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ACREDITO EM DEUS, MAS NÃO QUERO MAIS VIVER

4/07/2013
Tenho 21 anos, sou cristã, acredito muito em Deus e no evangelho. Mas não quero mais viver... não vejo sentido para isso, não sou feliz porque algo me falta, morro todos os dias um pouco e estou oca por dentro. De uns 2 meses a 3 meses para cá, eu vivo entre altos e baixos, e não sei como controlar as minhas crises. Hoje foi um dos dias mais difíceis pra mim...

Acho que chorei umas 2 horas seguidas dentro do carro no meio da rua, pensei em me internar em um hospital de 'doido'que tem perto da minha casa pensei em todas as formas que eu poderia me matar. 
Desde q começou essa fase da minha vida, eu comecei a ter vontade de me suicidar...mas hoje foi bem mais crítico, pensei em me enfocar, cortar a jugular, jogar o carro num barranco, me jogar de um viaduto... enfim...

Sei que não tenho motivos para viver dessa forma porque tenho uma família maravilhosa.Mas algo me falta. Nunca tive uma vida 'normal', porque minha mãe morreu quando eu era criança, e desde então eu tive que crescer e ser forte pra tudo na minha vida. Mas com o tempo a gente vai cansando de ser forte, cansando de ser surrado pela vida e pelas circunstâncias, as vezes me sinto mais mãe do meu pai do que filha. Para falar a verdade, acho que fui filha por pouco tempo.

Desde que minha irmã casou, sou eu que cuido da casa...e as vezes me sinto sobrecarregada de responsabilidade, porque não tenho ninguém para me ajudar com nada. 

AS vezes converso com minhas amigas sobre isso,converso com minha irmã,meu namorado, mas acredito que só a minha irmã que realmente entende, porque ela passou por tudo que estou passando...ela quase se suicidou na minha frente quando eu era criança ( Hoje ela está curada).

Não tenho forças para mais nada...nem orar eu consigo, meu namoro mal começou e já está por um fio porque ele não consegue se adaptar as crises. Fico muito triste, porque ele disse que não consigo fazê-lo feliz.Me sinto incompetente, fraca, medíocre... um lixo.

Tento ficar feliz...ser mais tranquila e maleável...mas parece que uma gota vira um oceano, e ele disse que não dá mais conta.

Já não sei o que eu faço da minha vida...só tenho vontade de ficar em casa..mas infelizmente tenho q me arrastar para o trabalho e para faculdade que termino daqui 3 meses.

Não tenho mais vontade de nada...só de morrer. Antes o medo do inferno me 'segurava' para não fazer nada contra minha própria vida, mas hoje parece que nem isso importa mais.

Sei que todos que entram nesse site estão passando por algo parecido, mas honestamente eu tenho a esperança que alguém possa ler isso e me ajude, porque sei que estou no fundo do poço. E que preciso de ajuda. Não sei o que eu tenho...nem sei se é depressão..transtorno bipolar...ou apenas uma fase.
To confusa.

Mas ainda assim quero que o Senhor me leve. Essa é a única oração q eu tenho feito. Quem pode me ajudar ...

JORNALISTA SE AUTO-MUTILAVA E TENTOU SUICÍDIO

3/22/2013
A vida pode se tornar muito cruel ao ponto de acharmos ser insuportável continuar. A jornalista Emma Forrest passou por isso. No desespero, feria a si própria com gilete e tentou se matar. Mas seu destino era outro. Aos 22 anos, a jornalista, escritora e roteirista Emma parecia levar uma vida maravilhosa: havia deixado a casa dos pais em Londres, cidade onde foi criada, para morar em Nova York, tinha um contrato com o jornal britânico The Guardian e estava prestes a publicar seu primeiro livro.

Mas, por trás da aparência bem-sucedida, havia uma jovem com sérios problemas psiquiátricos, que se cortava com gilete, sofria de bulimia e era extremamente autodestrutiva. Em Sua voz dentro de mim, Emma apresenta suas memórias, sem medo de expor o lado mais escuro que guarda dentro de si.

O livro começa com a autora descrevendo sua obsessão pelo quadro Ofélia, de Millais, em exposição na Galeria Tate, em Londres. Aos 13 anos, Emma passava as tardes observando a pintura, que retrata a namorada suicida de Hamlet, personagem da obra de Shakespeare.

Conforme lista outras de suas peculiaridades, bem como alguns aspectos curiosos de sua família, Emma direciona os leitores para a conclusão a que ela mesma chegou quando morava em Nova York: havia cruzado a fronteira que separa os excêntricos dos maníaco-depressivos.

Ao chegar ao ponto em que não sentia quase nada, somente dor e tristeza, Emma começa a frequentar o consultório do psiquiatra a quem se refere como Dr. R. Ainda assim, após algumas sessões, ela tenta o suicídio e vai parar na emergência de um hospital.

Levada pela mãe para terminar de se tratar na Inglaterra, a autora continua a ver o Dr. R quando volta aos Estados Unidos. Durante oito anos, ela é paciente dele, que tem papel fundamental em sua recuperação.

Quando tudo parecia bem – as visitas ao Dr. R tinham se tornado esporádicas e ela achava que havia encontrado o amor de sua vida –, a notícia da morte do médico cai como uma bomba e pode ameaçar seu progresso.

Sua Voz Dentro de Mim também fala dos relacionamentos amorosos de Emma. Um deles, em especial, chama a atenção: o namoro com o ator Colin Farrell, cujo nome não é citado no livro. Ela se refere a ele como seu “Marido Cigano”, ou simplesmente MC, e revela que se trata de uma estrela do cinema. Os dois ficaram juntos durante cerca de um ano, viveram uma história intensa e chegaram a fazer planos de ter um filho, mas Farrell decidiu botar um ponto final no caso, tempos depois da morte do Dr. R.

Sem o psiquiatra para apoiá-la, Emma terá que reunir forças para superar sozinha mais essa perda.
Apesar de toda a dor e do mergulho profundo na depressão e na autodestruição que permeiam o livro, Emma Forrest consegue explorar a beleza do amor e falar de superação ao longo das páginas. De quebra, ela ainda faz refletir sobre a relação que temos com nós mesmos. Ainda neste ano, Sua Voz Dentro de Mim deve chegar às telas do cinema, com a atriz Emma Watson no papel de Emma e o ator Stanley Tucci como o Dr. R.
A partir do R7. Leia no original

A PERDA DE MIM MESMO

3/21/2013
Efeitos da personalidade egóica
"É pela segunda vez que venho postar neste espaço. Como da outra vez me sinto muito mal. E para piorar o céu está muito nublado e isso contribui (e muito!) para que eu me se esconda no meio dessas negras nuvens.

Há cerca de dez dias me separei de minha namorada. Estávamos juntos há quase dois anos. No começo, o relacionamento estava super bem, nos amávamos intensamente, transavamos de forma louca, fazíamos muitas coisas legais juntos, ela, eu e nossos filhos. Mas como, muita das vezes, como é de se esperar, veio o declínio juntamente com sua obsessão e neuroses. 

Chegou ao ponto em que não estava entendendo mais nada. Muitas brigas, desconfianças, acusações, cobranças, idas e voltas etc. Por fim nos separamos! O mais intrigante é que desta vez nem conversamos sobre nossa separação, simplesmente cada um foi para seu lado sem falar nada. 

Sabe por mais que não estivéssemos bem sempre tive otimismo e achei que poderíamos chegar à paz, pois também sei que no fundo eu a amo e também sei que é recíproco. Mas devido nossa falha egóica, de não suportar a dor da frustração, silenciosamente, nos separamos. 

Mas na minha vida sempre foi assim. Muitas perdas significantes tive, inclusive a perda de mim mesmo. Tenho a sensação de estar em um eterno labirinto onde passo, repasso e nunca transpasso; vou e volto e nunca encontro a saída. O meu grito é silencioso no qual não quero que ninguém o ouça, inclusive eu; a minha carapaça existencial é de tal resistência que muitas vezes desconheço minha existência. Já que não existo, logo não penso, logo estou morto! 

Obrigado por deixar compartilhar minha dor." 
Anônimo
Depoimento em Suicídio : Frases

NO FUNDO DO POÇO NÃO TEM MOLA

3/20/2013
Divulgação
“No Fundo do poço não tem mola” (Editora Letra Livre) é o quarto livro da carreira da autora sul-mato-grossense Theresa Hilcar. Nesta obra a autora trata da depressão como patologia e seus aspectos filosóficos e sociais. O livro teve investimento do FIC (Fundo de Investimentos Culturais). O lançamento será hoje,19 de março, na livraria Leparole, às 18h30.

O livro retrata um pouco do universo da autora, um conjunto de crônicas de uma mulher que assume sem pudores fazer parte das estatísticas cujos números apontam a existência de milhares de mulheres com a mesma patologia. A depressão, segundo a autora, é tratada sempre com reservas e no mais absoluto silêncio pela maioria das pessoas É quase um despir-se existencial, um diário que se torna público.

As crônicas de Theresa Hilcar escritas como exercício de exorcizar a dor, tem o mérito de quebrar este silêncio e trazer à superfície questões como preconceito e os estigmas impostos pela sociedade que obriga as pessoas a serem felizes o tempo todo. A tristeza, segundo a autora, é algo incômodo para quem não a compreende. Questionamentos mais profundos a respeito da vida e das suas vicissitudes são explorados na obra. Apesar de tratar da tristeza, o livro não é enfadonho, mas leva o leitor a se deliciar com um texto preciso e ao mesmo tempo reflexivo.

Theresa Hilcar
Os leitores serão quase cúmplices de Theresa Hilcar, conhecendo segredos quase inconfessáveis da jornalista. No prefácio escrito pela professora Maria Adélia Menegazzo ela escreve:”... Há, no entanto, um aspecto nestas crônicas que as torna memoráveis. Theresa Hilcar toca a poesia na medida em que impõe cadência às palavras e que, numa certa medida, obriga-se ao uso de frases curtas, sem excessos, com pouca adjetivação. Desta forma, provoca uma leitura quase que vertical de suas frases, como se fossem versos. Filtra, assim, pela razão, a emoção, o sentimento lírico. A crônica é tanto melhor, quanto mais explore este aspecto, quanto mais revista o cotidiano e suas circunstâncias deste repensar subjetivo e raro” tipifica Menegazzo.

A autora já publicou três livros “O outro lado do peito”, “Tereza toda terça” e “No trem da Vida”. A jornalista é cronista no Jornal Correio do Estado. Thereza Hilcar é membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.
A partir de Midiamax. Leia no original

SEI QUE NÃO POSSO CONTAR COM NINGUÉM

3/19/2013
Imagem :  por Andréa Farias
"Penso em suicídio todos os dias e semanas. Já tentei suicídio algumas vezes quando era adolescente, mas não obtive êxito. O medo falou mais alto. Primeiramente penso nos meus pais e na minha família, senão fosse por isso, já teria cometido suicídio. Mas eu não confio em mim. Acredito que no desespero eu possa me suicidar alguma hora.

Não gosto de viver, não gosto mais de nada, tudo dá errado pra mim. Não tive sucesso profissional, amoroso, financeiro. Não tenho um emprego, não consigo nada, nem uma mulher, um carro, uma boa instabilidade financeira. Sou muito azarado, amaldiçoado, condenado acho.

Pela minha idade hoje posso me considerar um fracassado, um ninguém. Eu sei que sou isso há muito tempo.

Estou ficando cada ano mais velho e não conquistei nada até agora, só um emprego, mas não o tenho mais. Já tenho quase 30 anos. Sou tímido, tenho fobia social. Sofro preconceito, desprezo de muitas pessoas por ser tímido. Não sou compreendido por ninguém. Sou muito medroso também. Sem falar que tenho gostos, segredos, que não podem ser revelados para ninguém. Pois tenho certeza que serei criticado. Minha vida é uma bosta, uma droga, um inferno. A morte me faria bem, confortaria a minha alma. A cada dia que passo fico mais feliz porque é um dia a menos de vida nessa droga de planeta, de mundo.

Peço perdão a Deus por pensar nessas besteiras, mas cheguei a conclusão que não tenho salvação, nem orações, acho que nem Deus podem me ajudar. O único que podia era eu mesmo, mas não acredito mais nisso. Não vejo futuro, nem presente, nada. Há muitos anos não sorrio verdadeiramente. 90 % dos meus sorrisos são falsos. Tenho uma vida boa, confortável, mas por causa do meu pai. Sou grato a isso. Nunca passei necessidade. Mas se dependesse de mim, se eu não tivesse ninguém, estaria morrendo na rua, seria um indigente, um mendigo tenho certeza, sem desmerecê-los. Não tenho capacidade de nada. Sou um inútil. Devo ter vindo nesse mundo a passeio, para me dar mal e sofrer. Se existem vidas passadas mesmo, devo ter sido uma pessoa muito ruim para passar pelas coisas que passo atualmente.

Esse é o meu desabafo. Sei que não posso contar com ninguém mesmo".
Anônimo

PSIQUIATRA DIFERENCIA TRISTEZA DA DEPRESSÃO

3/13/2013
Imagem  por Fernanda Alyssa
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, em 2020, a depressão será a segunda no ranking de doenças dispendiosas e fatais, perdendo apenas para as doenças cardíacas.

O médico é autor, em parceria com Isabel Vasconcelos, do livro "Mergulho na Sombra - a Depressão Nas Fases da Vida da Mulher" (Editora Cultrix, ano 2011), que tenta  decifrar a salada de mistérios que torna as mulheres vulneráveis a este mergulho na sombra, à doença chamada depressão. Confira no áudio abaixo, entrevista com o  psiquiatra Kalil Duailibi.

NINGUÉM PERGUNTA SE PRECISO DE ALGO

3/11/2013
Meus amigos.... Eu estou tão cansado...cansado de tudo, cansado de mim, cansado de gastar energias. Meu desanimo cresce a cada dia, não sei oque faço. Vejam só, ontem comprei pilulas de pó de guaraná... rs. Chega a ser cômico.

Tenho preguiça de levantar, encarar a cidade; mais um dia na faculdade... me esforçando para ser bom aluno. Mais um dia no trabalho, gastando energia para ser sempre um bom profissional. Em casa, o pouco tempo que passo, fico discutindo problemas familiares : sendo um bom filho, um bom irmão.

Enfim, a parte que me deixa realmente feliz é dormir, apagar, é como se estivesse morto durante algumas horas, umas 5 ou 6 horas por dia. Logo meus olhos abrem assustados, desligo o despertador, e tudo comece de novo. Mas nem em casa, nem no trabalho,nem na escola, ninguém me pergunta se estou realmente bem, se podem me ajudar, ninguém me olha nos olhos e pergunta se preciso de algo, se quero conversar.

Ninguém faz nada por mim, nem um copo de água me trazem se eu não pedir. Isso porque na verdade eu não sou importante, talvez o que importa é que eu represento; o que importa é o trabalho que executo, é o numero que represento no curso, é o dinheiro que ajudo em casa. Essas são as coisas que importam. Me toleram por causa disso, mas no fundo eu não valho nada...

Afinal que diferença faz se eu estou infeliz ou triste? Minha rotina é a mesma...
Queria ficar um tempo longe, sozinho de verdade.

As vezes estou tão cansado que quando vejo minhas obrigações do dia a dia tenho imensa vontade de chorar, medo que não aguentar, medo de cair no meio do caminho e ninguém me ver.

Estou farto... meus olhos chegam a doer... minha fadiga é extrema...
Quando será que alguém virá me salvar?
E se não vier...?...

POSSO VESTIR UM SORRISO ...

3/09/2013
Hoje acordei com o coração apertado. Um vazio terrível na alma, por mais que esteja sol la fora, calor. Sinto que dentro do meu coração esta gelado, querendo gritar. Dói, parece que a qualquer momento ele vai parar de bater. Não sei se é tristeza, angustia, dor ou até mesmo um infarto agudo.

Sinto muito pelos meus pais, por ter tido um amor que eles nunca aceitariam, mas meu coração não pediu permissão. Apenas sentiu. Não quero ver ninguém que eu amo sofrer, me machuca ver o amor da minha vida, que fazia cartas, desenhos, não entender meus motivos pelo qual tudo acabou tão depressa.

Dizem que você tem que honrar sua familia acima de qualquer coisa, se o honrar meus pais for deixar a minha felicidade pelo lado de fora da janela, eu tenho que fazer. Posso vestir um sorriso, mas o brilho nos meus olhos nunca existiram. E não me importo se o sorriso verdadeiro, os brilhos dos olhos fosse atribuídos aos meus pais. Talvez a minha recompensa não esteja aqui mesmo, talvez eu vim para esse mundo por esse motivo. Para fazer aqueles que eu amo felizes por mais que essa felicidade não caiba em mim!
A partir da Comunidade QM. Leia no original

O MUNDO NÃO É PARA MIM

3/08/2013

"Às vezes bate a realidade, a encaro de frente porque é bobagem me enganar: o mundo não é para mim. Angustiada por ter que viver uma rotina pesada, vazia e sem emoção não que seja dor. Preocupo-me com o futuro. ''O que será de mim?',me pergunto. Quando sabemos que tudo que começa tem seu fim e é exatamente esse fim que espero. Quanto tempo terei que ficar nessa situação, sem saber para onde ir? Responsabilizo-me pela minha situação. A covardia tantas vezes me tirou chances, hoje me arrependo. O amanhã eu desconheço. Meu plano agora? Também não sei, acho que estou à deriva, orando pra que Deus me liberte. Quantas as vezes em que pensei que mudaria, que as coisas... não saí do lugar!

Posso dizer por mim mesma que me perdi, que já não me recordo de quem fui, daquela garota cheia de sonhos. Hoje só vejo uma imagem lamentável que só quer se esconder, que não quer ser vista, que não mais quer existir..."
A partir da Comunidade QM. Leia no original

FILHOS COM DEPRESSÃO : COMO AJUDAR

3/04/2013
Imagem por physiognomist
Depressão na adolescência não é apenas mau humor e a melancolia ocasional de estar crescendo. É um problema sério que afeta todos os aspectos da vida de uma adolescente. Depressão na adolescência pode levar a drogas e álcool, auto-mutilação, gravidez, violência, e até mesmo suicídio. Mas, como um preocupado pai, há muitas maneiras para ajudar. Falar sobre o problema e oferecer apoio pode ser um caminho para conseguir colocar o adolescente de volta aos trilhos.

Por que filhos adolescentes podem ter depressão?

Adolescentes enfrentam uma série de pressões, desde as mudanças da puberdade a questões sobre quem são e onde eles se encaixam dentro do se universo jovem. A transição natural da criança para  adulto também pode trazer conflito parental, pois os adolescentes começam a afirmar sua independência. 

Com todo este drama, nem sempre é fácil diferenciar entre a depressão e mau humor adolescente normal. Tornando as coisas ainda mais complicadas, os adolescentes com depressão não necessariamente parecem tristes, nem sempre se retraem ou fazem algo de errado. Para alguns adolescentes deprimidos, os sintomas são irritabilidade, agressividade e raiva constante.

Os efeitos negativos da depressão na adolescência vão muito além de um humor melancólico. Muitos comportamentos rebeldes e insalubres ou atitudes em adolescentes são na verdade indícios de depressão. 

Como ajudar seu filho com depressão

Se você suspeitar que um adolescente em sua vida está sofrendo de depressão, converse com ele de imediato. Mesmo se você não tiver certeza de que a depressão é o problema, os comportamentos problemáticos e emoções que você está vendo em seu filho adolescente são sinais de um problema.

Seja ou não esse problema uma depressão, ele ainda precisa ser tratado. Quanto mais cedo melhor. De uma forma amorosa e sem julgamento, compartilhe suas preocupações com seu filho adolescente. Deixe que ele ou ela sabe que sinais específicos de depressão você percebeu e porque se preocupa. Em seguida incentive o seu filho a dividir o que ele ou ela está passando.

O adolescente pode estar relutante em se abrir, ter vergonha ou com medo de ser mal interpretado. Como alternativa, você pode incentivar seu filho a ir a um psicólogo para conversar como uma pessoa neutra.
A partir do site Relacionamentos. Leia no original

AS LIÇÕES DE UM SUICÍDIO

2/07/2013
Imagem por Mikamatto
“Ainda não desistiu de mim, né?” Essa pergunta me foi feita por um querido ex-aluno no chat do Facebook. Dentre tantos, apenas algumas dezenas travam algum contato “real” comigo, fora de sala de aula, a maioria entre 20 e 30 anos, recém-formados ou quase, inquietos e acossados pelas fantasias de inconformismo que começam a ceder diante da urgência de “ganhar a vida”. É quase uma crônica de desespero abafado, típica de sua geração que se vê às voltas com o teste do valor de verdade de suas juvenis aspirações de “mudar o mundo”. Do alto do meio século que já se aproxima contemplo as minhas próprias e, com crueldade melancólica investigo-me especialmente os fracassos, pessoais e geracionais.

A história de nossas vidas é feita das incongruências entre o que sonhamos, pensamos, dizemos e o que efetivamente fazemos. Desse intrincado nó se revela não apenas nossa psique individual, mas, sobretudo, o espírito da época que forjou-se por determinada geração. Nosso conformismo ou resistência, serenidade ou aspereza, cinismo auto-complacente ou obstinação comporá o enigma a ser decifrado pelos biógrafos e historiadores críticos, atentos especialmente aos motivos pelos quais realizamos ou deixamos de realizar as tarefas que nos cabiam, numa palavra, ao legado de nossa geração.

Minha geração cantou que “seus heróis morreram de overdose”. Emblemática narrativa para desistências niilistas. Mas ouça Aaron Swartz, o prodígio ativista libertário da internet: “Eu sinto fortemente que não é suficiente simplesmente viver no mundo como ele é....eu cresci e através de um lento processo percebi que o discurso de que nada pode ser mudado e que as coisas são naturalmente como são é falso...e mais importante: há coisas que são erradas e devem ser mudadas. Depois que percebi isso, não havia como voltar atrás. Eu não poderia me enganar e dizer: “Ok, agora vou trabalhar para uma empresa”. Depois que percebi que havia problemas fundamentais que eu poderia enfrentar, eu não podia mais esquecer disso.” Sua curta e revolucionária vida e o caráter enfaticamente político de seu suicídio, aos 26 anos, pode vir a ser um anátema para toda a sua geração. Ou um desafio para os menos acomodados. Um espelhamento pedagógico para quase trintões e também para quase cinquentões.

Que coisas erradas devem ser mudadas? Uma sugestão a quem vive na quinta cidade mais desigual do mundo e tem vinte e tantos anos: envergonhe-se, olhe ao redor, avalie seus ideais simbólicos, e comprometa-se politicamente com as causas comuns. A seu modo engaje-se, incomode, surpreenda e não cale diante de injustiças.

Grata, meu jovem amigo. Em plena fúria autoinspecional diante do que considero uma vida quase irrelevante, sua queixa aflita revolve o que em mim ainda é vontade e força. Há inúmeros campos de batalha para os bons combates. Não desisto de vocês, não quero; seria igualmente desistir de mim.
Professora de Filosofia e Ética da Unifor
A partir do jornal O Povo. Leia no original

NUNCA FUI FELIZ !

2/02/2013
"Eu sempre encontro meios para descrever minha tristeza e agora que estou disposta a contar para os outros me faltam palavras, mas enfim vou começar por onde acredito que foi o início do meu sofrimento.

Desde os meus 11 anos de idade tenho algo que me acompanha e não é minha família, ou algo bom. Na verdade é um odor que pensava que era só nos pés, mas hoje esse cheiro ruim já tomou conta de todo meu corpo. É perceptível saber quando estou por perto, pois o cheiro chega antes de mim. Estou para completar 19 anos e vejo tudo o que já perdi e o que poderia ter perdido.Fiz dois cursos a menos de 2 anos e nos dois vivi o mesmo sofrimento, pois esse cheiro ruim que todos sentiam (é claro que ninguém sabia de onde vinha, mas eu sim, e era o que mais me magoava) sempre se exalava pela sala. Por este motivo comecei a faltar do curso e quase desisti, só não fui reprovada porque minha mãe, sem saber o que acontecia e o que acontece, insistiu para que continuasse o curso. 

Na minha escola o odor também estava presente. Como no curso, tinha dias que eu também faltava para polpar as pessoas e por este motivo também fiquei perto de repetir meu 2° colegial. Sempre implorava para que os dias passassem o mais rápido possível e continuo pedindo e como tudo está passando tão rápido pra mim e sei que estou perdendo muitas coisas, não sinto vontade alguma em viver. Eu já não sou bonita, não tenho uma família feliz e unida, não sou nada inteligente, não tenho amigos e para completar tenho esse cheiro forte comigo. Nossa é complicado, vejo muitas pessoas tristes por esse e por aquele motivo e sempre as criticava, pois pensava que minha dor era maior do que a de todos, porém só agora me dei conta de que todos temos um limite e o limite de todos que sofrem já foi ultrapassado há muito tempo. 

Para deixar a situação pior trabalho num Call Center, ou seja, muitas pessoas num só ambiente. Em vários momentos já pensei  em pedir a conta, mas não posso fazer isso porque é difícil conseguir outro emprego como este e porque meus pais precisam muito de mim. Quem me vê acredita que não gosto de trabalhar pelo fato de eu estar sempre triste e o que ninguém sabe é que amo meu trabalho só me sinto infeliz comigo mesma por ficar sempre com essa dor e com esse odor.

Se ao menos não tivesse esse cheiro ruim não iria reclamar da vida mesmo com tantos motivos para desanimar.

Choro praticamente todo os dias não posso sair de casa, porque tento sempre poupar os outros desse meu cheiro e me poupar da vergonha. Sou uma pessoa definitivamente triste sempre imploro para morrer. Em meio a tantas pessoas que querem vida me sinto mais mal por não poder trocar de lugar com elas.

Cuido da minha higiene, consulto médicos para ver se consigo resolver este problema, mas eles não me ajudam só me dão receitas caras e que insisto em seguir para ver se consigo um bom resultado, porém no final sempre me decepciono.

Eu já não aguento mais essa situação tentei medidas drásticas como me tirar desse mundo, mas sou covarde demais para finalizar o ato. Não acredito que os acontecimento na minha vida tenha uma solução....Porém se alguém tiver uma receita , dica ou algo que acredite que funcione por favor me indique estou precisando muito de uma força.

Grata a todos que se dedicaram um pouco do seu tempo para ler essa minha triste história."
E.

ELA QUASE MORREU POR ELE

1/31/2013
"Seguiu em frente, mas antes disso ela passou por tanta coisa junta! Viam-se lágrimas a cair dos olhos dela sempre que se lembrava dele, ele quis desistir de tudo, e ela ali ficou, sozinha! 

Eu acho que lhe passou tudo pela cabeça, ela vivia a cortar-se por puro desespero, queria afogar a dor que sentia por dentro, ela vivia a chorar! 

Ela vivia a pensar em se suicidar, e até penso que ela o tentou fazer, mas alguém a impediu! Ele a via assim, não fazia nada, olhava, baixava a cabeça e seguia em frente, como se nunca a tivesse conhecido! Ela dizia que o amava, ele dizia que ela o sufocava! 

Ela queria desaparecer dali para fora, afastou-se de tudo e todos, não via mais nada a não ser a dor que sentia, não pensava em mais nada, não comia nada, não falava com quase ninguém... até que um dia aprendeu a lição que ele lhe deu, ele prometeu, não realizou, ele a iludiu, ela acreditou! 

Ele a fez sofrer muito, ela não merecia, não era uma pessoa perfeita, mas ninguém merece. Ele esteve mal com ela! Ela quase morreu por ele, ele nem um desculpa pediu, ela ainda hoje pensa nisso, mas já esqueceu ! Aprendeu a não acreditar em tudo o que dizem, por mais convincente que a pessoa esteja a ser! Sabem como sei tanto da história dela? É porque ela , sou eu!"
Didinha

QUAL O MOTIVO DE TUDO ISSO ?

1/31/2013

"Há mais de um ano estou num processo depressivo. Já tentei fluoxetina, homeopatia, terapia psicológica, relaxamento, e até constelações familiares.

Já pensei em como morrer sem que ninguém descubra que foi suicídio. Isto para que minha filha de 15 anos não sofra, pois, acredito que minha presença só fará mal a ela cada vez mais.

Estou com ódio do mundo, amarga, triste, insuportável, odiando a vida. Não tenho vontade de fazer nada.

Me afastei das pessoas, das festas, coisas que eu amava fazer.

Me afastei da religião que eu tinha e que me dava sustentação, pois, tinha fé suprema em Deus. 

Hoje penso que viver é uma piada de mal gosto. Qual o motivo de tudo isso? Nunca saberei, mas sei que perdi totalmente aquilo que eu amava: alegria de viver e conviver."
C.
Depoimento por e-mail

SOU CAPITÃO DA PM, PAI, CASADO E INFELIZ

1/30/2013
"Gente, sou Capitão da PM com 44 anos de idade e a minha vida sempre foi difícil. Falta exatamente 01 anos e meio para eu me aposentar como Major ou até Tenente Coronel, mas apesar de ter cumprido minhas obrigações, minha vida foi sempre um fardo. Sou espírita e tenho consciência de muitas coisas, sei que tenho más tendências as quais tento combater a todo tempo.

O suicídio faz parte dos meus pensamentos. Quanto mais vivo, mais tenho certeza de que serei provado em situações que me causarão sofrimento. Sou triste, casei aos 24 anos para proteger a minha então namorada que estava praticamente sozinha no mundo. Vi que nem sempre um ato nobre em pensamento é garantia de felicidade futura. Tive 02 filhos e muitas crises com esta esposa que a todo momento falava em sair de casa e deixava até mesmo uma mala pronta.

Instabilidade total na minha vida que me levou a depressão e doenças. Dei tudo que pude para criar meus filhos. Hoje a maior, com 18 anos brigou para namorar um sujeito pelo qual não tive nenhuma simpatia ao conhecer. Meses depois, quando foi mexer na bolsa, encontrei anticoncepcionais. Fiquei estarrecido, porque fui íntegro na criação desta filha e ela se colocou contraria aos princípios que a ensinei. 

Ganhei mais uma inimizade, já que meu pai (falecido) me expulsou de casa quando tinha 20 anos porque eu queria estudar e ele se sentiu ameaçado. Fui escorraçado e minha mãe falou que se arrependeu do dia em que eu nasci. Depois quando ele morreu, fui eu que estive ao lado deles durante alguns anos para dar-lhes alguma assistência, apesar de ter outros 04 irmãos. 

Cansei de viver há algum tempo, e tenho pedido a Deus para me levar antes que eu me mate. Já peguei a arma algumas vezes mas sempre falta coragem. Meu filho de 11 anos é a minha desculpa para evitar o ato derradeiro. Profissão, carreira, dinheiro, carro, casa, nada disso interfere na felicidade, são apenas desculpas. Depois de 16 anos de casado, sofrendo com a falta de amparo de minha esposa, encontrei uma pessoa também casada que preenchia muito as minhas necessidades, preocupava-se comigo, me ouvia e me dava atenção. Sou covarde porque não consigo investir nesta nova oportunidade. Queria mesmo morrer, porque a culpa me corrói por dentro."
N. 
Depoimento em Suicídio: Frases

DECIDI PERDOAR E PASSEI A VIVER MELHOR

1/28/2013
"O sentimento de vazio aparece quando existe algo que gostaríamos de fazer e por algum motivo não o fazemos e vamos adiando, adiando e o sentimento vai tomando conta de nós. Não peça a Deus para dar a sua vida a outra pessoa, porque não pede a Deus para lhe devolver a alegria de viver.

Sim saber viver pode parecer muito difícil. Se pensarmos que o que pensamos são apenas pensamentos, veremos que eles não podem mais que nós. Lembra-te que nós somos livres de pensamento é a única coisa que controlamos, certo? E não tenha medo do desconhecido, apele ao seu anjo da guarda que a ajude a cultivar bons pensamentos.

Vivermos com o pensamento no passado destrói qualquer ser humano disso não tenho a menor dúvida. Eu escolhi perdoar, não esqueci é certo, pois ninguém esquece, mas decidi que o que passou, passou e fiquei mais forte. Não tema, faça amigos sem olhar o passado, de nada adianta falar sobre o passado. Chore, grite, deite fora tudo que está ai dentro. Imagine que você está diante da pessoa que lhe fez mal, e diga o que a fez sentir. Acredite se sentirá bem melhor!

Perder o interesse pelas atividades quotidianas é um sinal de alerta. Quer ser feliz? Diga para si mesma, olhe para si, olhos nos olhos e diga o que quer. Você está preso(a) tem que se libertar. Ficar calado tem aprisionado você, lembre-se Deus lhe deu uma voz, use-a.

Uma coisa aprendi a muito custo, para ter amigos primeiro temos de ser amigos de nós mesmos, enquanto não o fizermos tudo nos magoará e a esperança de dias melhores acabará por desaparecer, ficando a depressão e o desejo desesperado de morrer. Quando sentimos medo é porque não é por ai o caminho. Quando sentimos paz, o coração tranquilo é nosso espírito comunicando dizendo sim."
Anônimo
Comentário em Procure cuidar de você

O POUCO QUE NOS FALTA E O MUITO QUE TEMOS

1/23/2013

Chove e chove e chove, sem parar...

O dia fica mais escuro e nos remete, sem querer, ao passado. Em uma viagem onde tudo era simples e brincar na chuva, nada mais era do que uma maneira de se divertir e ser feliz. 

Me lembro que quando ameaçava chuva, esperava ansiosa para poder correr pra ela e me molhar e andar debaixo do beiral da casa, onde formava uma cortina de água. Depois corria pra rua e quando a chuva já estava mais forte a ponto de formar uma enxurrada na beira do meio fio, eu me sentava para bloquear o caminho da água e fazer com que passasse por cima das minhas pernas. Ou, ainda, quando não me atrevia a tanto, colocava meus pés, um na frente do outro pra fazer a mesma barragem. E ficava ali, olhando, como se fosse a coisa mais legal do mundo. Sem falar no barquinho improvisado que fazia, de papel, e deixava correr como se tivesse rumo certo e pressa em chegar ao destino: “bueiro”.

Não me lembro de ter ficado doente ou pego alguma bactéria por ter cometido tamanho desatino...rs

Me lembro também, das vezes em que passava férias na casa da minha avó, no sítio, e lá me deparava com uma outra espécie de chuva. Uma que chegava apavorando, gritando e esparramando tudo o que via pela frente. Com direito a pedras e tudo mais. E quando a coisa ficava mais séria, minha avó mandava a gente se esconder debaixo da mesa, pois havia o risco do granizo quebrar as telhas e elas caírem sobre a gente. É, porque não tinha forro, nem laje como é tão normal nos dias de hoje. Na hora era um pavor só, mas ao mesmo tempo, uma aventura que, duvido muito, que alguma criança tenha nestes tempo.

Antigamente as casas eram pequenas, as pessoas ficavam mais unidas, tanto no carinho quanto nas horas de medo. Não tinha muito pra onde correr, era só rezar pra que a chuva fosse embora sem fazer muitos estragos.

Hoje temos construído casas gigantes, com muitos cômodos, muitas salas e muitos banheiros, sendo que, na verdade pouco usufruímos de tudo isto. Já não nos satisfazemos com uma casa térrea, precisamos ter um andar, dois... e nem sempre  sente-se o calor e a sensação de um lar, de que ali abriga uma família. Parece mais uma caixa grande, dividida em várias caixinhas, com pessoas espalhadas por ali.

Temos salas, que em metros quadrados, tem o mesmo tamanho de pequenas residências. O mesmo tamanho das nossas casas na infância, onde éramos felizes e o pouco espaço não diminuía em nada esta felicidade.

Li uma frase estes dias no Facebook, onde dizia “sofremos demais pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito que temos”. É a mais pura verdade. Somos exigentes demais e quando pensamos em uma fase em que a vida tenha sido maravilhosa, vamos direto para a infância, onde tínhamos muito menos, mas éramos muito mais.

A chuva ainda continua, o domingo vai se acabando devagar e amanhã talvez venha o sol ou mais chuva (quem sabe?!), mas com certeza uma nova oportunidade de diminuir os erros e sermos melhores que hoje.

Solange Grignolli
A partir do Angel Blog. Leia no original

AQUI POSSO ABRIR MEU CORAÇÃO

1/17/2013

Gostaria de escrever um pouco sobre mim, sobre meus sentimentos, sobre minhas frustrações e desejos. Acho que aqui estarei segura, finalmente poderia abrir meu coração. Não reparem a forma com a qual escrevi, fui usando tempos aleatório, palavras aleatórias, a última coisa que me preocupou foi a coesão do texto, quis escrever com o coração, e pronto.

Desde criança, sempre tive vontade de ser alguém de vários amigos e amigas, mas ao mesmo tempo, sempre tive vontade de ficar sozinha com meu eu, pois sempre me senti rejeitada pelas pessoas, no entanto até tempos atrás (uns dois anos), eu não falava sobre isso, nem deixava que as pessoas percebessem, todos sempre me olharam como uma garota decidida e autoconfiante, até uns dois anos atrás eu realmente era assim, mas na verdade eu sempre vivi um conflito existencial infinito.

Sempre fui excluída, as pessoas começavam com amizade comigo e depois me trocavam e isso sempre me afetou bastante, só que sempre guardei para mim, eu tinha uma necessidade imensa de ter amigos, galeras, mas eu nunca tive um grupo de amigos no qual eu realmente fosse amada por eles, sem falsidade, mas na verdade sempre fiz parte de grupos dos quais não me amavam e em um momento ou outro eu acaba me afastando, na infância briguei com pessoas que eu jamais quis brigar, aconteceu e marcou minha vida de forma significante, minha adolescência foi muito triste, tive um amigo que realmente me amava eu também o amava, ele praticamente foi o único amigo que povoou minha vida, hoje não temos mais contato, lembro dele quase todos os dias, já liguei para ele algumas vezes, mas parece que para ele nossa amizade ficou no passado, faz anos que não o vejo.

Hoje aos 22 anos, sou cheia de medos... Percebo que algumas pessoas aproximam - se de mim, apenas por interesse em alguma coisa, tirar proveito ou coisa do tipo, quando percebo isso sofro demasiadamente, quando vejo alguém se sentido superior a mim, fico furiosa, eu nunca me senti superior a ninguém em nada, talvez seja isso, a minha humildade, isso me faz infeliz. Sinto uma vontade imensa de arrumar um namorando, mas só me aparece pessoas que não combinam comigo, dessa forma vejo a vida passar sozinha, sinto falta de alguém ao meu lado, todo mundo tem alguém menos eu, por quê ?

Eu sou uma jovem bonita;
Um pouco inteligente;
De bom coração;
Mas condenada a infelicidade, é isso? 

Estou a dois anos de terminar minha faculdade, tenho um bom emprego, mas, não estou feliz, tenho sonhos que parecem irreais, irrealizáveis, não desisto mas não não sei como realizá - los. Atualmente sinto uma vontade imensa de aprender outro idioma, juntar uma grana e ficar um tempo fora, mas isso contraria toda a minha profissão, todos os meus projetos antes planejados, sonhados desde a infância, conquistados com muita dificuldade, com muita força e determinação, será o meu fim?

O que fazer, têm dias que simplesmente sinto vontade de morrer. Outros dias, sinto uma vontade imensa de viver, ajudem - me, ajudem - me.
Luana

DEPRESSÃO: DOENÇA QUE PRECISA DE TRATAMENTO

1/15/2013

Depressão não é tristeza. É uma doença que precisa de tratamento. Cerca de 18% das pessoas vão apresentar depressão em algum período da vida. Quando o quadro se instala, se não for tratado convenientemente, costuma levar vários meses para desaparecer. Depressão é também uma doença recorrente. Quem já teve um episódio na vida, apresenta cerca de 50% de possibilidades de manifestar outro; quem teve dois, 70% e, no caso de três quadros bem caracterizados, esse número pode chegar a 90%.

A depressão é uma patologia que atinge os mediadores bioquímicos envolvidos na condução dos estímulos através dos neurônios, que possuem prolongamentos que não se tocam. Entre um e outro, há um espaço livre chamado sinapse, absolutamente fundamental para a troca de substâncias químicas, íons e correntes elétricas. Essas substâncias trocadas na transmissão do impulso entre os neurônios, os neurotransmissores, vão modular a passagem do estímulo representado por sinais elétricos.

Na depressão, há um comprometimento dos neurotransmissores responsáveis pelo funcionamento normal do cérebro. Acompanhe a seguir a entrevista realizada por Drauzio Varela com o médico Ricardo Moreno, psiquiatra e professor do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo.

DIFERENÇA ENTRE TRISTEZA E DEPRESSÃO

Drauzio – Vamos começar pela pergunta clássica: qual a diferença entre tristeza e depressão?

Ricardo Moreno – Tristeza é um fenômeno normal que faz parte da vida psicológica de todos nós. Depressão é um estado patológico. Existem diferenças bem demarcadas entre uma e outra. A tristeza tem duração limitada, enquanto a depressão costuma afetar a pessoa por mais de 15 dias. Podemos estar tristes porque alguma coisa negativa aconteceu em nossas vidas, mas isso não nos impede de reagir com alegria se algum estímulo agradável surgir. Além disso, a depressão provoca sintomas como desânimo e falta de interesse por qualquer atividade. É um transtorno que pode vir acompanhado ou não do sentimento de tristeza e prejudica o funcionamento psicológico, social e de trabalho.

SINTOMATOLOGIA DA DEPRESSÃO

Muitas pessoas portadoras de depressão não reconhecem os sintomas da doença. Que dicas dar aos familiares para ajudá-los a identificar o comportamento de um deprimido?

Em geral, o indivíduo com depressão reconhece que está sendo afetado por algo novo, diferente das outras experiências de tristeza que teve na vida. A família pode identificar o comportamento do deprimido pela mudança de atitudes, porque ele deixa de ser o que era, deixa de sentir alegria, apresenta queda de desempenho e passa a agir de forma diferente da habitual.

Exatamente por estarem deprimidos, a maioria leva bastante tempo para procurar ajuda, não é?

Infelizmente, isso acontece. Muitas vezes, os indivíduos custam a identificar como anormal o que estão sentindo. É comum atribuírem a depressão a um mau momento da vida ou a relacionam com um obstáculo que poderá ser transposto sem dar-se conta de que foram acometidos por uma doença que tem tratamento capaz de melhorar sua qualidade de vida.

Quais são os sintomas mais característicos de um quadro depressivo?

São muitos os sintomas da depressão. Talvez o mais evidente seja o humor depressivo, que se caracteriza por tristeza e melancolia, acompanhado por falta de ânimo e de disposição, incapacidade de sentir prazer em atividades habitualmente agradáveis, alterações do sono e do apetite, pensamentos negativos, desesperança, desamparo.

Um de meus pacientes dizia que apesar de estar tudo bem na vida, não conseguia olhar para nenhum lado sem ver os aspectos negativos e que esses assumiam importância muito maior do que os positivos.

De fato, essa doença provoca uma distorção na visão de mundo e de si mesmo. Lembro-me bem de um paciente que dizia existir uma nuvem cinzenta a seu redor que o impedia de olhar o espectro das cores. Achei uma definição interessante que bem traduz o sentimento depressivo.


COMPORTAMENTO FAMILIAR PARADOXAL

Existe uma contradição que se estabelece nesses quadros. A família vê a pessoa nesse estado e quer que reaja, mas ela não consegue e os familiares se voltam contra o deprimido. Isso é regra?

Essa é uma armadilha em que caem as famílias e o deprimido porque, esgotadas todas as tentativas para estimulá-lo, surge a raiva: “Ele não reage; eu tento, mas ele não quer melhorar”. Tal comportamento reforça a desesperança e a baixa autoestima próprias do indivíduo com depressão. Por isso, é importante esclarecer familiares e paciente que essa incapacidade de reação é uma das características da doença e ajuda a diferenciar o estado patológico do normal. Quando estamos tristes, somos capazes de reagir aos estímulos de prazer. O deprimido dificilmente o consegue. A depressão tira-lhe as forças. Ele não tem como lutar contra ela.

DOENÇA PREVALENTE NAS MULHERES

Por que as mulheres têm mais depressão do que os homens?

O sexo feminino passa por vários processos hormonais durante a vida: o início dos ciclos menstruais, a gravidez, o parto e, por último, a menopausa. Tudo isso implica alterações na produção dos hormônios sexuais femininos e torna a mulher mais vulnerável. Tanto é assim que no período da gravidez, do parto e da perimenopausa, a depressão ocorre com maior frequência. Após a menopausa, a relação da incidência entre homem e mulher tende a igualar-se, pois nessa fase cessam essas flutuações hormonais femininas.

DEPRESSÃO PÓS-PARTO

Fale um pouco da depressão ligada ao parto, especialmente desses quadros graves que se estabelecem no pós-parto quando mulheres chegam a matar seus próprios filhos?

Existem duas posições no pós-parto. A primeira é um estado leve de melancolia que dura de cinco a sete dias e não traz grandes consequências nem para as mães nem para as crianças. A outra é a depressão pós-parto propriamente dita, um manifestação mais grave, porque compromete a mulher e sua visão de mundo e favorece o risco de um infanticídio.

É um caso tão sério que o código penal não o reconhece como crime, pois considera que a mulher perdeu a crítica e o ajuizamento da realidade.


DEPRESSÃO NA MENOPAUSA

Na passagem da menopausa, muitas mulheres se queixam de que de repente caem numa tristeza incontrolável e apresentam forte labilidade emocional. Por que isso acontece?

A menopausa também é um período de risco de depressão para as mulheres. É um fenômeno relacionado com a perda da capacidade reprodutiva e com as mudanças hormonais do sexo feminino.

DEPRESSÃO NOS HOMENS

Em que faixa etária os homens estão mais predispostos a sentir depressão?

Nos homens, a depressão é mais frequente nos adultos jovens, isto é, no final da adolescência e início da vida adulta. Pode-se dizer que o pico da incidência da doença ocorre dos 18 aos 30, 40 anos,  justamente na fase mais produtiva do indivíduo.

DEPRESSÃO NA VELHICE

E na velhice, também ocorrem casos de depressão?

A depressão pode ocorrer em qualquer ciclo da vida: na infância, adolescência, na vida adulta e na velhice. A infância é a fase de diagnóstico mais difícil. Muitos casos passam despercebidos, pois os sintomas são atribuídos a características de personalidade da criança. Na velhice, acontece algo semelhante. Muitas vezes, atribui-se a queda de energia e disposição ao peso da idade. “Ele está velho, já fez o que tinha de fazer” é a explicação que se dá, ignorando os sintomas da depressão e a possibilidade de mudar sensivelmente a condição de vida do velho porque existe tratamento para essa doença.

MUDANÇAS NO PARADIGMA DO TRATAMENTO

No passado, depressão era tratada com aconselhamento e psicoterapia. Hoje, depressão é tratada mais agressivamente. O que mudou no conhecimento da fisiologia da depressão que permitiu essa transformação no tratamento?

No cérebro existem células nervosas, os neurônios, e substâncias químicas que estabelecem a comunicação entre elas, os neurotransmissores. Em condições normais, a quantidade dessas substâncias é suficiente, mas ela cai consideravelmente durante a crise de depressão. Os medicamentos antidepressivos aumentam a oferta de neurotransmissores e promovem a volta ao estado normal do paciente.

O tratamento da depressão mudou muito com a descoberta desses medicamentos que provocam algumas modificações químicas no cérebro pela oferta de substâncias mediadoras que estabelecem a comunicação entre uma célula nervosa e outra durante o processo de transmissão dos sinais. No deprimido, os níveis dos neurotransmissores são baixos. Os antidepressivos bloqueiam o mecanismo de recaptura (impedem que os neurotransmissores retornem à célula de origem) o que aumenta a quantidade dessas substâncias nesse espaço virtual entre os neurônios.

Na verdade, a depressão reflete uma alteração bioquímica do cérebro.
Os estados depressivos são provocados por uma disfunção na bioquímica do cérebro o que acarreta manifestações psicológicas e comportamentais.

O tratamento visa à modulação mais harmônica dessa bioquímica cerebral?

O tratamento visa a regular essa disfunção e existem medicamentos bastante eficazes nesse aspecto. Costumo dizer que, nos últimos 40 anos, eles apresentaram uma evolução importante porque, apesar das desvantagens dos efeitos colaterais, promovem uma melhora significativa nos pacientes. Na relação custo-benefício, a decisão tende sempre para o tratamento uma vez que restabelece a qualidade de vida e diminui o risco de morte por suicídio ou outras doenças.

EFEITOS COLATERAIS

Quais os  principais efeitos colaterais desses medicamento?

Existem vários grupos de antidepressivos. Alguns provocam boca seca, intestino preso; outros, tremor. Os mais recentes, os chamados antidepressivos de nova geração, podem ocasionar ansiedade, tremores, inquietação, náuseas e, às vezes, vômitos. No entanto, isso acontece com pequena parcela das pessoas que tomam essa medicação, talvez 20% ou 30% delas.

No tratamento da depressão existe um complicador importante. Em geral, leva algum tempo para que o doente sinta os benefícios da medicação, mas os efeitos colaterais desagradáveis são piores no começo.

De fato, o medicamento leva de 10 a 15 dias para começar a ter boa ação antidepressiva. Em compensação, os efeitos colaterais são imediatos. Isso dificulta bastante a adesão ao tratamento e faz com que o paciente tenda a abandoná-lo precocemente.

ESTRATÉGIAS DE CONVENCIMENTO

Que estratégia você usa para explicar isso aos pacientes?

Tento ser o mais claro possível para convencê-los de que vale a pena suportar o desconforto inicial se considerados os riscos e o sofrimento que a depressão traz. Mostro-lhes que a primeira escolha de antidepressivos funciona bem em aproximadamente 70% dos casos. Nos outros, será necessário trocar de medicamento ou combinar formas diferentes de tratamento.

DURAÇÃO DO TRATAMENTO

Depressão é uma doença crônica. Em muitos casos há períodos em que a pessoa passa bem e depois volta a ficar deprimida. Isso implica tratamentos muito longos?

Sabemos que a doença tende a ser recorrente em mais ou menos metade dos pacientes. Quem já teve um quadro de depressão tem 50% de possibilidade de ter outro. Para quem já teve dois episódios, o risco aumenta para 70% e, para quem teve três, sobe para mais de 90%. Portanto, alguns pacientes precisarão tomar medicamentos durante anos e outros, pela vida toda com o intuito de prevenir a recorrência. Para esses pacientes, o acompanhamento psicológico e uma boa relação médico-paciente são fundamentais para a adesão e sucesso do tratamento.

Como convencer os pacientes de que precisam tomar os remédios a vida inteira?

É preciso explicar que a retirada do medicamento nunca deve ser feita de forma abrupta, porque no processo de diminuição gradativa da dose os sintomas podem voltar. Isso convence o paciente da necessidade de manter o tratamento por um período mais longo ou até pela vida toda.

GATILHOS DESENCADEANTES DA DEPRESSÃO

Existem fatores que disparam o processo depressivo?

Sabemos hoje que existe predisposição genética para a depressão. Os indivíduos nascem com vulnerabilidade para a doença, mas ela não se manifesta em todas as pessoas predispostas. Isso vai depender de vários fatores, chamados estressores, que funcionam como gatilho. Por exemplo, o estresse psicológico provocado por qualquer adversidade da vida, o estresse físico, certas doenças, o consumo de drogas lícitas ou ilícitas e alguns medicamentos de uso contínuo podem precipitar os quadros. Entre as drogas lícitas destaca-se o álcool e entre as ilícitas, as estimulantes como a cocaína e a as anfetaminas.

Isso me faz lembrar de que, no passado, havia medicamentos associados, com certa frequência, à ocorrência de suicídios. Em alguns casos, por não receberem esclarecimentos sobre a ação das drogas, os médicos prescreviam um remédio para controlar a pressão arterial e desencadeavam um episódio depressivo.


DEPRESSÃO SAZONAL

O que se sabe sobre a influência do clima, especialmente nos países frios, sobre a depressão?

Há um quadro de surtos depressivos, chamado depressão sazonal, que está relacionado diretamente com os fotoperíodos, isto é, com a luminosidade. No outono e no inverno, especialmente nos países frios, a luz diminui muito e algumas pessoas se tornam mais vulneráveis às flutuações normais do humor e desenvolvem quadros depressivos.

FORÇA DA HEREDITARIEDADE

Você falou que uma pessoa pode nascer com predisposição para desenvolver depressão. Existe uma relação direta entre pais depressivos e seus filhos?

Existe. A ocorrência de depressão num membro da família aumenta muito a possibilidade de um parente próximo ou de primeiro grau ser afetado pela doença. Filhos de deprimidos, em geral, manifestam maior predisposição do que filhos de pais não deprimidos. No entanto, devem sempre ser considerados, nesses casos, não só os fatores genéticos, mas também o peso dos fatores ambientais.

REFLEXO NAS RELAÇÕES AFETIVAS

Quando aparece um quadro depressivo na família, como ficam as relações afetivas?

Geralmente a família se desestrutura bastante. A tendência inicial é querer ajudar o indivíduo a reagir. Como ninguém consegue, aflora um sentimento de frustração difícil de contornar. Por outro lado, uma série de crenças populares, que rotulam a depressão como falta de vontade, defeito de caráter e doença de rico, interferem negativamente. A mistura dessas crenças com as tentativas infrutíferas de auxílio distorcem as relações familiares. Além disso, deve-se considerar o impacto social e econômico que a doença pode representar para toda a família.

ORIENTAÇÃO AOS FAMILIARES

Como você orienta os familiares nesses casos?

O primeiro passo é a informação. Todos, inclusive os pacientes, precisam saber o que está sendo feito, que riscos correm os doentes, os benefícios do tratamento e o prognóstico a longo prazo. Acima de tudo, é preciso vencer o medo. De modo geral, os doentes e suas famílias têm medo da doença mental, da loucura. Abordados esses temas, consegue-se melhorar o resultado do tratamento e as relações interpessoais.

O que a família pode fazer para ajudar a pessoa deprimida a sair da crise mais depressa?

Ricardo Moreno – A família pode fornecer parâmetros da realidade. Não deve deixar a pessoa trancada no quarto o dia todo com as cortinas fechadas, nem deixá-la desrespeitar a necessidade de alimentação e higiene.

Esse paciente precisa ser estimulado o que não significa levá-lo ao shopping ou pô-lo para correr. Significa estimulá-lo de acordo com suas possibilidades de desempenho. Ninguém incentiva um paciente de UTI a andar pelos corredores do hospital. É importante respeitar as limitações que a doença impõe naquele momento.

A atividade física ajuda?

A atividade física ajuda bastante. Há evidências de que associada a tratamentos medicamentosos e psicológicos pode ser um componente importante para alcançar resultados satisfatórios no tratamento.

DEPRESSÃO: DOENÇA IMPACTANTE?

Dê um exemplo prático de quão incapacitante pode ser um quadro depressivo?

A depressão se divide em leve, moderada e grave. É um engano imaginar que a depressão leve seja menos incapacitante se considerarmos a duração dos sintomas. No entanto, os quadros moderados e graves comprometem mais o indivíduo que fica com baixa produtividade, autoestima diminuída e uma visão distorcida do mundo. Já tive pacientes que ocupavam cargos importantes, recebiam salários razoáveis, desfrutavam uma condição de vida relativamente boa e pediram demissão, porque não se julgavam merecedores daquele emprego. Isso a curto e a longo prazo provoca desdobramentos complicados e desgastantes para a família e para o indivíduo.

Tive também pacientes que tentaram o suicídio. Apesar de todos, felizmente, terem continuado vivos, alguns ficaram com sequelas importantes e sua atitude pôs em xeque valores éticos, morais e religiosos e criou um conflito traumático na família. Sob o ponto de vista econômico, o indivíduo deprimido representa, ainda, um ônus para si, para a família e para a sociedade.

Você considera uma boa orientação aconselhar as pessoas a não tomarem decisões radicais durante as crises?

Geralmente aconselhamos o paciente e sua família a não tomarem nenhuma decisão importante ou definitiva enquanto perdurar a crise.

Num relacionamento sentimental a depressão é devastadora e frequentemente destrói casamentos, não é mesmo?

Destrói casamentos e sempre interfere negativamente na relação.

POSSIBILIDADES DE PREVENÇÃO

O que se pode fazer neste mundo moderno para não cair em depressão?

A primeira coisa é apelar para o bom-senso. Não há uma receita básica, mas todos podemos contar com o bom-senso para conseguir uma qualidade de vida satisfatória. Depois, é preciso desenvolver a capacidade de enfrentar e resolver problemas, dificuldades e conflitos. Tanto isso é possível que apenas 18% da população apresenta quadros depressivos ao longo da vida. Problemas todos temos. É necessário, dentro das possibilidades, aprender a lidar com eles e a não deixar que nos abalem demais.
A partir do site Estação Saúde. Leia no original

 
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