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SUS TERÁ REMÉDIOS PARA TRANSTORNO BIPOLAR

3/11/2015

Medicamentos serão oferecidos na rede pública a 271 mil pessoas. Principal complicação da doença mental é o suicídio.



Ministério da Saúde decidiu incorporar cinco medicamentos para tratar brasileiros que sofrem de transtorno afetivo bipolar (TAB) ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A doença é caracterizada por alterações no humor que se manifestam como episódios de mania, hipomania e depressão.

Segundo portaria divulgada nesta terça-feira (10) no Diário Oficial da União, os medicamentos clozapina, lamotrigina, olanzapina, quetiapina e risperidona serão oferecidos a 271 mil pessoas em tratamento no país.

A decisão foi tomada após relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, responsável por realizar consulta pública sobre o tema.
De acordo com o documento, o gasto com os remédios ainda este ano deve variar entre R$ 89,3 milhões, considerando a menor dose, e R$ 176,2 milhões, considerado a maior dose.

O tratamento para TAB depende da apresentação da doença e consiste em monoterapia ou terapia combinada com lítio, anticonvulsivos, antipsicóticos ou antidepressivos. A principal complicação da doença é o suicídio.

Levantamento feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com o Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a doença mental está entre as dez que mais afastam os brasileiros do trabalho. Ocupa o terceiro lugar na lista, depois da depressão e da esquizofrenia.

COMUNIDADE QM MUDARÁ PARA O FACEBOOK

3/10/2015


Como todos sabem, a Comunidade QM é um projeto sem fins lucrativos, criada com o objetivo de discutir a vida e a morte, representando um fórum para a troca de experiências e depoimentos.

Em todos esses anos a rede não esteve vinculada a qualquer entidade pública ou privada e nossa página é mantida por voluntários. Todavia, a veiculação de anúncios e mesmo os pedidos de doações se mostraram insuficientes para fazer frente às nossas despesas de manutenção.

Com isto, o pagamento de hospedagem, domínio, equipamentos e prestadores de serviço foi feito, até agora, por um restrito grupo de fundadores que não se vê mais em condições de arcar com tais compromissos. 

Até o momento, contamos com cerca de 3.000 membros cadastrados neste espaço colaborativo, no qual todos opinam, questionam e interagem, em qualquer dia e a qualquer hora. 

Mas as dificuldades nos obrigaram a mudar. E o caminho que se apresentou como mais viável para preservar nossas relações de amizade foi criar um GRUPO RESTRITO (FECHADO) no Facebook, que já está operando no endereço abaixo e que, a partir de abril, substituirá a nossa rede no Ning (www.queromorrer.ning.com).

Esta mensagem é, portanto, para informá-lo que, infelizmente, a Comunidade QM deixará de existir como a conhecemos. Mas todos que desejarem estão convidados e poderão transferir seus arquivos e textos para nossa página na rede social

O prazo limite será dia 31 de março e, a partir de abril, nos encontraremos apenas neste blog e no endereço abaixo:


Clique, conheça e peça sua inclusão.

FACEBOOK : FERRAMENTA AJUDARÁ A PREVENIR SUICÍDIOS

3/03/2015

A novidade foi publicada na página "Facebook Safety". Esta nova função surgiu graças a união entre a rede social e organizações de saúde mental dos Estados Unidos.

Nova ferramenta do Facebook deve ajudar na prevenção de suicídios
Após lançar a função Herdeiro, o Facebook vai cria uma nova ferramenta para ajudar pessoas que passam por um momento difícil. O serviço permite que amigos identifiquem uma postagem suicída e "denunciem" o comportamento para a rede social. Se o caso for sério, o site entra em contato com o usuário deprimido e sugere para ele um tratamento com especialista.

A novidade vai surgir graças à união do Facebook com organizações de saúde mental norte americana, como Forefront, Now Matters Now, the National Suicide Prevention Lifeline, Save.org e outras. Estas companhias possuem experiência com pessoas deprimidas. O usuário que estiver abalado será encorajado a entrar em contato com uma dessas organizações ou com outras pessoas que já tentaram se matar.

O Facebook também quer dar assistência para o amigo da pessoa deprimida. Por isso, quando um usuário indicar ao site sobre o colega abalado, receberá a sugestão de contactá-lo, mostrando que se importa com ele.

O novo recurso deve chegar nos Estados Unidos primeiro. Porém o Facebook, que comprou o Whatsapp em 2014, afirmou que está trabalhando para ajudar aqueles que moram em outros países. Por isso a rede social quer ajudar pessoas que precisam de ajuda. Quem precisar de ajuda no Brasil pode ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV).

ROTEIRISTA CONFESSA TENTATIVA DE SUICÍDO

2/23/2015
Graham Moore
Vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado por "O Jogo da Imitação", o escritor Graham Moore fez, ao receber a estatueta, um dos discursos mais pessoais da história da premiação ao falar que tentou cometer suicídio quando era adolescente. O escritor transformou o livro Alan Turing: The Enigma, de Andrew Hodges (ainda sem tradução no Brasil) no roteiro para o filme O Jogo da Imitação.

"Eu tentei cometer suicídio quando tinha 16 anos e agora estou aqui", ele revelou. "Eu gostaria de dedicar este momento para aquele garoto que sente como se não se encaixasse em lugar nenhum. Você se encaixa. Continue estranho. Continue diferente, e depois, quando chegar a sua hora de estar neste palco, por favor, passe a mesma mensagem adiante."

Depois da cerimônia, Moore falou com a imprensa nos bastidores da premiação sobre o seu discurso. "Foi realmente difícil", ele admitiu. "Eu não sei. Sou um escritor, quando eu estaria de novo na televisão? Eram os 45 segundos que eu tinha na minha vida para aparecer na televisão e dizer algo, então achei que deveria fazer um bom uso disso e dizer algo significante." Ele garantiu que a sua família lhe deu muito suporte enquanto ele enfrentava depressão. 

Alan Turing foi um matemático britânico, unanimemente considerado um dos gênios da era moderna. Seu trabalho estabeleceu a fundação para a criação dos computadores; durante a Segunda Guerra Mundial, ele conseguiu decifrar os códigos que os alemães usavam para criptografar suas mensagens, fato que se tornou um trunfo durante o conflito. Homossexual, em 1952 foi condenado a se submeter a um programa de castração química pelo governo britânico – a homossexualidade na época era crime. Turing suicidou-se em 1954, tomando cianeto. Em 2013 o cientista recebeu perdão póstumo da rainha Elizabeth II.

Ao receber o prêmio da Academia, Moore aproveitou a história de Turing para contar fatos pessoais e enviar uma mensagem de esperança:

Então, é o seguinte. Alan Turing nunca pôde subir num palco como esse e olhar para todos esses rostos desconcertantemente lindos, e eu posso. E essa é a coisa mais injusta que eu já ouvi. Quando eu tinha 16 anos, eu tentei me matar porque eu me sentia esquisito e me sentia diferente e sentia que não pertencia a lugar nenhum. E agora que eu estou aqui eu gostaria de dedicar esse momento aos jovens por aí que sentem que são estranhos ou diferentes ou que não se encaixam – sim, vocês se encaixam. Eu prometo. Permaneçam estranhos, permaneçam diferentes, e quando chegar a sua vez, e vocês estiverem sobre esse palco, transmitam essa mensagem para as pessoas que virão depois de vocês.

Depois de vencer o prêmio, Moore falou com a revista Advocate sobre a responsabilidade que sentia ao escrever o roteiro sobre a história de Alan Turing: “Alan foi alguém que foi tão maltratado pela história. Ele foi alguém que, por ser gay, foi perseguido pelo governo cuja existência manteve. Então eu sempre senti que nós precisávamos de um filme que ajudasse a espalhar seu legado, e o celebrasse, e o levasse um novo público que de outra maneira não seria exposto a este homem porque a história o tratou tão miseravelmente.”

Graham Moore se declara heterossexual, mas isso não o impediu de usar seu momento perante as câmeras do mundo todo para enviar uma mensagem de apoio a todos que se sentem deslocados e desesperançados, seja qual for o motivo. A empatia não precisa ser limitada pela orientação sexual.

'VIVER É A MELHOR OPÇÃO', NOVO LIVRO DE ANDRÉ TRIGUEIRO

1/01/2015
O jornalista André Trigueiro é conhecido da maioria pela sua atuação no jornalismo ambiental, que já lhe rendeu 26 prêmios e comendas, desde que passou a atuar à frente do Jornal das Dez da Globo News, em 1996. Permaneceu como âncora e repórter do telejornal por 16 anos. Desde abril de 2012, é repórter da TV Globo e colunista do Jornal da Globo, onde apresenta o quadro Sustentável. É editor-chefe do programa Cidades e Soluções, exibido pela Globo News desde 2006, comentarista da Rádio CBN desde 2003 e colaborador voluntário da Rádio Rio de Janeiro. Ele ainda mantém o blog Mundo Sustentável, no G1, e o site mundosustentavel.com.br.

Além da luta pelo meio ambiente, Trigueiro está à frente de mais uma urgente batalha pela vida: a prevenção ao suicídio. Esse é o principal motivo da viagem dele a vários estados, para o lançamento de sua nova obra : Viver É a Melhor Opção — A Prevenção do Suicídio no Brasil e no Mundo, pela editora Correio Fraterno. O livro apresenta alternativas para combate dos 800 mil casos de suicídio registrados anualmente em todo o mundo.

— A descoberta de que o suicídio é prevenível em 90% dos casos, e a necessidade de se retirar o véu que há séculos encobre esse tema me motivaram a escrever — explica.

Divulgador da doutrina de Allan Kardec, Trigueiro também leva para o livro a visão espírita sobre o problema. Em entrevista ao jornal Zero Hora, o  jornalista falou sobre jornalismo, sustentabilidade, espiritismo, suicídio, educação e, claro, as mortes em  Santa Maria (RS).

Jornalismo, sustentabilidade, espiritismo, suicídio e educação. Com mais de 20 anos de trabalho, o senhor se tornou uma referência. Mas também é mais do que um seguidor da doutrina espírita, é um divulgador; e, mais recentemente, mergulhou num estudo sobre o suicídio. E ainda se dedica a docência. Como esses assuntos estão relacionados e o que o senhor aprende com cada um deles?

André Trigueiro — Talvez o elo comum a todas essas frentes de trabalho seja o apreço pela vida. Quero ser útil, empregar meu tempo e energia em atividades que de alguma maneira façam a diferença em favor de um mundo melhor e mais justo. Como escreveu certa vez o escritor potiguar Câmara Cascudo: "Eu sou apenas uma célula, uma pequenina célula que procura ser útil na fidelidade da função". Acho essa frase linda.

Vamos começar pelo Jornalismo. Em 2004, o senhor criou o curso de Jornalismo Ambiental da PUC-Rio, que é oferecido como disciplina optativa a todos os cursos. De lá para cá, a mídia traz reflexos importantes do desejo de mudança em direção a uma vida mais sustentável. O senhor enxergou transformações na cobertura ambiental brasileira e nos espaços que os veículos de comunicação do país dedicam à área?

A situação é hoje melhor do que já foi. Há uma progressão do prestígio e do espaço ocupado pelos assuntos da sustentabilidade nas mídias. Mas, na minha opinião, ainda estamos aquém do necessário. A crise é bem maior do que é possível perceber através do noticiário.

Como jornalista, alguma vez o senhor já se sentiu uma andorinha só? Ou, ao contrário, acredita que a sustentabilidade esteja ganhando cada vez mais atenção no Brasil?

Aprendi há muitos anos a não me incomodar se a linha de cobertura jornalística com a qual mais me identifico não for a mais prestigiada na redação. O que, para mim, seria razão de um profundo desconforto é o risco de não seguir o meu coração e a minha consciência. Faço o que acho certo. Essa é a minha bússola.

Em janeiro de 2013, Santa Maria viveu uma devastadora tragédia, o incêndio na boate Kiss. Onde a cobertura jornalística pode ter falhado antes, durante e depois daquelas centenas de mortes?

Não me considero a pessoa mais indicada para fazer uma análise pormenorizada dessa cobertura. Isso demandaria tempo para recuperar a memória do que diferentes veículos de comunicação reportaram à época. Tragédias sempre expõem os jornalistas ao risco do sensacionalismo ou do uso desmedido de imagens apelativas. Mas o que houve na boate Kiss foi em si tão chocante, que, assim me parece, os próprios jornalistas — pelo menos dos veículos mais importantes — foram preventivamente cautelosos na abordagem do assunto. Difícil cobrir ocorrências dolorosas como essa e não se envolver com a história. É como se todos os brasileiros, e não apenas os jornalistas envolvidos diretamente com a cobertura, também tivessem perdido alguém querido na tragédia. 

Como cada cidadão pode agir no gerenciamento de riscos, de modo a evitar esse tipo de tragédia?

Em havendo a menor suspeita de algo errado, cobrar do gerente da casa noturna ou de espetáculos a apresentação de alvarás e licenças. Reparar se há extintores e portas anti-pânico. Ninguém precisa ser especialista no assunto para perceber o risco de haver problemas caso todos tenham que sair do lugar ao mesmo tempo. As autoridades, por sua vez, permanecem em dívida com a sociedade. Não é difícil encontrar por aí lugares onde a segurança é mínima. A cultura do gerenciamento de risco ainda requer esforços permanentes na educação, fiscalização e punição.

Agora, falando de sustentabilidade: o cenário apocalíptico descrito por cientistas agiganta tanto a questão que a distancia do indivíduo. O cidadão não reflete nem age por considerar seu papel muito pequeno. E, sem consciência, também deixa de cobrar políticas públicas que garantam desenvolvimento econômico baseado na premissa da sustentabilidade. Como acelerar a mudança?

A mudança é para ontem. Os indicadores são assustadores, mas a maioria das pessoas só aprende, quando aprende, pela dor. A crise ambiental sem precedentes na história da humanidade é didática, pedagógica. Depende de nós aprender a lição. Ainda há tempo. Mas não muito.

A crise hídrica do Sudeste mostrou que a finitude dos recursos naturais pode estar mais perto da gente do que se imaginava. A água é um dos principais problemas ambientais do mundo. É do Brasil também?

Há muito tempo. Só se surpreendeu com o colapso hídrico quem não vinha acompanhando a evolução do descaso com a mais importante bacia hidrográfica do país, economicamente falando. Falta de saneamento, assoreamento dos rios, desmatamento e outros impactos determinaram a exaustão da bacia. Bastou chover bem menos do que o esperado dois anos seguidos para esses problemas virem à tona. Como disse, a crise é pedagógica. A questão é saber se estamos dispostos a aprender a lição.

O espiritismo é uma válvula de escape?

Muita gente no Brasil ainda fala de espiritismo sem saber exatamente o que seja. Há uma enorme confusão semântica em torno do termo, usualmente associado a qualquer tradição que aceite a prática da mediunidade. "Espiritismo" é um neologismo criado no século XIX por um discípulo do grande educador Pestalozzi, o pedagogo Hippolyte Leon Denizard Rivail — que, mais tarde, adotou o pseudônimo de Allan Kardec — para codificar uma doutrina que procura explicar as leis que regem a vida e o universo. É uma filosofia espiritualista baseada na lógica e no bom senso. Não é proselitista nem se considera o único caminho que leva a Deus. Sou espírita há 30 anos e me sinto bem assim.

Como o senhor leva os ensinamentos dos aprendizados de todos esses trabalhos para dentro de casa? Em uma entrevista ao jornal O Globo, o senhor contou que os móveis de casa são de madeira de demolição, que seu carro não é lavado para não gastar água. O que mais?

Quem se interessa pelos assuntos da sustentabilidade conhece os meios de alcançar um estilo de vida menos impactante. Menos lixo, mais reciclagem ou compostagem. Equipamentos eletroeletrônicos com etiquetas do Inmetro letra "A" de baixíssimo consumo de energia. Baixo consumo de água, nenhuma ostentação, consumo consciente. E por aí vai...

Santa Maria vai ser a primeira cidade onde será lançado o livro Viver É a Melhor Opção. Aqui, o senhor pretende tratar do tema de modo especial?

Veremos como será. Não quero me antecipar. Sou muito espontâneo e intuitivo. A pior tragédia com vítimas da história do Brasil — envolvendo alguma atividade de entretenimento ou lazer — foi o incêndio do Gran Circus Norte Americano, em Niterói, na década de 1960. Trezentas e setenta e duas pessoas morreram na hora e algumas estimativas dão conta de que o número total chegou depois a 500. Niterói hoje é mais lembrada por ser uma cidade com IDH elevado do que pela tragédia (IDH é o Índice de Desenvolvimento Humano, uma medida resumida do progresso a longo prazo da renda, da educação e da saúde. Niterói, é a sétima cidade melhor colocada no índice no país e a número 1 do estado fluminense). Acho que se dará o mesmo com Santa Maria, que é uma cidade repleta de jovens cheios de esperança, vitalidade e desejo de transformar o mundo. A vida segue, como deve ser. A dor da perda de um ente querido — especialmente filhos — nunca deixa de existir, mas pode se transformar em outra coisa. É como diz o autor do best-seller Fernão Capelo Gaivota, Richard Bach: "Eis um teste para saber se você terminou sua missão na Terra: se você está vivo, não terminou".

O senhor vem para falar sobre o papel de cada um na sustentabilidade. E qual o papel de cada um na prevenção ao suicídio, um assunto que esta, como o senhor refere, no esconderijo, é um tema quase proibido na imprensa brasileira?

Ser voluntário do CVV (Centro de Valorização da Vida) é uma forma objetiva, direta, de ajudar na prevenção do suicídio. Basta ter mais de 18 anos, boa vontade e passar no curso de formação dado pela instituição. Desde 1962, esta organização vem oferecendo um serviço gratuito, 24 horas por dia, de apoio emocional e prevenção do suicídio que é reconhecida pelo Ministério da Saúde como de utilidade pública. Pode-se também ajudar na divulgação dos serviços do CVV. No dia a dia, podemos estimular o debate em torno da prevenção do suicídio onde e quando isso se fizer necessário. Em casa, trabalho, escola, universidade, sindicato etc. Por último, mas não menos importante, estarmos prontos para agir quando a Providência Divina solicitar a nossa intervenção, estancando ou aliviando processos dolorosos, consolando corações aflitos, ouvindo desabafos angustiados... Há sempre como interferir positivamente em algum elo da cadeia beneficiando todo o sistema.


Viver É a Melhor Opção _ A Prevenção do 
Suicídio no Brasil e no Mundo

O suicídio é um tema invisível, velado, ausente da mídia e das conversas na sociedade em geral, apesar dos mais de 800 mil casos registrados no mundo a cada ano. No livro, o escritor revela esses e outros números que dão a dimensão do problema e analisa as várias causas que levam as pessoas a ceifar suas vidas. André Trigueiro acredita que com informação, planejamento e, acima de tudo, com a coragem de quebrar o tabu que envolve o assunto, será possível reduzir as estatísticas de auto-extermínio. E cita exemplos bem-sucedidos nesse sentido no Brasil e no mundo.

A partir do ClicRBS. Leia no original

POR HOJE, ESTOU BEM !

9/12/2013
"Bem, quando estou mal, venho aqui me desabafar e me sinto muito bem em poder ter vocês aqui no blog, não me deixam sozinho, pessoas muito semelhantes a mim, me compreendem; e exatamente por isso achei injusto não vir aqui para dizer que estou bem, por hoje estou bem!


Não estou 100%, ainda, mas não piorei, e sinto sim uma melhora, não há um segredo, mas vou contar como tenho feito para alcançar a estrada que esta me tirando da depressão.

Bem, uma coisa eu percebi, as coisas não mudam, nós é quem mudamos. Meus problemas continuam os mesmos, minha forma de encara-los é que esta mudando.

Tenho sido muito mais individualista, tenho minha vida social, mas não me permito me apegar em ninguém  não quero que um qualquer me desestabilize emocionalmente.

Preenchi meu tempo vago, ficar sem fazer nada é a pior coisa que pode acontecer a um depressivo, estudos, trabalho, livros, passeios, filmes, jogos, sempre há algo pra fazer, mesmo que não seja tão interessante assim, mas devemos nos esforçar.

Aceitei que não adiante fugir da dor e da tristeza, na verdade esses sentimento não são tão ruins quando você encara eles como parte da vida, e cedo ou tarde terá que enfrenta-los. É como fugir de uma injeção, ou você enfrenta a dor e segue adiante ou fugirá pro resto da vida, e não progride, e quando enfrente vê que não era tão ruim assim!

Bem, e o velho ingrediente: meditação, em outras palavras, tirar da mente aquilo que não é produtivo, não alimentar pensamentos que sabemos que não vai dar em nada, pensar coisas indevidas é a raiz de todo sofrimento....

Enfim, muita coisa tenho mudado em mim, em mim! sempre em mim, o resto continua tudo igual...

Grande abraço a todos!"
Jonh
A partir da Comunidade QM

PESQUISA TRAÇA MAPA DA SAÚDE MENTAL E SUICÍDO

7/19/2013
Imagem : sxc.hu
Os pesquisadores Adeir Archanjo da Mota, doutorado em Geografia, e Raul Borges Guimarães, do Laboratório de Biogeografia e Geografia da Saúde da Unesp de Presidente Prudente, iniciaram o estudo “Geografia da Saúde Mental e o Suicídio no Brasil: Construção de Geoindicadores e Índice para Política Pública”. Segundo o primeiro levantamento, no Brasil, de 1996 a 2010, quase 120 mil pessoas se suicidaram. Em torno de 22 pessoas tiraram a própria vida por dia, sendo que as taxas mais elevadas prevalecem nas regiões Sul e Sudeste.

Conforme a 10ª Classificação Internacional das Doenças, caracterizam-se como tentativas de suicídio as internações e como suicídios os óbitos provocados por lesões autoprovocadas voluntariamente. O objetivo do estudo é analisar a distribuição espacial do suicídio e sua correlação com a existência de serviços de saúde mental, como também o acesso da população a eles.

Apesar de prevenível, o suicídio está entre as três principais causas de morte entre pessoas com idade entre 15 e 44 anos, sendo a segunda maior causa de óbito dos 15 aos 19 anos. A coordenadora da comissão de divulgação do Centro de Valorização da Vida (CVV) em Uberaba, Valderli Menezes, ressalta que ninguém procura realmente a extinção da própria vida. Na realidade, esta atitude deve ser considerada um ato extremo de comunicação, a última forma que uma pessoa encontra para fazer com que os outros saibam de seu sofrimento. “Hoje, nosso enfoque é na valorização da vida. Previne-se o suicídio quando se dá importância à pessoa que está passando por um sentimento de perda ou de qualquer outra ordem. O ponto central do suicídio é um gesto de comunicação. Pode ser extremo, mas é um pedido de socorro da pessoa que está no limite”, afirma.

Para a coordenadora, o ser humano se equilibra em uma balança e quando ele passa a viver situações de forte dor e sofrimento, o instinto de sobrevivência vai sendo sobrepujado pelo desejo de não sofrer mais. Mais de 80% das pessoas que tentaram tirar a própria vida uma vez voltaram a cometer o ato, quando a verdadeira causa do sofrimento não foi trabalhada.

O Centro de Valorização da Vida (CVV), instituição filantrópica em Uberaba, tem sede à rua Fausto Salomão Trezzi, nº 40, atendendo por meio dos telefones 141 e (34) 3317-4111, das 15h às 23 horas. O CVV atende ainda através da internet, pelo endereço www.cvv.org.br.
 
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