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ATAQUES VIRTUAIS SERVEM DE ALERTA SOBRE SUICÍDIOS

9/27/2017

Apesar de ser um grave problema de saúde pública, com tendência de crescimento nos próximos anos, pois acompanha a expansão de doenças como a depressão, o suicídio ainda é um tabu no Brasil. Dificuldade de obter dados, preconceito e medo de estimular a prática ao falar sobre ela são fatores que dificultam a discussão e o desenvolvimento de políticas públicas, segundo estudos e especialistas consultados.

Neste ano, o silêncio que ronda o tema foi quebrado com a divulgação do Baleia Azul, o jogo virtual que envolveria o estímulo às mutilações corporais de jovens e até ao suicídio. O game virou tema de novela e mesmo de operação da Polícia Federal, que prendeu acusados de aliciar crianças e adolescentes por meio do Baleia Azul.

O fato trouxe à tona uma realidade comum: a ocorrência do assédio virtual, também chamado de cyberbullying. O debate sobre o delicado tema é estimulado este mês, no âmbito do Setembro Amarelo, para sensibilizar a sociedade para a prevenção ao suicídio.

Além do jogo, casos como o do jovem americano Tyler Clementi, de 18 anos, que se suicidou após ter fotos íntimas divulgadas pelo colega de dormitório, e da britânica Hannah Smith, de 14 anos, que se matou após receber ofensas na rede, têm chamado a atenção de pesquisadores e instituições públicas.

Segundo o integrante do Grupo de Estudo e Pesquisa em Suicídio e Prevenção (GEPeSP), Pablo Nunes, não há estudos confiáveis que comprovem a ligação direta entre crescimento do número de suicídios e ataques nas redes sociais. No entanto, indícios dessa relação pedem atenção ao ambiente online.

“O fato é que a popularização da internet tem propiciado a circulação de informações sobre métodos de se suicidar e a proliferação de grupos de pessoas em sofrimento. Nesses grupos, os participantes discutem meios, lugares e 'encorajam' uns aos outros. No caso da automutilação, são centenas as páginas e grupos dedicados. Em muitas escolas o fenômeno já virou problema sério”, explica Pablo Nunes.

Além disso, o pesquisador destaca que o anonimato  faz das mídias sociais um ambiente favorável para ataques.

Segundo o Safernet, organização não governamental (ONG) que recebe denúncias sobre crimes que ocorrem na internet, em 2016, 39,4 mil páginas da internet foram denunciadas por violações de direitos humanos, que incluem conteúdos racistas, de incitação à violência, que contém pornografia infantil, etc.

A ONG, que também oferece apoio às vítimas de crimes que ocorrem na internet, registrou no ano passado 312 pedidos de orientação e auxílio relacionados à intimidação ou discriminação na rede. A mesma quantidade de solicitações de apoio às vítimas do vazamento de fotos e vídeos íntimos, prática conhecida como sexting, foi registrada. Foi a primeira vez que o cyberbullying ocupou o primeiro lugar no ranking dos motivos que levaram a pedidos de ajuda. Já 128 casos relataram sofrimento devido a conteúdos de ódio e violência.

Ataques virtuais

A consultora em políticas LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) e Direitos Humanos Evelyn Silva, de 43 anos, foi diagnosticada com depressão severa há mais de dez anos. Desde julho, a situação piorou depois que sofreu uma série de ataques na rede. Colunista de um site feminista, ela escreveu um texto sobre problemas recorrentes em relações entre lésbicas e bissexuais. A repercussão do texto veio junto a diversas mensagens violentas.

“O tema é polêmico, mas foi muito mais do que isso. Eu recebi mensagens de violência muito complicadas, de pessoas que eu não conheço, a maior parte da mensagem tinha cunho lesbofóbico. Chegaram a ameaçar a revista porque ela estaria dando guarida para uma 'bifóbica'”, relata a militante de direitos LGBT, que já havia sofrido ameaças de morte e “estupro corretivo” nas redes vindas dos chamados haters, pessoas que postam comentários de ódio na internet.

É ódio puro. As pessoas não têm a menor ideia de quem você é, mas elas estão ali colocando para fora uma opinião que elas nunca expressariam pessoalmente”.

Muitas mensagens evidenciavam que as pessoas não haviam lido o texto, pois faziam referência a temas não abordados nele. Evelyn também foi alvo de uma série de pedidos de bloqueio no Facebook, que acabou suspendendo sua conta por 24 horas e, depois, por 72 horas. Apesar de ter buscado explicar a situação à empresa, não obteve nenhuma resposta.

Depois dos ataques, Evelyn decidiu se afastar das redes sociais, o que não impediu, entretanto, que ela enfrentasse crises de transtorno de ansiedade e pânico, o que dificultaram atividades básicas como trabalhar e sair de casa. “Bati no fundo do poço”, afirma.

Monitoramento dos parentes

Evelyn revela que outros problemas ajudaram a reforçar o quadro de doenças e que ela chegou a pensar em cometer suicídio. Para evitá-lo, ela passa por um tratamento com monitoramento, uma técnica que envolve a presença constante e acolhedora de uma rede de amigos e parentes.

A consultora acredita que falar e expor a situação é importante para quebrar o tabu sobre o tema. A opinião é compartilhada por Pablo Nunes. “Preferir manter o suicídio no desconhecimento auxilia na manutenção do tabu, sendo mais difícil traçar ações de prevenção e sensibilização”.

O pesquisador explica que uma cobertura responsável da mídia, em vez de produzir o temido efeito de contágio, é considerada importante pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que oferece manuais e treinamento para jornalistas sobre como reportar casos.

Ao falar sobre suicídio, é preciso que também sejam apontados mecanismos de prevenção.

No ambiente da rede, isso começa com a adoção de mecanismos de proteção, como uso de aplicativos seguros para compartilhamento de fotos íntimas para pessoas conhecidas; cuidados com senhas; denúncias de agressores; busca de delegacias especializadas, quando necessário, e, principalmente, informação.

“Um adolescente que sabe como funciona determinado aplicativo, que entende as questões relacionadas ao anonimato e enxergue os potenciais prejuízos de um vazamento de informações pessoais possa ter, será um indivíduo que certamente prevenirá que situações como essas aconteçam”, defende o pesquisador.

A partir da Agência Brasil. Leia no original

SUICÍDIOS NO BRASIL : 11 MIL TIRAM A PRÓPRIA VIDA POR ANO

9/24/2017

Cerca de 11 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos no Brasil. De acordo com o primeiro boletim epidemiológico sobre suicídio, divulgado hoje (21) pelo Ministério da Saúde, entre 2011 e 2016, 62.804 pessoas tiraram suas próprias vidas no país, 79% delas são homens e 21% são mulheres. A divulgação faz parte das ações do Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção ao suicídio. 

A taxa de mortalidade por suicídio entre os homens foi quatro vezes maior que a das mulheres, entre 2011 e 2015. São 8,7 suicídios de homens e 2,4 de mulheres por 100 mil habitantes.

Para a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis e Promoção da Saúde, Fátima Marinho, esse número é maior pois há uma perda de diagnóstico dos casos de suicídio. Segundo ela, nas classes sociais mais altas há um tabu sobre o tema, questões relacionadas a seguros de vida e diagnósticos feitos por médicos da família. “As pessoas mais pobres, em geral, captamos a morte porque ele vai pro IML [Instituto Médico Legal]”, explicou.

Das 1,2 milhão de mortes, em 2015, 17% tiveram causa externa. Dessas 40% são registradas por causas não determinadas, segundo Fátima. “Ainda tem 6% de mortes que ainda não conseguimos chegar na causa. São cerca de 10 mil mortes que foram por causa externa, violenta, mas não sabe porquê. Por isso temos esse subdiagnostico do suicídio”, disse.

No Brasil, os idosos, de 70 anos ou mais, apresentaram as maiores taxas, com 8,9 suicídios para cada 100 mil habitantes, mas, segundo Fátima, em números absolutos, a população idosa vem aumentando. Além disso, eles sofrem mais com doenças crônicas, depressão e abandono familiar. Ela explica que esse índice alto de suicídio entre idosos é observado no mundo todo.

Os dados apontam que 62% dos suicídios foram causados por enforcamento. Entre os outros meios utilizados estão intoxicação e arma de fogo. Fátima conta que nos Estados Unidos são registrados mais suicídios por armas de fogo porque o acesso é mais facilitado.

A proporção de óbitos por suicídio também foi maior entre as pessoas que não têm um relacionamento conjugal, 60,4% são solteiras, viúvas ou divorciadas e 31,5% estão casadas ou em união estável. “E os homens casados se suicidam menos. O casamento é um fator de proteção para os homens e de risco para as mulheres”, disse Fátima, explicando que existe uma associação das tentativas de suicídio das mulheres com a violência intradomiciliar. Ela compara que as mulheres tentam mais e, por outro lado, os homens anunciam menos, mas são os que mais morrem por suicídio.

Entre 2011 e 2015, a taxa de mortalidade por suicídio no Brasil foi maior entre a população indígena, sendo que 44,8% dos suicídios indígenas ocorreram na faixa etária de 10 a 19 anos. A cada 100 mil habitantes são registrados 15,2 mortes entre indígenas; 5,9 entre brancos; 4,7 entre negros; e 2,4 morte entre os amarelos.

Para Fátima, o alto risco de suicídio entre jovens indígenas compromete o futuro dessas populações, já que elas também há um alto risco de mortalidade infantil.

Segundo a secretaria especial de Saúde Indígena, Lívia Vitenti, existe um número alto de indígenas em sofrimento por uso álcool, disputas territoriais e conflitos com a família e com a população não indígena. Entre os jovenes, então, há falta de perspectivas de vida. Entretanto, o problema do suicídio indígenas não está distribuído por todo o território, sendo mais frequente entre os Guarani Kaiowá, Carajás e Ticunas.

Tentativas de suicídio

As notificações de lesões autoprovocadas tornaram-se obrigatórias a partir de 2011 e elas seguem aumentando. Entre 2011 e 2016, foram notificadas 176.226 lesões autoprovocadas; 27,4% delas, ou seja, 48.204, foram tentativas de suicídio.

As tentativas de suicídios são mais frequentes em mulheres. Das 48.204 pessoas que tentaram tirar a própria vida entre 2011 e 2016, 69% era mulheres e 31% homens. A proporção de tentativas de suicídio, de caráter repetitivo também é maior entre as mulheres. Entre 2011 e 2016, daqueles que tentaram suicídio mais de uma vez, 31,3% são mulheres e 26,4 são homens.

O meio mais utilizado nas tentativas de suicídio foi por envenenamento, 58%. Seguido de objeto pérfuro-cortante, 6,5%; enforcamento, 5,8%.

Fatores de risco e proteção

Entre os fatores de risco para o suicídio estão transtornos mentais, como depressão, alcoolismo, esquizofrenia; questões sociodemográficas, como isolamento social; psicológicas, como perdas recentes; e condições incapacitantes, como lesões desfigurantes, dor crônica e neoplasias malignas. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que tais aspectos não podem ser considerados de forma isolada e cada caso deve ser tratado de forma individual.

Segundo o Ministério da Saúde, a existência de um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) no município reduz em 14% o risco de suicídio. Na análise feita, é o único fator de proteção ao suicídio. Fátima ressalta, entretanto, que é preciso uma melhor distribuição desses centros, principalmente nas áreas com mais concentração de suicídios. Existem hoje no Brasil 2.463 Caps em funcionamento.

Como a ocorrência de suicídio é grande entre os indígenas, ser indígena por si só já é um fator de risco, explicou Fátima. Pessoas que trabalham na agropecuária, que tem acesso a pesticidas, também são vulneráveis a cometerem suicídio por intoxicação.

Os casos acontecem em quase todo país, mas Região Sul concentrou 23% dos suicídios, entre 2010 e 2015. Segundo Fátima, alto nível de renda, pouca desigualdade social e baixo índices de pobreza são características de municípios que concentram mais suicídios.

Ela explica, entretanto que, no caso da Região Sul, existe a associação dos casos de suicídio com a agricultura, especificamente a cultura da folha do tabaco. Segundo Fátima, a folha verde do fumo pode causar uma intoxicação neurológica em quem mantém um contato muito próximo, “o efeito dessa intoxicação é chamada bebedeira da folha verde do fumo”.

Além disso, o pesticida usado nessa cultura contém manganês, que é absorvido e depositado no sistema nervoso central. Fátima ressalta, entretanto, que esta é uma associação e que ainda não existe o nexo causal entre esse tipo de pesticida e os casos de suicídio.

“Então temos o risco ocupacional e a pressão social e econômica em cima de agricultores familiares. É uma exposição conjunta”, disse a diretora. Ela explicou que as políticas de incentivo para a diversificação das culturas no sul do país não tiveram um impacto importante pois o tabaco ainda é muito lucrativo.

Além da Região Sul e de áreas indígenas, esse levantamento trouxe novas áreas com altas taxas de suicídio, que são a região da divisa de São Paulo e Minas Gerais e o estado do Piauí. Segundo Fátima, esses locais ainda precisam ser mais estudos, mas também há uma associação ao uso de pesticidas e a agricultura.

Agenda global

Mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida por ano no mundo. Por isso, em 2013, a Organização Mundial da Saúde desenvolveu um plano de ações em saúde mental que pretende reduzir em 10% da taxa de suicídio até 2020.

O coordenador de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, Quirino Cordeiro, disse que o governo promovia ações na área de prevenção ao suicídio, mas agora que está começando a fazer uma política focada no tema. Uma das ações estratégicas é a construção do Plano Nacional de Prevenção ao Suicídio, para ampliar as ações para as populações vulneráveis.

Segundo ele, o Ministério da Saúde quer expandir a rede de CAPS, inclusive entre a população indígena, além de outras estratégias de cuidados na saúde mental. É importante ainda cruzar os mapas para identificar possíveis associações de causas de suicídios, como a associação com pesticidas. Outros órgãos e ministérios serão convidados para apoiar futuras ações.

Quirino explica que as políticas de prevenção ao suicídio devem focar em dois fatores, nos transtornos metais e nos meios de suicídio. “Sabemos que entre os vários fatores para o suicídio existe a presença do transtorno mental não tratado de maneira apropriado, então ter políticas públicas focadas nesses transtornos é importante”, disse.

Outra frente de ações é o controle de meios para o suicídio, segundo Quirino, que tem um impacto importante na redução dessas mortes. “Muitas vezes quem comete suicídio está passando por problemas graves e acaba fazendo uma tentativa por desespero. Mas se não tem à mão um método, muitas vezes aquele momento passa e a pessoa não efetiva”, disse, explicando que o controle de armas é importante no Brasil, por exemplo, pois onde se restringe o acesso a armas, se reduz os casos de suicídio.

Acordo com o CVV

O Ministério da Saúde, desde 2015, tem uma parceria com o Centro de Valorização da Vida (CVV), que começou com um projeto-piloto no Rio Grande do Sul. O CVV realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, e-mail, chat e voip 24 horas todos os dias.

O objetivo da parceria é ampliar gradualmente a gratuidade de ligações para o CVV, mesmo que por celular, por meio do número 188. Além do Rio Grande do Sul, a partir de 1º de outubro, pessoas de mais oito estados poderão ligar gratuitamente para o serviço: Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Piauí, Santa Catarina, Rio de Janeiro, Rondônia e Roraima.

De acordo com o Ministério da Saúde, 21% da população brasileira reside nos nove estados a serem atendidos gratuitamente pelo CVV, o que garante uma ampla cobertura. O acordo já ampliou o número de atendimentos, de 4,5 mil em setembro de 2015, para 58,8 mil em agosto de 2017. Até 2020 todo o território nacional poderá contar com o atendimento pelo 188.

No restante dos estados, o CVV ainda atende pelo número 141 ou diretamente no posto regional. Em cidades sem posto de atendimento do CVV, as pessoas podem utilizar o atendimento por chat, skype e e-mail disponíveis na página do CVV.

O boletim epidemiológico sobre suicídio está disponível na página do Ministério da Saúde. A pasta também disponibiliza materiais de orientação para jornalistas, profissionais de saúde e população geral.

Por 
Andreia Verdélio

A partir da Agência Brasil. Leia no original


QUEM VAI SE MATAR NÃO AVISA ? VEJA COMO PREVENIR SUICÍDIOS

9/13/2017

“Falar é a melhor solução” é o slogan do “Setembro Amarelo”, campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), 90% dos casos poderiam ser evitados e, um dos caminhos, é conversar e fazer o tema deixar de ser um tabu.

A seguir, com a ajuda de Karen Scavacini, psicoterapeuta e autora do livro “E Agora? Um Livro para Crianças Lidando com o Luto por Suicídio” (AllPrint Editora), e Eliane Soares, voluntária do CVV (Centro de Valorização da Vida) há 18 anos, listamos dicas práticas de como você pode ajudar a prevenir essas mortes.

Leve ameaças a sério

Um dos grandes mitos sobre o suicídio está em pensar que quem vai se matar não dá sinais. Se alguém chega ao ponto de dizer algo do gênero, é porque tem algo errado. Portanto, diante de uma ameaça, coloque-se à disposição para ajudar essa pessoa. 

Cuide de quem está de luto

Existem grupos --presenciais e online--  de apoio para ajudar pessoas que viveram o suicídio de uma pessoa amada. Para cada pessoa que se mata, cerca de dez são afetadas diretamente, segundo Karen. Por isso, é preciso cuidar de quem fica. A culpa é um sentimento frequente entre filhos, pais, parceiros e outros que conviviam com o suicida por acharem que poderiam ter evitado a morte. Entretanto, ninguém é culpado.

Não guarde segredos

Principalmente entre os adolescentes, é comum que a pessoa que pensa em tirar a própria vida desabafe e peça segredo. Para ajudar a prevenir, o indicado é não se calar diante de uma ameaça de suicídio. É preciso entender que, ao dividir o assunto com um adulto de confiança, por exemplo, você não estará expondo a pessoa, mas ajudando-a a sair da melhor forma da situação. No caso de adultos que receberem uma notícia como essa, o ideal é procurar um familiar que possa ajudar de maneira efetiva a encontrar um caminho.

Seja um bom ouvinte

Quando o assunto é suicídio e você se coloca à disposição para ajudar, o ponto principal é ouvir sem criticar e julgar. Eliane diz que quando o suicida tem a oportunidade de desabafar e sinalizar o sofrimento, a probabilidade de cometer o ato diminui. Deixe a pessoa falar o que sente.

Ajude a diminuir o tabu

A falta de conhecimento sobre o assunto é uma das chaves para a prevenção do suicídio não funcionar. Quando falamos sobre o suicídio, não estamos incentivando a prática, mas clareando os caminhos para preveni-lo. Diante de uma mudança brusca de comportamento, preste atenção no próximo e coloque as dicas anteriores em ação.

A partir do UOL. Leia no original
Imagem : Wikimedia

'PENSAMENTOS SUICIDAS ESTAVAM LÁ', DIZ VIÚVA DE CHESTER BENNINGTON

9/09/2017
Viúva de Chester Bennington publica foto do cantor com os filhos: 'pensamentos suicidas estavam lá'


Foto foi tirada dias antes do vocalista do Linkin Park ter sido encontrado morto.

“Isso aconteceu dias antes do meu marido tirar a própria vida. Os pensamentos suicidas estavam lá, mas você nunca sabe”, escreveu Talinda Bennington em sua conta no Twitter.

A viúva de Chester Bennington publicou, no dia 07/09/17, uma foto tirada alguns dias antes do suicídio do vocalista da banda Linkin Park em julho deste ano.

Talinda já havia se manifestado sobre a morte do marido:

"Eu perdi minha alma gêmea, e minhas crianças perderam o herói delas - o papai. Nós tínhamos vida de conto de fadas e agora se tornou uma tragédia de Shakespeare. Como eu posso seguir a vida?", destacou a viúva.

SETEMBRO AMARELO : FALAR É A MELHOR SOLUÇÃO

9/04/2017

Setembro está se iniciando e, com ele, chamamos a todos para falar sobre suicídio, um tema ainda tabu na nossa sociedade.

O CVV (Centro de Valorização da Vida), a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e Conselho Federal de Medicina (CFM) trouxeram para o Brasil, em 2014, a campanha "Setembro Amarelo". Na mesma lógica do “Outubro Rosa” e “Novembro Azul”, o "Setembro Amarelo" tem como objetivo chamar a atenção das pessoas à problemática do suicídio e estimular a conversa sobre a questão por meio de diversas atividades que serão realizados no decorrer de setembro.

O dia 10 de setembro foi oficializado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.

O suicídio é uma questão urgente e preocupante. Um dado alarmante é que o suicídio é a segunda maior causa de mortes entre jovens na faixa de 15 a 29 anos. No Brasil, a cada 45 minutos uma pessoa morre por suicídio (32 por dia), de acordo com dados do Ministério da Saúde de 2014. Segundo a OMS, a cada ano, mais de 800 mil pessoas tiram a própria vida no mundo. A OMS prevê que o número de suicídios no mundo pode dobrar até 2020.

Esses dados mostram que o suicídio é uma questão de saúde pública.

O suicídio é uma questão que impacta a sociedade como um todo, pois ele não escolhe cor, raça, nível social ou cultural.  Estudo realizado pelo IBGE, com coordenação da OMS, na região de Campinas, mostrou que ao longo da vida, 17,1% dos brasileiros “pensaram seriamente em por fim à vida”, 4.8% chegaram a elaborar um plano para tanto, e 2,8% efetivamente tentaram o suicídio.

O silêncio é a pior solução. De cada três pessoas que tentaram o suicídio, apenas uma foi, logo depois, atendida em um pronto-socorro. Um dado importante para ser compartilhado é que 90% dos casos pode ser prevenido.

Ações

Uma das ações que mais chamam a atenção durante a campanha é a iluminação de pontos turísticos e de destaque com a cor amarela, como aconteceu com o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, nos últimos anos. O desafio é aumentar o número de pontos iluminados de amarelo e ações de engajamento nas ações de prevenção ao suicídio este ano, mas é necessária a adesão de prefeituras, clubes, condomínios comerciais e residenciais e qualquer outra organização que possa ajudar nas ações.

Para colaborar, qualquer pessoa pode divulgar em suas redes sociais, iluminar ou identificar a fachada de uma casa ou prédio e sugerir a iluminação do local de amarelo, promover passeios de motos ou bicicletas com balões, fitas ou panos amarelos, caminhadas com camisetas amarelas, debates ou outras ações que impactem a população.

O site setembroamarelo.org.br traz mais informações e alguns materiais de apoio que podem ser utilizados sem prévia autorização. Todos que enviarem fotos de suas iniciativas para o e-mail setembroamarelo@cvv.org.br poderão ver o material compartilhado na fanpage do CVV (facebook.com/cvv141) ou do Setembro Amarelo (facebook.com/setembroamarelo).

Sobre o CVV

O CVV - Centro de Valorização da Vida, fundado em São Paulo em 1962, é uma associação civil sem fins lucrativos, filantrópica, reconhecida como de Utilidade Pública Federal em 1973. Presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional para todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo. Os mais de um milhão de atendimentos anuais são realizados por 2.000 voluntários em 18 estados mais o Distrito Federal, pelo telefone 141 (24 horas), pessoalmente (nos 76 postos de atendimento) ou pelo www.cvv.org.br via chat, Skype e e-mail. Desde setembro de 2015 realiza o atendimento pelo telefone 188, primeiro número sem custo de ligação para prevenção do suicídio, nesse primeiro momento exclusivamente no estado do RS.

Atividades Marcadas para o Mês de Setembro:

Dia 10/09 –  Caminhada pela Valorização da Vida e Pedalada pela Vida. Local da Concentração: Av. Paulista, esquina com a Brigadeiro Luiz Antonio. Horário: 10 horas. Não é preciso fazer inscrição.

Dia 11/09 – Seminário Setembro Amarelo. Conversando sobre Prevenção do Suicídio - Local: Câmara Municipal de São Paulo, Viaduto Jacareí, 100 - 1º Andar. Horário: 14 às 18 horas. Não é preciso fazer inscrição.

Dia 12/09 - Seminário Setembro Amarelo. Conversando sobre Prevenção do Suicídio - Local : Assembleia Legislativa ​do Estado de São Paulo - ​      ​                   Auditório​ Franco Montoro​.-​ Av Pedro Alvares Cabral, 201 - Horário a partir das 14 horas - ​Não​ ​é preciso fazer inscrição.

Dia 14/09 – Caminhada Noturna pela Valorização da Vida. Local da Concentração: em frente ao Teatro Municipal de São paulo, no centro. Horário: 20 horas. Não é preciso fazer inscrição.

'SURTO DE SUICÍDIOS' NA USP MOBILIZA ALUNOS E PROFESSORES

9/03/2017
Marcos Santos/USP Imagens

Um série de tentativas de suicídio entre alunos do quarto ano de medicina da USP tem mobilizado estudantes e professores de uma das melhores faculdades do país.

Ao menos seis casos foram registrados neste ano –três nas últimas semanas de abril.

O clima de tensão aparece em páginas do Facebook dos estudantes –que citam "surto de suicídios"– e em textos de professores aos alunos.

"Ficamos muito chocados com os acontecimentos recentes envolvendo a saúde dos alunos. Há uma grande apreensão e tristeza pairando em todos nós", escreveu o coordenador do curso de clínica médica do quarto ano, Arnaldo Lichtenstein.

Em outra carta, um grupo de profissionais do serviço de psicoterapia do IPq (Instituto de Psiquiatria da USP) fala sobre a angústia dos alunos.

"Esgotamento, ansiedade, depressão, internações psiquiátricas, tentativas de suicídio, mortes. Os relatos [dos estudantes] nos parecem crescentes em frequência e intensidade, e soam como um pedido de ajuda."

O texto fala sobre as dificuldades em lidar com o assunto no ambiente acadêmico e termina com um convite para que os alunos saiam do silêncio e falem "do que não se fala, a não ser na privacidade dos corredores".

Na condição de anonimato, a Folha conversou com seis estudantes. Eles relatam que, no quarto ano, o aluno fica mais vulnerável porque as pressões se multiplicam.

"A formatura está próxima e a realidade da profissão vai matando as ilusões dos tempos de calouros. Há disputas infantis por notas, muitas divulgadas nominalmente."

Outro afirma que não existe tempo suficiente para atividades que não estejam ligadas ao mundo médico. As aulas começam às 8h e terminam às 18h quase todos dias.

"Além do cansaço mental, da desumanização cotidiana, temos que ter a cabeça tranquila para estudar doenças."

Os alunos apontam como um dos focos do problema a disciplina de clínica médica. "Em apenas dez semanas de duração, somos cobrados sobre fisiopatologia das doenças, sobre diagnósticos e sobre quais exames solicitar para excluir ou confirmar hipóteses", relata um deles.

Ele se queixam também que a saúde mental do aluno não é considerada quando se trata de faltas. "As notas de conceito [quase 50% da nota final] são multiplicadas pela frequência. Se o aluno está deprimido, não consegue ir às aulas. Mas não podemos faltar sem punição. Não temos tempo para cuidar da nossa saúde mental e física."

Outro fator de estresse são as "panelas". No quarto ano, são formados grupos de cerca de 15 alunos para o estágio obrigatório (internato).

Em várias universidades, como na Unicamp, os grupos são formados por sorteio, mas, na USP, é por livre escolha. São os alunos que decidem com quem se agruparão, o que gera grupos de exclusão e perseguição.

"Alunos mal vistos ou que não são bem relacionados, por inúmeros motivos, acabam sobrando e formando a famigerada 'panela lixo' ou são excluídos e têm que mendigar uma vaga entre os grupinhos já formados."

APOIO PSICOLÓGICO

Para Francisco Lotufo Neto, professor de psiquiatria indicado pela diretoria da FMUSP para falar sobre o assunto, as tentativas de suicídio estão relacionadas a uma soma de fatores.

"São jovens em amadurecimento, enfrentando a entrada numa profissão que tem contato com o sofrimento humano. É um curso difícil, que exige das pessoas. Também há a pressão pelo sucesso."

Em sua opinião, isso tudo leva a uma maior predisposição à depressão, que é mais prevalente entre os estudantes de medicina do que na população em geral.

Segundo ele, na comissão de graduação já existe um grupo que acompanha os alunos com dificuldades (por exemplo, que foram mal nas provas ou que têm faltado às aulas), mas que agora, após as tentativas de suicídio, foi criado um grupo de atendimento psicológico para atendimento individualizado.

Foi instituída também uma linha telefônica que funciona 24 horas para onde os alunos podem ligar em situações de emergência. "Fiquei como plantonista o fim de semana todo, mas ninguém ligou", diz Lotufo.

Sobre as queixas relativas à falta de tempo dos alunos, ele afirma que a nova grade curricular da medicina, implantada a partir de 2015, já prevê mais tempo livre aos alunos. "O atual quarto ano ainda segue a grade antiga."

Em relação às panelas, disse que já houve uma proposta da direção em adotar sorteios na formação dos grupos, mas que a maioria dos alunos foi contrária à ideia.

Sinais de Alerta

Ilustração Carolina Daffara/Editoria de Arte/Folhapress
  • falar sobre querer morrer
  • procurar formas de se matar
  • falar sobre estar sem esperança ou sobre não ter propósito
  • falar sobre estar se sentindo preso ou sob dor insuportável
  • falar sobre ser um peso para os outros
  • aumento no uso de do álcool e drogas
  • agir de modo ansioso, agitado ou irresponsável
  • dormir muito ou pouco
  • se sentir isolado
  • demonstrar raiva ou falar sobre vingança
  • ter alterações de humor extremas
  • quanto mais sinais, maior pode ser o risco da pessoa
Ilustração Carolina Daffara/Editoria de Arte/Folhapress
O que fazer
  • não deixar a pessoa sozinha
  • tirar de perto armas de fogo, álcool, drogas ou objetos cortantes
  • ligar para canais de ajuda
  • levar a pessoa para uma assistência especializada
Ilustração Carolina Daffara/Editoria de Arte/Folhapress
Alguns pontos de alerta para depressão em adolescentes:
  • Mudanças marcantes na personalidade ou nos hábitos
  • Piora do desempenho na escola, no trabalho e em outras atividades rotineiras
  • Afastamento da família e de amigos
  • Perda de interesse em atividades de que gostava
  • Descuido com a aparência
  • Perda ou ganho inusitado de peso
  • Comentários autodepreciativos persistentes
  • Pessimismo em relação ao futuro, desesperança
  • Disforia marcante (combinação de tristeza, irritabilidade e acessos de raiva)
  • Comentários sobre morte, sobre pessoas falecidas e interesse por essa temática
  • Doação de pertences que valorizava
Cerca de 90% das pessoas que morrem de suicídio possuíam transtornos mentais. Elas poderiam ser tratadas e acompanhadas


Mitos em relação ao suicídio

Se eu perguntar sobre suicídio, poderei induzir uma pessoa a isso

Questionar sobre ideias de suicídio, fazendo-o de modo sensato e franco, fortalece o vínculo com uma pessoa, que se sente acolhida e respeitada por alguém que se interessa pela extensão de seu sofrimento.

Ele está ameaçando o suicídio apenas para manipular...

Muitas pessoas que se matam dão previamente sinais verbais ou não verbais de sua intenção para amigos, familiares ou médicos. Ainda que em alguns casos possa haver um componente manipulativo, não se pode deixar de considerar a existência do risco de suicídio.

Quem quer se matar, se mata mesmo

Essa ideia pode conduzir ao imobilismo. Ao contrário dessa ideia, as pessoas que pensam em suicídio frequentemente estão ambivalentes entre viver ou morrer. Quando falamos em prevenção, não se trata de evitar todos os suicídios, mas sim os que podem ser evitados.

Veja se da próxima vez você se mata mesmo!

O comportamento suicida exerce um impacto emocional sobre nós, desencadeia sentimentos de franca hostilidade e rejeição. Isso nos impede de tomar a tentativa de suicídio como um marco a partir do qual podem se mobilizar forças para uma mudança de vida.

Uma vez suicida, sempre suicida!

A elevação do risco de suicídio costuma ser passageira e relacionada a algumas condições de vida. Embora a ideação suicida possa retornar em outros momentos, ela não é permanente. Pessoas que já tentaram o suicídio podem viver, e bem, uma longa vida.

Telefones e sites de ajuda

Centro de Valorização da Vida (CVV): 141

Também é possível entrar em contato e receber apoio emocional do CVV via internet, a partir de email, chat e Skype 24 horas por dia


Fontes: American Foundation for Suicide Prevention; Centro de Valorização da Vida; "Comportamento suicida: vamos conversar sobre isso?", de Neury José Botega, membro-fundador da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio; "Preventing Suicide: A Global Imperative", da Organização Mundial da Saúde

A partir da Foilha de S.Paulo. Leia no original

PÂNICO : ALGUNS SINTOMAS DA DOENÇA

8/30/2017

A saúde mental ainda é considerada um tabu por muitos, apesar dos dados alarmantes: cerca de 15,1% da população brasileira sofre com algum tipo de transtorno, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS), divulgado em 2017. Deste percentual, 9,3% têm ansiedade, um dos principais problemas de saúde que desencadeiam a síndrome do pânico.

No último ano, apesar do receio em falar sobre o tema, diversas celebridades têm ajudado a derrubar o preconceito em torno da enfermidade. Giovanna Antonelli foi uma delas. Ela afirmou ter sofrido crises de pânico, aos 12 anos, assim como o padre Fábio de Melo que disse, recentemente, estar lutando contra a síndrome.

Ao compartilhar o momento difícil e sua melhora ao buscar tratamento médico, tanto o padre quanto Giovanna puderam alertar pessoas que sofrem com o mal ou que têm familiares na mesma situação a enfrentar ou até identificar transtorno.


Síndrome do pânico: o que é?


A síndrome que acomete três vezes mais mulheres que homens faz parte do que os especialistas enquadram de transtorno de ansiedade. De acordo com Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), só é considerado transtorno do pânico quando os ataques não acontecem imediatamente a uma situação de estresse ou de ameaças físicas reais, como por exemplo um assalto.

"As crises duram cerca de 10 a 20 minutos e se repetem com frequência semanal ou diária", explica Mario Louzã, psiquiatra e doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, na Alemanha, e que atende em São Paulo. "Os ataques podem ocorrer até mesmo durante o sono", diz. "A síndrome deve ser compreendida como um transtorno de causa multifatorial, com impacto genético, dos hormônios e até do ambiente socioeconômicos", diz Triana Portal, psicóloga clínica, também de SP. Traumas, frustrações, preocupações financeiras ou perdas emocionais são alguns gatilhos que causam a crise.

Tratamento

O tratamento do transtorno do pânico é acompanhado por psiquiatras que prescrevem medicamentos e também indicam psicoterapia, que ajuda a identificar o pânico e criar mecanismos para manter o controle durante a crise. O tratamento é contínuo, mesmo que o indivíduo entre em um quadro assintomático, "já que a suspensão abrupta dos medicamentos podem provocar crises ainda mais severas que as iniciais”, afirma Louzã. O especialista diz ainda que não há uma "cura", mas, sim, uma diminuição da dosagem dos remédios e espaçamento das consultas.




Veja alguns sintomas da síndrome do pânico

  • Palpitação ou taquicardia

    É uma das reações mais comuns. O coração bombeia mais sangue enquanto as amígdalas cerebrais --estruturas responsáveis pelas emoções de medo e apreensão e que não têm nada a ver com as glândulas da garganta-- entram em intensa atividade. E como acontece em um susto, elas descarregam adrenalina no organismo, como se preparassem o corpo para fugir de um perigo. Esse é o sintoma que mais assusta pessoas durante as crises, que acham que estão sofrendo um ataque cardíaco.
  • Suor excessivo e tremor
    O corpo e a mente estão completamente interligados. Com a descarga do homônio da adrenalina no organismo, o estado de apreensão causa tais reações físicas de nervosismo.
  • Falta de ar e asfixia
    A dificuldade de respirar acontece em decorrência da aceleração cardíaca e do medo de não entender o que está acontecendo com o corpo.
  • Enjoo, tontura, calafrios e boca seca

    O estresse experimentado pelo organismo também causa essas reações fisiológicas. 30% dos pacientes dos pacientes apresentam algum problema no sistema vestibular --conjunto de órgão do ouvido interno, responsável por perceber os movimentos do corpo--, fazendo com que o cérebro receba informações errôneas sobre a posição em relação ao espaço, causando a sensação de queda e flutuação.
  • Despersonalização e desrealização

    Percebidos em crises mais severas, esses episódios são descritos como uma separação do corpo, de não se identificar durante a crise nem reconhecer o ambiente. Há pessoas que relatam não reconhecer o quarto e seus objetos pessoais, por exemplo.
Fonte: Mario Louzã, psiquiatra e doutor em Medicina pela Universidade de Würzburg, na Alemanha. Yuri Busin, psicólogo e diretor Centro de Atenção à Saúde Mental - Equilíbrio (SP). Triana Portal, psicóloga clínica (SP).

A partir do UOL. Leia no original
Imagem: Pexels
 
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