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NINGUÉM ME CONHECE DE VERDADE

3/26/2015
Ano passado eu fui demitida de dois bons empregos por causa do meu comportamento instável, nunca fui muito sociável e trabalhar em equipe pra mim é um grande sacrifício!

Logo depois de ser demitida do segundo emprego eu entrei num poço tão fundo que quando não tinha mais pra onde ir, comecei a cavar mais fundo ainda...

Desisti de tudo, dos meus poucos amigos, da faculdade, de arrumar outro emprego, de sair de casa...
Eu me acho a pessoa mais fracassada do planeta, quem perde dois empregos em 6 meses???

Sempre tive complexo de inferioridade e nunca acreditei em que eu tinha potencial, mas nunca tinha pensado em desistir, até o ano passado.

Eu pensei em tantas maneiras de acabar com minha vida, mas eu sofria por minha família... 

Eu sempre me mostro feliz e sorridente, aparentemente sou calma e tranquila, como se eu não tivesse problemas na vida... 

Ninguém me conhece de verdade.

Eu não deixo as pessoas se aproximarem pq tenho medo que elas me desprezem, me confundem com uma pessoa antipática e arrogante quando na verdade eu só não quero me expor e deixar os outros descobrirem que tipo de monstro eu me tornei.

Sempre fui tão vaidosa e feminina, mas me abandonei.

Não uso mais maquiagem, cortei meu cabelo, minhas unhas crescem sem nenhum cuidado...

Estou tentando dar agora uma revira volta em minha vida, sou carioca e moro no RJ, vou pra Bahia tentar me afastar de tudo isso e recomeçar, quem sabe encontrar o que me falta... 

Vou arrumar um outro emprego e me cuidar mais...

Essa é minha última chance, se não der certo, farei parecer um acidente.

A.M.
A partir da Comunidade QM

LIVRO ABORDA DOLOROSO CAMINHO DA DEPRESSÃO

7/10/2013

Lana Valentim. Foto: Divulgação
Em 2012, a jornalista e escritora Svetlana Valentim deu entrada em um pronto-socorro do Recife tomada pelo desespero. Com as pernas doloridas e inchadas, implorava para os médicos amputá-las. Hoje, ao olhar para trás, ela reconhece que os sintomas eram todos psicológicos, frutos de uma das várias crises depressivas sofridas ao longo da vida. Não por acaso, o último episódio veio à tona justamente quando Lana transformava as agruras do passado em bandeira contra as doenças sociais. O projeto começa a tomar corpo nesta terça-feira (28), com o lançamento de Caminhos de Lana - como venci a depressão (Carpe Diem, 200 páginas, R$ 35).

Por meio de textos escritos durante uma grave crise depressiva, a pernambucana revela as muitas facetas da doença e os caminhos possíveis para a cura. De um lado, estão poesias densas e obscuras, capazes de lançar luz sobre as dores, a falta de interação com o mundo e a impotência diante da enfermidade psíquica. Do outro, as crônicas caminham leves, serenas, e são quase didáticas ao encarar o problema como um desequilíbrio biológico que precisa ser tratado.

“Não escrevi pensando em fazer livro, e sim como uma maneira de interagir comigo mesma e com a vida. Quando estava em crise profunda, me isolava, não falava com ninguém, mal me alimentava. Perdi todo o contato com o mundo”, diz. Após a superação do problema, Lana Valentim decretou como missão de vida o combate aos males da alma. “Quero ajudar o máximo de pessoas que sofrem bastante e muitas vezes nem sabem qual o problema”.

Além da própria doença, Lana Valentim destaca o preconceito como outro vilão de relevância no contexto. Ela própria foi vítima, inclusive dentro de casa. “Você se transforma em um peso. Se antes era uma pessoa produtiva e de repente não tem mais condições de manter o ritmo, ninguém aceita ou entende. O preconceito parte da sociedade e dos amigos, que privilegiam os vitoriosos e se afastam de quem está mal. Isso é desumano”, critica a autora.

Simultaneamente ao lançamento no Recife, entra no ar o portal www.lenteinterior.com.br, para expandir ainda mais o debate acerca da temática. Em seguida, estão agendados eventos de divulgação em livrarias de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Salvador. Terminada a maratona, Lana vai lançar novamente o livro, desta vez no formato de história em quadrinhos. “O esforço é no sentido de alcançar todo mundo. Em HQ, teremos um apelo visual maior, e tornaremos a obra mais interessante”.

Ainda na agenda de divulgação do livro e da página na internet, estão palestras em escolas, abrigos e instuições para jovens infratores. “Quero falar também para adolescentes que desde cedo têm a alma machucada, massacrada. São abandonados pela família, cobrados pela sociedade, sofrem diante dos apelos consumistas… e acabam seguindo caminhos errados. Essas são vítimas da vida”. Todas as apresentações serão gravadas e disponibilizadas na internet.

A partir do Diário de Pernambuco. Leia no original

SAIBA MAIS
Outros livros que abordam o tema
  
Sociedade x a depressão (Letras do Pensamento, 184 páginas, R$ 29), Roberto Hristos Ioannou
Depressão e autoconhecimento (Dufaux, 235 páginas, R$ 42), de Wanderley Oliveira
Depressão - teoria e clínica (Artmed, 248 páginas, R$ 79), de Antônio Geraldo Da Silva
Vencendo a depressão (Nossa Cultura, 363 páginas, R$ 44,90), de Richard O'Connor

ACREDITO EM DEUS, MAS NÃO QUERO MAIS VIVER

4/07/2013
Tenho 21 anos, sou cristã, acredito muito em Deus e no evangelho. Mas não quero mais viver... não vejo sentido para isso, não sou feliz porque algo me falta, morro todos os dias um pouco e estou oca por dentro. De uns 2 meses a 3 meses para cá, eu vivo entre altos e baixos, e não sei como controlar as minhas crises. Hoje foi um dos dias mais difíceis pra mim...

Acho que chorei umas 2 horas seguidas dentro do carro no meio da rua, pensei em me internar em um hospital de 'doido'que tem perto da minha casa pensei em todas as formas que eu poderia me matar. 
Desde q começou essa fase da minha vida, eu comecei a ter vontade de me suicidar...mas hoje foi bem mais crítico, pensei em me enfocar, cortar a jugular, jogar o carro num barranco, me jogar de um viaduto... enfim...

Sei que não tenho motivos para viver dessa forma porque tenho uma família maravilhosa.Mas algo me falta. Nunca tive uma vida 'normal', porque minha mãe morreu quando eu era criança, e desde então eu tive que crescer e ser forte pra tudo na minha vida. Mas com o tempo a gente vai cansando de ser forte, cansando de ser surrado pela vida e pelas circunstâncias, as vezes me sinto mais mãe do meu pai do que filha. Para falar a verdade, acho que fui filha por pouco tempo.

Desde que minha irmã casou, sou eu que cuido da casa...e as vezes me sinto sobrecarregada de responsabilidade, porque não tenho ninguém para me ajudar com nada. 

AS vezes converso com minhas amigas sobre isso,converso com minha irmã,meu namorado, mas acredito que só a minha irmã que realmente entende, porque ela passou por tudo que estou passando...ela quase se suicidou na minha frente quando eu era criança ( Hoje ela está curada).

Não tenho forças para mais nada...nem orar eu consigo, meu namoro mal começou e já está por um fio porque ele não consegue se adaptar as crises. Fico muito triste, porque ele disse que não consigo fazê-lo feliz.Me sinto incompetente, fraca, medíocre... um lixo.

Tento ficar feliz...ser mais tranquila e maleável...mas parece que uma gota vira um oceano, e ele disse que não dá mais conta.

Já não sei o que eu faço da minha vida...só tenho vontade de ficar em casa..mas infelizmente tenho q me arrastar para o trabalho e para faculdade que termino daqui 3 meses.

Não tenho mais vontade de nada...só de morrer. Antes o medo do inferno me 'segurava' para não fazer nada contra minha própria vida, mas hoje parece que nem isso importa mais.

Sei que todos que entram nesse site estão passando por algo parecido, mas honestamente eu tenho a esperança que alguém possa ler isso e me ajude, porque sei que estou no fundo do poço. E que preciso de ajuda. Não sei o que eu tenho...nem sei se é depressão..transtorno bipolar...ou apenas uma fase.
To confusa.

Mas ainda assim quero que o Senhor me leve. Essa é a única oração q eu tenho feito. Quem pode me ajudar ...

JORNALISTA SE AUTO-MUTILAVA E TENTOU SUICÍDIO

3/22/2013
A vida pode se tornar muito cruel ao ponto de acharmos ser insuportável continuar. A jornalista Emma Forrest passou por isso. No desespero, feria a si própria com gilete e tentou se matar. Mas seu destino era outro. Aos 22 anos, a jornalista, escritora e roteirista Emma parecia levar uma vida maravilhosa: havia deixado a casa dos pais em Londres, cidade onde foi criada, para morar em Nova York, tinha um contrato com o jornal britânico The Guardian e estava prestes a publicar seu primeiro livro.

Mas, por trás da aparência bem-sucedida, havia uma jovem com sérios problemas psiquiátricos, que se cortava com gilete, sofria de bulimia e era extremamente autodestrutiva. Em Sua voz dentro de mim, Emma apresenta suas memórias, sem medo de expor o lado mais escuro que guarda dentro de si.

O livro começa com a autora descrevendo sua obsessão pelo quadro Ofélia, de Millais, em exposição na Galeria Tate, em Londres. Aos 13 anos, Emma passava as tardes observando a pintura, que retrata a namorada suicida de Hamlet, personagem da obra de Shakespeare.

Conforme lista outras de suas peculiaridades, bem como alguns aspectos curiosos de sua família, Emma direciona os leitores para a conclusão a que ela mesma chegou quando morava em Nova York: havia cruzado a fronteira que separa os excêntricos dos maníaco-depressivos.

Ao chegar ao ponto em que não sentia quase nada, somente dor e tristeza, Emma começa a frequentar o consultório do psiquiatra a quem se refere como Dr. R. Ainda assim, após algumas sessões, ela tenta o suicídio e vai parar na emergência de um hospital.

Levada pela mãe para terminar de se tratar na Inglaterra, a autora continua a ver o Dr. R quando volta aos Estados Unidos. Durante oito anos, ela é paciente dele, que tem papel fundamental em sua recuperação.

Quando tudo parecia bem – as visitas ao Dr. R tinham se tornado esporádicas e ela achava que havia encontrado o amor de sua vida –, a notícia da morte do médico cai como uma bomba e pode ameaçar seu progresso.

Sua Voz Dentro de Mim também fala dos relacionamentos amorosos de Emma. Um deles, em especial, chama a atenção: o namoro com o ator Colin Farrell, cujo nome não é citado no livro. Ela se refere a ele como seu “Marido Cigano”, ou simplesmente MC, e revela que se trata de uma estrela do cinema. Os dois ficaram juntos durante cerca de um ano, viveram uma história intensa e chegaram a fazer planos de ter um filho, mas Farrell decidiu botar um ponto final no caso, tempos depois da morte do Dr. R.

Sem o psiquiatra para apoiá-la, Emma terá que reunir forças para superar sozinha mais essa perda.
Apesar de toda a dor e do mergulho profundo na depressão e na autodestruição que permeiam o livro, Emma Forrest consegue explorar a beleza do amor e falar de superação ao longo das páginas. De quebra, ela ainda faz refletir sobre a relação que temos com nós mesmos. Ainda neste ano, Sua Voz Dentro de Mim deve chegar às telas do cinema, com a atriz Emma Watson no papel de Emma e o ator Stanley Tucci como o Dr. R.
A partir do R7. Leia no original

A PERDA DE MIM MESMO

3/21/2013
Efeitos da personalidade egóica
"É pela segunda vez que venho postar neste espaço. Como da outra vez me sinto muito mal. E para piorar o céu está muito nublado e isso contribui (e muito!) para que eu me se esconda no meio dessas negras nuvens.

Há cerca de dez dias me separei de minha namorada. Estávamos juntos há quase dois anos. No começo, o relacionamento estava super bem, nos amávamos intensamente, transavamos de forma louca, fazíamos muitas coisas legais juntos, ela, eu e nossos filhos. Mas como, muita das vezes, como é de se esperar, veio o declínio juntamente com sua obsessão e neuroses. 

Chegou ao ponto em que não estava entendendo mais nada. Muitas brigas, desconfianças, acusações, cobranças, idas e voltas etc. Por fim nos separamos! O mais intrigante é que desta vez nem conversamos sobre nossa separação, simplesmente cada um foi para seu lado sem falar nada. 

Sabe por mais que não estivéssemos bem sempre tive otimismo e achei que poderíamos chegar à paz, pois também sei que no fundo eu a amo e também sei que é recíproco. Mas devido nossa falha egóica, de não suportar a dor da frustração, silenciosamente, nos separamos. 

Mas na minha vida sempre foi assim. Muitas perdas significantes tive, inclusive a perda de mim mesmo. Tenho a sensação de estar em um eterno labirinto onde passo, repasso e nunca transpasso; vou e volto e nunca encontro a saída. O meu grito é silencioso no qual não quero que ninguém o ouça, inclusive eu; a minha carapaça existencial é de tal resistência que muitas vezes desconheço minha existência. Já que não existo, logo não penso, logo estou morto! 

Obrigado por deixar compartilhar minha dor." 
Anônimo
Depoimento em Suicídio : Frases

NO FUNDO DO POÇO NÃO TEM MOLA

3/20/2013
Divulgação
“No Fundo do poço não tem mola” (Editora Letra Livre) é o quarto livro da carreira da autora sul-mato-grossense Theresa Hilcar. Nesta obra a autora trata da depressão como patologia e seus aspectos filosóficos e sociais. O livro teve investimento do FIC (Fundo de Investimentos Culturais). O lançamento será hoje,19 de março, na livraria Leparole, às 18h30.

O livro retrata um pouco do universo da autora, um conjunto de crônicas de uma mulher que assume sem pudores fazer parte das estatísticas cujos números apontam a existência de milhares de mulheres com a mesma patologia. A depressão, segundo a autora, é tratada sempre com reservas e no mais absoluto silêncio pela maioria das pessoas É quase um despir-se existencial, um diário que se torna público.

As crônicas de Theresa Hilcar escritas como exercício de exorcizar a dor, tem o mérito de quebrar este silêncio e trazer à superfície questões como preconceito e os estigmas impostos pela sociedade que obriga as pessoas a serem felizes o tempo todo. A tristeza, segundo a autora, é algo incômodo para quem não a compreende. Questionamentos mais profundos a respeito da vida e das suas vicissitudes são explorados na obra. Apesar de tratar da tristeza, o livro não é enfadonho, mas leva o leitor a se deliciar com um texto preciso e ao mesmo tempo reflexivo.

Theresa Hilcar
Os leitores serão quase cúmplices de Theresa Hilcar, conhecendo segredos quase inconfessáveis da jornalista. No prefácio escrito pela professora Maria Adélia Menegazzo ela escreve:”... Há, no entanto, um aspecto nestas crônicas que as torna memoráveis. Theresa Hilcar toca a poesia na medida em que impõe cadência às palavras e que, numa certa medida, obriga-se ao uso de frases curtas, sem excessos, com pouca adjetivação. Desta forma, provoca uma leitura quase que vertical de suas frases, como se fossem versos. Filtra, assim, pela razão, a emoção, o sentimento lírico. A crônica é tanto melhor, quanto mais explore este aspecto, quanto mais revista o cotidiano e suas circunstâncias deste repensar subjetivo e raro” tipifica Menegazzo.

A autora já publicou três livros “O outro lado do peito”, “Tereza toda terça” e “No trem da Vida”. A jornalista é cronista no Jornal Correio do Estado. Thereza Hilcar é membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.
A partir de Midiamax. Leia no original

SEI QUE NÃO POSSO CONTAR COM NINGUÉM

3/19/2013
Imagem :  por Andréa Farias
"Penso em suicídio todos os dias e semanas. Já tentei suicídio algumas vezes quando era adolescente, mas não obtive êxito. O medo falou mais alto. Primeiramente penso nos meus pais e na minha família, senão fosse por isso, já teria cometido suicídio. Mas eu não confio em mim. Acredito que no desespero eu possa me suicidar alguma hora.

Não gosto de viver, não gosto mais de nada, tudo dá errado pra mim. Não tive sucesso profissional, amoroso, financeiro. Não tenho um emprego, não consigo nada, nem uma mulher, um carro, uma boa instabilidade financeira. Sou muito azarado, amaldiçoado, condenado acho.

Pela minha idade hoje posso me considerar um fracassado, um ninguém. Eu sei que sou isso há muito tempo.

Estou ficando cada ano mais velho e não conquistei nada até agora, só um emprego, mas não o tenho mais. Já tenho quase 30 anos. Sou tímido, tenho fobia social. Sofro preconceito, desprezo de muitas pessoas por ser tímido. Não sou compreendido por ninguém. Sou muito medroso também. Sem falar que tenho gostos, segredos, que não podem ser revelados para ninguém. Pois tenho certeza que serei criticado. Minha vida é uma bosta, uma droga, um inferno. A morte me faria bem, confortaria a minha alma. A cada dia que passo fico mais feliz porque é um dia a menos de vida nessa droga de planeta, de mundo.

Peço perdão a Deus por pensar nessas besteiras, mas cheguei a conclusão que não tenho salvação, nem orações, acho que nem Deus podem me ajudar. O único que podia era eu mesmo, mas não acredito mais nisso. Não vejo futuro, nem presente, nada. Há muitos anos não sorrio verdadeiramente. 90 % dos meus sorrisos são falsos. Tenho uma vida boa, confortável, mas por causa do meu pai. Sou grato a isso. Nunca passei necessidade. Mas se dependesse de mim, se eu não tivesse ninguém, estaria morrendo na rua, seria um indigente, um mendigo tenho certeza, sem desmerecê-los. Não tenho capacidade de nada. Sou um inútil. Devo ter vindo nesse mundo a passeio, para me dar mal e sofrer. Se existem vidas passadas mesmo, devo ter sido uma pessoa muito ruim para passar pelas coisas que passo atualmente.

Esse é o meu desabafo. Sei que não posso contar com ninguém mesmo".
Anônimo
 
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