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DEPRESSÃO PODE NOS TORNAR MELHORES - 1

10/15/2010
Ela não pode ser diagnosticada por exames de sangue, detectada em chapas de raios-x ou investigada em testes de resistência física. Mas, segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde, será em duas décadas, a doença mais comum do mundo. Saiba por que pesquisas recentes apontam que essa pode ser uam boa notícia para todos nós

Virgínia de Ferrante: depressão revelou-se um período produtivo no qual
descobriu que não queria ser atriz, mas diretora de cinema
Crédito: Victor Affaro
Os primeiros sintomas começaram a aparecer quando Virgínia de Ferrante, 22, ainda estava na adolescência. Na época, chegou a ser gótica, daquelas que cultuavam a tristeza. A crise, no entanto, veio quando se mudou para Nova York para estudar teatro, aos 19 anos. Quando o curso acabou, três meses depois, viu-se sozinha, perdida e sem perspectivas na cidade mais badalada e famosa do mundo. “Foi aí que entrei em parafuso”, diz ela. Uma angústia brutal tomou conta de sua vida, tornando quase impraticável a rotina de estudante e garçonete. Não tinha ideia de que rumo tomar, muito menos o que queria fazer dali para frente. Buscou ajuda na terapia, tomou remédios, ficou sabendo que estava com depressão. Sofreu horrores, mas também fez grandes descobertas. Chegou à conclusão de que não queria ser atriz, mas, sim, diretora de cinema. Voltou ao Brasil, começou a estudar cinema e, aos poucos, foi conseguindo se entender melhor. “Foi um período de grandes mudanças”, afirma. Apesar da dor terrível, foi naquele momento que conseguiu parar para pensar em soluções e ser mais autocrítica. “Para mim, existiu uma Virgínia antes e depois de Nova York. Foi essa crise que me levou a estudar aquilo que realmente me faz feliz, que é direção de filmes.” Intuitivamente, ela entendeu o que a ciência vem se esforçando para demonstrar: que a depressão tem seu lado bom e que dela podemos tirar proveito se percebermos seu potencial transformador.

É o que defendem dois pesquisadores evolucionistas norte-americanos, em um estudo recente publicado no periódico Psychological Review no qual tentam desvendar o que chamam de “o paradoxo da depressão”. Guiados pela teoria da seleção natural de Charles Darwin (1809-1882), o psiquiatra J. Anderson Thomson, da University of Virginia, e o psicólogo Paul W. Andrews, da Virginia Commonwealth University, passaram anos tentando entender por que doenças mentais como a esquizofrenia afetam apenas de 1% a 2% da população mundial, enquanto a depressão já atinge mais de 20%. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde divulgadas em setembro de 2009, essa será, em duas décadas, a doença mais comum do planeta, à frente do câncer. Residiria aí o tal paradoxo: por que uma disfunção tão sofrida também é tão comum?

Segundo Darwin — ele próprio um notório deprimido, como explicitou em várias cartas ao longo da vida —, as espécies passam por um inexorável processo de adaptação em que características mais favoráveis a sua existência acabam sendo passadas de geração a geração. Trata-se de um afinadíssimo mecanismo de seleção e especialização que garante a permanência de traços que nos deixam mais aptos a encarar os obstáculos. Adeptos da psicologia evolucionista acreditam que a seleção natural não envolve apenas o corpo. As características da mente humana também seriam o resultado de uma longa jornada de depuração em nome da sobrevivência e reprodução. Se a teoria de Darwin é amplamente aceita até hoje no meio científico, argumentam Thomson e Andrews, então a depressão não pode ficar de fora. Em outras palavras, a depressão seria uma adaptação humana que chegou até nós com tamanha incidência não por acidente, mas porque precisamos dela como indivíduos.

De acordo com essa perspectiva, a depressão nada mais é do que uma resposta radical da mente para que encaremos nossos dilemas mais profundos. “Como a dor física, ela serve para sinalizar que existe um problema a ser resolvido”, afirma Thomson. “Seria maravilhoso se a gente não tivesse de sentir dor. Só que não é assim. A depressão, como a dor, é um mal necessário.” Esse mecanismo seria tão poderoso que nos faria parar e olhar na marra para dentro de nós mesmos, ainda que de forma muitas vezes caótica, nem sempre consciente e invariavelmente sofrida. Tamanha concentração da mente tem um preço, exigindo muitas vezes terríveis sacrifícios. Por causa dela, alguns param de comer, de trabalhar, de ver os amigos e de sentir prazer.

Integrante da mesma corrente de pesquisa que tenta mostrar que a doença não é apenas uma disfunção qualquer, Edward Hagen, psicólogo evolucionista da Washington State University, costuma compará-la a uma greve geral. “Por que os trabalhadores entram em greve? Porque não estão satisfeitos. Acontece o mesmo com nossa mente. Trata-se de um ultimato, um pedido de socorro para que mudemos o que está nos prejudicando.”

Uma crise de choro no meio de uma festa foi o alerta que fez a servidora pública Mariana Carpanezzi, 30, desabar. Sempre às voltas com o trabalho e o mestrado, achava que sua aparentemente inexplicável tristeza passaria com mais horas no escritório ou na universidade. O preconceito em relação à depressão a impedia de investigar melhor a razão daquele imenso vazio que sentia. Mas um dia veio o sinal vermelho. Teve de aceitar que estava doente. “Quando entendi o que tinha, foi libertador”, diz ela, que penou, porém conseguiu “ajustar os parafusos da vida”. Procurou um psiquiatra, que lhe receitou remédios — outro preconceito que teve de superar para conseguir dar a volta por cima. Associou a psiquiatria com psicanálise duas vezes por semana, o que foi fundamental para dar sustentação ao que classifica como um processo radical de mudança que perdura até hoje. Com a ajuda do tratamento, percebeu, por exemplo, qual o espaço que o trabalho deve ocupar em sua agenda e constatou que não é possível se sentir plena o tempo todo. “É claro que a depressão em si não é uma coisa boa, mas o modo como lidamos com ela pode ser algo benéfico. Acho que reli a vida de uma maneira positiva e me tornei uma pessoa melhor depois disso tudo.”

Por Erica Sallum / Reportagem: André bernardo, Haidi Lambauer e Rita Loiola

CONFESSE: O MAU HUMOR JÁ TE AJUDOU EM ALGO?

12/28/2009

A revista Circulation, da Associação Americana do Coração publicou um estudo, realizado por uma equipe da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. O título era muito sugestivo: Verdade: raiva mata mesmo. E dizia do aumento significativo dos riscos de se ter um ataque cardíaco, devido ao mau humor. A equipe, durante seis anos, estudou nada menos do que o comportamento de 13.000 homens e mulheres, com idade entre 45 e 64 anos.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas que se irritam intensamente, e com frequência, têm três vezes mais probabilidades de sofrer um infarto do coração, do que aquelas que encaram os problemas com mais serenidade. Segundo esses estudiosos, cada vez que a pessoa tem um episódio de raiva, o organismo joga no sangue uma carga extra de adrenalina.

A concentração desse hormônio no corpo aumenta o número de batimentos cardíacos e estreita os vasos sanguíneos, o que faz com que a pressão arterial se eleve. A repetição dos momentos de raiva pode gerar problemas que se associam ao infarto. Um deles é a arritmia cardíaca, o que quer dizer que o coração bate de forma descompassada.

Por tudo isto, é bom analisarmos os nossos atos. Procuremos examinar as suas origens, a fim de que o possamos liquidar o mais rápido possível. Caso o problema seja de alguma dívida que esteja nos preocupando, recordemos que não será com mau humor que conseguiremos os recursos para pagá-la. Se a dificuldade é uma doença que nos atormenta, tenhamos em mente que enfermidade precisa de remédio e não de intolerância, para se curar.

Se estivermos precisando da cooperação de alguém para um empreendimento, uma tarefa, com certeza não será apresentando uma carranca que conseguiremos simpatia e ajuda. Se estiverem se apresentando contratempos na família, não serão frases ásperas, cheias de amargura e má vontade que irão resolvê-los. Tudo isto quer dizer que, em verdade, até hoje não se tem conhecimento de ninguém que o azedume e o mau humor tenham auxiliado.

Então, simplifique a vida. Pense no tempo que está perdendo com seu mau humor, com sua irritação e aprenda a rir de si mesmo. Aprenda que o ridículo da vida é levar a sério o que, na verdade, não tem importância alguma; que a aparente desgraça e má sorte de hoje pode significar a gargalhada de amanhã. Entenda, assim, quanto tempo está perdendo com seu irritante mau humor...

A partir de texto do Momento Espírita
Texto relacionado : O importante na vida

A FELICIDADE NÃO IMPORTA, HÁ TODA A VIDA

12/27/2009
Essa é uma pergunta que já tirei há muito tempo da cabeça, justamente porque não sei respondê-la. Não sou o único. No decorrer de todos estes anos, convivi com todo tipo de pessoas: ricas, pobres, poderosas e acomodadas. Em todos os olhos que cruzaram com os meus, sempre achei que estava faltando algo. Algumas pessoas parecem felizes: simplesmente não pensam no tema. Outras fazem planos: vou ter um marido, uma casa, dois filhos, uma casa de campo. Enquanto estão ocupadas com isso, são como touros em busca do toureiro: não pensam, apenas seguem adiante. Conseguem seu carro, às vezes conseguem até sua Ferrari, acham que o sentido da vida está ali, e não fazem jamais a pergunta. Mas apesar de tudo, os olhos traem uma tristeza que nem estas pessoas sabem que tem.

Não sei se todo mundo é infeliz. Sei que as pessoas estão sempre ocupadas: trabalhando além da hora, cuidando dos filhos, do marido, da carreira, do diploma, do que fazer amanhã, o que falta comprar, o que é preciso ter para não sentir-se inferior, etc.

Poucas pessoas me disseram: “sou infeliz”. A maioria me diz “estou ótimo, consegui tudo o que desejava”. Então pergunto: “o que lhe faz feliz?” Resposta: não há resposta. Mudam de assunto. Mas sempre existe algo escondido: dono de empresa que ainda não fechou o negócio que sonhava, a dona de casa que gostaria de ter mais independência ou mais dinheiro, o recém-formado se pergunta se escolheu sua carreira ou a escolheram por ele, o dentista queria ser cantor, o cantor queria ser político, o político queria ser escritor, o escritor quer ser camponês.

Posso apostar que todo mundo está sentindo a mesma coisa. Folheio as revistas de celebridades: todo mundo rindo, todo mundo contente. Mas como freqüento este meio, sei que não é assim: está todo mundo rindo ou se divertindo naquele momento, naquela foto, mas de noite, ou de manhã, a história é sempre outra. “O que vou fazer para continuar aparecendo na revista?” “Como disfarçar que já não tenho dinheiro o suficiente para sustentar meu luxo?” “Ou como administrar meu luxo fazê-lo maior, mais expressivo que o dos outros?”

Enfim, fico com os versos de Jorge Luis Borges: “Já não serei feliz, e isso não importa/ há muitas outras coisas neste mundo”.

A FELICIDADE SÓ EXISTE QUANDO COMPARTILHADA

12/25/2009
Logo após acabar o curso na Universidade de Atlanta (EUA), em 1990, o jovem Christopher McCandless tomou uma decisão que iria mudar sua vida. Doou os 24 mil dólares que tinha no saldo bancário a instituições de caridade e desapareceu sem avisar a família.

Já não era a primeira vez que Chris decidia fazer uma viagem pelos vários Estados americanos, sozinho, dependendo da natureza e do que encontrava no caminho.
Mas, daquela vez foi diferente. A sua raiva quanto à civilização em que vivia, quanto aos pais e à mentalidade materialista da época, foi fundamental para a sua tomada de decisão.

A partir daquele dia não mais regressaria à sua casa. Viveu assim, por muito tempo, desbravando o país, andando a pé, ou contando com caronas de estranhos para se locomover. Trabalhava aqui e acolá. Ganhava um pouco de dinheiro, comprava suprimentos e continuava sua caminhada, livre, em busca de uma felicidade há tanto sonhada. Sua história ficou conhecida através de escritos que deixou por vários cantos, sob um pseudônimo, e que depois foram colecionados pelo escritor Jon Krakauer.

O solitário andarilho, então, foi ao encontro daquela que seria a maior de todas as suas aventuras. Embrenhou-se no Alasca, buscando sobreviver apenas do que a natureza lhe daria. Passaram-se meses. Através de um diário que mantinha, o jovem ia descrevendo seus dias. Seu corpo foi encontrado em decomposição no ano de 1992, dentro de um saco de dormir, no interior de um pequeno ônibus abandonado na floresta. Calculou-se que já havia falecido há cerca de duas semanas. A causa oficial da sua morte : fome.

O autor do livro, que conta a história dramática do jovem, relata que uma das frases mais significativas encontradas em suas anotações dos últimos dias de vida, foi a seguinte: A felicidade... só é verdadeira... quando partilhada.

* * *

Não nascemos para vivermos sós. Somos seres sociais por natureza, a ponto de nosso isolamento em excesso se fazer prejudicial ao corpo, à mente e ao Espírito. Logo, toda fuga da vida, toda tentativa de escapar da dor, dos desconfortos dos relacionamentos, será sempre frustrada. Precisamos uns dos outros, esta é a lição.

A partir de artigo do Momento Espírita. Leia texto integral

DEPRESSÃO: SEM OBSTÁCULO NÃO HÁ VITÓRIA

12/21/2009
Uma segunda defesa da tristeza pode ser resumida pelo famoso ditado do filósofo alemão Friedrich Nietzsche: “O que não me mata me torna mais forte”. Ele aponta para o valor da adversidade. Como disse Paulo, em sua Carta aos Romanos: “O sofrimento produz resistência, a resistência produz caráter e o caráter produz a fé”.

Algumas pessoas que passam por grandes traumas, como a perda de um ente querido, relatam que se tornaram mais completas depois de passar pela experiência, afirma o psicólogo Jonathan Haidt, da Universidade de Virgínia, nos EUA, em seu livro The Happiness Hypothesis (A Hipótese da Felicidade). “Quem passa por episódios traumáticos aprende a se conhecer melhor e passa a valorizar as coisas que realmente têm importância”, escreveu Haidt. Elas dão mais valor à amizade, à família, ao tempo livre, apreciam o que têm e entendem melhor seus limites.

“Só quem vive emoções profundas e passa pela dor e pelo sofrimento é capaz de se realizar na plenitude. O homem é um ser ambíguo”, diz o filósofo brasileiro Franklin Leopoldo e Silva, que no ano passado publicou um livro chamado Felicidade – Dos Filósofos Pré-Socráticos aos Contemporâneos.

Não é por algum ingrediente precioso que o sofrimento molda o caráter. Para Haidt, isso acontece porque nós somos seres viciados em contar histórias. O que sabemos sobre nós mesmos é um relato que continuamente reescrevemos, escolhendo o que lembrar do passado e o que projetar para o futuro. As adversidades nos ajudam a criar histórias melhores. (Ou você acha que a Branca de Neve seria um bom conto se a bruxa nunca a tivesse envenenado? Hamlet teria feito sucesso se não vivesse atormentado pelo drama do assassinato de seu pai?)

É claro que os traumas, assim como podem “purificar”, podem matar. Ou estragar uma vida inteira. Crianças são especialmente suscetíveis. Algumas pesquisas mostram que a melhor época para enfrentar um grande desafio na vida é a que vai do início da adolescência até os 20 e poucos anos – quando é assim, a probabilidade de o episódio servir de estímulo, em vez de fator de paralisia, é maior.

Os estudos modernos estão de acordo com as teses levantadas há meio século por um dos maiores estudiosos de mitologia do mundo, o americano Joseph Campbell. No livro O Herói das Mil Faces, ele descreve um esquema comum a quase todos os grandes mitos da humanidade, incluindo as grandes religiões. Para se tornar um herói, a personagem recebe um “chamado”, tenta rejeitá-lo, é obrigada finalmente a aceitar a missão, viaja, passa por alguma provação, encontra alguém ou algum objeto mágico que lhe forneça uma revelação, volta mais forte, vence o obstáculo inicial e, com isso, liberta os demais, ou lidera-os no caminho da redenção. Pense em seu herói favorito, ou na história de Moisés, Jesus, Maomé, Buda, e compare com o roteiro de Campbell.

Por que é sempre assim? Para Campbell, essa trajetória faz parte de nossa psique. Em nossa formação individual, passamos também por um enredo parecido. Somos os heróis de nossa história. Quando o obstáculo é feroz demais, ou quando nos perdemos no deserto, estabelece-se o quadro neurótico. Nesses casos, o remédio é indicado. Mas tomá-lo antes de ter a oportunidade de confrontar nossos demônios é desperdiçar a oportunidade de crescer.

Marvin Minsky, um dos pais da inteligência artificial e pesquisador do MIT, nos EUA, uma das universidades mais renomadas do mundo, resumiu a questão de forma precisa. “Se pudéssemos deliberadamente controlar nossos sistemas de prazer, seríamos capazes de reproduzir o prazer do sucesso sem a necessidade de realizar coisa alguma – e isso seria o fim de tudo.”
Reportagem publicada originalmente na Revista Época (Edição nº 511)

Parte I : O valor da tristeza ou a busca da felicidade
Parte II : A diferença entre tristeza e depressão
Parte III : A felicidade tem limite?

A FELICIDADE TEM PRAZO DE VALIDADE ?

12/20/2009
Dizem os pesquisadores atuais que a felicidade tem e "deve ter" limites. Nesse campo estão os argumentos apresentados por Diener: ser feliz demais não é bom. O contentamento em excesso torna as pessoas menos capazes, menos saudáveis, menos atentas a riscos. Além do pragmatismo de Diener, há uma questão de essência. “Cedo ou tarde na vida, cada um de nós se dá conta de que a felicidade completa é irrealizável”, escreveu o escritor italiano Primo Levi, um sobrevivente de um campo de extermínio nazista durante a Segunda Guerra Mundial. “Poucos, porém, atentam para a reflexão oposta: que também é irrealizável a infelicidade completa. Os motivos que se opõem à realização de ambos os estados-limite são da mesma natureza, eles vêm de nossa condição humana, que é contra qualquer ‘infinito’.”

Há ainda uma terceira forma de entender os limites da felicidade. Só conseguimos ter a percepção de um sentimento em comparação com outros estados de ânimo. Como demonstram vários estudos, é a variação do humor que nos causa espasmos de alegria ou de tristeza.

“Felicidade em excesso é indesejável, porque leva a uma capacidade menor de apreciá-la”, diz o historiador inglês Stuart Walton, autor de Uma História das Emoções, publicado no ano passado no Brasil. No livro, Walton examina as emoções que considera primordiais (como medo, raiva, tristeza e felicidade) e as relaciona à vida moderna. “Se você tem algo o tempo todo, não pode dizer se aquilo é bom ou ruim”, diz. “É preciso descartá-lo para saber se a tal coisa lhe oferece ganhos ou perdas.” Portanto, quem diz que é 100% feliz pode não estar falando a verdade.

Felicidade, por definição, não é um estado de espírito permanente. Fosse assim, as pessoas seriam mais fortes na vida.

“A felicidade pode chegar com um amor, com uma conquista, com um fato que transformou de maneira positiva o indivíduo”, diz Walton. “Mas ela não fica para sempre. De uma hora para outra, pode e provavelmente vai partir.” Assim como a infelicidade.

TRISTEZA E DEPRESSÃO, SUAS DIFERENÇAS

12/19/2009
É comum confundir os conceitos de tristeza com depressão. E dá-lhe remédio. É como se quiséssemos abolir de nossa vida toda e qualquer contrariedade. "Eu não tenho problemas de depressão, apenas de mau humor e timidez", diz um internauta da comunidade Confissões de um Prozaquiano, que tem 160 membros no site de relacionamento Orkut. "Uso pelo estresse do dia-a-dia mesmo. É um santo remédio." O próprio Del Sant é um exemplo contra o abuso. No ano passado, uma de suas filhas, Carlota, sofreu um acidente de trânsito e está em coma até agora. Já passou por 16 cirurgias. "Eu, minha mulher, Solange, e minha outra filha, Lorena, estamos profundamente tristes. Muitas vezes, choramos. Sentimos falta da nossa Carlota. Mas não estamos depressivos."

Assustado com a enorme indústria que se formou em torno de nossa necessidade de ser felizes acima de tudo, um dos pioneiros do estudo da felicidade, o psicólogo americano Edward Diener - por muito tempo alcunhado de Doutor Felicidade - voltou atrás. Não à toa, seu próximo livro, em parceria com o filho, Robert Biswas-Diener, terá o título de Rethinking Happiness (Repensando a Felicidade). Diener não renega sua tese central, de que as pessoas felizes vivem mais (por ter sistemas imunes mais fortes) e são mais bem-sucedidas. Mas ele aprofundou suas pesquisas. Em geral, os estudos sobre o tema comparam pessoas felizes com pessoas infelizes. Desta vez, Diener comparou pessoas felizes e pessoas extremamente felizes. Aí, o resultado é outro. Os extremamente felizes vivem menos que os moderadamente felizes, e são menos bem-sucedidos.

Sua conclusão: há um nível de felicidade ótimo, além do qual ela se torna mais prejudicial que benéfica. Segundo ele, numa escala de 0 a 10, sendo 0 o sujeito miserável e 10 a pessoa inabalavelmente contente, o melhor é uma nota 8, nível médio de felicidade. Ele garante uma existência aprazível e traz uma margem de insatisfação que evita a letargia.

Como diz Diener, há uma lista enorme de pessoas que querem que você seja mais feliz - não importa quanto você já seja. Essa lista inclui os ativistas da psicologia positiva, uma corrente que se tornou preponderante nos Estados Unidos no fim da década de 90 e afirma que, em vez de apenas curar doenças, a medicina da mente deve tratar de elevar nosso bem-estar. Também inclui os autores de livros com receitas para sermos mais contentes, os políticos em quem você votou (porque a probabilidade é que os reeleja), os profissionais de auto-ajuda, os técnicos de laboratórios que buscam drogas cada vez mais eficazes para combater a tristeza. Até sua mãe, "porque ela o ama e provavelmente se sentirá um fracasso se você for uma pessoa infeliz". Há, no entanto, uma corrente cada vez mais vigorosa contra essa indústria da felicidade. Ela inclui quatro vertentes de combate: Felicidade tem limite; Sem obstáculos, não há vitória; A alegria ou a vida e Angústia dos gênios. Estes temas serão tratados nas próximas postagens.

Reportagem publicada originalmente na Revista Época (Edição nº 511)

VOCAÇÃO PARA A FELICIDADE

12/17/2009


Não escreverei versos chorosos, cantando tristezas infinitas,
amores impossíveis, saudades dolorosas,
paixões trágicas e não correspondidas.

Tenho a vocação para a felicidade.
Ser feliz não me traz sentimento de culpa.
Não preciso da tristeza para justificar a inutilidade da vida.
Não preciso morrer e ir ao céu para encontrar a felicidade.
Quero-a e tenho-a neste espaço terreno do aqui e do agora.

A felicidade, tal e qual o amor, está dentro de mim
E transborda em ternuras, em melodias,
em carinhos, em alegrias, em cantos e encantos.
Sou feliz e não preciso me justificar.
Sorrio sem ver passarinho verde.
Não tenho medo de ser feliz.
Faço minha estrela brilhar.
Sem receio dos encontros, desencontros,
encantos e desencantos que o amor me diz.

Contrariedades? Eu as tenho.
E quem não as tem na vida secular ?
Escassez de dinheiro? Nem é bom falar
Amores não correspondidos? Separações?
Rejeições? Saudades incuráveis?
Carinhos reprimidos, ternuras guardadas,
sem a contra parte do outro?
Eu tenho aos montões.
Sou a rainha das perdas, necessárias ao meu crescimento.

Contudo quem não soube a sombra não sabe a luz.
E num livro de matemática existencial
juntei todos esses problemas insolúveis,
com as respostas nas últimas páginas.
Mas pra que me debruçar
sobre eles, procurando a solução
se a própria vida me conduz
a resposta final?

Sem medo de ser feliz vou por aqui e por ali
por onde os caminhos, as trilhas,
Os atalhos me levarem, traçando meu rumo.
Às vezes com alguma tristeza,
mas quem disse que felicidade
é o contrário de tristeza?
Tristeza é só uma momentânea falta de alegria!

É, amigo, amanhã é sempre um novo dia
E quando a infelicidade passar por aqui,
minhas malas estarão prontas
para eu ir por ali.


Carlos Drummond de Andrade

SABE, HOJE ENCONTREI SEU CÃO !

12/15/2009
Hoje encontrei seu cão. Não, ele não foi adotado por ninguém. Aqui por perto, a maioria das pessoas já têm vários cães; aqueles que não têm nenhum não querem um cão. Eu sei que você esperava que ele encontrasse um bom lar quando o deixou aqui, mas ele não encontrou. Quando o vi pela primeira vez, ele estava bem longe da casa mais próxima e estava sozinho, com sede, magro e mancava por causa de um machucado na pata. Eu queria tanto ser você naquele momento em que parei na frente dele. Para ver sua cauda abanando e seus olhos brilhando ao pular nos seus braços, pois ele sabia que você o encontraria, sabia que você não esqueceria dele. Para ver o perdão em seus olhos pelo sofrimento e pela dor por que ele havia passado em sua jornada sem fim à sua procura...

Mas eu não era você. E, apesar das minhas tentativas de convencê-lo a se aproximar, seus olhos me viam um estranho. Ele não confiava em mim. Ele não se aproximava. Ele virou as costas e seguiu seu caminho, pois tinha certeza de que esse caminho o levaria a você. Ele não entende que você não está procurando por ele. Ele só sabe que você não está lá, sabe apenas que precisa te encontrar. Isso é mais importante do que comida, água ou o estranho que pode lhe dar essas coisas. Percebi que seria inútil tentar persuadi-lo ou segui-lo.

Eu nem sei seu nome. Fui para casa, enchi um balde d'água e uma vasilha de comida e voltei para o lugar onde o havia encontrado. Não havia nem sinal dele, mas deixei a água e a comida debaixo da árvore onde ele havia buscado abrigo do sol e um pouco de descanso. Veja bem, ele não é um cão selvagem. Ao domesticá-lo, você tirou dele o instinto de sobrevivência nas ruas. Ele só sabe que precisa caminhar o dia todo. Ele não sabe que o sol e o calor podem custar-lhe a vida. Ele só sabe que precisa encontrá-lo. Aguardei na esperança de que voltasse para buscar abrigo sob a árvore, na esperança de que a água e a comida que havia trazido fizessem com que confiasse em mim e eu pudesse levá-lo para casa, cuidar do machucado da pata, dar-lhe um canto fresco para se deitar e ajudá-lo a entender que agora você não faria mais parte de sua vida. Ele não voltou aquela manhã e, quando a noite caiu, a água e a comida permaneciam intocadas. Fiquei preocupada. Você deve saber que poucas pessoas tentariam ajudar seu cão. Algumas o enxotariam, outras chamariam a carrocinha, que lhe daria o destinodo qual você achou que o estava salvando , depois de dias de sofrimento sem água ou comida. Voltei ao local antes do anoitecer.

Não o encontrei.
Na manhã seguinte, voltei e vi que a água e a comida permaneciam intactas. Ah, se você estivesse aqui para chamar seu nome! Sua voz é tão familiar para ele. Comecei a ir na direção que ele havia tomado ontem, sem muita esperança de encontrá-lo. Ele estava tão desesperado para te encontrar, que seria capaz de caminhar muitos quilômetros em 24 horas. Algumas horas mais tarde, a uma boa distância do local onde eu o havia visto pela primeira vez, finalmente encontrei seu cão. A sede não o atormentava mais. Sua fome havia desaparecido e suas dores haviam passado. O machucado da pata não o incomodava mais. Agora seu cão está livre de todo esse sofrimento. Seu cão morreu. Ajoelhei-me ao lado dele e chorei por você não estar aqui ontem para que eu pudesse ver o brilho, por um instante sequer, naqueles olhos vazios. Rezei, pedindo que sua jornada o tenha levado àquele lugar que acho que você esperava que ele encontrasse. Se você soubesse por quanta coisa ele passou para chegar lá...

E eu sofro, pois sei que, se ele acordasse agora, e se eu fosse você, seus olhos brilhariam ao reconhecê-lo, ele abanaria sua cauda, perdoando-o por tê-lo abandonado.

SER FELIZ SÓ DEPENDE DE VOCÊ

12/14/2009
Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas:
- 'Seu marido a faz feliz? Ele a faz feliz de verdade?'
Neste momento, o marido levantou seu pescoço,demonstrando total segurança. Ele sabia que a sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamadode algo durante o casamento.Todavia, sua esposa respondeu a pergunta com um sonoro 'NÃO', daqueles bem redondos!
- 'Não, o meu marido não me faz feliz'! (Neste momento o marido já procurava a porta de saída mais próxima).
- 'Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz'.
E continuou:
- 'O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele; e sim de mim. Eu sou aúnica pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas. Tudo o que existe nesta vida muda constantemente: o ser humano, as riquezas, o meu corpo, o clima, o meu chefe, os prazeres, os amigos, minha saúde física e mental. E assim eu poderia citar uma lista interminável.
Eu decido ser feliz!
Se tenho hoje minha casa vazia ou cheia: sou feliz!
Se vou sair acompanhada ou sozinha: sou feliz!
Se meu emprego é bem remunerado ou não: eu sou feliz!
Sou casada mas era feliz quando estava solteira.
Eu sou feliz por mim mesma.
As demais coisas, pessoas, momentos ou situações eu chamo de experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza.
Quando alguém que eu amo morre eu sou uma pessoa feliz num momento inevitável de tristeza. Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar.
Há pessoas que dizem: hoje não posso ser feliz porque estou doente, porque não tenho dinheiro, porque faz muito calor, porque alguém me insultou, porque alguém deixou de me amar, porque eu não soube me dar valor, porque meu marido não é como eu esperava, porque meus filhos não me fazem feliz, porque meus amigos não me fazem feliz, porque meu emprego é medíocre e por aí vai.
Eu amo meu marido e me sinto amada por ele desde que nos casamos. Amo a vida que tenho mas não porque minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros.
A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos'.
Nunca deixe nas mãos de ninguém uma responsabilidade tão grande quanto a de assumir e promover sua felicidade.
SEJA FELIZ, mesmo que faça calor, mesmo que esteja doente, mesmo que não tenha dinheiro, mesmo que alguém o tenha machucado, magoado, mesmo que alguém não o ame ou não lhe dê o devido valor. (autoria desconhecida)

O VALOR DA TRISTEZA OU A BUSCA DA FELICIDADE

11/13/2009
Um estudo questiona a eficácia dos antidepressivos. E novas pesquisas mostram que a infelicidade pode ser boa para nós

Quando foi lançado nos Estados Unidos, em 1987, o mais famoso medicamento antidepressivo do mundo chegou a ser apontado, pela revista Scientific American, como um “anjo que ilumina as trevas da alma”. O Prozac foi o primeiro de uma série de remédios que visam alterar o nível de serotonina, uma substância química do cérebro relacionada à sensação de prazer. Com as mudanças das últimas duas décadas no modo como a ciência médica encara a depressão, esses medicamentos se tornaram campeões de venda.

O número de pílulas consumidas no mundo inteiro pulou de 4 bilhões, em 1995, para 10 bilhões, em 2004, um aumento de 150%. No Brasil, também se registrou um salto. Há três anos, 20,6 milhões de comprimidos foram vendidos no país. No ano passado, foram 24,4 milhões (um aumento de 18,5%).

Por isso, um estudo lançado na semana passada na Public Library of Science Medicine (Biblioteca Pública da Ciência Médica) causou grande impacto. O pesquisador Irving Kirsch, da Universidade de Hull, no Reino Unido, e seus colegas revisaram os estudos clínicos de vários antidepressivos e concluíram que, nos casos de depressão leve, seus efeitos não são melhores que os de placebos (Os placebos, pílulas sem substância ativa, são usados em um grupo separado de pacientes para avaliar quanto da melhora se deve ao remédio e quanto apenas ao efeito psicológico de ser atendido e medicado).

Kirsch utilizou estudos que a indústria não havia divulgado. Os laboratórios foram obrigados a liberá-los pela Food And Drug Administration, o órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos. A indústria rebateu a conclusão, dizendo que Kirsch analisou poucos estudos. Além disso, outro estudo, lançado também na semana passada pelo Escritório Nacional de Pesquisas Econômicas dos Estados Unidos, afirma que o uso de antidepressivos ajuda a diminuir a taxa de suicídios.

Essa discussão provavelmente terá vida longa. E dá força a uma questão de fundo: por quê buscamos com tamanha avidez a felicidade? Boa parte do sucesso dos remédios está não numa epidemia de depressão, como apontou o psiquiatra Derek Summerfield em um recente artigo no Journal of the Royal Society of Medicine, mas numa “epidemia de receitas de antidepressivos”.

Os antidepressivos são um avanço extraordinário, diz o psiquiatra paulista Renato Del Sant, diretor do Hospital Dia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. “Mas, para receitá-los, é preciso uma avaliação longa e precisa. Hoje, os psiquiatras estão mais preocupados em acompanhar os avanços da neurociência do que em se debruçar no histórico do paciente, muitas vezes até por falta de tempo. Por isso, o diagnóstico está cada vez mais superficial.”

David Cohen, Amauri Segalla, Kátia Mello e Martha Mendonça
Reportagem publicada originalmente na Revista Época (Edição nº 511)

DEUS ESPERA DE NÓS ATITUDE E FELICIDADE

11/07/2009

"Gostaria de pedir ajuda a vocês pois ando muito triste e desiludida,minha vida não tem muito sentido,me sinto só,abandonada e sem entender direito o que aconteceu e o porque de ter acontecido,tenho tido pensamentos pessimistas,de dor e lamento,sei que estou errada mas as vezes é mais forte que eu...tenho esperança que mesmo sem conhece-los talvez vocês possam me explicar o que até hoje não entendo e nem aceito. Tive um relacionamento com um homem bem mais velho que eu por um período de um ano e dois meses. Foi uma história meio conturbada de muito apego,cobranças e paixão, eu me envolvi muito e ele também, mas como eu era casada nunca pudemos assumir publicamente apesar de cogitarmos essa possibilidade. Ele teve alguns problemas financeiros e acabou suicidando-se,no dia 06 de abril do ano de 2007,antes porém me telefonou diversas vezes e eu não atendi as suas chamadas... Pra mim foi um choque tão grande que eu só pensava em morrer para ir encontrá-lo. Fiquei muito doente de tristeza, parei até de trabalhar, sinto a presença dele muito próxima a mim e não consigo superar essa tragédia. Não consigo ir adiante, estou presa ao passado e isso me atrapalha muito tanto emocionalmente como profissionalmente... Já faz dois anos que tudo aconteceu e parece que foi ontem. Vivo com a sensação de culpa, achando que eu poderia tê-lo ajudado, que eu deveria ter sido mais presente, mais compreensiva. Acho que eu poderia ter tentado evitar tudo isso...me sinto um pouco responsável". ( L.P. )

"Aqui estamos hoje com o propósito único de dar alívio às dores experimentadas por milhares de irmãos. Uns as aceitam de melhor forma por conhecerem um pouco da nossa doutrina, outros ainda se sentem fragilizados e impossibilitados de serem aliviados pelos pensamentos cultivados ou que lhes foram impostos pelos que vieram antes deles e fecharam os olhos a novos ensinamentos.

Deus está entre nós e entre todos os que o querem por perto. Ele, independente da crença, não nos abandona. Ele sabe de nossas necessidades e as provê de acordo com nosso merecimento. Ninguém jamais carregará uma cruz mais pesada do que a que possa suportar. Mas, por outro lado, 'a quem muito foi dado, muito será cobrado'. Isso significa que, hora ou outra, seremos obrigados a prestar contas do que fizemos de nossas vidas, de nossos dons.
Deus não daria mais a uns do que a outros se não lhes fosse exigir mais. Não daria condições de andar a quem quisesse apenas ficar deitado.Deus quer que ajamos e que caminhemos em direção do aprimoramento espiritual, que é a única coisa que tem realmente importância desde nossa primeira estada no plano material.

Se fosse só para adquirir riqueza material, uma só vida bastaria. Daria para ajuntar o suficiente para não precisar mais retornar. O problema é muito mais complexo e simples ao mesmo tempo. Se nos ligássemos a Deus, se fizéssemos dos seus ensinamentos nossa prioridade, já andaríamos a passos largos. Nossa evolução depende da nossa boa vontade, do amor que consigamos passar aos outros seres, independente de quem são e de onde vieram.

Só o amor consegue mudar nossos pés e fazer com que evoluamos e progridamos no caminho, na jornada da vida. Portanto, precisamos nos doar mais, ficar mais atentos ao que pede e espera nosso Pai. Agradando-o, estaremos conquistando benefícios a nós mesmos.

Deus espera de nós atitude, caridade, bondade e perseverança. Pobre daquele que desiste da vida terrena achando que dará cabo do sofrimento. Pobre daquele que continua nesta vida tratando-a como um fardo pesado e como que cumprindo tempo. Nada sairá do lugar. Voltará para o mesmo onde parou ou onde resolveu deixar a vida passar. Ninguém se exime de suas obrigações, deixando-as de lado, fingindo que elas não existem. Elas estão e estarão lá por séculos e séculos, até que sejam transpostas e que com isso se aprenda o que deveria ser aprendido.

Em tudo, mesmo nas coisas mais simples, existem lições verdadeiras e sérias que devemos analisar e, muitas vezes, dar um rumo diferente às nossas vidas, às nossas ações, atitudes e necessidades. Vamos procurar viver em comunhão com Deus, seguir as palavras que nos deixou e, como operários dedicados, cumprir nosso trabalho com amor e sem esperar nada em troca além de amor e evolução. Que Deus nosso Pai esteja sempre conosco e que a cada pedra em nosso caminho possamos nos armar e transpô-la ao invés de tentar dar a volta. Um abraço fraterno do sempre fiel e irmão, companheiro de jornada."





Assinado : Josué
Data : 14 de maio de 2009
Local: Sorocaba (SP)
Médium : SAOG
 
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