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PORTUGAL: CRISE AUMENTA NÚMERO DE SUICÍDIOS

1/14/2013
Número de tentativas de suicídio aumentaram nos últimos anos em Portugal. As mortes autoinfligidas também. A crise econômica pode ser a razão para que algumas pessoas ponham fim à vida.


Durante o ano passado, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) recebeu 1672 pedidos de ajuda para evitar casos de suicídio, mais 489 do que em 2011. O suicídio passou a ser a principal causa de morte autoinfligida, seguida dos acidentes de viação. Apenas a morte por doença ultrapassa esta causa para o óbito. A crise pode ser a razão para este aumento. Números avançados na edição desta segunda-feira do Diário de Notícias indicam que no final da década de 1990 foram registados 500 suicídios que mais que duplicaram em 2011, quando foram confirmados acima dos 1200 casos. Dados do INEM revelam que nos primeiros sete meses de 2012 foram recebidos 904 alertas de pessoas que tentaram pôr termo à vida, mais 27% que em 2011.

O número de pessoas que se suicidaram no ano passado não é ainda conhecido e as entidades que têm registos destes casos para 2010 e 2011 apresentam dados distintos. Por exemplo, o Instituto de Medicina Legal (IML) contabilizou 1141 suicídios em 2010, mais 40 que o INEM para o mesmo ano. Em 2011, a diferença volta a verificar-se: o IML aponta 1251 mortes autoinfligidas, mais que as 1012 indicadas pelo INEM. Estas divergências foram explicadas ao DN por José Carlos Santos, presidente da Sociedade Portuguesa de Suicidologia, com a existência de “taxas muito elevadas de morte por causas desconhecidas”. Em causa estão mortes que até podem ter ocorrido por suicídio mas que são camufladas por causa de seguros ou questões religiosas ou porque é difícil confirmar que um acidente de viação ou uma sobredose de medicamentos podem ter tido como objectivo a morte deliberada.

A crise econômica e o reforço das medidas de austeridade podem potenciar o suicídio. Em Espanha, por exemplo, registaram-se casos de pessoas que se suicidaram pouco antes de serem despejadas das suas casas por falta de pagamento do empréstimo ao banco. Na Grécia, houve mesmo casos de suicídio em plena praça pública após o anúncio de mais restrições econômicas.

Márcio Pereira, responsável nacional pelo Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise do INEM, considera que “a crise econômica afigura-se como um grande problema nos tempos mais próximos”. Citado pelo DN, Márcio Pereira acrescenta que o desemprego leva a casos de depressão e falta de dinheiro a que não se compre a medicação necessária. “Sentem falta de apoio e solidão, sobretudo sabem como terminar com o sofrimento e perspectivam a morte como uma saída”.

Quem mais tenta o suicídio são as mulheres (a maioria com idades entre os 40 e 49 anos), “por utilizarem métodos menos letais do que os homens e por terem  mais facilidade em pedir ajuda”, escreve o jornal. Os homens (a maioria a partir dos 50 anos) matam-se três a quatro vezes mais do que as mulheres. Os jovens há mais um “comportamento prassuicidário, sendo as intoxicações por via medicamentosa o método mais utilizado”.
A partir do site Público. Leia no original

QUEM FICA QUER APENAS SABER A RESPOSTA

1/12/2013
Quem critica, nunca passou por isso. Dói demais perder quem amamos por suicídio. não passamos sequer um dia de nossas vidas sem pensar no ente querido, e na dor que ele sofreu no ato do suicídio. A família é quem mais sofre, e temos que trabalhar o perdão diário. Aprender a nos perdoar e perdoar o suicida, é a tarefa mais difícil de nossas vidas. Hoje tenho uma filha órfã que tenta entender o que levou o pai a tirar a vida. (Anônima - 02/06/2012)

* * *

Acredito que o espírito das pessoas refletem suas experiências boas e más desde a infância. Meu pai abandonou a mim e meus irmãos ainda crianças. Minha mãe nos tratou com dureza e palavras tão pesadas que me doem até hoje lembrá-las. Eu tentei me matar aos 11 anos de idade e até hoje, aos 47 anos, eu ainda sinto vontade de morrer. Só me seguram nesse mundo, a minha esposa e o meu filho pequeno. (Anônimo - 25/06/2012)

* * *

Triste. Hoje fez 1 ano que meu namorado se matou. É horrível conviver com isso porque nós, os parceiros, ficamos com a culpa, tentando descobrir o motivo... se fizemos algo errado, se foi algo que falamos. Hoje eu não sinto culpa mais por isso, mas sinto exatamente o que essa pessoa passa, em alguns momentos eu penso se ele tivesse aqui o que estaria fazendo agora, como seriam as coisas se ele não tivesse se matado. O meu ex não deixou sequer um TCHAU escrito, apenas se matou. E quem fica sempre quer saber a resposta. Creio que isso é o que mais atormenta. (Anônima)

* * *

Quero muito ajudar a minha irmã mas ela não deixa ninguém ajudar, não aceita que tem uma depressão e está a destruir a minha vida e da nossa mãe. Tivemos uma infância e adolescência muito difícil, em casa vivíamos todos os dias um clima de terror de violência doméstica e abusos sexuais cometidos pelo nosso pai que ainda hoje vive conosco. Na escola éramos muito gozadas por não sermos bonitinhas. Eu fui ultrapassando estes problemas saindo e convivendo mais mas a minha irmã foi por outro caminho, escolheu fechar-se em casa,só sai pra trabalhar, é anti social,não tem amigos, nunca teve um namorado,não deixa ninguém aproximar-s dela, como está revoltada com a vida descarrega tudo em cima de mim e da minha mãe e não tem noção do quanto nos magoa. Eu quero tanto ajuda-la mas não sei como, não lhe posso dizer nada que ela começa a chorar como uma criança. Não sei o que vai ser do futuro dela, tem 30 anos e não conhece a vida fora da porta d casa. Eu queria seguir a minha vida e viver com o meu namorado mas nunca o vou poder fazer porque sinto-m responsável por ela, se alguma coisa lhe acontecer eu nunca me vou perdoar, além disso não quero deixar a minha mãe sozinha com ela porque também já sofreu tanto! O que hei de fazer pra ajudar a minha irmã? (Anônima)

A GAROTA ENCAIXOTADA

11/19/2012
Ela se afunda cada vez mais na tristeza.

Seu coração é vazio, passou a ignorar todo e qualquer vestígio de sentimento: tudo que vê é a imagem desprezível e cadavérica de si mesma.

A vida não é o sonho que acreditava quando era menina, na verdade, é um pesadelo eterno
Ela se sentia uma coitada e odiava isso... Queria ser tão forte, tão admirável aos seus próprios olhos!

Nem de longe era a mulher que queria ser e que um dia acreditou que seria

Aquela que depois de toda a dor,renasceu como a Fênix, das cinzas.
A triste realidade daquela garota a deixava enojada, a fazia desprezar tanto a si mesma quanto ao mundo.

Nem mesmo em seu repouso ela consegue ficar em paz, o que há de errado então?

Por que há um mundo lá fora e ela simplesmente está numa caixa?

Pobre garota! Seus lamentos eram ridículos:ela no fundo sabia que as pessoas riam dela, mesmo aquelas que a chamavam de amiga...

Passou a se fechar cada vez mais para o mundo. As pessoas lhe davam nojo.

De tanto sonhar e cair da cama, ela passou a ficar mais tempo acordada e assim pôde ver como o mundo e suas pessoas realmente são: podres, egocêntricas, falsas.

Ela se sente triste, mas não por estar sozinha, mas pelo que existe do lado de fora da caixa.

Ela lamenta pelas pessoas que a enganam,não quer mais lhes dedicar amor,sequer um minuto de atenção.

Porque mesmo ela sendo solitária,ela sabe como não se deve ser.

E o mundo se mostra a ela como realmente é: um lugar cheio de futilidades e de pessoas igualmente fúteis.
Tudo que ela não quer...
Annie
A partir da Comunidade Q.M.

TRISTEZA, DEPRESSÃO E SEXO

11/14/2012
Depressão é uma palavra muito utilizada e abusada, sendo demasiadas vezes usada de forma pouco cuidada. Assim, torna-se difícil sabermos se alguém à nossa volta (ou até mesmo nós) está com uma depressão, ou se está apenas triste. Estar triste não é o mesmo que estar deprimido, pois a tristeza constitui a resposta normal e temporária às desilusões, às perdas e às crises em geral. Por sua vez, a depressão é um sentimento patológico de tristeza com critérios de diagnósticos precisos e definidos.

Um dos principais sintomas da depressão é a falta de interesse em diversos aspetos da vida, podendo incluir o sexo, o desinteresse pela sua saúde, pela aparência e pela conjugalidade, resultando numa perda de intimidade.

A depressão pode ser uma batalha difícil de vencer, mas com o tratamento e os cuidados adequados, é possível sair da mesma fortalecido(a) e em direção à felicidade. Contribui para a evolução do caso, as saídas com familiares e amigos, estar atento às datas das sessões de psicoterapia, bem como exercício físico e muito diálogo. Também o sexo pode ser bastante importante na recuperação de uma depressão, graças às endorfinas que inundam o cérebro durante um orgasmo.

Contudo, pela confusão que podem gerar, merece ser lançado um alerta sobre os, tão frequentes, casamentos por hábito e não por amor. O perigo é que a realidade de ser apenas mãe, e não ser mulher, não realiza ninguém. Tome-se como exemplo as depressões, a porção de ansiolíticos e antidepressivos que estas mulheres ingerem, as neuroses que desencadeiam e as doenças físicas que as afligem. E, claro, o peso e o desconforto que esta dependência afectiva vai exercer sobre os filhos.

Mas a (triste) realidade é que pela carga social, as pessoas prolongam relações que já não fazem sentido em termos pessoais, mas que o fazem em termos sociais e até financeiros, aumentando a sua tristeza e a dos outros.

Assim, se por um lado a tristeza, ou em situações mais graves a depressão, pode "derrotar" o sexo, também por outro lado, o sexo contribui para "derrotar" a tristeza ou a depressão. Depende (e muito) das bases que sustentam a relação conjugal.

A partir da Revista Festa. Leia no original

A DEPRESSÃO É EGOÍSTA E ME QUER SÓ PRA ELA

11/04/2012
Ela me acompanha há muito tempo, somos íntimas. Ela fica em mim, apagando todas as luzes de esperança e trazendo dor e lágrimas para a minha vida. Eu tento sorrir, ela não permite. Eu tento afastá-la, mas é muito insistente, não me deixa nem um segundo sequer. Quando estou em silêncio, ela me faz recordar dos momentos tristes e mostra o fracasso que sou. Está sempre me dizendo o que fazer e me impedindo de mudar. Ela me quer toda para si, é egoísta. Ela me traz dores, me incomoda, me abate. Me faz chorar pelo que nunca tive e diz que nunca terei, que não adianta esperar, tudo que tenho é ela. Ela não me deixa ver a beleza no mundo: está sempre me fazendo ver que tudo é dor, que sempre fui tola ao pensar que um dia essa beleza seria para mim também.

Ela me humilha, me faz agir com desespero, me machuca. Mas não se vai, está sempre ali quando acordo para me fazer chorar, para me afastar das pessoas, para ver as coisas do pior jeito. E quando eu rezo, ela ri de mim, diz que Deus não me ama e por isso ela está aqui.

Ela é cruel e impiedosa. Me faz lembrar porque está aqui, porque não tive amor, porque tudo que recebi foi desprezo e humilhação. Ela me faz querer morrer apenas para que eu não tenha que viver com ela nem um dia a mais. Ela me faz ter pensamentos infelizes, me traz angústia por ainda estar aqui e ter que senti-la ao dentro de mim.

Ela me machuca, não me dá chances, ao contrário, me tira todas elas. Me afasta das pessoas e me faz ver que não compensa ter ninguém ao meu lado. Ela nunca se cala, tudo que ela me diz ofende e me faz sentir ódio por mim mesma. Ela adora fazer as pessoas sentirem pena de mim e isso me mágoa.

Eu a quero longe, mas não sei o que fazer para matá-la. Nem mesmo um falso sorriso consegue mantê-la distante... Talvez ela vai conseguir o que quer de mim...
A partir da Comunidade Quero Morrer. Leia no original

SÃO MINHAS CORRENTES; NÃO CONSIGO ME LIBERTAR

11/02/2012

"Estas são as minhas correntes, delas não consigo me libertar... Penso na morte por sentir que a vida não tem nada mais para me oferecer, por me sentir num beco sem saída, não ter ninguém que me ajude, que me oriente, por estar farto de lutar sozinho, porque a enfermidade trouxe-me limitações com as quais não consigo viver mais, tornou-se mais difícil lutar pela vida, por me sentir discriminado, não confiar mais em ninguém, nem em mim próprio, por sentir que Deus me abandonou, que a família me rejeitou e não compreendo as razões para tais atitudes. 

Por chegar a um ponto que não suporto ninguém, nem ninguém me suporta. Isto já não é viver, é estar no limbo, entre a vida e a morte. E estou cansado deste jogo de intenções, desejos, malícias, ações, comportamentos, violência, paixão, ódio e amor, medo, terror, pânico e ansiedade...

Tudo isto é permanente, mas a felicidade é efêmera e ninguém me permite ser feliz."

"Já tive momentos em que os pensamentos suicidas me abandonaram. Mas quando me vou abaixo, volto a ficar bem lá no fundo... E volto a pensar em todas as formas possíveis e imagináveis de pôr um fim à minha vida. A minha mente se torna perversa e vem-me à memória todas as coisas que sempre me disseram para não fazer desde criança.


Lembro-me de aparecer nas notícias uma mãe deprimida que colocou o seu bebé na máquina de lavar, ligou o programa e matou-o...

Lembro-me de ver muitos filmes em que alguém se coloca no terraço de um prédio, olhando com vertigens o chão ameaçador e ganhando coragem para saltar, todo o mundo preocupado e tentando fazer algo naquele momento, quando o mundo todo o ignorou até ao momento que o colocou naquela situação...

Lembro-me de em pequeno o meu pai ter dado boleia a um desconhecido por simpatia. Ele disse que ia apanhar o comboio para se encontrar com a sua família, e contou parte da sua história. No dia seguinte, o meu pai leu o jornal e descobriu que tinha dado boleia a um suicida. No dia anterior não ia apanhar o comboio, mas sim ter um encontro com ele no meio da linha...

Todas essas memórias e muitas mais me invadem, me dando diferentes opções, me dando a escolher qual a melhor forma de o fazer, e pôr fim ao meu sofrimento".

Ravan

*  *  *

"Querido Ravan, não te conheço, estou tendo o primeiro contato com o seu depoimento, sei que muitas vezes é dificil viver, principalmente com tantas coisas ruins que há nesse planeta, problemas todos  nós vamos ter e pelo que sei eles não sumirão.

Porém, meu querido, vamos olhar as coisas belas também, existem situações péssimas sim, mas há também o lado bom, como a cura das doenças, as vidas que são salvas, a natureza linda, o sorriso de uma criança, tudo isso faz parte também de nossa vida, afinal aqui é uma planeta de prova e expiação, sempre estaremos em provação, e o " bem e o mal estará em eterna luta e o campo de batalha é  no coração do homem".

Sofrimento, sempre haverá  aqui, temos que descobrir uma forma de lidar com o nosso e dos nossos irmãos, quem disse que  pôr um fim acabará com o seu sofrer, pense bem, meu querido Ravan, será que realmente não há outra solução, não acredito nisso, sempre há.

Muitas vezes fico muito deprimida com as barbaridades que acontecem por esse mundão, mas penso, se eu  ceifar minha vida, em que estarei ajudando, para quem estarei aliviando alguma dor, pior que seja viver, conviver e sobreviver, a vida ainda é a melhor opção,acho que posso fazer algo por alguém em algum lugar, posso ouvir, falar.

Nesse momento estou respondendo esse e-mail para você e nem te conheço e penso que estou te ajudando de alguma forma.

Pense um pouco meu querido Ravan, existem pessoas que estão em plena guerra de fato e garanto que não querem morrer, lutam pela vida dia e noite.
- Então por quê nós queremos morrer?

Vamos pensar um pouquinho nelas e ver que viver ainda é a melhor opção".

*   *   *

"Obrigado pelas tuas palavras, C.A.I.L.

Não quero morrer de facto, não tenho muitas razões para viver, tento me agarrar a essas poucas razões e a relembrar o quanto conquistei para chegar onde estou, o quanto já sofri e consegui superar.

Mas quando estamos deprimidos os nossos pensamentos nos consomem, as nossas memórias negativas nos invadem e retiram tudo o que há de bom em nós. E as pessoas que nos rodeiam não reparam nisso. Basta uma palavra, um gesto para sairmos dessa espiral depressiva.

É difícil sair do abismo sem ajuda. Obrigado pelas tuas palavras revigorantes."
Ravan
*  *  *
"Muito bonito o modo que você, C.A.I.L. tentou estimular o Ravan. Nos faz bem ler palavras de estímulo. Consigo entender isso que você, Ravan, expressa. Não padeço da intensidade que sente, mas sei o que é a tristeza chegar nos invadindo. É como precisar viver o momento, nos isolando, parece que colocamos um campo magnético que afasta qualquer pensamento de levantar e reagir. Mas manter-se consciente que é um momento (e momentos passam) é preciso. Precisamos estar certos disso.

Pelo jeito, em nossas particularidades e intensidades conseguimos dias positivos. Alguns de nós, conseguem poucos dias de bem, outros tem uma disposição maior para vencer as emoções negativas.

Sei que não escolhemos conscientemente sentir essa tristeza e as emoções oscilarem. Mas entendo também que é consequência de como reagimos nas diferentes situações em que somos confrontados.

Hoje, Dia de Finados no Brasil, é um dia tristinho para muitas pessoas e curiosamente a natureza contribui com essa tristeza. Dia nublado, cinza, friozinho. 


Acreditar que amanha é um novo dia é preciso.

Para aqueles que não conseguem, no momento, uma raio de luz que seja... peço que, ao menos, repitam mecanicamente algumas palavras de ânimo e otimismo.

Dias melhores sempre chegam!"
Pérola

A DEPRESSÃO TEM DENTES E SORRI

11/01/2012
“Tristeza por favor vá embora, minha alma que chora.....”

***

Quando se fala em depressão a imagem é de alguma coisa cinzenta, opaca e completamente fechada. No entanto, a depressão é uma doença com várias características e sintomas. Podemos até dizer que quando a tristeza passa do limite possível para um ser humano, se transforma em depressão, e esse limite não é medido, uma vez que varia de pessoa para pessoa.

Cada ser humano tem uma história e suporte para lidar com tristezas, frustrações, mágoas e perdas. Cada ser humano tem uma reserva de força ao longo da vida, e ao esgotá-la, se renova ou se extingue, dependendo dos fatores que a envolvem. O interessante de observar é que pessoas que sorriem ou riem, sempre passam uma idéia que estão bem.

Pessoas piadistas, que gostam de fazer humor também transmitem socialmente a felicidade. No entanto, pode-se dizer que muitas vezes a depressão também se instala na vida dessas pessoas, pois como se sabe tem múltiplas facetas.

Confundir conceitos é muito comum em nossa sociedade, até pela própria riqueza de nosso vocabulário.

O português é composto de quase 500 mil palavras e em média 5 palavras para a mesma coisa. Como é de se esperar, feliz se confunde com alegre, que se confunde com satisfeito, que se confunde com agradável, que se confunde com confortável ,que se confunde com pleno e saciado. Nem sempre a ordem é essa. Nem sempre a sequência é assim, sendo interrompida em alguma fase desse conjunto de palavras.

Portanto, há depressivos que sorriem, riem e mesmo com depressão em algum grau conseguem “mostrar os dentes”, contrariando a imagem estipulada no imaginário coletivo. Para uma avaliação precisa é necessário se despir de preconceitos, que são conceitos estabelecidos para o diagnóstico eficaz. Fato é que a depressão não escolhe rosto, endereço ou sexo, podendo se instalar como mar revolto em dias de tempestade ofuscando o sol, tornando a vida da pessoa uma noite permanente. Mas que frente ao tratamento adequado a luz do final do túnel se aproxima clareando o caminho a ser percorrido e repondo o estoque findado de forças para continuar a trajetória a ser percorrida, que se chama vida!

Mariângela Salomão
A partir de Paraná Online. Leia no original

ESPECTADORA DE UMA VIDA ADORMECIDA

10/31/2012

"Sou Portuguesa, fiz 47 anos, idade chata eu penso.. afirmam que sou exótica, misteriosa até,que a idade não me toca, que mantenho sempre a mesma postura, elegância e como gostariam de ser como eu blá blá blá... só escrevo isto pork é anônimo senão seria incapaz de o fazer!

Tenho família e vivemos serenamente, quase 30 anos de vida com o mesmo companheiro, tudo normal.

.. não fosse este martírio que me assombra a alma. A tristeza e a falta de força para acordar, para iniciar mais um dia .. não querer viver apoderou-se de mim, nada faz sentido, este acordar, trabalhar, deitar.. os filhos... tô farta deles. 

O suicídio é uma força poderosa na minha mente,todos os dias a toda a hora, o carro que atiro vale abaixo, comprimidos que possa tomar, mas nem isso tenho pork nunca tomei nada, nada tenho em casa ..sei lá.. desaparecer de uma existência que não faz sentido. 
Mas porquê agora? 

Ninguém se apercebe de nada, mas sei que vou arranjar forma de acabar com isto. 

Talvez nunca tenha vivido o que devia, namorar muito na adolescência, viajar, conviver... mas não .. trabalhei cedo e estudei ao mesmo tempo, casei cedo e tive filhos igualmente cedo, dedicação total, um é veterinário e sempre foi e é um jovem fixólas, o outro também é bom aluno e fixólas, será o que quiser ser.

Eu esqueci o quis ser... 
Eu esqueci de me amar...
Eu esqueci de sair no fim de cada acto, mera espectadora de uma vida adormecida!

Agora não sei quem sou nem o que faço aqui! 

Como compreendo estes relatos que li, deveria existir uma força poderosa que ajudasse e iluminasse quem está em desespero, mas não.. talvez me falte a Fé, mas sei que vou partir em breve e agradeço este cantinho...Inté!"

UMA REFLEXÃO SOBRE TRANSTORNOS EMOCIONAIS

10/30/2012
No vídeo acima, o psiquiatra Sérgio Belmont fala sobre os sintomas da depressão e como ela pode ser tratada

Depressão, ansiedade, pânico, TOC, bipolaridade, esquizofrenia, doença de Alzheimer e abuso de álcool, crack e outras drogas estão entre os mais comuns e incapacitantes distúrbios mentais, que, somados, atingem uma em cada três pessoas, ao longo da vida. Por falta de conhecimento ou receio, no entanto, esses males tão comuns não são devidamente diagnosticados e tratados, na maior parte das vezes. Para fornecer informação qualificada sobre o assunto, em linguagem acessível, a jornalista Naiara Magalhães e José Alberto de Camargo lançam, pela Editora Gutenberg, o livro Não é coisa da sua cabeça, um guia detalhado sobre o complexo território dos transtornos da mente, destinado a todos os que se interessam pelo assunto.
Para o médico e escritor Drauzio Varella, que assina a quarta capa da obra, Não é coisa da sua cabeça apresenta os transtornos emocionais “com muita propriedade” e assume o propósito de “servir de orientação para todos nós que lutamos para manter a sanidade num mundo cada vez mais enlouquecedor”. “É um livro muito interessante, bem escrito, que trata das alterações da mente e do comportamento humano como se os autores conversassem com o leitor”, define.
Com o respaldo de trinta dos mais conceituados especialistas da área – entre médicos, psicólogos, terapeutas e pesquisadores, em sua maioria ligados à Universidade de São Paulo (USP) – e do relato de dezesseis pessoas que superaram ou estão superando um transtorno emocional, os autores identificam a tênue linha que separa atitudes e comportamentos considerados dentro do padrão de normalidade psíquica e aqueles definidos como desordens mentais. Ao longo de onze capítulos, o livro vai distinguindo ansiedades momentâneas, tristezas e desânimos passageiros, falhas de memória pontuais, manias, superstições e excentricidades inofensivas das doenças psíquicas, que trazem sofrimento para as pessoas, comprometem sua vida prática e interferem na vida dos que estão a sua volta. Testes recomendados pelos especialistas ajudam o leitor a avaliar se há em si sinais de alguma dessas doenças.
Além de discorrer sobre as origens, os sintomas e os tratamentos dos problemas mais comuns e impactantes nesse campo, o livro aborda as atitudes que os familiares podem tomar em benefício da pessoa em sofrimento, avalia a cobertura que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece – e deixa de oferecer – nos tratamentos de saúde mental, e dá dicas de como prevenir os transtornos da mente. Ao final, um glossário ajuda a entender termos do universo psíquico, como mente, alma, razão, emoção, personalidade, delírio, estresse, psicoterapia, psicanálise, psiquiatria, entre outros. Buscando afastar noções simplistas, segundo as quais as doenças da mente são vistas como falhas no caráter, fraqueza, frescura, ou simples “criações da cabeça das pessoas”, o livro abre as portas desse complexo tema para que os leitores percebam que qualquer um – até alguém próximo – pode ser acometido por alguma dessas dificuldades.

TODOS OS DIAS TEM SIDO O PIOR DE MINHA VIDA

10/28/2012

"Marcos Alexandre 42 anos São Paulo Capital.
Posso por meu nome pois ninguém nem ira notar.

Todos os dias tem sido o pior dia de minha vida , não tem um dia em que eu não tenha vontade de acabar com a minha vida.

Tenho muitos irmão que amos e todos eles me amam muito mas vivo longe deles a muito tempo e evito encontra los para evitar falar de minha vida quando sou questionado a respeito .

Praticamente tudo que fiz nos últimos 10 anos deram errado amo de mais uma mulher e me preocupo mais ainda com ela alias eu sou penso nela e não vivo minha vida.

nesse momento tenho muita vontade de acabar com tudo e desparecer no mundo com meu pai fez desapareceu e só fomos ter noticias dele apos 29 anos e mesmo assim ele já tinha morrido a 3 .
Eu tenho muito amor pra dar adoro abraçar as pessoa adoro ajudar e sempre os faço mas ate agora eu não entendi o motivo de as coisas nunca darem certas para mim .

Caso eu venha a morrer deitado em um quarto onde só esteja eu mais ninguém quando alguém der falta só estará o esqueleto e mais nada.
Preciso muito de ajuda antes que eu me jogue na frente de um caminhão."

FAMOSOS SOFREM DE TRANSTORNO BIPOLAR

10/27/2012

Lark Voorhies: a mãe da atriz contou que
a filha foi diagnosticada com este tipo de
desordem, depois de um vídeo em que Lark
parece brigar com as respostas se tornou um
viral na internet.
"Existem coisas que traumatizaram ela", disse a mãe


Jesse Jackson Jr.: segundo relatórios médicos,
 o congressista americano vem
 recebendo medicação para a
 bipolaridade, após uma inexplicável
 licença médica há cerca de dois meses


Demi Lovato: depois de passar três meses em reabilitação por problemas como bulimia, anorexia e depressão, a cantora de 18 anos anunciou que sofre de bipolaridade. Ela contou à revista People que não sabia que sofria do problema até começar o tratamento. A cantora disse também que pretende continuar falando sobre suas experiências, com o objetivo de ajudar as outras pessoas. "Eu sinto que não é uma coincidência Deus me colocar nessa situação e me dar a voz que eu tenho. Acredito que meu propósito na Terra é muito mais do que ser uma cantora ou atriz. Eu acho que é alertar as pessoas e ampliar a consciência sobre um problema que muitas pessoas não falam a respeito"

Catherine Zeta-Jones: a atriz divulgou publicamente o seu diagnóstico e se colocou à disposição para apoiar quem sofre com o distúrbio bipolar. Em entrevista à revista People, ela disse que "não há necessidade para sofrer em silêncio", e que se ela conseguisse ajudar ao menos uma pessoa a procurar ajuda, então sua experiência terá valido a pena.


Jean-Claude Van Damme: o ator disse ao site E! Online que vem recebendo tratamento para a doença. Ele contou que depois que tornou público o problema, a comoção das pessoas ao seu redor vem ajudando no processo.


Amber Portwood: Amber já experienciou muitos altos e baixos na frente das câmeras. Ela disse que toma medicação para tratar a bipolaridade desde que foi diagnosticada, em 2008. "Eu não acho que sou bipolar, para ser honesta. Eu acho que todo mundo acha que é bipolar hoje em dia", disse em uma entrevista. Mais recentemente, ela tratou a doença com mais seriedade. Eu luto com isso. Eu odeio isso, falou, referindo-se ao seu diagnóstico

Sinead O'Connor: em 2007, a cantora contou no programa The Oprah Winfrey Show sobre sua batalha com a o transtorno bipolar. Ela falou para a apresentadora que o tratamento trouxe a chance para construir uma nova vida

Michael Angelakos: depois de cancelar vários shows, no último mês de julho, o líder da banda Passion Pit contou que foi diagnosticado com o problema aos 18 anos. "Minha depressão estava tão ruim quando cancelei tudo, mas as pessoas não entendem que isso não é apenas debilitante, é muito abrangente", desabafou.


Carrie Fisher: a atriz discutiu publicamente o problema no ano de 2000, dizendo que foi viciada em drogas por muito tempo antes de descobrir que era depressiva. Carrie fala abertamente sobre sua batalha, que incluiu um período em um hospital psiquiátrico. "Ser bipolar pode ser um grande desafio e exigir muita coragem", contou.

Patty Duke: a atriz foi diagnosticada com o problema aos 35 anos. Em entrevista, ela contou que a descoberta foi um alívio, porque isso significava que ela não era a única pessoa no mundo que se sentia daquela forma. Ela disse que, quando era jovem, achava que existia algo errado com ela. Ao longo dos anos, falou abertamente sobre o assunto e chegou a escrever um livro sobre o tema. Patty afirmou que se considera uma sortuda, por ter acesso à mídia, escrever um livro e falar sobre seu problema.

Jane Pauley: a apresentadora discutiu seu problema em 2004, durante uma entrevista. Depois de lutar com uma depressão por meses e não se sentir melhor, Jane disse que ficou chocada quando o seu médico explicou que ela estava sofrendo do transtorno bipolar. Em seu livro, ela conta que não sabia quando ou onde teria outro episódio bipolar, mas que já está adaptada com suas mudanças de humor.


Linda Hamilton: a atriz contou a Larry King em 2005 que sua saúde mental foi piorando ao passo que sua carreira profissional foi crescendo. E por ter sofrido de depressão, ela disse que conversa abertamente com seus filhos e os lembra que é importante falar sobre os seus sentimentos. "Eu gosto de falar para que as pessoas saibam que não estão sozinhas", contou.


O NEGÓCIO É ACREDITAR

10/23/2012


"Por que será que hoje em dia as pessoas só ficam do nosso lado quando precisam de algo? Será que é tão difícil assim gostar de alguém pelo que realmente ela é? E não pelo que ela tem a oferecer?

Vivo esperando por dias melhores, onde serei rodeada de pessoas que queiram e gostem da minha companhia, sem esperar nada em troca. Um dia, quando Deus assim desejar, serei muito feliz, mas muito mesmo, e toda solidão que sinto hoje servirá como um aprendizado no futuro.

Tomara que todo esse vazio de agora não me sufoque e faça que eu dê um fim na minha vida antes de experimentar a 'verdadeira' felicidade.

Confesso que é muito difícil não colocar um fim em tanto sofrimento, e a cada dia que passa fica quase impossível, já que infelizmente não tenho sorte em ter ao lado pessoas que realmente se importem comigo. Não serei hipócrita, mas graças a Deus tenho minha mãe e uma prima que se preocupam muito comigo, mas todas as duas são muito distantes de mim e quase nunca as vejo ou converso com ambas.

Mas já dizia o velho ditado: a esperança é a última que morre. 

Então, enquanto houver um restinho de esperança dentro de mim, e der pra continuar levando a vida do jeito que está, eu vou continuar esperando pela felicidade, apesar de todo pessimismo e obstáculos do dia-a-dia".
Ju
A partir da Comunidade QM. Leia no original
Vídeo da  campanha "O negócio é acreditar, do Sebrae

UM PEDIDO DE AJUDA

10/04/2012
Quando uma pessoa está triste,dizendo que não tem forças para fazer nada,algumas pessoas costumam dizer que é preciso ter força,ter fé em Deus e querer sair daquela situação. Outras, porém, dizem que isso é desculpa para não ser útil, que é preguiça ou frescura. Queria saber por que é tão mais fácil julgar e humilhar do que apenas estender a mão, num ato de amor e compreensão? Ninguém tem depressão porque quer, ninguém chora de desespero apenas para chamar atenção: estas pessoas estão sofrendo, mas parece que ninguém se importa.

Familiares, "amigos", conhecidos... Ignoram a situação porque acreditam que seja apenas uma fase, e claro, há aquelas pessoas que desprezam o sentimento do próximo porque seus próprios problemas são prioridade...

E num dia qualquer aquela pessoa que chorava, que sofria, já não se encontra mais entre nós... O que sobra? A culpa, o arrependimento, as muitas perguntas... E perto daquela perda que estava clara, mas que não quiseram ver, os problemas daquelas pessoas não vão parecer nada..

Será mesmo que ignorar um pedido de ajuda, mesmo que este esteja disfarçado em lágrimas, em cansaço, seria o melhor? Será que dizer a esta pessoa que não tem "tempo para sua frescura", que isso irá "passar com o tempo", vai ajudá-la?

É hora das pessoas deixarem a hipocrisia de lado. É fácil dizer que é uma boa pessoa, que reza, que não faz mal a ninguém, mas quando lhe pedem ajuda, ignora, dá as costas...

'FERIDAS DA ALMA' TRATA DAS ANGÚSTIAS HUMANAS

9/29/2012
A sociedade está em alerta. A cada ano aumenta o número de pessoas com alguma doença do grupo dos Transtornos do Humor. A depressão, por exemplo, é uma das doenças que mais incapacita pessoas no mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior prevalência da doença no último ano, com 10,8% da população apresentando o distúrbio mental.  Já o transtorno Bipolar atinge cerca de seis milhões de pessoas no planeta.  

Diante dessas enfermidades que afetam drasticamente a sociedade, o Padre Reginaldo Manzotti, após ouvir relatos das angustias de milhares de pessoas, pesquisou muito sobre o tema. Apesar do aumento de casos no século XXI, ele descobriu que essas doenças não são males da modernidade. Elas vêm desde muito antes de Jesus Cristo, apenas não eram conhecidas com os nomes atuais.

Para alentar aqueles que sofrem desse mal, o padre, que reúne multidões, decidiu escrever o livro “Feridas da Alma”. A obra, que propõe uma reflexão sobre nossas angústias e afirma que para todos esses problemas há uma solução, foi lançado neste mês, em Curitiba (PR). No mais recente livro, Padre Reginaldo procura responder aos diversos questionamentos sempre com uma linguagem simples e otimista. “Quem já não sentiu os medos e dores da angustia, depressão e muitos males que afligem a nossa alma? O que nos mantém encurvados? O que tem sido um peso em nossos ombros e nos impede de termos uma posição de esperança e confiança? Qual é o impedimento para vivermos melhor? Essas são algumas das perguntas que tento desvendar”, explica. 

Ele acredita que não há inimigos para a fé. “A Palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo é atual e serve para todos nós. Ele nos diz: ‘mulher, homem, estás livre da tua doença. Eu te liberto da depressão. Eu te liberto da angustia. Eu te liberto desse jugo’”, completa o padre. 

Sobre Padre Reginaldo Manzotti

Uma figura religiosa de destaque no Brasil atualmente, o Padre Reginaldo Manzotti é natural de Paraíso do Norte, no interior paranaense. Nascido em 1969, foi ordenado sacerdote aos 25 anos. Atualmente, é pároco da Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, em Curitiba, e coordena a Associação Evangelizar é Preciso, que possui milhares de membros em todo o país. Já são 15 anos de sacerdócio em que, colocando-se como instrumento de Deus, o padre por suas palavras inspiradoras e seu carisma, atrai muitas pessoas . 

SAIA DO ESCURO. A DEPRESSÃO TEM TRATAMENTO

9/28/2012
Portugal lança no dia 1 de outubro sua nova campanha nacional sobre a depressão, contando com o apoio de várias sociedades científicas e associações de doentes. Sob o título de "Saia do escuro. A depressão tem tratamento", esta nova campanha englobará várias iniciativas relacionadas com uma patologia que afeta actualmente 20% da população portuguesa. O arranque inicia-se por várias cidades do país e que pode ser acompanhado através do site www.saiadoescuro.pt.

A depressão é uma das doenças psiquiátricas mais comuns na nossa sociedade, sendo que cerca de 20% dos portugueses sofrem desta patologia. A meta é alertar e esclarecer para os diversos tipos de depressão e salientar que esta doença tem tratamento.

A idéia original é dar cor ao cenário negro da depressão, como demonstra o cartaz da campanha, onde várias pessoas se juntam para colorir um muro onde estarão inscritos alguns sintomas da depressão.

Manifestando-se de forma diferente de pessoa para pessoa, a depressão não escolhe idade nem sexo, apresentando-se em várias dimensões ao nível dos sintomas emocionais, físicos e físicos dolorosos. Tristeza, desinteresse, falta de apetite, cansaço, falta de energia, insônia ou dores musculares e de costas, são alguns dos sintomas da depressão que não devem ser desvalorizados.

António Palha, presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), revela que "a depressão é um flagelo que atinge cada vez mais portugueses como mostrou o estudo epidemiológico apresentado há dois anos onde se salienta a alta prevalência da depressão. A campanha «Saia do escuro. A depressão tem tratamento» dentro da perspectiva psico-educativa, pode ajudar aqueles que sofrem de depressão a perceberem que esta é uma doença tratável e que se os doentes forem bem acompanhados podem ter de fato uma melhor qualidade de vida."

Neste sentido, o presidente da SPPSM diz que "este tipo de campanha é de grande importância já que ajudam os doentes e as suas famílias a perceberem melhor o que é a depressão e como lidar com esta patologia, fazendo-os sentir que podem estar apoiados na doença. Por outro lado, é igualmente necessário, nos dias de hoje, a divulgação e identificação dos sintomas e, também, o respectivo tratamento."

João Relvas, presidente da Associação Portuguesa de Psiquiatria Biológica, explica que a compreensão da depressão passa pelo entendimento da interacção de diferentes factores biológicos, psicológicos, culturais e sociais e dos seus efeitos recíprocos.

"De uma maneira geral o grande público desconhece estes aspectos estando muitas vezes a depressão associada a fraqueza de carácter, falta de força de vontade e outros mitos que tendem a promover falsos conceitos e uma visão estereotipada que favorece a estigmatização da doença psiquiátrica em geral e da depressão em particular", enfatiza ainda.

Por outro lado, o médico destaca também que é importante dar a conhecer as diversas possibilidades de tratamento, mostrando que a remissão é possível. "O tratamento deve ser feito depois de uma avaliação clínica correcta. A terapêutica pode ter várias vertentes, das quais as principais são as medicações psicofarmacológicas e as psicoterapias, em particular a psicoterapia cognitivo-comportamental. Actualmente, a ênfase do tratamento é colocada na remissão e recuperação do episódio depressivo actual e na prevenção das recaídas e recorrências futuras. Os anti-depressivos têm um papel importante nesta estratégia terapêutica, devido aos seus menores efeitos secundários e a uma maior aceitação e adesão por parte dos doentes."

No idoso a depressão é também uma realidade, estando muitas vezes associada a casos de suicídio. Lia Fernandes, presidente da Associação Portuguesa de Gerontopsiquiatria, confirma que "a depressão é ainda o problema de saúde mental, mais frequentemente ligado ao suicídio na idade avançada. Contudo, nem todos os idosos que se suicidam estão deprimidos, e nem todos os deprimidos se suicidam. Apesar disto, detectar precocemente e tratar a depressão ajuda a reduzir o risco individual de suicídio. De facto, entre as causas mais frequentes de suicídio nos idosos em Portugal, destacam-se sobretudo as doenças físicas, institucionalização, viuvez, baixo suporte social e doenças psiquiátricas (depressão e alcoolismo). Só assim se compreende que o suicídio seja actualmente uma realidade em crescimento, nos mais velhos (correspondendo a ¼ do total de suicídios do país)."

Para Delfim Oliveira, presidente da Associação de Apoio aos Doente Depressivos e Bipolares (ADEB), "a doença depressiva pode ter graves consequências na qualidade de vida da pessoa, particularmente nos casos em que não é tratada adequadamente. Assim, acções como a campanha «Saia do escuro. A depressão tem tratamento» têm a capacidade de sensibilizar a população para a gravidade que a depressão tem no quotidiano dos doentes e, ao ser percebida como doença, criar maior receptividade para os tratamentos, por serem eficazes e melhor tolerados, que possibilitam mais ganhos de saúde e consequentemente maior qualidade de vida."

Na opinião de Filipa Palha, presidente da Encontrar-se, o negativismo associado à depressão é um dos principais problemas relacionados com a área da saúde mental. Neste sentido é fundamental ter uma atitude positiva de procurar ajuda e encarar a doença com normalidade: "o estigma associado à doença mental ainda é um dos maiores obstáculos à promoção da saúde mental. Desta forma é fundamental combater todos os preconceitos e negativismo associados a problemas mentais e encará-los como qualquer outro tipo de problema de saúde. Aceitando sem vergonha, procurando ajuda e tratamento. Infelizmente, os doentes depressivos ainda têm receio de serem rejeitados, rotulados, discriminados, não respeitados. Poucas pessoas têm a coragem de partilhar as suas experiências, de demonstrar que não perderam a sua identidade e que, apesar de tudo, continuam o seu percurso de vida dentro da normalidade."

VERONIKA DECIDE MORRER

9/18/2012
Tema árido para duas figuras associadas a temáticas mais leves: Sarah Michelle Gellar permanece conhecida pela sua personagem infanto-juvenil que caçava vampiros, enquanto o escritor brasileiro Paulo Coelho  é lembrado sobretudo por sua obra de caráter místico/espiritual. Na verdade, o desempenho de Gellar foi geralmente elogiado. Quanto a Paulo Coelho, tem mais do que background para abordar o assunto: sua biografia é um verdadeiro labirinto de passagens por sanatórios e de misérias clínicas e espirituais diversas.

Fiel ao livro, narra a história de Veronika, uma jovem eslovena, que não aceita a idéia de viver uma vida sem sentido, decidindo se matar com uma overdose de calmantes. O suicídio fracassa e Veronika é internada em uma clinica psiquiátrica. Atendida pelo Dr. Blake, é informada que não terá mais que algumas semanas de vida, e provavelmente, morrerá internada. Durante seu tempo interna conhece Eduard, um jovem perturbado que acredita ter causado a morte de sua noiva num acidente de carro há alguns anos por contado trauma gerado pelo acidente não conversa com ninguém. Veronika e Eduard se apaixonam e resolvem fugir da clinica psiquiátrica. Paulo Coelho inspira-se na sua própria experiência de vida, vivida aos 17 anos, idade em que também esteve internado numa clínica. Mas não com a intenção de fazer uma autobiografia.

O livro faz você refletir sobre sua própria vida, e como alguns leitores já anunciaram, impossível ler sem pensar no rumo que sua vida esta seguindo.

Desde concluído, em 2009, teve uma distribuição completamente errática e só agora, passados três anos, terá a sua estreia nos Estados Unidos e na Inglaterra, país da realizadora Emily Young. No Brasil,  onde livro é, como de resto um pouco por toda a parte, um best-seller, apenas 15 mil pessoas foram assisti-lo após o lançamento em 61 salas. 

Ficha Técnica
Título no Brasil:  Veronika Decide Morrer  -  Título Original:  Veronika Decides to Die   -   País de Origem:  EUA
Gênero:  Drama  -  Classificação etária: 14 anos    -   Tempo de Duração: 102 minutos   -   Ano de Lançamento:  2009  -  Estréia no Brasil: 21/08/2009   -  Site Oficial:  http://www.veronikadecidestodiethemovie.com  -  Estúdio/Distrib.:  Imagem Filmes  -  Direção:  Emily Young 

PROCURE CUIDAR DE VOCÊ

8/09/2012
"Fui injustamente enquadrado na Lei Maria da Penha. Depois disso minha vida não tem mais sentido. Recebi varias intimações no meu trabalho, o assunto foi publicado, todos me repudiam, meus sonhos se perderam e  estou para sempre manchado. O pior: não consigo provar minha inocência, tudo está contra mim. Tenho uma filha e ela é o único motivo de eu ainda estar vivo".
T.O.P.
Comentário em Desisti do Suidício

Alguém disse uma certa vez (foi Chico Xavier), que não podemos mudar o passado, mas podemos mudar o HOJE e construir um novo FIM. Você tem uma filha, e essa filha precisa sentir orgulho de você. Por mais que façam ela sempre saberá que tem um pai, portanto procure ser a partir de hoje uma pessoa PERFEITA, para que ela sinta orgulho do pai que tem.

Não se preocupe com o que falam de você, porque se você demonstrar o contrário, ela por mais que seja convencida do contrário nunca terá certeza e um dia procurará saber por si própria, e portanto nesse interim seja PERFEITO. Seja trabalhador, honesto, amoroso, um grande pai e cuide de você. Não sei qual a sua condição, mas busque a sabedoria talvez apegando-se a Deus, a uma religião, aquela na qual se sentir melhor, aquela que te torne melhor. Procure cuidar de você, ser uma pessoa serena e equilibrada. Peça a ajuda de Deus para isso e por certo ela virá.

Verá que as pessoas que te injustiçaram, provavelmente verão que afinal estavam erradas e se sentirão mal por essa injustiça, porque afinal injustiçaram alguém que não merecia, mas para isso é você quem deve provar ao mundo o contrário sem pressa mas com persistência. A mudança no mundo começa em nós mesmos. Mudemos a nós e mudaremos o mundo que nos cerca para melhor.

Nem pense em morrer, porque o fazendo além da pecha que lhe colocaram, colocarão mais uma. A de COVARDE. E você não terá mais a chance de mudar isso como hoje a tem.
Comunidade Quero Morrer. Leia no original

CICATRIZES DO PASSADO

8/07/2012
Algumas pessoas carregam dentro de si marcas que a vida (e as pessoas que por ela passaram ou que ainda permanecem nela) deixou.Essas pessoas se dividem entre as que conseguiram passar por cima disso tudo e as que ainda vivem e remoem essas marcas,esses traumas,enfim.

Eu sou uma dessas pessoas que não conseguem superar as pancadas que a vida me deu. E graças a isso tenho Síndrome do Pânico e Depressão, resultados de inúmeras frustrações e constantes humilhações que vivi ao longo dos meus 20 e poucos anos.Alguns dizem que é preciso esquecer o que já passou,mas não é tão fácil quanto falar,é preciso ter uma força que muitas vezes não possuimos,e este mesmo comentário nos faz sentir o quanto somos frágeis e dá até uma sensação de impotência perante o resto do mundo.

Pessoas como eu,que foram (e são) vítimas de outras vítimas de traumas ou até mesmo da ignorância vivem buscando uma saída desse circulo,dessa prisão que é o passado.Digo passado porque muito do que vivemos em nossa infância e adolescência é acrescentado em nosso caráter ou no modo como vemos a vida.

Você,que assim como eu,vê o passado como causador de seus atuais problemas,acredite,você não é o único.
A.C.
 
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