado a qualquer tipo de informação”, alerta.

Grupos compartilham informações sobre autoextermínio

Em uma página do Facebook com 15 mil curtidas, frases como “Meus cortes têm motivos, alguns até nome” e “Já me cortei sem derramar nenhuma lágrima, mas também já chorei tanto ao ponto de não conseguir segurar a lâmina” são divulgadas e compartilhadas. Quem faz as postagens é um adolescente de 19 anos que, desde a infância, tem pensamentos sobre a morte.

Ele não sabe atribuir de onde vieram essas ideias, mas ressalta que teve uma triste trajetória de vida, que inclui maus tratos dos pais. Hoje, afirma que encontra apoio na namorada e outros três amigos, além de alguns colegas que fez por meio da rede. “Não queremos incentivar o suicídio. Essa é uma forma de nos ajudarmos”, justifica o garoto, que já tentou se matar e também já cortou ou pulsos, sem intenção de morrer.

Grupos para compartilhar a automutilação também são comuns na rede. Além de compartilhar fotos dos braços machucados, os participantes – a maior parte deles, adolescentes – desabafam sobre os motivos que o levaram ao ato. Pela rede, divulgam os números de celulares para criarem grupos no WhatsApp.

A partir do R7. Leia no original
Imagem: Pexels

ESTUDO INTERNACIONAL ALERTA PARA DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA

4/17/2015
Estudo internacional traça o perfil de risco para a depressão na adolescência

Uma percentagem significativa de adolescentes portugueses apresenta sintomatologia depressiva (8%) ou está em risco de desenvolver depressão (19%), sendo a tendência para depressão na adolescência maior nas mulheres, revela um estudo internacional realizado por investigadores da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (UC). Esta investigação visa traçar o perfil de risco psicológico e genético para a depressão na adolescência, assim como testar a eficácia de um Programa de Prevenção da Depressão para Adolescentes.

Características temperamentais de emocionalidade negativa (tristeza, timidez, agressão, medo, etc.), estratégias de regulação emocional menos eficazes, maior número de acontecimentos de vida negativos na escola, com os amigos e com a família, bem como experiências de abuso e negligência e fraco desempenho escolar são fatores que deixam os adolescentes mais vulneráveis à depressão, conclui a pesquisa que envolveu uma amostra comunitária de 3.300 adolescentes, a frequentarem o 8º e o 9º ano de escolaridade e com uma idade média de 14 anos.

A equipa, que integra investigadores dos EUA (University of Emory), Alemanha (Maxplanck Institute) e Islândia (University of Iceland), identificou igualmente algumas variáveis parentais que contribuem para a depressão nos filhos, nomeadamente a existência de sintomatologia depressiva nas mães, e relações pais/filhos caracterizadas por mais conflito e menos suporte e profundidade.

Numa amostra de 290 adolescentes em risco foi estudada a eficácia de um Programa de Prevenção da Depressão para Adolescentes (PPDA), uma adaptação do programa Mind and Health. Foi também estudado um programa inovador criado na UC, o Programa Parental para a Prevenção da Depressão na Adolescência (3PDA) para os pais e/ou encarregados de educação dos jovens em risco que participam no PPDA.

Os resultados mostram que «relativamente ao programa efetuado com os adolescentes em risco, para prevenir a depressão, os jovens do grupo experimental descem significativamente os níveis de sintomatologia depressiva com a intervenção e depois mantêm a mudança, não se passando o mesmo com o grupo de controlo (grupo sem intervenção)», afirma Ana Paula Matos, investigadora responsável do projeto e membro do Centro de Investigação do Núcleo de Estudos e Intervenção Cognitivo-Comportamental da UC (CINEICC).

Quando os pais participam no programa «os valores de sintomatologia depressiva dos filhos descem significativamente após a intervenção sendo estes jovens os que também apresentam os valores médios mais baixos de sintomatologia depressiva após 6 meses de seguimento, comparativamente com os adolescentes cujos pais não participam no programa. A sintomatologia depressiva dos próprios pais desce também significativamente com a intervenção, mantendo-se este ganho nos 6 meses de seguimento, o mesmo não acontecendo nos pais que não participam no programa», nota a investigadora da UC.

Sobre o impacto do estudo, iniciado em 2008 e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), Ana Paula Matos está convicta que «os resultados obtidos irão ter um impacto de grande relevo nos conhecimentos sobre a depressão nos jovens e a forma de a prevenir e tratar. A depressão é uma das doenças mais prevalentes nas crianças e adolescentes, comprometendo o funcionamento emocional, académico e relacional».

As conclusões do estudo "Prevenção da Depressão em Adolescentes Portugueses: estudo da eficácia de uma intervenção com adolescentes e pais" vão ser apresentadas
e discutidas no congresso internacional "SaudávelMente", a decorrer, na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, nos próximos dias 14 e 15 de Abril.

Dirigido essencialmente a profissionais e estudantes das áreas da Psicologia, Saúde Mental, Educação e Formação de Crianças, Jovens e Famílias, o congresso engloba workshops, conferências, mesas redondas e posters nas temáticas da promoção da saúde mental e a apresentação de estudos e programas de intervenção, nacionais e internacionais, no domínio da prevenção e tratamento da depressão.


A partir do Pravda. Leia no original

ADOLESCÊNCIA: DEPRESSÃO 'NÃO É FRESCURA'

4/15/2015

Já está em fase de teste um exame laboratorial para diagnosticar a depressão. O recurso será especialmente útil para constatar a doença em adolescentes que, algumas vezes, não têm os sintomas levados a sério pela família, porque os sinais que dão são confundidos com alterações de comportamento comuns nessa fase.
"A ausência de comprovação do diagnóstico por meio de um exame laboratorial faz com que muita gente não entenda a depressão como uma doença do cérebro", diz o psiquiatra Miguel Angelo Boarati, coordenador do Programa de Transtornos Afetivos na Infância e Adolescência do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo). "Por desconhecimento ou preconceito, as pessoas julgam que jovens deprimidos têm falta de vontade de melhorar ou não querem reagir."
A descoberta de um exame capaz de diagnosticar a depressão foi anunciada em setembro de 2014 por um grupo de pesquisadores da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos. Segundo o estudo, publicado no periódico especializado "Translational Psychiatry", é possível identificar a doença por meio de marcadores biológicos encontrados no sangue. Foram examinados 64 voluntários e os resultados foram promissores. Agora, os autores se preparam para uma segunda fase de testes: a ideia é validar o achado com uma população maior de pacientes.
Muitos portadores de depressão enfrentam preconceito dentro da própria família, segundo Silvana Martani, psicóloga do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, e organizadora do livro "Manual Teen" (Editora Wak). "É muito comum que o adolescente deprimido ouça frases do tipo: 'você está chorando de barriga cheia' ou 'você não tem problemas, não tem motivos para estar triste'", fala a especialista.


Doença mais frequente na adolescência

Desvalorizar o sofrimento do adolescente é a pior atitude que a família pode adotar. "A depressão, como qualquer outra doença, deve ser tratada com seriedade, nenhuma queixa persistente pode ser desvalorizada", afirma a psicóloga Silvana.
De acordo com um relatório divulgado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), em maio de 2014, a depressão é o principal problema de saúde entre os adolescentes, fator diretamente relacionado ao suicídio, uma das três maiores causas de morte na faixa etária de dez a 19 anos, juntamente com acidentes de trânsito e o vírus da Aids.
"Dois terços dos suicídios são cometidos por adolescentes que estavam clinicamente deprimidos", diz a psicóloga Luiza de Lima Braga, que pesquisou o comportamento suicida em adolescentes em seu trabalho de mestrado pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

O suicídio pode ser a consequência mais grave de um quadro depressivo não tratado adequadamente, mas não é a única. "A depressão na infância e na adolescência é duradoura e afeta múltiplas funções, causando significativos danos psicossociais", declara Luiza. 

"Segundo um estudo americano (o "Los Angeles Epidemiologic Catchment Area Project"), 25% dos adultos com depressão relataram o primeiro episódio da doença antes dos 18 anos", afirma a psiquiatra Sônia Maria Motta Palma, professora da Universidade de Santo Amaro e uma das autoras do "Manual de Atenção à Saúde do Adolescente", da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.  Por isso, diante de alterações de comportamento e sinais de depressão, os pais devem investigar o que está ocorrendo e, se necessário, buscar ajuda médica e psicológica.
 

Envolvimento da família

O tratamento da depressão na adolescência é, em geral, multidisciplinar. "As melhores opções de conduta associam o uso de antidepressivos, receitados por um psiquiatra, com apoio psicoterápico e acompanhamento à família. Orientar a escola também é importante, para que o jovem não tenha perdas acadêmicas durante o tratamento", diz César de Moraes, especialista em psiquiatria infantil e professor da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Campinas.
Nem todos os casos requerem medicação, mas é fundamental o envolvimento dos familiares. "Os pais devem acompanhar de perto o tratamento, seguir as orientações dadas pelos profissionais envolvidos, não julgar ou criticar o filho por estar deprimido e, se necessário, realizar mudanças no ambiente familiar", diz o psiquiatra Miguel Angelo Boarati.
Segundo o Boarati, os conflitos em família, as cobranças por desempenho em múltiplas tarefas e a falta de diálogo em casa podem ser gatilhos que desencadeiam a depressão nos adolescentes.

Sinais da depressão

Vários comportamentos relacionados à depressão podem ocorrer em algum momento da adolescência. Por isso, os especialistas esclarecem que é preciso considerar a intensidade e a frequência desses sinais e analisá-los dentro de um contexto mais amplo, avaliando o estado geral do adolescente. Saiba mais sobre eles a seguir.
1 - Humor depressivo
O adolescente parece não sentir alegria ou prazer de viver. Mostra-se melancólico, entediado, indisposto e sem esperança. Tem baixa autoestima e pode apresentar crises de choro sem razão aparente.

2 – Apatia
Às vezes, é confundida com preguiça. O adolescente demonstra falta de energia, cansaço frequente e perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas.

3 - Isolamento social
Os adolescentes deprimidos tendem a se isolar de amigos e familiares.

4 - Irritabilidade e instabilidade
Mau humor, descontrole emocional e explosões de raiva podem fazer parte do quadro depressivo.

5 - Alteração do ritmo de sono
O adolescente pode dormir mais ou menos do que de costume. Também são comuns episódios de insônia.

6 - Alteração no apetite
Perder a vontade de comer é o mais frequente, mas pode haver, também, aumento de apetite, sobretudo por alimentos doces. Perda ou ganho de peso significativo em pouco tempo podem estar associados.

7 - Dificuldade de concentração
Frequentemente está associada à queda no rendimento escolar. Em alguns casos, o jovem depressivo abandona os estudos.

8 - Uso de drogas
Muitas vezes, resultante de tentativas de automedicação para alívio do sofrimento causado pela doença.

9 – Automutilação
Em situações de extremo sofrimento, alguns adolescentes podem adotar um comportamento autodestrutivo, cortando-se ou queimando-se. Provocar dor física é uma forma de tentar tirar o foco da dor emocional.

10 - Comportamento de risco
O flerte com o perigo pode ser uma forma de combater a apatia. Andar distraidamente no meio de avenidas movimentadas, praticar esportes radicais sem cuidados de segurança ou mesmo fazer sexo sem proteção podem ser formas de buscar emoções fortes.

11 - Pensamentos suicidas
São comuns ideias mórbidas e tentativas de suicídio.

A partir o UOL. Leia no original

MALES DA CIDADE PROVOCAM SUICÍDIO DE ÍNDIOS

3/12/2013
Imagem  por Luiz Gustavo Leme
Álcool e drogas são os grandes motivadores da violência na reserva indígena de Dourados, garantem líderes comunitários. Segundo eles, estes dois fatores, aliados à depressão, são os principais responsáveis pelo índice de homicídios e suicídios registrados nos últimos anos tanto na aldeia Jaguapirú, quanto na Bororó. O caso mais recente aconteceu na tarde desta quarta-feira, quando um adolescente de 15 anos, possivelmente deprimido, tirou a própria vida.

De acordo com o perito André Kiyoshi, o menor saiu de casa por volta das 13h30 e foi encontrado às 17 horas, enforcado em uma árvore às margens de uma estrada vicinal que corta a reserva. “Ele vinha sofrendo porque há cerca de um mês perdeu o irmão que foi brutalmente assassinado. O jovem estava com depressão e nós buscávamos uma maneira para resgatá-lo, mas não conseguimos a tempo”, disse Aniceto Velasquez, integrante da liderança indígena.

Velasquez afirma que já procurou as autoridades, mas que nada foi feito até o momento. “Em novembro nós comunicamos a Fundação Nacional do Índio (Funai), assim como as forças de seguranças, mas ainda não vimos nada posto em prática. Precisamos de algo que controle o fornecimento de bebidas alcóolicas, combata o tráfico e ofereça assistência social aos dependentes químicos e depressivos. Só assim evitaremos mais mortes”, explicou.

Atuação da Polícia

O delegado regional Antonio Carlos Videira garante que a polícia tem feito sua parte, e que a criminalidade tem diminuído gradativamente no município. Nesta terça-feira, as policias Civil e Militar se reuniram no 3° Batalhão para discutir um novo plano de segurança para a região; na pauta estava a questão das aldeias indígenas. Carlinhos, como é mais conhecido, disse que é preciso cooperação dos líderes comunitários junto às autoridades.

“Quando se fala da reserva indígena é preciso levar em consideração aspectos culturais e históricos, por exemplo. De modo geral, a polícia vem fazendo trabalho de fiscalização nas aldeias, entretanto, esbarramos em algumas dificuldades que podem ser facilmente superadas se tivermos o apoio da comunidade. Uma delas é a ausência de nome nas ruas e logradouros. Isso dificulta a atuação de investigadores e atendimento à ocorrências”, afirmou.

Ele continua: “Mesmo quando a reserva indígena era atribuição exclusiva da Polícia Federal, nós sempre estivemos à disposição para atender qualquer chamado, e assim continuamos. Junto com o trabalho da polícia também é preciso apoio psicossocial pois eles são frágeis e vivem em uma cultura completamente diferente. Não basta apenas controlar a venda de bebidas alcoólicas ou fechar bocas de fumo, também é preciso cuidar dessas pessoas”, explicou.
A partir de FatimaNews. Leia no original

POSSO VESTIR UM SORRISO ...

3/09/2013
Hoje acordei com o coração apertado. Um vazio terrível na alma, por mais que esteja sol la fora, calor. Sinto que dentro do meu coração esta gelado, querendo gritar. Dói, parece que a qualquer momento ele vai parar de bater. Não sei se é tristeza, angustia, dor ou até mesmo um infarto agudo.

Sinto muito pelos meus pais, por ter tido um amor que eles nunca aceitariam, mas meu coração não pediu permissão. Apenas sentiu. Não quero ver ninguém que eu amo sofrer, me machuca ver o amor da minha vida, que fazia cartas, desenhos, não entender meus motivos pelo qual tudo acabou tão depressa.

Dizem que você tem que honrar sua familia acima de qualquer coisa, se o honrar meus pais for deixar a minha felicidade pelo lado de fora da janela, eu tenho que fazer. Posso vestir um sorriso, mas o brilho nos meus olhos nunca existiram. E não me importo se o sorriso verdadeiro, os brilhos dos olhos fosse atribuídos aos meus pais. Talvez a minha recompensa não esteja aqui mesmo, talvez eu vim para esse mundo por esse motivo. Para fazer aqueles que eu amo felizes por mais que essa felicidade não caiba em mim!
A partir da Comunidade QM. Leia no original
 
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