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SINTO-ME COMO UM FANTASMA

12/12/2010
"Por vezes sinto-me como um fantasma sem o que fazer, dispersada no meio de uma multidão onde todos vão para o mesmo lado e eu ali parada a pensar se vou com eles ou se fico ali apenas para sempre;  ou, ainda, se crio o meu próprio caminho. O mais fácil seria seguir a multidão. O mais difícil seria criar o meu caminho e o pior, sem dúvida, é ficar parada... Apenas quero encontrar-me.. Sou uma pessoa bastante alegre, mas a vida é demasiada cruel, e por vezes, mesmo estando rodeada de pessoas, sinto-me sozinha e triste".

Aurea (Comunidade QM
Imagem: por Cpt

SENTIDO DA VIDA E A FELICIDADE

12/25/2009
Muitos adolescentes (talvez eu e você) já pensaram em sair para a escola e abandonar o barco da sociedade: queimar os documentos, abandonar pais e amigos, colégio, compromissos e, principalmente, planos. Tudo para por o pé na estrada, sem rumo, pensando em viver uma silenciosa vida de protesto contra um mundo com o qual não concordamos. No filme "Na Natureza Selvagem", inspirado na história real de Christopher McCandless (Emile Hirsch), um jovem rapaz abandona sua vida de conforto para buscar a liberdade pelos caminhos do mundo, uma viagem que o leva ao Alasca selvagem. Escrito e dirigido por Sean Penn, foi tido pela crítica norte-americana como "perturbador, envolvente e impressionante quanto belo". Não se trata, numa exceção à nossa lista de filmes selecionados, de um filme de temática espiritualista; mas fala da vida com uma profundidade que merece a recomendação.

Este é o quarto longa do também ator Sean Penn e venceu o Oscar em duas categorias (melhor ator coadjuvante e montagem). O roteiro também é assinado por Penn e se baseia no livro homônimo de não-ficção de Jon Krakauer, que conta a vida de Christopher McCandless, um rapaz que no início dos anos 1990 abandonou tudo, entregou à caridade todo o dinheiro guardado para custear seus estudos e caiu no mundo em direção ao Alasca, sem sequer avisar a família. Pode-se encarar Chistopher de duas maneiras: como um egoísta arrogante, impulsivo e mimado que fez essas escolhas para agredir seus pais ou como uma espécie de herói romântico.

Em seus escritos, como um diário, Chistopher enfatiza o que há de belo na natureza, rejeitando os bens materiais e se autodefinindo como "viajante estético". Adotando o pseudônimo de Alexander Supertramp, o rapaz desistiu de ter documentos, dinheiro e residência fixa. Fez de tudo para não ser encontrado por sua família, vivendo em plena liberdade, seguindo textos de escritores como Leon Tolstói, Henry David Thoreau e Jack London. Em seu caminho, o personagem faz alguns amigos, como um casal de hippies; um fazendeiro; uma garota por quem se interessa e um viúvo solitário, que vê nele o neto que nunca teve. Para conferir autenticidade, muitas das cenas foram rodadas nos lugares por onde Chris passou realmente. Depois de hesitar por dez anos, a família McCandless concordou em dar o seu aval à produção.

Doloroso e verdadeiro, o roteiro traz a realidade da busca pelo sentido da vida e fala sobre a dor da solidão. E toca quando o personagem, num momento extremo, conclui que "a verdadeira felicidade tem que ser compartilhada". Veja o trailer abaixo.

Ficha Técnica - Duração: 140 minutos - Ano de Lançamento (EUA): 2007 - Direção: Sean Penn - Roteiro: Sean Penn, baseado em livro de Jon Krakauer - Música: Michael Brook, Kaki King e Eddie Vedder - Elenco : Emile Hirsch (Christopher McCandless)Marcia Gay Harden (Billie McCandless)William Hurt (Walt McCandless) Jena Malone (Carine McCandless)

A FELICIDADE SÓ EXISTE QUANDO COMPARTILHADA

12/25/2009
Logo após acabar o curso na Universidade de Atlanta (EUA), em 1990, o jovem Christopher McCandless tomou uma decisão que iria mudar sua vida. Doou os 24 mil dólares que tinha no saldo bancário a instituições de caridade e desapareceu sem avisar a família.

Já não era a primeira vez que Chris decidia fazer uma viagem pelos vários Estados americanos, sozinho, dependendo da natureza e do que encontrava no caminho.
Mas, daquela vez foi diferente. A sua raiva quanto à civilização em que vivia, quanto aos pais e à mentalidade materialista da época, foi fundamental para a sua tomada de decisão.

A partir daquele dia não mais regressaria à sua casa. Viveu assim, por muito tempo, desbravando o país, andando a pé, ou contando com caronas de estranhos para se locomover. Trabalhava aqui e acolá. Ganhava um pouco de dinheiro, comprava suprimentos e continuava sua caminhada, livre, em busca de uma felicidade há tanto sonhada. Sua história ficou conhecida através de escritos que deixou por vários cantos, sob um pseudônimo, e que depois foram colecionados pelo escritor Jon Krakauer.

O solitário andarilho, então, foi ao encontro daquela que seria a maior de todas as suas aventuras. Embrenhou-se no Alasca, buscando sobreviver apenas do que a natureza lhe daria. Passaram-se meses. Através de um diário que mantinha, o jovem ia descrevendo seus dias. Seu corpo foi encontrado em decomposição no ano de 1992, dentro de um saco de dormir, no interior de um pequeno ônibus abandonado na floresta. Calculou-se que já havia falecido há cerca de duas semanas. A causa oficial da sua morte : fome.

O autor do livro, que conta a história dramática do jovem, relata que uma das frases mais significativas encontradas em suas anotações dos últimos dias de vida, foi a seguinte: A felicidade... só é verdadeira... quando partilhada.

* * *

Não nascemos para vivermos sós. Somos seres sociais por natureza, a ponto de nosso isolamento em excesso se fazer prejudicial ao corpo, à mente e ao Espírito. Logo, toda fuga da vida, toda tentativa de escapar da dor, dos desconfortos dos relacionamentos, será sempre frustrada. Precisamos uns dos outros, esta é a lição.

A partir de artigo do Momento Espírita. Leia texto integral

SOLIDÃO : QUANDO NOS PERDEMOS DE NÓS MESMOS

12/13/2009
Solidão não é a falta de gente para conversar, namorar, passear ou fazer sexo...
isto é carência.

Solidão não é o sentimento que experimentamos pela ausência de entes queridos que não podem mais voltar...
isto é saudade.

Solidão não é o retiro voluntário que a gente se impõe às vezes, para realinhar
os pensamentos...
isto é equilíbrio.

Tampouco é o claustro involuntário que o destino nos impõe compulsoriamente,
para que revejamos a nossa vida...
isto é um princípio da natureza.

Solidão não é o vazio de gente ao nosso lado ...
isto é circunstância.

Solidão é muito mais que isto.
Solidão é quando nos perdemos de nós mesmos
e procuramos em vão, pela nossa Alma...

OS VENTOS SOPRAM NA DIREÇÂO DE QUEM SONHA

12/12/2009


Caminho por uma aldeia deserta na Espanha, e escuto uma banda de música. É feriado, todos estão se divertindo numa festa em uma casa particular - menos eu. Estou só, e não tenho com quem conversar.


Há quatro meses estou viajando para a promoção dos meus livros, e me pergunto se afinal vale a pena tudo isto - se não devia largar tudo agora, e voltar para o Brasil.


As ruas da aldeia são estreitas, anoitece, e a solidão fica mais difícil de aguentar.
De repente, ouço a voz de um homem cantando; deve ser o único na cidade que não foi à festa.
“Por que?”, pergunto para mim mesmo. Será que não gostam dele? Será que ele não gosta de festas? De qualquer maneira, escuto sua voz, e sinto que está alegre. Consigo entender alguns versos da canção:


“Nestes dias, todos os ventos do mundo sopram na direção de quem sonha. Nestes dias, a chuva sempre desenha o rosto de quem amamos”.


Anoto os versos num bloco que as vezes carrego comigo. Nunca conhecerei este homem. Nunca saberei seu rosto ou sua idade. E ele nunca saberá que, nesta tarde gelada, me ensinou que eu não estava sozínho, e me devolveu a alegria e a coragem.


(Paulo Coelho)

O SUICÍDIO E SUA FALSA SOLUÇÃO

12/10/2009
De facto não dá para julgar.acto de cobardia!!!! não , acto de coragem. E se a o suicídio vai fazer quem amamos feliz? pois se somos nós o problema também somos nós a solução.deixem-me morrer em paz.
Comentário à postagem "SUICÍDIO", deixada por leitor que identificou-se por Teshi71

Caro amigo(a). Sinto não saber se vai ou não ler o que penso...
Sinto muito também por você pensar assim... Eu jamais julgaria ser ato de coragem ou covardia o suicídio. Só acho (e acredito piamente no que digo) que o preço a ser pago por tal ato é muito alto, mesmo que seja pra fazer alguém feliz. Por mais que esta pessoa mereça a solução de um problema (no caso você), ela, e só ela deve achar a solução para este problema, afinal, o problema é dela e não seu por amar demais. Talvez você não tenha percebido que somos livres e por isto mesmo, temos o direito de não mais querer uma pessoa ou situação.

Um amigo meu se suicidou por alguém e sinto muitíssimo por ele, pois não acredito que ele se sinta melhor agora... deve ser horrível acabar com a própria vida e do lado de lá perceber que nada mudou, que só aumentamos o nosso problema. Deve ser horrível chegar diante de Deus e ele te perguntar o que fez com a vida que ele te confiou e ter de responder que jogou no lixo, que não deu valor a ela...

Não sei, mas acho que se você pensar melhor e ler "Memórias de um Suicída" de Yvonne A. Pereira, você mudará de idéia. Espero sinceramente que você acorde a tempo de fazer tão grande loucura. Espero que não tenha jamais de se arrepender pela prática de um ato tão danoso ou teu espírito. Beijos carinhosos e que você sinta Deus em seu coração o quanto antes.

FLORBELA : O ESPÍRITO E A ALMA DE UMA FLOR

11/26/2009
Por Altamirando Carneiro

A poetisa portuguesa Florbela de Alma da Conceição Espanca nasceu em Vila Viçosa, Portugal, em 8 de dezembro de 1894. Desencarnou na véspera do seu 36° aniversário, confessando que se suicidou, conforme psicografia registrada no livro "Antologia do Mais Além", do médium e escritor Jorge Rizzini. Florbela iniciou seus estudos nos liceus de Évora e, dois anos depois, ingressou na Faculdade de Direito de Lisboa, onde estudou até o terceiro ano.

PARA QUÊ?

Publicou "Livro de Mágoas", "Livro de Soror Saudade e Charneca em Flor", sua obra-prima, considerado um dos mais notáveis livros de poesias em língua portuguesa. Contudo, Florbela não viu a obra editada; morreu semanas antes.


À poesia de Florbela Espanca caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude.

Vamos apresentar dois sonetos da poetisa, o primeiro dela encarnada e o segundo, já como Espírito. Em Para quê?, Florbela Espanca demonstra toda a contrariedade, tristeza e desencanto que lhe vai na alma e que poderiam ser melhor compreendidos com a convicção de que, estando num mundo de expiações e provas, todas essas contrariedades são infortúnios passageiros, na caminhada evolutiva do Espírito. Já em Minha Cruz, Florbela fala do suicídio que cometera. Esse poema pode ser conferido no livro "Antologia do Mais Além", de Jorge Rizzini.

Altamirando Carneiro é jornalista e escritor. Dirige o jornal O Semeador e a Sociedade de Arte Poética Castro Alves. Texto publicado originalmente na Revista Universo Espírita, n. 30, pág. 16.

Tudo é vaidade neste mundo vão...
Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração!

Até o amor nos mente, essa canção
Que o nosso peito ri à gargalhada,
Flor que é nascida e logo desfolhada,
Pétalas que se pisem pelo chão!...

Beijos de amor! Pra quê?... Tristes vaidades!
Sonhos que logo são realidades,
Que nos deixam a alma como morta!

Só neles acredita quem é louca!
Beijos de amor que vão de boca em boca,
Como pobres que vão de porta em porta!


MINHA CRUZ

Revejo novamente a minha cruz!
Voltam com ela todos os cansaços...
Quem me cortou os pulsos?
Doem-me i os braços!
E essa morta? Quem trouxe à meia luz?

Tem a face de mármore... os pés nus...
Por onde, dize lá, foram teus passos?
Tens nos olhos tristes, puros, olhos baços.
-Essa morta sou eu! Cristo Jesus!

Ninguém tanto sofreu num só momento
Estava viva e soluçava ao vento!
E eu era a louca que tombara morta...

Trinta anos a minha alma a vaguear...
Por certo alguém a viu nesse lugar,
A bater, sempre em vão, de porta em portal

SUICÍDIO : A MORTE AMEDRONTA E EXCITA

11/20/2009
A morte nos amedronta e excita ao mesmo tempo. Não é só o cineasta Eric Steel que se sente atraído pela morte. Basta lembrarmos das inúmeras vezes em que espichamos a cabeça para fora da janela do carro diante de um acidente na estrada ou de como nos esforçamos em saber como foi a morte de Fulano ou de Sicrano.

Guilherme Dota, um analista de sistemas de Campinas (São Paulo), foi mais além. Ele é o criador da comunidade “Profiles de gente morta”, no orkut. Guilherme observou que, se de repente uma pessoa que tem seu perfil no orkut morre, o profile dela fica vagando como se nada tivesse acontecido, como a lenda daquele navio fantasma, o "Holandês Voador" (que dizem que navega até hoje pelos mares com uma tripulação fantasma).

Para André Camargo Costa, mestre em psicologia pela USP e autor da palestra "Aprender a morrer", tudo o que gera medo tende a gerar atração. “Essa curiosidade pode parecer mórbida mas, no fundo, é apenas uma tentativa de elaboração da própria. Afinal, não é fácil aceitar - quer estejamos preparados, quer não - que um dia todos devemos morrer."

A comunidade "Profiles de gente morta" tem 40 mil membros e a procura por ela cresce vertiginosamente. A parte mais triste ao navegar nessa comunidade é perceber que maioria dos perfis é de jovens que morreram em acidentes de carros ou que - pasme! - se suicidaram. Infelizmente, a quantidade de suicidas no planeta não é nada pequena e é exatamente aqui onde essa matéria quer chegar: existem bem mais pessoas desiludidas com a vida, a ponto de se livrar dela, do que podemos imaginar. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são 8 mil por ano. No mundo, 1,5 milhão.

 
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