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7 COISAS QUE VOCÊ NÃO DEVE DIZER PARA ALGUÉM COM DEPRESSÃO

9/15/2017

A depressão é um transtorno grave. Muitas vezes, ter boa vontade não é suficiente para conseguir ajudar quem tem a doença. Saber o que dizer (e o que não dizer) ajuda a mitigar o sofrimento.


A depressão é o problema psicológico mais recorrente em todo o mundo, vitimando adolescentes, jovens e adultos, sem distinção de sexo ou condição social. Se lidar com o transtorno é um grande desafio, demandando psicoterapia e, na maioria dos casos, o uso de antidepressivos, conviver com um quadro assim de forma menos direta, por acometer um familiar ou amigo, tampouco é fácil. Por uma parte, há uma imensa vontade de ajudar, de transmitir a energia necessária para que a pessoa consiga reagir e dar os primeiros passos rumo ao equilíbrio emocional e à cura; isso nem sempre é recebido como o esperado. Em outros casos, é possível que impere a dificuldade para entender os pormenores da situação, os sintomas e como o transtorno altera o curso da vida da pessoa; isso dificulta a comunicação e o relacionamento. Dizer a uma pessoa com depressão que há algo de exagero naquilo que sente fará com que se sinta ainda pior. É preciso entender que a depressão faz com que o mundo passe por um prisma de pessimismo e desalento. A verdade é que é difícil não haver frustração, já que a pessoa com depressão costuma fechar-se em si mesma, o que gera impotência em quem quer ajudar e não consegue. O apoio psicológico é o que pode ajudar a encontrar mecanismos eficientes para apoiar essas pessoas queridas. Entretanto, deixamos aqui algumas dicas para facilitar a comunicação e evitar que você provoque efeito contrário na pessoa que você deseja ajudar. Por isso, atento ao que nunca dizer: 1) Você está exagerando, não é tão mal assim Não se trata de minimizar o problema, dizendo que muitos passam por situações similares. O que será capaz de romper a barreira negativa que a rodeia é o fato de você se colocar à disposição para ser um aliado nessa busca por uma vida melhor, não julgando e fortalecendo a esperança na cura. A pessoa não escolhe interpretar a vida assim, por isso use empatia e ofereça acolhimento. Não tente forçar uma mudança de perspectiva; melhor tratar de transmitir a ideia de que o momento é duro, sim, mas que ela terá o apoio que necessita para encontrar uma via de escape. 2) Todos temos problemas, você precisa reagir Ninguém escolhe ter depressão. Cobrar uma reação que você considera "adequada" é colocar ainda mais pressão sobre a pessoa, que já se sente fragilizada e impotente. 3) Amanhã é outro dia e você se sentirá melhor Falar isso é fazer uma promessa, e você não tem os recursos necessários para cumpri-la. A pessoa com depressão sabe que o amanhã não será melhor, o que aumentará sua frustração. Prefira animá-la a fazer pequenas ações que podem trazer bem-estar imediato, como escutar uma música, comer algo que ela gosta, sair para caminhar… esses pequenos prazeres ajudam a desviar os pensamentos daquilo que mais angustia e provoca sofrimento. 4) Sei o que você está passando, porque já senti também Escutar que o outro também sofre não vai fazer qualquer diferença nesse processo. É preferível redobrar a dedicação à escuta e compreensão dos sintomas e do problema, para tirar conclusões que ajudem na hora de buscar soluções para a superação. Se há algo que ajuda a uma pessoa com depressão (ou outro transtorno) é ter uma via de diálogo aberta, que lhe permita falar do que sente, desabafar sobre sua dor, suas vontades não cumpridas e sua frustração. É normal que todas as atenções girem em torno da pessoa que tem depressão. O que muita gente não sabe é que, dificilmente, ela se sentirá cômoda ou confortável com isso. Falar de egoísmo é colocar a depressão como uma escolha, e não é. 5) Você precisa tomar o controle e melhorar de uma vez Não é questão de falta de vontade ou pouco esforço. Sair da depressão não é fácil, não é algo que se consiga sozinho, demanda tratamento com psicoterapia e medicamentos. A pessoa simplesmente está perdida e não vê o caminho para sair de todo esse sofrimento. Uma promessa de continuidade para uma pessoa com depressão significa uma promessa de mais sofrimento e mal-estar. Na maioria das vezes, a pessoa com depressão se sente presa e sem saída, tendo dificuldades para imaginar como terminará o dia, quanto mais para ir além no "aqui e agora". Não peça o impossível, pois estará colaborando para elevar a impotência a níveis máximos. Seja um ombro amigo e um apoio, independente de você entender ou não o caminho. 6) Vamos, a vida continua! Prefira dizer como sente falta de estar com ela e pergunte se há algo que possa fazer para ajudar. O melhor é tentar lembrar-lhe que há coisas pelas quais vale a pena seguir vivendo. Não cair na armadilha de criar uma lista, mas oferecer-se para ajudá-la a descobrir quais são. 7) Você está sendo egoísta É normal que todas as atenções girem em torno da pessoa que tem depressão. O que muita gente não sabe é que, dificilmente, ela se sentirá cômoda ou confortável com isso. Falar de egoísmo é colocar a depressão como uma escolha, e não é. Prefira dizer como sente falta de estar com ela e pergunte se há algo que possa fazer para ajudar.

TAXA DE SUICÍDIOS SUPERA A DE MORTOS POR AIDS E CÂNCER

9/09/2017

O câncer, a AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) há duas ou três décadas eram rodeadas de tabus e viam o número de suas vítimas aumentando a olhos nus. Foi necessário o esforço coletivo, liderado por pessoas corajosas e organizações engajadas, para quebrar esses tabus, falando sobre o assunto, esclarecendo, conscientizando e estimulando a prevenção para reverter esse cenário.

Um problema de saúde pública que vive atualmente a situação do tabu e do aumento de suas vítimas é o suicídio. Pelos números oficiais, são 32 brasileiros mortos por dia, taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer. Tem sido um mal silencioso, pois as pessoas fogem do assunto e, por medo ou desconhecimento, não veem os sinais de que uma pessoa próxima está com ideias suicidas.

A esperança é o fato de que, segundo a Organização Mundial da Saúde, 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos. É necessário a pessoa buscar ajuda e atenção de quem está à sua volta.

Mas como buscar ajuda se sequer a pessoa sabe que ela pode ser ajudada e que o que ela passa naquele momento é mais comum do que se divulga? Ao mesmo tempo, como é possível oferecer ajuda a um amigo ou parente se também não sabemos identificar os sinais e muito menos temos familiaridade com a abordagem mais adequada?

O QUE É DISTIMIA

5/24/2015

O que é Distimia?
Distimia é uma forma crônica de depressão, porém menos grave do que a forma mais conhecida da doença. Com a distimia, os sintomas de depressão podem durar um longo período de tempo - muitas vezes, dois anos ou mais.

O paciente com distimia pode perder o interesse nas atividades diárias normais, se sentir sem esperança, ter baixa produtividade, baixa autoestima e um sentimento geral de inadequação. As pessoas com distimia são consideradas excessivamente críticas, que estão constantemente reclamando e são incapazes de se divertir.

Só no Brasil existem cinco a 11 milhões de pessoas que sofrem desse mal, de acordo com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA).
Causas

A causa exata da distimia não é conhecida. A distimia pode ter causas semelhantes à depressão tradicional, incluindo:

Fatores bioquímicos: pessoas com distimia podem ter mudanças físicas em seus cérebros. O significado destas mudanças ainda é incerto, mas pode ser um caminho para buscar a causa
Fatores genéticos: a distimia parece ser mais comum em pessoas com grau sanguíneo de parentesco

Fatores ambientais: tal como acontece com a depressão, o ambiente pode contribuir para a distimia. As causas ambientais são situações da vida que são difíceis de lidar, como a perda de um ente querido, problemas financeiros ou um alto nível de estresse.

Fatores de risco

Certos fatores aumentam o risco de uma pessoa ter distimia. Veja:

  • Ter um parente de primeiro grau com distimia ou depressão
  • Eventos estressantes, como a perda de um ente querido ou problemas financeiros
  • Ser excessivamente dependente de aprovação e atenção das pessoas próximas.
  • Entre os pacientes que possuem algum transtorno mental, aproximadamente 36% apresentam sintomas depressivos leves e de longa duração – indicando um quadro de distimia. Dessa forma, é comum uma pessoa que tem um transtorno mental, como pânico ou fobia, desenvolver sintomas depressivos. É o que os psiquiatras chamam de "comorbidade", quando dois ou mais quadros psiquiátricos se associam num mesmo indivíduo.
Sintomas de Distimia

Os sintomas da distimia são os mesmos da depressão maior, mas em menor número e menos intensos. Os sinais podem incluir:

  • Tristeza ou humor deprimido na maior parte do dia, ou quase todos os dias
  • Perda de prazer nas atividades que antes eram agradáveis
  • Grande mudança em peso (ganho ou perda de mais de 5% do peso dentro de um mês)
  • Perda ou aumento do apetite
  • Insônia ou sono excessivo quase todos os dias
  • Inquietação
  • Fadiga ou perda de energia quase todos os dias
  • Sentimentos de desesperança, inutilidade ou culpa excessiva quase todos os dias
  • Problemas de concentração, que ocorrem quase todos os dias
  • Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio, plano de suicídio ou tentativa de suicídio.
  • As pessoas com distimia também apresentam altas taxas de faltas no trabalho, comparáveis as taxas de abstenção pode cardiopatias – uma das causas mais comuns no mundo inteiro.

Em crianças, a distimia pode ocorrer juntamente com o TDAH, distúrbios de comportamento ou de aprendizagem, transtornos de ansiedade ou deficiências de desenvolvimento. Exemplos de sintomas distimia em crianças incluem:

  • Irritabilidade
  • Problemas de comportamento
  • Mau desempenho escolar
  • Atitude pessimista
  • Habilidades sociais pobres
  • Baixa autoestima.
  • Sintomas distimia geralmente vêm e vão ao longo de um período de anos, e sua intensidade pode mudar ao longo do tempo. Quando a distimia começa antes dos 21 de idade, ele é chamada de distimia de início precoce. Quando começa depois disso, ele é chamada de distimia de início tardio.

Buscando ajuda médica

É perfeitamente normal sentir-se triste, chateado ou infeliz com situações estressantes da vida. Contudo, pessoas com distimia experimentam essas sensações constantemente durante por anos. Isso pode interferir nos relacionamentos, trabalho e atividades diárias.

Se você apresenta os sintomas de distimia e acredita que isso esteja atrapalhando duas atividades e modo de vida, busque ajuda. Se não tratada efetivamente, a distimia geralmente progride para depressão. Você pode buscar ajuda com profissionais de saúde mental (psicólogos, psiquiatras) ou procurar alguém próximo que pode ser capaz de ajudar, como um amigo, parente, professor, líder religioso ou alguém que você confia.

Na consulta médica

Especialistas que podem diagnosticar distimia são:

Psicólogo
Psiquiatra

Estar preparado para a consulta pode facilitar o diagnóstico e otimizar o tempo. Dessa forma, você já pode chegar à consulta com algumas informações:

Uma lista com todos os sintomas e há quanto tempo eles apareceram
Histórico médico, incluindo outras condições que o paciente tenha e medicamentos ou suplementos que ele tome com regularidade
Se possível, peça para uma pessoa te acompanhar.
O médico provavelmente fará uma série de perguntas, tais como:

Quando os sintomas começaram?
Sua vida é afetada por seus sintomas?
O que você tentou para se sentir melhor?
Que coisas fazem você se sentir pior?
Você tem algum parente tinha distimia, depressão ou outra doença mental?
O que você espera ganhar com o tratamento?

Também é importante levar suas dúvidas para a consulta por escrito, começando pela mais importante. Isso garante que você conseguirá respostas para todas as perguntas relevantes antes da consulta acabar. Para distimia, algumas perguntas básicas incluem:

É possível tratar a distimia por conta própria?
Como a distimia é tratada?
Psicoterapia pode ajudar?
Existem medicamentos que podem ajudar?
Por quanto tempo seria necessário tomar a medicação?
O que eu posso fazer para me ajudar?
Você teria algum material impresso que eu posso levar comigo? Quais sites você recomenda?
Não hesite em fazer outras perguntas, caso elas ocorram no momento da consulta.

Diagnóstico de Distimia

O diagnóstico é baseado nos sintomas da pessoa. No caso de distimia, esses sintomas devem estar presentes por um longo período de tempo e ser menos grave do que nos pacientes com depressão.

O médico ou médico vai querer ter certeza de que os sintomas não são o resultado de uma condição física, como hipotireoidismo. Dessa forma, podem ser pedidos alguns exames de sangue e imagem para descartar outras possibilidades.

Será feita então uma análise psicológica completa, incluindo uma discussão com profissional da área de psicologia ou psiquiatria sobre os seus problemas, sentimentos e comportamento geral. Pode ser que você precise responder um questionário que ajuda no diagnóstico.

Tratamento de Distimia

Os dois principais tratamentos para a distimia são medicamentos e psicoterapia. Os medicamentos parecem ser mais eficazes no tratamento de distimia quando combinados com a psicoterapia.

Qual o tratamento se aproxima do seu quadro irá depender de fatores como:
  • Gravidade dos sintomas
  • O desejo do paciente de resolver questões emocionais ou situacionais que afetam sua vida
  • Preferências pessoais do paciente
  • Métodos de tratamento anteriores
  • Capacidade de tolerar medicamentos
  • Outros problemas emocionais que podem ocorrer junto com a distimia.
  • Medicamentos para distimia


Tipos de antidepressivos mais comumente usados para tratar a distimia incluem:
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRIs)
Inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina (ISRSN ou SNRI)
Antidepressivos tricíclicos
Quando se tem distimia, é necessário fazer acompanhamento médico e, se necessário, tomar antidepressivos para manter os sintomas sob controle.

Psicoterapia para distimia

A psicoterapia pode ajudá-lo a aprender sobre a sua condição e seu humor, sentimentos, pensamentos e comportamentos. Usando as ideias e conhecimentos que você adquire na psicoterapia, é possível aprender habilidades de enfrentamento saudáveis e gestão de estresse. A psicoterapia também pode ajudá-lo a:
Aprender a tomar decisões
Reduzir padrões de comportamento autodestrutivo, como a negatividade, a desesperança e a falta de assertividade
Melhorar a sua capacidade de funcionar em situações sociais e interpessoais de trabalho.
Você e seu terapeuta podem discutir que tipo de terapia é ideal, os objetivos do tratamento e outras questões, como a duração do tratamento.

Convivendo/ Prognóstico

A distimia não é uma doença que você pode tratar por conta própria. Mas, além de tratamento profissional, você pode tomar estes passos:
  • Siga o tratamento à risca. Mesmo que você sinta desmotivação, não deixe de tomar os medicamentos e frequentar a terapia
  • Aprenda mais sobre sua condição. Busque sites com informações sobre distimia e encontre pessoas que também convivem com a doença. Isso pode te ajudar a entender o que é normal do tratamento e como passar pelas dificuldades
  • Preste atenção aos sinais de alerta. Entenda o que desencadeia os sintomas de distimia e quanto é preciso ficar alerta para recaídas
  • Mantenha-se ativo. Pratique exercícios ou outras atividades que te façam bem, como jardinagem e leitura
  • Evite drogas e álcool.
  • Complicações possíveis

Não é incomum para uma pessoa com distimia também experimentar um episódio de depressão ao mesmo tempo. Isso é chamado de depressão dupla. É por isso que é tão importante procurar um diagnóstico médico precoce e preciso. O médico ou médica pode então recomendar o tratamento mais eficaz.

Prevenção

Não há nenhuma maneira de evitar a distimia. Entretanto, estratégias podem ajudar a afastar os sintomas de distimia precocemente:
  • Controle o estresse
  • Peça ajuda de sua família e amigos, principalmente nos momentos de crise
  • Obtenha tratamento ao primeiro sinal de problema.

A partir de Minha Vida. Leia no original
Fontes e referências
Revisado por: Fábio Roesler, psicólogo e Neuropsicólogo da Clínica de Cefaleia e Neurologia "Dr Edgard Raffaeli"
Havard Health Publications

"DOENÇA DO MAL HUMOR": COMO ELA PODE VIRAR DEPRESSÃO

5/23/2015
Distimia pode evoluir para depressão se não for tratada. Saiba mais sobre esse quadro crônico e como evitar complicações


A distimia corresponde a uma alteração crônica do humor, mas que não preenche os critérios necessários para ser considerada um quadro depressivo. Os pacientes com distimia apresentam uma alternância entre períodos de depressão e períodos em que se sentem relativamente bem. Na maioria do tempo, entretanto, sentem-se deprimidos, preocupados excessivamente e sobrecarregados; tudo é um esforço, e nada basicamente é desfrutado; apresentam pouca energia e pouca disposição, sentem-se cansados, com mau humor e irritados em graus variáveis; não obstante, são capazes de lidar com as exigências do dia a dia, como as responsabilidades domésticas e profissionais, mas sofrem uma queda na qualidade de vida.

Os estudos científicos demonstram que a distimia aumenta consideravelmente o risco de depressão. Uma pesquisa realizada por Akisal mostrou que 90% dos pacientes com distimia evoluem para um episódio de depressão maior. A maioria destes pacientes sequer sabe que está doente e que poderia ganhar qualidade de vida se estivesse em tratamento.

Tratamento é prevenção

A principal medida para evitar que a distimia se transforma em um quadro depressivo maior é o tratamento. Em medicina a principal medida é a preventiva, ou seja, agirmos antes que as tendências se transformem em doenças. Todos apresentam flutuações de humor que dependerão de inúmeras variáveis ? por exemplo condições do meio exterior, clima, estresse, excesso de informações, problemas circunstanciais, oscilações hormonais, condições de sono, perdas, ganhos, idade e outros. Se pudermos agir logo que os primeiros sintomas da distimia aparecem, o risco desta evoluir para depressão será muito menor.

Os cuidados básicos para evitar a depressão compreendem prevenção do estresse, muita atenção aos hormônios, comorbidades (a presença de outras doenças associadas como distúrbios de ansiedade, compulsões, traumas e fobias), doenças orgânicas (hormonais por exemplo), obesidade, alterações da qualidade do sono, uso ou abuso de álcool e drogas. Todos estes fatores isolados ou somados irão facilitar o desencadeamento da distimia.

Referências
AKISKAL H S,et alii.Chronic depressions . 1981, pp 297-315

 Persio Ribeiro Gomes de Deus
A partir de Minha Vida. Leia no original
Imagem : Gateiro

DOENÇA QUE MAIS AFETA A VIDA DO BRASILEIRO

4/27/2015
Doença prejudica o cotidiano, o trabalho, os relacionamentos. Entenda a diferença de depressão e tristeza.

Você sabia que a depressão é a doença que mais afeta a qualidade de vida do brasileiro? Ela atrapalha o trabalho, os relacionamentos pessoais e até os cuidados com a saúde. Algumas doenças podem provocar e agravar a depressão. Mas a boa notícia é que 70% dos casos têm cura e os remédios estão cada vez mais avançados. Como diferenciar a depressão de tristeza e desânimo? O Bem Estar desta sexta-feira (27) falou sobre isso. Participaram do programa o consultor e psiquiatra Daniel Barros e a psicóloga Ana Merzel.

Enquanto na tristeza há relação do estado mental com algo que aconteceu, na depressão a tristeza é difusa, não tem causa específica e está presente em diferentes situações e momentos da vida do doente. Mas a doença tem cura. Medicamentos, psicoterapia e atividade física fazem parte do tratamento.

Os antidepressivos, como todos os remédios, têm um lado ruim. Em algumas pessoas podem reduzir a libido. Em casos graves de depressão, podem inicialmente aumentar o risco de suicídio. Nesses casos, é necessária a supervisão cuidadosa. Os remédios são uma boia para ajudar a pessoa a não afundar, mas também é preciso acompanhamento médico e muito exercício.  A escolha do psicólogo é muito importante. O paciente precisa se sentir confortável com o profissional.

Quem cuida do depressivo precisa ser compreensivo. A doença não depende só da força de vontade para ser combatida, mas do tratamento de alterações no funcionamento do cérebro.

Doenças interligadas

As doenças do coração podem provocar e até agravar a depressão. A depressão também pode agravar uma cardiopatia. Cerca de 30% dos pacientes operados do coração ficam deprimidos. De acordo com a médica Bellkiss Romano, do Incor, a depressão acontece porque as pessoas veem o coração como a máquina da vida.

Pensar que o coração está doente é imaginar que a vida está em risco. “O paciente entra num círculo vicioso. A depressão que agrava a patologia, a patologia vai fazer com que você se sinta menos potente, vai agravar a depressão. E você não quebra o ciclo.”

Veja os vídeos da reportagem clicando aqui.
A partir do G1. Leia no original
Imagem: Pexels

DEPRESSÃO É UM CONJUNTO DE SINTOMAS

4/26/2015
Medicamento, psicoterapia e exercício ajudam no tratamento.
Entenda melhor a depressão pós-parto

O programa "Bem Estar", da Rede Globo, exibido dia 17/04/2015, falou sobre a depressão e os remédios que existem para trata-la. A doença é a que mais retira anos saudáveis de vida dos brasileiros. A depressão esconde a gente da vida, prejudica o trabalho, o relacionamento com a família e com pessoas que amamos. Participaram do programa o nosso consultor e psiquiatra Daniel Barros e a psicóloga Ana Merzel.

E como diferenciar depressão de tristeza e desânimo? Enquanto na tristeza há relação do estado mental com algo que aconteceu, na depressão a tristeza é difusa, não tem causa específica e está presente em diferentes situações e momentos da vida do doente. Mas a doença tem cura em 70% dos casos. Medicamentos, psicoterapia e atividade física fazem parte do tratamento.
A depressão é um conjunto de sintomas, explica Daniel Barros. A tristeza é só um deles. "Por isso, a depressão é uma síndrome". Ele também lembra que o estresse crônico pode levar a depressão.

Depressão pós-parto

Apesar do desejo de ser mãe, muitas mulheres não conseguem curtir esse período como gostariam por causa da depressão pós-parto. A doença atinge cerca de 10% das mulheres, tanto as que já têm a depressão quanto as que nunca tiveram. Em metade delas, os sintomas como tristeza, desânimo, pessimismo, falta de energia e choro fácil começam durante a gravidez, mas também podem acontecer até meses depois do parto.

Depois do nascimento, a depressão pós-parto dificulta os cuidados com o filho e prejudica até o aleitamento. É muito importante para a saúde da mãe do bebê reconhecer e tratar a doença.
Veja algumas dicas do doutor Daniel que podem ajudar: planeje a gravidez; faça um pré-natal com acompanhamento; pratique atividades físicas; tome cuidado com a alimentação e evite o aumento de peso; conte com o suporte familiar; e planeje o pós-parto durante a gestação.

Veja os vídeos do programa clicando aqui
A partir do G1. Leia no original
Imagem : Pexels

DEPRESSÃO INFANTIL: PAIS DEVEM COBRAR MENOS

4/24/2015
Diretamente associados à relação familiar, depressão e distúrbios de ansiedade são cada vez mais comuns entre crianças em fase escolar. De acordo com a neuropediatra Mirella Fernandes Senise, a depressão costuma estar atrelada a dificuldades de aprendizagem e a ansiedade a dificuldades de separação dos pais. “Em todos os casos, é importante que os pais compreendam que cada criança tem seu tempo, suas limitações. Não podem cobrar demais, precisam estar presentes e evitar envolvê-los nos problemas cotidianos”, alerta.

Nos últimos quatro anos, a médica destaca aumento na procura por tratamento de crianças depressivas com dificuldade de aprendizagem. “É uma via de mão dupla. A depressão pode causar essa dificuldade. E o contrário também. A dificuldade de aprendizagem pode causar baixa estima e levar ao quadro depressivo”, explica.

Déficit de atenção associado a depressão, por exemplo, é muito comum. “Vale ressaltar que as vezes a criança é cobrada demais. Ela até vai bem na escola, tira notas boas, mas não é o suficiente para esses pais.”

Mirella destaca outros fatores que podem levar a depressão: a separação dos pais; a chegada de irmãos mais novos; abandono. “Crianças que ficam tempo demais sozinhas podem ter mais tendência. E não basta o pai só estar presente. Precisa dar atenção, incentivo.” Ansiedade - Segundo a psicóloga Patrícia Blanco Silva, a ansiedade é a reação normal a situações que podem causar medo, expectativa ou dúvida. “Ela pode ser causada por muitos fatores. E um pouco de ansiedade até pode ser saudável. Mas para que não seja excessivo, no ambiente familiar os pais precisam lidar com os problemas de forma natural e acolhedora. Diagnóstico - As duas profissionais alertam para a importância do diagnóstico precoce. “A hora certa para procurar ajuda é quando percebem os primeiros sintomas de alteração de humor”, orienta a neuropediatra Mirella. “Crianças tendem a ficar muito irritadas ou agressivas. Os pais também percebem alterações de apetite, que pode ser para mais ou menos, e alterações no sono, como dificuldade de dormir, insônia ou até procurar a cama deles para conseguir descansar.”

Patrícia, no entanto, avisa que nem sempre os sintomas são constantes. “O diagnóstico leva em conta a história de vida do paciente e uma análise clínica criteriosa. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas interferem diretamente na qualidade de vida.” Quando não tratadas adequadamente, tanto a depressão quanto a ansiedade podem acarretar problemas mais sérios no futuro. “Mudança de personalidade. Propensão a depressões mais graves no futuro. Prejuízo social, porque se afastam de todas as pessoas. Desestruturação familiar”, elenca a médica. “Em casos muito graves, levam a distúrbios alimentares, como a anorexia. E até ao suicídio na adolescência, que seria mais raro.”
Imagem: Pexels
 
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