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SUICÍDIO COSTUMA SER COMETIDO POR JOVENS E IDOSOS

4/08/2013
A OMS estima que 1 milhão de pessoas tirem a própria vida por ano em todo o mundo. Especialistas acreditam que esse número seja pelo menos 20% maior

Dez mil pessoas tiram a própria vida no Brasil anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde. No mundo, o total chega a 1 milhão, estima a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse número, de acordo com a Sociedade Brasileira de Psiquiatria (SBP), é subestimado e pode ser de 20% a 30% maior por várias razões, inclusive devido a subnotificações em órgãos de saúde e segurança pública dos municípios. Os coeficientes de mortalidade são três a quatro vezes maiores entre pessoas do sexo masculino. Muito associado a idosos, nos últimos 30 anos, o ato de atentar contra si ronda também pessoas mais jovens. Dados da SBP indicam que há dois grupos de risco: pessoas com idade entre 15 e 30 anos e os idosos, acima de 65.

“Os médicos fora da psiquiatria (e mesmo algumas equipes da área) não estão preparados para lidar porque existe um tabu, não falam, não comentam e não estudam o fenômeno do suicídio. Fingem que o problema não existe e essa atitude gera reflexo na formação acadêmica dos profissionais, pois o assunto fica relegado a um segundo plano”, aponta o presidente da Comissão de Prevenção ao Suicídio da SBP, Humberto Correa, também professor titular de psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.

PORTUGAL : CRESCE O NÚMERO DE SUICÍDIOS

4/07/2013
Há mais casos de suicídios em Portugal, segundo um relatório que analisa a realidade europeia. Portugal, com cinco atos suicidas por dia, está no topo da lista de países onde se assinala um maior aumento da taxa de suicídios, nos últimos 15 anos.

O número de suicídios aumentou em Portugal, de acordo com um relatório europeu, que coloca o país no terceiro posto da lista onde se verificou maior aumento, nos últimos anos.

Numa análise à realidade europeia, contaram-se cerca de 20 milhões de casos de depressão, com 60 mil mortes por suicídio por ano. O agravamento da situação social, a asfixia financeira de muitas famílias em risco e a pioria do acesso à saúde estão a originar um aumento dos suicídios.

Os especialistas previram, recentemente, um ‘boom’ de depressões, que em muitos casos podem conduzir ao suicídio. Essas perspetivas confirmaram-se.

Para evitar males maiores, uma comissão de psiquiatras, enfermeiros e académicos portugueses e estrangeiros está a executar um plano de prevenção. O objetivo faz parte do Plano Nacional de Saúde Mental 2007-2016, mas a concretização foi acelerada devido ao aumento esperado de depressões causadas pela crise.

Portugal registara, em 2010, um consumo médio de antidepressivos cinco vezes superior à média europeia.
A partir do PTJornal. Leia no original

ACREDITO EM DEUS, MAS NÃO QUERO MAIS VIVER

4/07/2013
Tenho 21 anos, sou cristã, acredito muito em Deus e no evangelho. Mas não quero mais viver... não vejo sentido para isso, não sou feliz porque algo me falta, morro todos os dias um pouco e estou oca por dentro. De uns 2 meses a 3 meses para cá, eu vivo entre altos e baixos, e não sei como controlar as minhas crises. Hoje foi um dos dias mais difíceis pra mim...

Acho que chorei umas 2 horas seguidas dentro do carro no meio da rua, pensei em me internar em um hospital de 'doido'que tem perto da minha casa pensei em todas as formas que eu poderia me matar. 
Desde q começou essa fase da minha vida, eu comecei a ter vontade de me suicidar...mas hoje foi bem mais crítico, pensei em me enfocar, cortar a jugular, jogar o carro num barranco, me jogar de um viaduto... enfim...

Sei que não tenho motivos para viver dessa forma porque tenho uma família maravilhosa.Mas algo me falta. Nunca tive uma vida 'normal', porque minha mãe morreu quando eu era criança, e desde então eu tive que crescer e ser forte pra tudo na minha vida. Mas com o tempo a gente vai cansando de ser forte, cansando de ser surrado pela vida e pelas circunstâncias, as vezes me sinto mais mãe do meu pai do que filha. Para falar a verdade, acho que fui filha por pouco tempo.

Desde que minha irmã casou, sou eu que cuido da casa...e as vezes me sinto sobrecarregada de responsabilidade, porque não tenho ninguém para me ajudar com nada. 

AS vezes converso com minhas amigas sobre isso,converso com minha irmã,meu namorado, mas acredito que só a minha irmã que realmente entende, porque ela passou por tudo que estou passando...ela quase se suicidou na minha frente quando eu era criança ( Hoje ela está curada).

Não tenho forças para mais nada...nem orar eu consigo, meu namoro mal começou e já está por um fio porque ele não consegue se adaptar as crises. Fico muito triste, porque ele disse que não consigo fazê-lo feliz.Me sinto incompetente, fraca, medíocre... um lixo.

Tento ficar feliz...ser mais tranquila e maleável...mas parece que uma gota vira um oceano, e ele disse que não dá mais conta.

Já não sei o que eu faço da minha vida...só tenho vontade de ficar em casa..mas infelizmente tenho q me arrastar para o trabalho e para faculdade que termino daqui 3 meses.

Não tenho mais vontade de nada...só de morrer. Antes o medo do inferno me 'segurava' para não fazer nada contra minha própria vida, mas hoje parece que nem isso importa mais.

Sei que todos que entram nesse site estão passando por algo parecido, mas honestamente eu tenho a esperança que alguém possa ler isso e me ajude, porque sei que estou no fundo do poço. E que preciso de ajuda. Não sei o que eu tenho...nem sei se é depressão..transtorno bipolar...ou apenas uma fase.
To confusa.

Mas ainda assim quero que o Senhor me leve. Essa é a única oração q eu tenho feito. Quem pode me ajudar ...

PORTUGAL TEM PROGRAMA PREVENÇÃO DO SUICÍDO

4/04/2013
O Plano Nacional de Prevenção do Suicídio (PNPS) 2013-2017 está em discussão pública, no site da Direção-Geral da Saúde (DGS), até ao dia 30 de abril. A submissão dos contributos pode ser efetuada através do endereço contributos.pnps@dgs.pt.

O PNPS 2013-2017 é uma necessidade premente do país tendo em conta:
  • O impacto do suicídio na saúde pública;
  • O aumento das taxas de suicídio registado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) na última década;
  • A subnotificação dos suicídios, que oculta a verdadeira dimensão do fenómeno;
  • A prevalência de fatores de risco, nomeadamente da doença mental;
  • A dificuldade na harmonização da terminologia relacionada com os diversos tipos de atos suicidas e comportamentos autolesivos, que compromete o seu estudo;
  • A dificuldade de registo e avaliação da efetividade das medidas implementadas ou a implementar;
  • A necessidade de criar sinergias com as experiências e recursos existentes.

Os comportamentos autolesivos e atos suicidas representam um grave problema de saúde pública. Apesar de toda a sensibilização e formação desenvolvidas, a prevenção do suicídio carece de um programa sistematizado e articulado que permita a identificação de intervenções, a avaliação da implementação e da sua eficácia.

O grupo de peritos nomeados para a elaboração do Plano Nacional de Prevenção do Suicídio, a que a Sociedade Portuguesa de Suicidologia se associou, teve em conta a realidade nacional, caracterizada pela pouca fiabilidade do registo do número de atos suicidas, diferentes terminologias e diferentes clusters, bem como as orientações mais recentes da Organização Mundial de Saúde e as recomendações constantes do “Suicide Prevention Action Network, USA” (2001) – Rede de Ação de Prevenção do Suicídio nos Estados Unidos.

O PNPS 2013-2017 inclui:

Medidas universais, destinadas à população em geral;
Medidas seletivas, para grupos de risco específicos;
Medidas indicadas para indivíduos em elevado risco.
A monitorização e avaliação do plano permitirão a sua adequação e redefinição sempre que necessário.

O PNPS 2013-2017 contempla, assim, as condições para uma uniformização da terminologia, uma melhoria no registo dos atos suicidas e, a prazo, uma redução de comportamentos autolesivos e atos suicidas.
A partir do Portal da Sáude. Leia no original

PSIQUIATRAS E ANTIDEPRESSIVOS

4/03/2013
Então eu fui a um novo psiquiatra...

O médico é novo, simpático, bem educado, atencioso e me olhava com aquela carinha de dó que os psiquiatras fazem pros deprimidos...Ele me ouviu, não fez questionamentos, também não deu conselhos, não indicou terapia (como todos os outros fizeram) e foi logo passando os remédios e alguns exames de sangue e outros neurológicos. falou sobre os efeitos colaterais que, convenhamos, não são nada bons, principalmente pra quem tem que levantar cedo, preparar o café da família, pegar um trânsito complicado e coordenar uma equipe de 50 pessoas no trabalho; sem falar que preciso do famoso remedinho pra dormir, senão é insônia na certa. E o principal: o cara já foi logo me dando o telefone do laboratório pra conseguir um desconto no preço do remédio que custa em média 200,00 a caixa com 28 comprimidos (o mês não tem 30 ou 31 dias?).

Esse é o preço de 1 dos remédios, tenho que tomar mais outros 2. Meu filho que tem deficiência toma outros 4, que também são caros. E o IPVA e o IPTU já chegaram. Como se cuida da saúde neste país? E por quê os medicamentos são tão caros? E o pior de tudo, em casos de depressões profundas, como a minha, nunca se tem a certeza se o remédio irá realmente funcionar. Acho que devo me resignar e passar os meus finais-de-semana trancada no quarto, durante a semana sou obrigada a trabalhar. Ou abreviar a vida, há sempre essa opção. 
S.S.

*   *   *
Mais uma Vez no Psiquiatra

Essa semana voltei ao psiquiatra, pra ser sincero não acredito que ele possa me ajudar, mesmo assim acabo indo.

Não falo dos meus verdadeiros sentimentos pra ele, minhas tristezas e neuroses ele jamais entenderia, apenas faço um breve resumo, sem perder tempo falando um monte da minha vida chata para ele.

Desta vez ele não quis receitar meu calmante preferido, ah, ele sabe que vou lá só por causa da bendita receita medica, por isso nem fica me questionando nada.

Me sugeriu um medicamento novo, um indutor do sono, disse que não me daria meu tranquilizante por causa do risco de dependência química e toda essa balela que a gente já conhece.

Mas eu gostei, o remédio tem um bom efeito, e tirando a amnésia anterógrada não apresenta mais nenhum efeito colateral; gostei bastante.

E minha relação com ele é assim; acho que ele confia em mim, eu sei oque eu preciso, sei me equilibrar, então ele sabe que quando vou ate ele é porque as coisas estão um pouco pior, mas que logo passa, e depois de alguns longos meses estarei lá de volta, conto a mesma historia,;e saio todo contente com minha receitinha na mão, como se fosse um premio, um vale trégua, um tratado de paz... mesmo que temporariamente!
Jonh 

SENCIÊNCIA VERSUS CONSCIÊNCIA

3/26/2013
Imagem por alexandre_vieira
Cansados da vida por esta já ter sido demasiado preenchida de emoções e acontecimentos marcantes, talvez comparáveis a uma vida demasiado longa... isso nos dá essa sensação, de nos sentirmos demasiados velhos para a idade que temos, o peso no nosso interior parece cada vez maior e mais denso.

Em astronomia os buracos negros são considerados como os objectos cósmicos mais pesados e densos. Parece que é isso que está a acontecer no nosso interior, um vazio cada vez mais pesado e denso, e que se todo esse interior for libertado cá para fora vai destruir os que nos rodeiam, tamanha é a nossa dor e o nosso sofrimento... esse abismo é alimentado por nós a cada dia que passa por ser mais forte que nós, porque por fora nos sentimos cada vez mais transparentes, a nossa identidade a ser sugada para esse interior voraz.

Pensar na nossa longevidade, refletindo sobre o que até agora foi suportado, parece que o fim da nossa existência está tão longe de nós como a eternidade.

Por tudo isso é compreensível querer antecipar o fim da nossa vida, para deixarmos de alimentar esse nosso interior que está sugando tudo.

Admito, não consigo segurar o meu próprio buraco negro, é mais forte que eu em muitas ocasiões, destrói-me de dentro para fora, e mais facilmente atrai o negativo do nosso exterior não me deixando apreciar o que me rodeia com a atenção e a perspectiva merecida...

A minha solução? Desligo-me do que é exterior a mim, enfrento o meu próprio abismo como se ele fosse o meu oposto e me alimento dele. Não somos culpados por ter esse buraco dentro de nós, o mundo assim nos criou, nos prometendo e  fingindo felicidade, nesta vida e em outras existências... devíamos ter aprendido desde pequenos que o sofrimento faz parte da nossa natureza humana, enquanto criaturas sencientes. Essa é a nossa dávida e a nossa maldição enquanto criaturas...

Charles Darwin disse: "Não existe nenhuma diferença fundamental entre o ser humano e os animais superiores em termos de faculdades mentais. A diferença entre a mente de um ser humano e de um animal superior é certamente em grau e não em tipo". São sencientes, tem sentimentos, dor, medo, e querem preservar suas vidas tanto quanto nós humanos. (in dicionarioinformal.com.br)

Sensciência é a "capacidade de sofrer ou sentir prazer e felicidade".

Mas temos uma vantagem sobre as outras criaturas: a nossa consciência.

Então enfrento esse meu abismo interior, não mais viro as costas para "ele", fico de frente para ele, fecho os olhos e observo-o intensamente, e aprendi a me alimentar dele... o negativo se torna positivo, porque estou consciente que não o quero mais alimentar nem me deixar ser consumido por ele, apenas com a minha perseverança, insistência, determinação.

Depois de enfrentar esse nosso interior, o que está cá fora, aqueles pequenos pormenores que nos provocavam tão facilmente, deixam de ser assim tão relevantes, nos tornamos neutros porque estamos em equilíbrio, não há mais negativo nem positivo, deixamos de ter duas naturezas dentro de nós e passamos a ser um só...

Gostaria de ter aprendido isso em pequeno para não pensar que andei este todo tempo a sofrer pensando que um dia poderia ser feliz quando esse sofrimento terminasse, me alimentar de esperanças supérfluas e inventadas pelos outros, me deixar iludir... e apenas aceitar que a senciência faz parte de nós, a nossa consciência é que tem de se adaptar a ela.
सचेतन
A partir da Comunidade Q.M. 

MÉDICOS ESPÍRITAS ABORDAM DEPRESSÃO EM LIVRO

3/24/2013

Três médicos da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais,  publicaram pela AME-BRASIL o livro “Depressão: abordagem médico-espírita” (São Paulo: Associação Médico-Espírita do Brasil, 2ª. edição, 2006. 192 p.). Trata-se de uma coletânea de textos sobre o assunto. Sua abordagem baseia-se em revisões de literatura e publicações sobre o tema de duas fontes distintas: médica e espírita. O livro emprega uma linguagem direta e clara, porque é voltado ao grande público, apesar de tratar de alguns temas técnicos.

Roberto Lúcio (psiquiatra) apresenta o diagnóstico, uma diferenciação conceitual entre depressão, tristeza e melancolia, as alterações orgânicas e neurofisiológicas, a abordagem cognitiva e as diferentes abordagens terapêuticas, incluindo a espírita, que considera a obsessão, os passes, o auto conhecimento e as atividades sociais.

Jáider (psiquiatra) trata da depressão e da ética. Oswaldo Heli (cardiologista) faz uma dissertação breve sobre a associação entre depressão e doença cardíaca, e comenta muitos casos descritos pelo espírito André Luiz.

Há a intenção de se discutir alguns mitos correntes no movimento espírita, oriundos do senso comum. Eles envolvem um desconhecimento sobre a visão psiquiátrica da depressão, que vai do seu conceito às fantasias sobre o tratamento com medicamentos “tarja preta”. Eles defendem a articulação entre o tratamento médico e as propostas do movimento espírita, sem fazer apologia destas.

A experiência dos autores e seu domínio técnico fazem do livro uma referência importante ao movimento espírita, especialmente às atividades de orientação do público que procura os centros espíritas para encontrar alternativas para seus problemas pessoais.
A partir de Espiritismo Comentado. Leia no original
 
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