Estudos & Pesquisas

Últimas Postagens

Mostrando postagens com marcador sentido. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador sentido. Mostrar todas as postagens

TODOS JÁ PASSAMOS POR ISSO ...

10/20/2016


Quantas vezes enfrentamos problemas e aparecem alguns "anjos da guarda" para nos ajudarem?

COMO POSSO DIZER QUE MINHA VIDA NÃO PRESTA ?

1/26/2013

"Bom, não vou escrever muito, por que são infinitas as coisas que me angustiam... Como pode ser? Sou uma menina de 15 anos,  julgada bonita, com amigos (poucos, é verdade!), uma família maravilhosa, pais maravilhosos que me dão tudo que quero, um namorado perfeito que me ama muito, tiro notas ótimas  e sou inteligente, além de ter uma saúde impecável.. Como posso ter o absurdo egoismo de dizer que minha vida não presta? Que tudo está ruim, que só a morte resolveria tudo...

Lendo alguns depoimentos me senti absurdamente envergonhada de mim mesma, de estar sofrendo com coisas inúteis, que não fazem de você ninguém. Isso tudo que acabei de dizer e o que minha cabeça,  meu cérebro,  meu consciente que por ser uma pessoa que lê e estuda muito me permite dizer. Mas o coração,  o meu subconsciente diz apenas que eu sou mais um nada nesse mundo, que não sou capaz de nada, diz que sou feia e não mereço ter ninguém ao meu lado...

Chega a dizer que eu não mereço estar nesse mundo para viver, mas apenas para existir... Muitas vezes pensei em sumir e deixar esse mundo de vez... Mas odiaria estar de outro lugar vendo as pessoas que mais amo nesse mundo sofrendo por uma atitude inconsequente e infantil, e não poder fazer nada. Esta é a única coisa que me impede de deixar esse mundo de vez... E então continuo aqui, vivendo cada dia da mesma maneira, acordando de manhã e desejando que chegue a noite. Para que eu possa dormir e esquecer de tudo... Queria tanto que todas essas pessoas me esquecessem para que eu pudesse partir em paz, sem causar nenhum sofrimento..." 

Anônima

O POUCO QUE NOS FALTA E O MUITO QUE TEMOS

1/23/2013

Chove e chove e chove, sem parar...

O dia fica mais escuro e nos remete, sem querer, ao passado. Em uma viagem onde tudo era simples e brincar na chuva, nada mais era do que uma maneira de se divertir e ser feliz. 

Me lembro que quando ameaçava chuva, esperava ansiosa para poder correr pra ela e me molhar e andar debaixo do beiral da casa, onde formava uma cortina de água. Depois corria pra rua e quando a chuva já estava mais forte a ponto de formar uma enxurrada na beira do meio fio, eu me sentava para bloquear o caminho da água e fazer com que passasse por cima das minhas pernas. Ou, ainda, quando não me atrevia a tanto, colocava meus pés, um na frente do outro pra fazer a mesma barragem. E ficava ali, olhando, como se fosse a coisa mais legal do mundo. Sem falar no barquinho improvisado que fazia, de papel, e deixava correr como se tivesse rumo certo e pressa em chegar ao destino: “bueiro”.

Não me lembro de ter ficado doente ou pego alguma bactéria por ter cometido tamanho desatino...rs

Me lembro também, das vezes em que passava férias na casa da minha avó, no sítio, e lá me deparava com uma outra espécie de chuva. Uma que chegava apavorando, gritando e esparramando tudo o que via pela frente. Com direito a pedras e tudo mais. E quando a coisa ficava mais séria, minha avó mandava a gente se esconder debaixo da mesa, pois havia o risco do granizo quebrar as telhas e elas caírem sobre a gente. É, porque não tinha forro, nem laje como é tão normal nos dias de hoje. Na hora era um pavor só, mas ao mesmo tempo, uma aventura que, duvido muito, que alguma criança tenha nestes tempo.

Antigamente as casas eram pequenas, as pessoas ficavam mais unidas, tanto no carinho quanto nas horas de medo. Não tinha muito pra onde correr, era só rezar pra que a chuva fosse embora sem fazer muitos estragos.

Hoje temos construído casas gigantes, com muitos cômodos, muitas salas e muitos banheiros, sendo que, na verdade pouco usufruímos de tudo isto. Já não nos satisfazemos com uma casa térrea, precisamos ter um andar, dois... e nem sempre  sente-se o calor e a sensação de um lar, de que ali abriga uma família. Parece mais uma caixa grande, dividida em várias caixinhas, com pessoas espalhadas por ali.

Temos salas, que em metros quadrados, tem o mesmo tamanho de pequenas residências. O mesmo tamanho das nossas casas na infância, onde éramos felizes e o pouco espaço não diminuía em nada esta felicidade.

Li uma frase estes dias no Facebook, onde dizia “sofremos demais pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito que temos”. É a mais pura verdade. Somos exigentes demais e quando pensamos em uma fase em que a vida tenha sido maravilhosa, vamos direto para a infância, onde tínhamos muito menos, mas éramos muito mais.

A chuva ainda continua, o domingo vai se acabando devagar e amanhã talvez venha o sol ou mais chuva (quem sabe?!), mas com certeza uma nova oportunidade de diminuir os erros e sermos melhores que hoje.

Solange Grignolli
A partir do Angel Blog. Leia no original

A VIDA É UMA ESCOLHA

1/22/2013
"Vou fazer 20 anos. Infelizmente não consigo me encostar na ideia de que existe um Deus olhando por mim porque acredito na minha capacidade de superar meus problemas sozinho. Sou filho único. Tenho problemas para me relacionar e dificuldade de fazer coisas básicas e naturais do ser humano por isso faço terapia e por meio de diferentes leituras e observações alheias tento compreender o fenômenos que acontece ao meu redor. Só que quanto mais eu me preocupo com isso, mas me sinto um estranho nesse mundo. Por causa de amor e solidão, já pensei em dar um fim em tudo mas aí me vem na mente os meus familiares e principalmente o meu pai que embora não tenha sido um bom pai, ainda gosta muito de mim. Também me sentiria um covarde. Embora sinto muito desgosto pela vida...

Acredito que inconscientemente escolhemos viver da maneira que vivemos. Você pode até achar ridículo. Mas. Olhe bem pra dentro de você e verá que no fundo está nessa situação porque escolheu viver assim. E do mesmo jeito que entrou nesta situação pode dar a volta por cima SEMPRE e alcançar qualquer objetivo na vida. Estou exausto de tanto sofrer de amor, e o sentimento de solidão iminente ocupa a minha alma. Portanto para quem quer que esteja passando agora por uma situação que pareça não ter solução eu deixo esta mensagem:

Não precisamos passar por isso sozinhos. Pense em mim e eu em você, porque quanto mais unidos, mais força teremos para enfrentar nossas dificuldades!

Fugir da luta jamais !"
Anônimo

SIGA UM RUMO CONTRÁRIO

1/18/2013
Experimente largar as coisas deste mundo, como desejos pessoais,
Não valorize demais o dinheiro e as boas condições: carro, casa, viagens...

Não imite as pessoas

Siga um rumo contrário,
valorize coisas pequenas, como olhar para o céu a noite,

passear com crianças
conversar com um idoso,
visitar um orfanato
ou m asilo.

A estrutura deste mundo foi organizada de uma forma que contribui para a depressão e a solidão.

Não compartilhe o lado ruim deste mundo.
Esqueça a internet, as notícias.
Hoje as pessoas não se encontram mais, a não ser pela internet.
Não existe mais o cara a cara.
É todo mundo no "Face".
E cada vez mais isolado, só, deprimido e triste.

Corra na chuva
Aperte a campainha e saia correndo
Assuste o cachorro
Visite alguém doente no hospital. Dê uma palavra de ânimo!
Visite um idoso que esta só.
Empine uma pipa.
Como um pastel com caldo-de-cana.
Anônimo
Comentário em Garota Encaixotada

AQUI POSSO ABRIR MEU CORAÇÃO

1/17/2013

Gostaria de escrever um pouco sobre mim, sobre meus sentimentos, sobre minhas frustrações e desejos. Acho que aqui estarei segura, finalmente poderia abrir meu coração. Não reparem a forma com a qual escrevi, fui usando tempos aleatório, palavras aleatórias, a última coisa que me preocupou foi a coesão do texto, quis escrever com o coração, e pronto.

Desde criança, sempre tive vontade de ser alguém de vários amigos e amigas, mas ao mesmo tempo, sempre tive vontade de ficar sozinha com meu eu, pois sempre me senti rejeitada pelas pessoas, no entanto até tempos atrás (uns dois anos), eu não falava sobre isso, nem deixava que as pessoas percebessem, todos sempre me olharam como uma garota decidida e autoconfiante, até uns dois anos atrás eu realmente era assim, mas na verdade eu sempre vivi um conflito existencial infinito.

Sempre fui excluída, as pessoas começavam com amizade comigo e depois me trocavam e isso sempre me afetou bastante, só que sempre guardei para mim, eu tinha uma necessidade imensa de ter amigos, galeras, mas eu nunca tive um grupo de amigos no qual eu realmente fosse amada por eles, sem falsidade, mas na verdade sempre fiz parte de grupos dos quais não me amavam e em um momento ou outro eu acaba me afastando, na infância briguei com pessoas que eu jamais quis brigar, aconteceu e marcou minha vida de forma significante, minha adolescência foi muito triste, tive um amigo que realmente me amava eu também o amava, ele praticamente foi o único amigo que povoou minha vida, hoje não temos mais contato, lembro dele quase todos os dias, já liguei para ele algumas vezes, mas parece que para ele nossa amizade ficou no passado, faz anos que não o vejo.

Hoje aos 22 anos, sou cheia de medos... Percebo que algumas pessoas aproximam - se de mim, apenas por interesse em alguma coisa, tirar proveito ou coisa do tipo, quando percebo isso sofro demasiadamente, quando vejo alguém se sentido superior a mim, fico furiosa, eu nunca me senti superior a ninguém em nada, talvez seja isso, a minha humildade, isso me faz infeliz. Sinto uma vontade imensa de arrumar um namorando, mas só me aparece pessoas que não combinam comigo, dessa forma vejo a vida passar sozinha, sinto falta de alguém ao meu lado, todo mundo tem alguém menos eu, por quê ?

Eu sou uma jovem bonita;
Um pouco inteligente;
De bom coração;
Mas condenada a infelicidade, é isso? 

Estou a dois anos de terminar minha faculdade, tenho um bom emprego, mas, não estou feliz, tenho sonhos que parecem irreais, irrealizáveis, não desisto mas não não sei como realizá - los. Atualmente sinto uma vontade imensa de aprender outro idioma, juntar uma grana e ficar um tempo fora, mas isso contraria toda a minha profissão, todos os meus projetos antes planejados, sonhados desde a infância, conquistados com muita dificuldade, com muita força e determinação, será o meu fim?

O que fazer, têm dias que simplesmente sinto vontade de morrer. Outros dias, sinto uma vontade imensa de viver, ajudem - me, ajudem - me.
Luana

VALE A PENA ENFRENTAR A TUDO PELA VIDA

1/16/2013
O Grande dilema do Suicida reside na vontade de abandonar essa vida que lhe parece tão dolorosa, má, triste, injusta ou desgraçada, MAS não há como saber o que lhe espera do outro lado, pois se houvesse a certeza de que EXISTE DE FATO UM INFERNO e que todo suicida cairia dentro dele, certamente 90% dos intencionados desistiriam. Todavia, existe a possibilidade de não haver NADA ALÉM DESSA VIDA DESEPEDAÇADA e aí não faz sentido algum insistir nesse sofrimento sem razão.

Um grande e nebuloso mistério envolve a fronteira que separa a vida da morte e tudo se resume numa questão de FÉ NA VIDA E NO DEVIR ou na DESCRENÇA ABSOULTA. 

Eu já tive pensamentos suicidas, já atravessei momentos terríveis de dores, perdas, sofrimentos, pobreza, desencanto e tanto mais; mas hoje, aos 48 anos, velho, solitário, pais mortos, quase sem amigos, eu tenho a mais absoluta certeza de que mesmo sendo a vida tão perigosa, espinhosa e dolorosa ainda é o melhor presente que a natureza — e quem sabe, Deus — nos concedeu, por isso, vale a pena enfrentar e superar tudo e seguir adiante porque viver é algo mágico, sublime e único. 

Hoje, o sofrimento e a dor que sangram em mim são por saber que o tempo me arrasta em sua correnteza e que eu quero viver PARA SEMPRE. Ah, se mil vidas eu tivesse, Lestat!!! Aos que precisam de uma palavra de alento, de uma mão estendida, de uma força, de um abraço, façam contato pelo e-mail moacirfelisb@hotmail.com. A todos o meu abraço afetuoso. E que a vida grite bem mais alto que a morte silenciando nossa dor de existir.
COmentário em Suicídio - Frases

ESPECTADORA DE UMA VIDA ADORMECIDA

10/31/2012

"Sou Portuguesa, fiz 47 anos, idade chata eu penso.. afirmam que sou exótica, misteriosa até,que a idade não me toca, que mantenho sempre a mesma postura, elegância e como gostariam de ser como eu blá blá blá... só escrevo isto pork é anônimo senão seria incapaz de o fazer!

Tenho família e vivemos serenamente, quase 30 anos de vida com o mesmo companheiro, tudo normal.

.. não fosse este martírio que me assombra a alma. A tristeza e a falta de força para acordar, para iniciar mais um dia .. não querer viver apoderou-se de mim, nada faz sentido, este acordar, trabalhar, deitar.. os filhos... tô farta deles. 

O suicídio é uma força poderosa na minha mente,todos os dias a toda a hora, o carro que atiro vale abaixo, comprimidos que possa tomar, mas nem isso tenho pork nunca tomei nada, nada tenho em casa ..sei lá.. desaparecer de uma existência que não faz sentido. 
Mas porquê agora? 

Ninguém se apercebe de nada, mas sei que vou arranjar forma de acabar com isto. 

Talvez nunca tenha vivido o que devia, namorar muito na adolescência, viajar, conviver... mas não .. trabalhei cedo e estudei ao mesmo tempo, casei cedo e tive filhos igualmente cedo, dedicação total, um é veterinário e sempre foi e é um jovem fixólas, o outro também é bom aluno e fixólas, será o que quiser ser.

Eu esqueci o quis ser... 
Eu esqueci de me amar...
Eu esqueci de sair no fim de cada acto, mera espectadora de uma vida adormecida!

Agora não sei quem sou nem o que faço aqui! 

Como compreendo estes relatos que li, deveria existir uma força poderosa que ajudasse e iluminasse quem está em desespero, mas não.. talvez me falte a Fé, mas sei que vou partir em breve e agradeço este cantinho...Inté!"

AFETO E ESPIRITUALIDADE TRAEM QUALIDADE DE VIDA

6/06/2012

A capacidade de manter fortes laços emocionais e a crença em algo superior a si mesmo são fatores que têm sido relacionados à felicidade duradoura
 
Quais são os atributos de uma pessoa feliz? Inteligência, juventude, beleza, saúde? Embora a maioria acredite que isso tudo as faria mais satisfeitas, estudos mostram algo diferente. Boa educação, informação e capacidade cognitiva privilegiada, por exemplo, não são garantias de que alguém será capaz de fazer boas escolhas para si mesmo. Ser jovem também não ajuda muito. Na verdade, pesquisas indicam que idosos valorizam mais as experiências do presente, tendendo assim a ser mais felizes que os jovens. Depois dessa fase, o nível de satisfação (da maioria, pelo menos) sobe. Beleza? Embora seja uma característica extremamente valorizada e os mais atraentes muitas vezes consigam pequenas vantagens como elogios ou atenção, ser belo não é suficiente para sustentar a admiração de alguém ou manter relações duradouras. Saúde? Esse aspecto é certamente muito importante para a qualidade de vida, porém, não está necessariamente relacionado com felicidade. Muitas pessoas saudáveis não valorizam esse benefício e, por várias razões, são infelizes.

Dois fatores, porém, têm sido apontados como aqueles que proporcionam felicidade duradoura. Um deles é a capacidade de manter fortes laços afetivos. Pessoas que vivem relacionamentos amorosos estáveis e harmoniosos, por exemplo, costumam ser mais felizes do que as solteiras; alguns especialistas chegam a dizer que o casamento acrescenta, em média, sete anos de vida ao homem e quatro à mulher. Outro fator é conferir significado à própria existência, por meio da crença em algo superior a si mesmo, derivada da espiritualidade ou de uma filosofia pessoal de vida. Em outras palavras, um propósito externo que nos faça sentir que fazemos parte de um “todo”- e podemos contribuir para algo importante, maior que nós mesmos e além da existência humana tão limitada.

A partir da revista Mente & Cérebro. Leia no original

PARALISADA, ELA VIVE NUMA CAMA HÁ 36 ANOS

4/26/2012

Em 1976, pouco antes de completar dois anos de idade, Eliana Zagui chegou ao Hospital das Clínicas de São Paulo. Vítima da poliomielite, ficou paralisada do pescoço para baixo e sobrevive com ajuda de um respirador artificial. Eliana Zagui vive internada na UTI desde que foi vítima de poliomielite. Em "Pulmão de Aço", Eliana reúne memórias de 36 anos vivendo em uma cama de hospital e conta como é a vida na "horizontal", como ela mesmo se refere.

"Quem vive numa cama não tem a mesma perspectiva das outras pessoas. Depois de tanto tempo deitados, não conseguimos mais ver o mundo na vertical. No meu caso, principalmente, a perspectiva é toda horizontal. Há anos, por problemas respiratórios, não posso mais usar nem travesseiro. Vejo o mundo de baixo para cima ou de lado. Não sei o que é olhar para baixo", conta no livro.

Paulo Machado, 43, com quem convive desde a infância, foi colocado em raras oportunidades no chão. Eliana conta que, quando ele ainda era um menino, o amigo queria saber se o solo era realmente duro e jogava objetos no solo, como se fosse um teste. "A experiência não aplacou sua curiosidade, e ele resolveu torná-la mais concreta: atirou-se no chão. Descobriu da maneira mais difícil que o chão era mesmo duro: duas pernas fraturadas e meses de imobilização."

O título da edição faz referência à máquina chamada "pulmão de aço", usada para exercer pressão negativa sobre o tórax e facilitar a respiração. No caso de Eliana, o tratamento não foi adequado, obrigando-a a usar o respirador artificial.

Abaixo, leia o depoimento de Eliana Zagui sobre a sua experiência no pulmão de aço. O trecho faz parte de seu livro de memórias.
*
Claro que não me recordo de quase nada de meus primeiros dias aqui no hospital. Mas tenho vagas lembranças de crianças dentro dessas geringonças. Lembro me também de espelhos colocados sobre nossas cabeças, presos aos pulmões de aço ou mesmo às cabeceiras de nossas camas. Não sei de quem foi a ideia, mas a achei genial. Por meio dos espelhos pude ver que não estava só. Ao meu lado, dezenas de outras crianças encontravam se na mesma situação.

Minha estreia no pulmão de aço durou cinco dias. A máquina era considerada muito eficiente. Ela revertia o quadro de insuficiência respiratória em quase 90% dos casos, diziam os médicos. Mas não foi capaz de solucionar o meu.

Mais de 60% de meus pulmões estavam definitivamente comprometidos. A pólio havia também paralisado completamente o diafragma e afetado a deglutição. Caso raro e grave. Nessas condições, a única alternativa era conectar o paciente a um respirador artificial. Ainda dentro da máquina, fui ligada por uma sonda nasal a um pequeno respirador mecânico conhecido como AGA.

Na verdade, AGA era a fabricante do aparelho. O equipamento é, de certa forma, rudimentar. Parece um quadradinho de ferro com um mecanismo dentro semelhante a uma panela de pressão. Não é mais utilizado.

Essa combinação - respirador e pulmão de aço - costumava funcionar, pelo menos de forma emergencial, em 99% dos casos de insuficiência respiratória grave. Não funcionou comigo. Restou me a alternativa de ser ligada, pela traqueostomia, a uma máquina de ar comprimido. Uso respirador artificial até hoje. 
Naquela época, das mais de cem crianças que chegavam aqui por mês com paralisia, apenas 1% precisou ser submetida ao procedimento. Ou seja, uma média de uma criança por mês. Era sempre uma coisa que os médicos tentavam evitar ao máximo. Dessas dezenas de meninos e meninas que foram traqueostomizados, quase ninguém sobreviveu.

*
"Pulmão de Aço"  -  Autor: Eliana Zagui
Editora: Belaletra   -  Páginas: 240
Quanto: R$ 31,00 (preço promocional*)
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Livraria da Folha

A VIDA E O AMOR

3/31/2012

Ignore o trecho final da mensagem. Trata-se de uma peça comercial da empresa Garoto para o produto "Serenata de Amor", mas, como disse, ignore este fato e preste atenção a todo o texto. Com poucas palavras e belas imagens, transmite o sentido que por vezes esquecemos de dar à vida. A sugestão foi dada por A.S. da Comunidade Q.M..

O PONTO NEGRO

6/23/2011
Circula pela internet um texto de inspiração religiosa, e cuja autoria não consegui apurar, que trata com delicadeza a questão de como vemos a vida, de como encaramos os problemas e, por fim, de como esta postura afeta toda nossa relação com as pessoas, com as coisas e nosso bem ou mal estar. Na reprodução abaixo decidi manter o texto com sua redação original, mas peço que leia com "boa vontade", abstraindo o fundo religioso e até a palavra "Deus". Isto, para nós, não importa.

Quero apenas que preste atenção na idéia e pense se não é exatamente assim que vê as coisas. Há algum tempo, lendo uma crônica semelhante, que falava de bolas de uma árvore de Natal, cheguei à mesma conclusão do texto e percebi que valorizava tudo o que havia de negativo, que menosprezava as conquistas e fertilizava minha infelicidade. Decidi mudar e, pelo menos pra mim, deu certo. Espero que goste.

* * *

Certo dia, um professor entrou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova relâmpago. Todos se sentiram assustados com o teste que viria. 

O professor entregou então, a folha com a prova virada para baixo, como era de costume... 

Quando puderam ver, para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro no meio da folha. 

O professor analisando a expressão surpresa de todos, disse: - Agora vocês vão escrever um texto sobre o que estão vendo. 

Todos os alunos, confusos, começaram a difícil tarefa. Terminado o tempo, o professor recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redações em voz alta. 

Todas, sem exceção, definiram o ponto negro tentando dar explicações por sua presença no centro da folha. 

Após ler todas, a sala em silencio, ele disse: - Esse teste não será para nota, apenas serve de aprendizado para todos nós. 

Ninguém falou sobre a folha em branco. Todos centralizaram suas atenções no ponto negro. Assim acontece em nossas vidas. Temos uma folha em branco inteira para observar, aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros.

A vida é um presente de Deus dado a cada um de nós, com extremo carinho e cuidado. Temos motivos pra comemorar sempre. A natureza que se renova, os amigos que se fazem presentes, o emprego que nos dá sustento, os milagres que diariamente presenciamos. 

No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro. O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um familiar, a decepção com um amigo. Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam nossa mente. 

Tire os olhos dos pontos negros da sua vida. Aproveite cada benção, cada momento que Deus lhe dá. Creia que o choro pode durar até o anoitecer, mas a alegria logo vem no amanhecer.

Tenha essa certeza, tranquilize-se e seja feliz!!!

A partir de sugestão de J.R.M. (Comunidade Quero Morrer)

EU TE AJUDO E VOCÊ ME AJUDA

12/25/2010

IMPOSSÍVEL

Acepções
adjetivo de dois gêneros e substantivo masculino
1.  que ou o que não pode ser, existir ou acontecer
Ex.: "nascer um cavalo de uma galinha";
2.  que ou o que é difícil demais de fazer ou conseguir
Ex.: "é um especialista em tarefas"; 

adjetivo de dois gêneros
3.  que não se coaduna com a realidade
Ex.: um sonho impossível.
4.  que se opõe à razão e ao bom senso; que é destituído de sentido, de racionalidade; extravagante, esquisito, absurdo
Ex.: envolve-se em aventuras impossível.
5.  cuja realidade é dificilmente suportável
Ex.: a vida tornou-se impossível nesta cidade
 
O vídeo acima, "Conquistando o Impossível" é um vídeo da produtora Haedys Produções e, embora nascido de alguma orientação religiosa, serve muito bem aos leitores do blog. O vídeo foi postado em nossa comunidade no Ning por uma nova integrante, que em sua apresentação deixou o seguinte depoimento:

* * *

"Desisti do suicidio porque abri os olhos e descobri que não vale a pena. Li muitas história de pessoas que se mataram por amor e as pessoas que eles amavam, hoje estão por ai felizes e é muito raro lembrar da pessoa que morreu.. Estão curtindo a vida, vivendo cada vez mais, se divertindo pra valer enquanto a pessoa que se suicidou se privou disso a troco de que? De nada. O sacrificio da vida do suicida foi em vão. Os únicos que se lembram são os familiares e amigos verdadeiros. O resto não está nem aí.

Resolvi que vou mudar. Primeiro por mim mesma. Não vale a pena morrer por ninguém. Minha felicidade não pode depender de outras pessoas. Sei que não vai ser fácil, mas lutarei. CHEGA de comodismo, melancolia, inveja e lamentaçoes. CANSEI dessa mesmice. Chega de ver todo mundo crescer e ficar aqui sem se mexer. Vou correr atrás, mudar, evoluir, conquistar meus sonhos e ser feliz. Se eu posso, você também pode! Eu te ajudo e você me ajuda.*

PECULIARIDADES DA VIDA DE CADA UM

12/06/2010
Imaginemo-nos olhando para a rua, através de uma vidraça num dia de forte chuva e pensemos o que significa sentir o frio que outra pessoa pode passar por estar mal agasalhada sob o temporal. Não é difícil esta divagação. Porém, se formos mais longe, tentarmos perceber o que ela poderia estar sentindo ante o fato, a situação se aprofunda. Quais seriam os seus sentimentos naquele instante? Medo? Satisfação? Tudo depende de seu histórico de vida, como ela vivenciou tudo aquilo em outras oportunidades ou qual o seu desejo naquele exato momento.

Nossa capacidade de pensar o que se passa no coração de uma outra pessoa, geralmente nos leva a cometer enganos muito comuns que acabam por afetar as nossas relações interpessoais, porque não fomos formados para “sentir” as sensações do outro e, sim, educados para imaginarmos que tipo de reação ela terá ante os acontecimentos de sua vida a partir da interpretação das nossas próprias vivências.

Costumamos pensar: “Eu no lugar dela faria desta maneira”. “Julgamos correta a atitude da pessoa quando ela age da forma que agiríamos”, assegura o psiquiatra Flávio Gikovate. “Achamos inadequada sua conduta sempre que ela for diversa daquela que teríamos. Ou melhor, daquela que pensamos que teríamos uma vez que, muitas vezes, estamos fazendo juízos a respeito de situações que jamais vivenciamos”, complementa o especialista.

Cada vez que o outro não age de acordo com o que havíamos suposto que faríamos no lugar dele, concluímos que esteja errado. E, quando temos acesso à pessoa, ou, o que é pior, uma certa ascendência sobre ela, tendemos a tornar-nos autoritários, exigindo sempre que o outro se comporte de acordo com nossos valores. E nos utilizamos sempre do mesmo argumento: “Eu no seu lugar agiria assim e é assim que você deve fazer”.

Se o outro reage e faz de modo diferente do nosso conselho ou imposição, nos quedamos irritados, no mínimo, decepcionados. É o eterno problema de não sabermos conviver com a verdade de que somos diferentes uns dos outros.

No CVV somos orientados para compreender que as diferenças entre as pessoas são incontestáveis e que só a aceitação de que existem pontos de vista variados, torna viável e pacífica a convivência humana, porque passamos a ver o outro com objetividade, como um ser com as suas peculiaridades, independente de nós. E, assim, ao nos colocarmos no lugar dele, “vamos sentir” as nuanças de sua vida como elas são e não como são os matizes da nossa existência.

A partir do Boletim Mensal. Conheça do CVV

SOU 'FELIZ', MAS SÓ PENSO EM MORRER

11/09/2010
"Há cerca de um ano que venho me sentindo completamente estranho, com um vazio no peito, perdi completamente a vontade de viver, o tempo pra mim parece que nao está passando, estou completamente desmotivado de tudo. Tenho um filho de 1 ano e 5 meses. Ele é lindo, inteligente mas nem mesmo com ele estou conseguindo alegrar minha vida, estou fazendo pós graduação mas praticamente não irei conseguir concluir pois estou faltando muito, e tudo isto por esta angústia que estou sentindo e que nem sei de onde vem. Minha esposa é completamente dedicada a mim e não estou conseguindo retribuir o amor que ela me passa, pois a única vontade que passando em meu coração é de morrer.

Hoje parece que está pior. Não sei o que fazer. Estou desesperado e toda hora me vem na cabeça de pegar meu carro e, em alta velocidade, me jogar em muro, carreta ou sei lá o que.

Sei que pode até parecer bobeira mas realmente não sei o que fazer, pois sei que várias pessoas tem motivos para o suicídio, mas eu não tenho. Só que a vontade não sai de minha cabeça e do meu coração.

Espero que entendam este meu desabafo, pois aqui é o único lugar que acho que posso me abrir sem ter que me preocupar que caia no ouvido de minha esposa. Não sei até quando mais vou aguentar".

* * *

Quando criança, um livro me cativou, "O Profeta, de Gibran" .Li várias vezes, cada vez mais maravilhada e seria pouco dizer que este livro moldou boa parte do que sou hoje, muito mais do que a Religião, e me clareou um pouco a idéia do que é ser.

Quando procurava respostas pensava em algo pronto e imutável... ah... quão tola eu era... 

Assim como nada pode ser definido, pois se limita e se empobrece, também nós, seres em movimento, não podemos nos reduzir à qualidades, defeitos, somos todos produtos de nossas experiências, conhecimentos, desejos... medos... dúvidas! Quero ser sempre um ser cheio de dúvidas, mas ter argumentos esboçados sobre estas dúvidas. Se sou algo sou um ser em constante transformação e desordem, sou um ser vivo neste momento, mas não para sempre. Sou um ser em busca de atenção, sou um ser ignorante e aprendiz. O sentido de minha vida não é apenas passar por ela ou despedir-me dela precocemente..  Os anos passam rápido demais e quero dormir em paz todos os dias, embora com mil problemas para serem resolvidos. 

Quero contribuir e ser lembrada. Não tenho mais a pretenção de viver para sempre, mas sei que não quero morrer agora. Minha vida tem sentido sinto os sabores, escolho, grito, escuto, escrevo, me dou uma chance todos os dias, embora nem todos os dias o sol nasça para mim. 

Comentário de Ana Paula Barros 

PRECISA-SE

7/02/2010
Sendo este um jornal por excelência, e por excelência dos precisa-se e oferece-se, vou pôr um anúncio em negrito: precisa-se de alguém homem ou mulher que ajude uma pessoa a ficar contente porque esta está tão contente que não pode ficar sozinha com a alegria, e precisa reparti-la. Paga-se extraordinariamente bem: minuto por minuto paga-se com a própria alegria. É urgente pois a alegria dessa pessoa é fugaz como estrelas cadentes, que até parece que só se as viu depois que tombaram; precisa-se urgente antes da noite cair porque a noite é muito perigosa e nenhuma ajuda é possível e fica tarde demais. Essa pessoa que atenda ao anúncio só tem folga depois que passa o horror do domingo que fere. Não faz mal que venha uma pessoa triste porque a alegria que se dá é tão grande que se tem que a repartir antes que se transforme em drama. Implora-se também que venha, implora-se com a humildade da alegria-sem-motivo. Em troca oferece-se também uma casa com todas as luzes acesas como numa festa de bailarinos. Dá-se o direito de dispor da copa e da cozinha, e da sala de estar. 

P.S. Não se precisa de prática. E se pede desculpa por estar num anúncio a dilarecerar os outros. Mas juro que há em meu rosto sério uma alegria até mesmo divina para dar.

DEPRESSÃO ESTÁ EM TODAS AS IDADES:

1/08/2010
Pesquisa com 2 milhões de pessoas mostra que a felicidade da juventude retorna na velhice

A entrada na casa dos 40 anos causa mesmo um tremendo baque emocional – e é muito difícil evitá-lo. Em compensação, quem chega aos 70 anos com boa saúde tem grandes chances de encarar o dia-a-dia com o mesmo otimismo e a mesma disposição que movem os jovens de 20. Essas são as duas principais conclusões da mais extensa pesquisa já feita sobre a relação entre a idade e a satisfação com a vida. O estudo, coordenado por economistas americanos e ingleses, analisou dados médicos de quase 2 milhões de pessoas de oitenta países, incluindo o Brasil. As informações foram obtidas em hospitais, clínicas e universidades. Os quarentões concentram o maior índice de infelicidade e de casos de depressão independentemente de sexo, estado civil, condição social, número de filhos ou nacionalidade. A pesquisa conclui que a sensação de felicidade ao longo da vida evolui como um gráfico em forma de "U". Está no auge por volta dos 20 anos, entra em curva descendente na década seguinte e chega ao fundo do poço na meia-idade. A partir dos 60 anos, a curva da felicidade recupera o fôlego e, aos 70 anos, volta ao mesmo nível relatado pelos jovens adultos. "Os dados foram muito consistentes, mas ainda estamos estudando os desdobramentos da pesquisa", disse Andrew Oswald, professor da Universidade de Warwick, na Inglaterra, um dos autores do trabalho.


A fossa dos quarentões e a boa disposição de jovens e idosos explicam-se em boa parte pelas situações que geralmente surgem nessas fases. Enquanto os jovens têm uma enorme confiança no futuro e os idosos saudáveis experimentam a sensação de dever cumprido, os quarentões enfrentam um cenário bem diferente. Mesmo involuntariamente, a chegada à maturidade estimula uma análise da trajetória até aquele ponto da vida, muitas vezes acompanhada de sentimentos de frustração por projetos não realizados e de medo do futuro.

O resultado da pesquisa chama atenção para a maior discussão atualmente em pauta nos consultórios psiquiátricos: se a quantidade de diagnósticos de depressão é ou não excessiva. As estimativas mais divulgadas apontam que 20% da população mundial tem pelo menos uma crise depressiva ao longo da vida. Muitos médicos acreditam que, na realidade, o número de doentes possa ser 25% menor. No livro The Loss of Sadness: How Psychiatry Transformed Normal Sorrow into Depressive Disorder (A Perda da Tristeza: Como a Psiquiatria Transformou o Sofrimento Normal em Depressão), lançado no ano passado nos Estados Unidos, os pesquisadores Allan Horwitz e Jerome Wakefield argumentam que antidepressivos como Prozac e Zoloft são freqüentemente utilizados para tratar a tristeza, um sentimento natural do ser humano que, apesar de indesejável, nada tem de patológico. "O tratamento com remédios só é indicado nos casos em que os sintomas incapacitam o portador de alguma forma", diz Marcio Versiani, coordenador do programa de depressão e ansiedade da Universidade Federal do Rio de Janeiro. "O que se observa hoje é que muitas pessoas tomam remédios em vez de enfrentar os problemas", conclui.

Paula Neiva

A partir da revista Veja. Leia no original

DEPRESSÃO ATINGE MILHÕES: ENTENDA O QUE É

1/07/2010
A depressão tem algumas características que muitas vezes passam despercebidas, não somente por quem sofre da doença, mas também por familiares e amigos, podendo ser confundida com tristeza. Ficar atento aos seus sintomas é importante - afinal, isso possibilita um diagnóstico precoce e um tratamento mais eficaz, de acordo com a recomendação dos médicos. A seguir, saiba um pouco mais sobre a doença, que atinge milhões de pessoas no mundo todo.

1. Quais são os principais sintomas da depressão?

Mudanças de humor, perda de interesse ou prazer nas atividades, sentimento de culpa ou perda de auto-estima, distúrbio de sono ou de apetite, perda de energia e falta de concentração.

2. Quais são as suas conseqüências?

Se não tratada devidamente, pode levar a uma incapacidade de gerenciar a própria vida e à perda da responsabilidade em relação aos outros. A depressão pode levar a casos extremos como o suicídio. A doença está associada à morte de cerca de 850.000 pessoas por ano, conforme dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

3. É uma doença ligada aos tempos modernos?

A doença é muito mais antiga do que muitos imaginam. Há registros de casos de depressão que remontam à antiguidade..

4. Quantas pessoas sofrem de depressão?

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão atinge 121 milhões de pessoas ao redor do mundo e está entre as principais causas que contribuem para incapacitar um indivíduo. A OMS prevê que até o ano de 2020 a depressão passe a ser a segunda maior causa de incapacidade e perda de qualidade de vida..

5. E no Brasil, quantas pessoas são atingidas pela doença?

Estima-se que cerca de 17 milhões de brasileiros tenham a doença. De acordo com um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), 74.418 trabalhadores foram afastados de suas atividades em 2007 em decorrência de depressão.

6. A doença só atinge um grupo específico de pessoas?

Não. A depressão pode ocorrer tanto em homens como em mulheres, de todas as idades e de qualquer classe social. No entanto, a incidência é muito maior entre as mulheres do que entre os homens (a proporção é de dois casos entre elas para cada caso entre eles). Entre os indivíduos que também apresentam maior risco de desenvolver a doença estão as pessoas com casos de depressão na família, usuários de drogas, medicamentos e álcool, e mulheres nos dezoito meses seguintes a um parto.

7. Por que as mulheres são mais sujeitas à depressão?

Ainda não existe uma explicação científica que justifique o fato de a mulher ser mais sensível à depressão. Há algumas teorias, entre elas a que relaciona esse efeito aos hormônios femininos.

8. E quais são as causas da doença na terceira idade?

No idoso, é comum que a depressão esteja associada à diminuição da autonomia, da capacidade funcional, ao isolamento, e à perda de familiares e amigos. Conforme a Associação Brasileira de Psiquiatria, cerca de 15% da população de idosos apresentam os sintomas clínicos da doença.

9. Como é feito o tratamento da depressão?

O tratamento tradicional é feito à base de antidepressivos com acompanhamento psicológico. A complementação ao tratamento com atividades esportivas aeróbicas também é recomendável por alguns profissionais de saúde.

10. Existe cura para a doença?

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, a depressão tem natureza recorrente, como uma enxaqueca. Porém, 70% dos depressivos respondem bem ao tratamento. Os outros 30% têm resposta parcial ou não apresentam qualquer sinal de melhora. De acordo com a OMS, pouco mais de 25% das pessoas afetadas pela doença no mundo recebem o tratamento adequado. No Brasil, esse índice só não é maior devido à falta de preparo de uma parcela de profissionais de saúde em reconhecer os sintomas da doença e encaminhar os pacientes para o tratamento adequado.

BUSQUE EXERCITAR A PAZ DIARIAMENTE

12/29/2009
Hábitos que você pode adotar no dia-a-dia permitem alcançar a paz interior mesmo quando o mundo parece estar desabando lá fora. Ter uma tranqüilidade inabalável é uma escolha que você faz a cada dia. Conheça as práticas recomendadas por estudiosos da paz, como o líder espiritual dalai-lama, que irão ajudá-lo a não se sentir engolido pelo caótico mundo moderno.

Apertar o off que causa ansiedade
Checar e-mails do trabalho no fim de semana, fazer mil ligações até na hora do almoço, entrar no MSN por puro hábito. Se essas situações soam familiar a você, é sinal de que a tecnologia virou um gerador de ansiedade na sua vida — quando, na verdade, ela deveria facilitar as coisas.

A saída, então, é se desconectar sempre que puder. “Procure deixar de sobrecarregar cada hora com estímulos excessivos”, aconselha a professora de introdução ao budismo tibetano e prática meditativa Mônica Miguez. Passar um tempo sem fazer nada é um jeito de acalentar a alma e, assim, se fortalecer para não sucumbir ao estresse diário, explodindo com tudo e todos.

Ser menos exigente consigo
“Há uma citação do dalai-lama que diz: ‘É somente abrindo o nosso coração que poderemos acessar a compaixão, nos tornando mais amorosos’”, conta a psicoterapeuta com enfoque na psicologia budista Celina Figueiredo.

E não só com os outros, mas também com você mesmo. Seguir o conselho do mais famoso dos lamas exige perdoar-se, ser menos perfeccionista e exigente quando não conseguir mudar uma realidade. Afinal, nem sempre as coisas se resolvem como a gente gostaria. Já pensou o peso que vai tirar das costas numa crise profissional ou familiar ao admitir que não é perfeito, mas se ama mesmo assim?

Fazer menos tempestade em copo d’água
Digamos que você esteja cheio de dívidas. Remoer-se de preocupação ou reclamar que ganha mal não resolve — até piora a situação. É muito melhor concentrar energias em um jeito de saldá-las: cortar gastos, fazer um bico.

Veja também se não está supervalorizando os contratempos. Uma buzinada no trânsito ou o elevador que quebra, por exemplo, o deixam fora dos eixos por horas? Na opinião da monja Coen Sensei, missionária oficial da tradição Soto Shu — Zen Budismo, com sede no Japão, quando isso acontece, é preciso voltar duas casas e ver se há motivo para se agitar tanto.

Abril Notícias. Leia texto original

CONFESSE: O MAU HUMOR JÁ TE AJUDOU EM ALGO?

12/28/2009

A revista Circulation, da Associação Americana do Coração publicou um estudo, realizado por uma equipe da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. O título era muito sugestivo: Verdade: raiva mata mesmo. E dizia do aumento significativo dos riscos de se ter um ataque cardíaco, devido ao mau humor. A equipe, durante seis anos, estudou nada menos do que o comportamento de 13.000 homens e mulheres, com idade entre 45 e 64 anos.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas que se irritam intensamente, e com frequência, têm três vezes mais probabilidades de sofrer um infarto do coração, do que aquelas que encaram os problemas com mais serenidade. Segundo esses estudiosos, cada vez que a pessoa tem um episódio de raiva, o organismo joga no sangue uma carga extra de adrenalina.

A concentração desse hormônio no corpo aumenta o número de batimentos cardíacos e estreita os vasos sanguíneos, o que faz com que a pressão arterial se eleve. A repetição dos momentos de raiva pode gerar problemas que se associam ao infarto. Um deles é a arritmia cardíaca, o que quer dizer que o coração bate de forma descompassada.

Por tudo isto, é bom analisarmos os nossos atos. Procuremos examinar as suas origens, a fim de que o possamos liquidar o mais rápido possível. Caso o problema seja de alguma dívida que esteja nos preocupando, recordemos que não será com mau humor que conseguiremos os recursos para pagá-la. Se a dificuldade é uma doença que nos atormenta, tenhamos em mente que enfermidade precisa de remédio e não de intolerância, para se curar.

Se estivermos precisando da cooperação de alguém para um empreendimento, uma tarefa, com certeza não será apresentando uma carranca que conseguiremos simpatia e ajuda. Se estiverem se apresentando contratempos na família, não serão frases ásperas, cheias de amargura e má vontade que irão resolvê-los. Tudo isto quer dizer que, em verdade, até hoje não se tem conhecimento de ninguém que o azedume e o mau humor tenham auxiliado.

Então, simplifique a vida. Pense no tempo que está perdendo com seu mau humor, com sua irritação e aprenda a rir de si mesmo. Aprenda que o ridículo da vida é levar a sério o que, na verdade, não tem importância alguma; que a aparente desgraça e má sorte de hoje pode significar a gargalhada de amanhã. Entenda, assim, quanto tempo está perdendo com seu irritante mau humor...

A partir de texto do Momento Espírita
Texto relacionado : O importante na vida
 
Copyright © QUERO MORRER. . OddThemes