DEPRESSÃO E ESPIRITUALIDADE

Em seus caminhos em busca do autoconhecimento, as pessoas por vezes passam por situações naturais, embora não muito favoráveis para os processos em si. Muitas acabam sentindo-se solitárias e por vezes tristes, o que leva a terceiros questionarem a respeito do que acontece com elas. Nascem então insinuações a respeito de isolamento, desvio intelectual, alienação ou até mesmo depressão.
Mas quem está de fora não pode compreender o que se passa no coração e na mente daquele que começou seu processo espiritual. E embora o isolamento seja algo quase que inevitável em um primeiro momento, ele não está baseado num possível início de depressão.

A depressão é o estado vibratório mais baixo e denso que um ser humano pode alcançar, justamente por limitar os ânimos mental, emocional e corporal ao mesmo tempo. Além de ser um estado que perdura por tempo indeterminado; um evento inconstante nas ondulações vibracionais comuns de cada indivíduo. Seria, numa analogia simples, como se a onda atingisse seu pico mais baixo e demorasse a se normalizar.


Porém, perceba que a depressão não pode existir em uma mente consciente, isso é naturalmente impossível. Sua natureza é justamente a influência agressiva das emoções em uma pessoa inconsciente, em uma pessoa que não tem qualquer tipo de entendimento a respeito da mecânica da vida, das emoções e do poder individual.


Sendo então a depressão um aspecto inconsciente do ser, a pessoa que se vê refém dessa enfermidade, embora possa ter algum nível de espiritualidade, na verdade ainda está longe de compreender de maneira factual aquilo que ela é. Logo, o entendimento espiritual dito presente nada mais seria que uma especulação mental. E nestes casos pode sim haver a depressão em uma pessoa espiritualizada.


Mas note que a palavra não descreve a verdade a respeito do estado daquela pessoa. Estar espiritualizado não implica em estar consciente, mas em saber de maneira intelectual o que é que se esconde dentro de si e o que é o mundo ao redor. Estar consciente é ir além do saber mental, ir além do próprio conhecimento, ir além de si mesmo.


Então, se neste instante há um desânimo o abatendo, pode não ser depressão. O corpo por vezes acaba sendo renegado, estando em segundo plano durante um processo de conscientização. Quando há algo a ser resolvido em seu interior, você talvez tenda a deixar algumas coisas de lado; coisas sem relação com condicionamentos. Mas é importante compreender que essa é uma fase finita.


Todavia, quando tal abandono ultrapassa o razoável, trazendo desconforto ou debilitando a saúde, é necessário parar e voltar sua atenção a isso. Evoluir implica em expansão e harmonia, logo, o corpo faz parte disso e não se pode renegá-lo de forma alguma.


Desta forma, estar em desânimo físico, padecendo de sintomas como insônia, indisposição ou falta de apetite, mas estando consciente, em paz e buscando mais e mais o autoconhecimento, não significa estar entrando em depressão. Este é um estado em que há um hiato elucidativo, durante o qual tudo perde a valia. Apenas “relembrando” ou “descobrindo” algo de relevância em seu processo individual é que fará tal hiato se desfazer.


Mas reintero a importância de se estar atento à saúde e ao bem estar do corpo. Mesmo que não seja tão fácil realizar coisas que agora parecem tão desnecessárias, a fim de manter-se são e principalmente centrado, deve-se suprir aquilo que o corpo exige. Portanto, não renegue seu corpo, não renegue seu filho. Dê alimento a ele, dê descanso a ele e, principalmente, mantenha o amor presente.

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