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O MUNDO É O TEATRO DA HIPOCRISIA

4/24/2015

Como é complicado sentir uma tristeza tão profunda, um vazio imenso, e ter que disfarçar. Não estou conseguindo manter minha aparência de falsa felicidade, mostrar-me feliz quando, na verdade, estou detonada por dentro, sentindo uma tristeza e uma angustia insuportáveis. 

E como é difícil viver nesse mundo onde parece que não existem mais pessoas normais, que digam que estão tristes e chateadas, que se assumam cansadas com a vida, mesmo de vez em quando. 

Como conviver com essa indústria da felicidade aparente sem sentir culpa?

Mesmo com tanta dificuldade para sustentar a falsa felicidade, somos obrigados a nos mostrar bem, porque a pessoa triste fica isolada, como se tivesse uma doença contagiosa, afinal, ninguém gosta de quem não está feliz o tempo todo – como se fosse possível alguém estar bem, alegre e satisfeito sempre. 

Diante de tanta “felicidade”, sinto vergonha da minha infelicidade e desesperançada, vergonha de expressar meu desalento diante da vida e da minha própria fraqueza.

Parece-me que o mundo é o teatro da hipocrisia onde todos são atores que interpretam papéis de extrema satisfação com a vida, onde todos são felizes menos eu.
M.K.
A partir da Comunidade QM
Imagem: Pexels

PARECE QUE A VIDA QUER ME TESTAR

4/24/2015

"Olá, eu queria mandar o meu depoimento do quem vem acontecendo na minha vida. Tá muito difícil ultimamente viver. Só vem acontecendo problemas (e muitos problemas) em torno do meu dia a dia.

Eu tenho 17 anos, prestes a ser de maior no final do ano, mas tô muito ansiosa. Isto porque eu namoro há 1 ano e 7 meses e minha família é muito rigorosa em relação de ter 'liberdades', entendeu? E meu namorado é uma boa pessoa e está tendo muita pressão. Meus pais estão com planos de ir embora para nordeste daqui a alguns meses, e eu não quero. O único jeito seria casar. Mas esta é uma escolha bem difícil, porque eu tô preparada e ao mesmo tempo não.

É uma confusão só. E a causa dos meus problemas é o ciúme obsessivo da minha mãe. Ela faz um inferno toda que vez que falo que meu namorado vem aqui em casa, ou peço pra passar uma tarde lá na casa dele, com os pais dele.

Meu pai, por outro lado, é super de boa e ama muito ele.

Não aguento mais tanta briga, tanta indecisão. Suplico todas as noites por misericórdia, pra que tudo mude, mas eu não tô vendo resultado. Parece que a vida quer me testar ou Deus mesmo quer me testar.Eu quero uma ajuda, pois não vejo mais graça em viver e continuar vivendo uma vida presa enquanto todos vivem a vida. Peço uma ajuda, muito obrigada."
M.
Depoimento por e-mail
Imagem : Pexels

'TIVE MEDO DE SER O PRÓXIMO A SE SUICIDAR'

4/03/2015
“Era de manhã quando recebi o telefonema avisando que meu irmão tinha se suicidado. Enforcou-se. Levei um susto muito grande, foi um choque. No caminho até minha casa, senti vergonha por ser da família de um suicida. Tenho três tias velhinhas, que são de uma geração em que o suicídio era ainda mais estigmatizado – e disse a elas que devíamos contar para todos que o meu irmão havia se suicidado. Preferi não ocultar. O gesto dele me trouxe uma sensação dolorida de que também poderia acontecer comigo. Tive medo de ser o próximo. Fiquei muito assustado. Venho de um núcleo de morte – minha mãe morreu jovem, de câncer, quando eu era criança, e meu pai sofreu um infarto agudo há alguns anos. Não acredito que tenham sido mortes naturais, talvez eles quisessem mesmo morrer.

Me senti muito culpado, foi inevitável. Pensei que talvez pudesse ter feito alguma coisa. O suicídio é uma violência muito grande. Parece uma bomba, uma explosão. Era meu irmão mais velho. Acho que ele nunca desejou alguma coisa com empenho. Tudo, para ele, tanto fazia, qualquer coisa estava bem. Era uma situação crônica. Ele entrou em várias faculdades e não terminou de cursar nenhuma. Tentou vários empregos, mas saiu de todos eles. Foi casado, separou-se, tinha uma namorada. Aparentemente sua vida estava estruturada. E ele não era depressivo. Talvez não estivesse vendo perspectivas. As razões do suicídio são um mistério. Pensei muito em quais teriam sido os motivos. Só relaxei quando assumi que não podia entendê-los. No enterro, senti uma raiva muito, muito grande. Naquele instante, experimentei uma profunda sensação de abandono. Nunca tinha sentido isso antes. Meu irmão foi enterrado no mesmo túmulo onde já estavam os meus pais.

Fiquei sozinho. Tenho muita vontade de viver. Acho que é uma espécie de resistência – gosto de festas, brigo pela vida, vivo intensamente, tenho amigos, curto meu trabalho, sou afetivo... Sempre fui assim, mas o suicídio me fez ver de maneira mais consciente que a vida é uma só. Não sou nada religioso, mas acho que todos nascemos para ser felizes, para desfrutar.
Pensei muito nisso, logo depois do suicídio. Um dia, fiquei parado uns 15 minutos diante de uma avenida onde os carros vinham em alta velocidade e não havia faixa de pedestres. Era só um passo, tão fácil, e tudo se acabaria. Depois, ao visitar um novo apartamento, também contemplei a janela demoradamente... Num ato poderia resolver tudo, todos os meus problemas. Mas prefiro os meios mais difíceis. Não acredito em outra maneira.”

E.S., médico e professor universitário, 45 anos

Para saber mais

NA LIVRARIA
Quando a Noite Cai – Entendendo o Suicídio
Kay Redfield Jamison. Gryphus, Rio de Janeiro, 2002
Suicídio, Testemunhos do Adeus
Maria Luiza Dias. Brasiliense, São Paulo, 1991
O Deus Selvagem – Um Estudo do Suicídio
A. Alvarez. Companhia das Letras, São Paulo, 1999
O Que é Suicídio
Roosevelt M.S. Cassorla. Brasiliense, São Paulo, 1985
Do Suicídio – Estudos Brasileiros
Roosevelt M.S. Cassorla (org.). Papirus, Campinas, 1998
Suicide and the Unconscious
Antoon Leenaars and David Lesters (ed.).
Jason Aroson, Estados Unidos, 1996
Dicionário de Suicidas Ilustres
J. Toledo. Record, Rio de Janeiro, 1999
O Suicídio: Um Estudo Sociológico
Émile Durkheim. Zahar, Rio de Janeiro, 1982

NA INTERNET
www.queromorrer.com
www.cvv.org.br
www.who.int/mental_health

NINGUÉM ME CONHECE DE VERDADE

3/26/2015
Ano passado eu fui demitida de dois bons empregos por causa do meu comportamento instável, nunca fui muito sociável e trabalhar em equipe pra mim é um grande sacrifício!

Logo depois de ser demitida do segundo emprego eu entrei num poço tão fundo que quando não tinha mais pra onde ir, comecei a cavar mais fundo ainda...

Desisti de tudo, dos meus poucos amigos, da faculdade, de arrumar outro emprego, de sair de casa...
Eu me acho a pessoa mais fracassada do planeta, quem perde dois empregos em 6 meses???

Sempre tive complexo de inferioridade e nunca acreditei em que eu tinha potencial, mas nunca tinha pensado em desistir, até o ano passado.

Eu pensei em tantas maneiras de acabar com minha vida, mas eu sofria por minha família... 

Eu sempre me mostro feliz e sorridente, aparentemente sou calma e tranquila, como se eu não tivesse problemas na vida... 

Ninguém me conhece de verdade.

Eu não deixo as pessoas se aproximarem pq tenho medo que elas me desprezem, me confundem com uma pessoa antipática e arrogante quando na verdade eu só não quero me expor e deixar os outros descobrirem que tipo de monstro eu me tornei.

Sempre fui tão vaidosa e feminina, mas me abandonei.

Não uso mais maquiagem, cortei meu cabelo, minhas unhas crescem sem nenhum cuidado...

Estou tentando dar agora uma revira volta em minha vida, sou carioca e moro no RJ, vou pra Bahia tentar me afastar de tudo isso e recomeçar, quem sabe encontrar o que me falta... 

Vou arrumar um outro emprego e me cuidar mais...

Essa é minha última chance, se não der certo, farei parecer um acidente.

A.M.
A partir da Comunidade QM

POR HOJE, ESTOU BEM !

9/12/2013
"Bem, quando estou mal, venho aqui me desabafar e me sinto muito bem em poder ter vocês aqui no blog, não me deixam sozinho, pessoas muito semelhantes a mim, me compreendem; e exatamente por isso achei injusto não vir aqui para dizer que estou bem, por hoje estou bem!


Não estou 100%, ainda, mas não piorei, e sinto sim uma melhora, não há um segredo, mas vou contar como tenho feito para alcançar a estrada que esta me tirando da depressão.

Bem, uma coisa eu percebi, as coisas não mudam, nós é quem mudamos. Meus problemas continuam os mesmos, minha forma de encara-los é que esta mudando.

Tenho sido muito mais individualista, tenho minha vida social, mas não me permito me apegar em ninguém  não quero que um qualquer me desestabilize emocionalmente.

Preenchi meu tempo vago, ficar sem fazer nada é a pior coisa que pode acontecer a um depressivo, estudos, trabalho, livros, passeios, filmes, jogos, sempre há algo pra fazer, mesmo que não seja tão interessante assim, mas devemos nos esforçar.

Aceitei que não adiante fugir da dor e da tristeza, na verdade esses sentimento não são tão ruins quando você encara eles como parte da vida, e cedo ou tarde terá que enfrenta-los. É como fugir de uma injeção, ou você enfrenta a dor e segue adiante ou fugirá pro resto da vida, e não progride, e quando enfrente vê que não era tão ruim assim!

Bem, e o velho ingrediente: meditação, em outras palavras, tirar da mente aquilo que não é produtivo, não alimentar pensamentos que sabemos que não vai dar em nada, pensar coisas indevidas é a raiz de todo sofrimento....

Enfim, muita coisa tenho mudado em mim, em mim! sempre em mim, o resto continua tudo igual...

Grande abraço a todos!"
Jonh
A partir da Comunidade QM

APRENDER ESPERAR AJUDOU A SUPERAR DEPRESSÃO

7/17/2013
Em depoimento, o religioso conta como recuperou a autoestima. Após sofrer uma lesão, o padre ficou três meses numa cadeira de rodas. Deixou de correr, engordou 40 quilos, diz que sentiu dor e frustração, mas perseverou. Assim, alega ter descoberto o significado da frase "o tempo de Deus"

PADRE MARCELO ROSSI

Padre Marcelo Rossi, em 2010. 

Quando machucou o tornozelo,
 ficou meses sem andar e beirou a
 depressão: “Agora, eu sei como é”
"Não conseguia explicar o que sentia. Parecia existir um deserto dentro de mim. Acordar e dormir eram os piores momentos daqueles dias de 2010. Na cama, deitado, imaginava que tudo o que acontecera no dia anterior se repetiria de novo. E de novo. É como obrigar alguém que gosta de provar novos sabores e combinações a comer, em todas as refeições, o mesmo prato. Não conseguia me olhar no espelho. Evitava encarar um reflexo frustrado. Chorava sem motivo. Machucar gravemente o tornozelo esquerdo, em abril daquele ano, não tirou apenas minha independência de ir e vir quando desejasse. Roubou o prazer que sentia todos os dias quando corria na esteira. Apagou minha autoestima. Foi a primeira vez que experimentei uma profunda tristeza na minha vida, um princípio de depressão.

Tudo aconteceu muito rápido naquele final de abril. No dia 27, depois de realizar a missa da manhã, recebi a visita do embaixador de Roma, Dom Dino Samaja, na minha sala. Ele disse: ‘Você foi presenteado’. Diante da minha surpresa e da paralisia pela qual fui acometido, Dom Dino continuou: ‘Você receberá um prêmio, em Roma, das mãos do (então) papa Bento XVI.’ A cerimônia tinha data marcada, 22 de outubro. Essa premiação, até então por mim desconhecida, é concedida pelo papa todos os anos. Cinco pessoas são escolhidas por se destacar na difusão do catolicismo no mundo. É obrigatória a presença do homenageado. Em caso de falta, o prêmio é cancelado. Naquele ano, eu seria um dos cinco a receber o prêmio Van Thuân, com o título de evangelizador moderno.

Dois dias depois, torcedor fanático do Corinthians, não conseguia dormir por causa do jogo em que o Flamengo, por 1 a 0, tirou meu time da disputa da Copa Libertadores da América. Mal-humorado e sem sono, decidi correr na esteira. Eram 4 horas da manhã. Pratico corrida sempre à tarde ou à noite, a 9 quilômetros por hora. Naquele dia, não era possível esperar tantas horas para aliviar o estresse. O treino não durou mais que cinco minutos. Tive uma vertigem, pisei mal na esteira e fui lançado para trás. Na hora, me lembrei de proteger a cabeça – regra básica das aulas de artes marciais que fiz na adolescência. Levantei do tombo com dor no corpo, em especial na clavícula. Decidi procurar ajuda médica. 

A avaliação mostrou que a clavícula estava bem. Meu tornozelo esquerdo não. Na queda, rompi todos os ligamentos. A previsão mais otimista falava em meses de tratamento – e nenhuma viagem. Pensei: ‘Não vou me recuperar a tempo de receber o prêmio’. Diante desse impasse, o médico deu duas opções. Uma cirurgia, de resultado incerto, ou centenas de sessões de fisioterapia. Sem a operação, o tratamento seria mais longo, mas era a única chance de voltar a caminhar até a entrega do prêmio, em outubro. Optei pela recuperação em casa."

LIVRO ABORDA DOLOROSO CAMINHO DA DEPRESSÃO

7/10/2013

Lana Valentim. Foto: Divulgação
Em 2012, a jornalista e escritora Svetlana Valentim deu entrada em um pronto-socorro do Recife tomada pelo desespero. Com as pernas doloridas e inchadas, implorava para os médicos amputá-las. Hoje, ao olhar para trás, ela reconhece que os sintomas eram todos psicológicos, frutos de uma das várias crises depressivas sofridas ao longo da vida. Não por acaso, o último episódio veio à tona justamente quando Lana transformava as agruras do passado em bandeira contra as doenças sociais. O projeto começa a tomar corpo nesta terça-feira (28), com o lançamento de Caminhos de Lana - como venci a depressão (Carpe Diem, 200 páginas, R$ 35).

Por meio de textos escritos durante uma grave crise depressiva, a pernambucana revela as muitas facetas da doença e os caminhos possíveis para a cura. De um lado, estão poesias densas e obscuras, capazes de lançar luz sobre as dores, a falta de interação com o mundo e a impotência diante da enfermidade psíquica. Do outro, as crônicas caminham leves, serenas, e são quase didáticas ao encarar o problema como um desequilíbrio biológico que precisa ser tratado.

“Não escrevi pensando em fazer livro, e sim como uma maneira de interagir comigo mesma e com a vida. Quando estava em crise profunda, me isolava, não falava com ninguém, mal me alimentava. Perdi todo o contato com o mundo”, diz. Após a superação do problema, Lana Valentim decretou como missão de vida o combate aos males da alma. “Quero ajudar o máximo de pessoas que sofrem bastante e muitas vezes nem sabem qual o problema”.

Além da própria doença, Lana Valentim destaca o preconceito como outro vilão de relevância no contexto. Ela própria foi vítima, inclusive dentro de casa. “Você se transforma em um peso. Se antes era uma pessoa produtiva e de repente não tem mais condições de manter o ritmo, ninguém aceita ou entende. O preconceito parte da sociedade e dos amigos, que privilegiam os vitoriosos e se afastam de quem está mal. Isso é desumano”, critica a autora.

Simultaneamente ao lançamento no Recife, entra no ar o portal www.lenteinterior.com.br, para expandir ainda mais o debate acerca da temática. Em seguida, estão agendados eventos de divulgação em livrarias de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Salvador. Terminada a maratona, Lana vai lançar novamente o livro, desta vez no formato de história em quadrinhos. “O esforço é no sentido de alcançar todo mundo. Em HQ, teremos um apelo visual maior, e tornaremos a obra mais interessante”.

Ainda na agenda de divulgação do livro e da página na internet, estão palestras em escolas, abrigos e instuições para jovens infratores. “Quero falar também para adolescentes que desde cedo têm a alma machucada, massacrada. São abandonados pela família, cobrados pela sociedade, sofrem diante dos apelos consumistas… e acabam seguindo caminhos errados. Essas são vítimas da vida”. Todas as apresentações serão gravadas e disponibilizadas na internet.

A partir do Diário de Pernambuco. Leia no original

SAIBA MAIS
Outros livros que abordam o tema
  
Sociedade x a depressão (Letras do Pensamento, 184 páginas, R$ 29), Roberto Hristos Ioannou
Depressão e autoconhecimento (Dufaux, 235 páginas, R$ 42), de Wanderley Oliveira
Depressão - teoria e clínica (Artmed, 248 páginas, R$ 79), de Antônio Geraldo Da Silva
Vencendo a depressão (Nossa Cultura, 363 páginas, R$ 44,90), de Richard O'Connor

ACREDITO EM DEUS, MAS NÃO QUERO MAIS VIVER

4/07/2013
Tenho 21 anos, sou cristã, acredito muito em Deus e no evangelho. Mas não quero mais viver... não vejo sentido para isso, não sou feliz porque algo me falta, morro todos os dias um pouco e estou oca por dentro. De uns 2 meses a 3 meses para cá, eu vivo entre altos e baixos, e não sei como controlar as minhas crises. Hoje foi um dos dias mais difíceis pra mim...

Acho que chorei umas 2 horas seguidas dentro do carro no meio da rua, pensei em me internar em um hospital de 'doido'que tem perto da minha casa pensei em todas as formas que eu poderia me matar. 
Desde q começou essa fase da minha vida, eu comecei a ter vontade de me suicidar...mas hoje foi bem mais crítico, pensei em me enfocar, cortar a jugular, jogar o carro num barranco, me jogar de um viaduto... enfim...

Sei que não tenho motivos para viver dessa forma porque tenho uma família maravilhosa.Mas algo me falta. Nunca tive uma vida 'normal', porque minha mãe morreu quando eu era criança, e desde então eu tive que crescer e ser forte pra tudo na minha vida. Mas com o tempo a gente vai cansando de ser forte, cansando de ser surrado pela vida e pelas circunstâncias, as vezes me sinto mais mãe do meu pai do que filha. Para falar a verdade, acho que fui filha por pouco tempo.

Desde que minha irmã casou, sou eu que cuido da casa...e as vezes me sinto sobrecarregada de responsabilidade, porque não tenho ninguém para me ajudar com nada. 

AS vezes converso com minhas amigas sobre isso,converso com minha irmã,meu namorado, mas acredito que só a minha irmã que realmente entende, porque ela passou por tudo que estou passando...ela quase se suicidou na minha frente quando eu era criança ( Hoje ela está curada).

Não tenho forças para mais nada...nem orar eu consigo, meu namoro mal começou e já está por um fio porque ele não consegue se adaptar as crises. Fico muito triste, porque ele disse que não consigo fazê-lo feliz.Me sinto incompetente, fraca, medíocre... um lixo.

Tento ficar feliz...ser mais tranquila e maleável...mas parece que uma gota vira um oceano, e ele disse que não dá mais conta.

Já não sei o que eu faço da minha vida...só tenho vontade de ficar em casa..mas infelizmente tenho q me arrastar para o trabalho e para faculdade que termino daqui 3 meses.

Não tenho mais vontade de nada...só de morrer. Antes o medo do inferno me 'segurava' para não fazer nada contra minha própria vida, mas hoje parece que nem isso importa mais.

Sei que todos que entram nesse site estão passando por algo parecido, mas honestamente eu tenho a esperança que alguém possa ler isso e me ajude, porque sei que estou no fundo do poço. E que preciso de ajuda. Não sei o que eu tenho...nem sei se é depressão..transtorno bipolar...ou apenas uma fase.
To confusa.

Mas ainda assim quero que o Senhor me leve. Essa é a única oração q eu tenho feito. Quem pode me ajudar ...
 
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