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CURTA-METRAGEM FALA SOBRE DORES DA DEPRESSÃO E SUICÍDIO

5/18/2015
O tema delicado (depressão e suicídio) marcou a cidade de Campo Grande (MS) este ano, mas desde 2014 o diretor Roberto Leite trabalha no filme “Cortes”, um curta-metragem que trata de uma questão tabu, o suicídio.

Produzido pela Zion Filmes, de forma independente, o curta conta em 27 minutos a história de Jade, interpretada pela atriz Camila Schneider. Depois de perder o marido, ela redescobre a força da depressão que a acompanha desde criança.

A dor exagerada faz com que a jovem inicie um processo de despedida, gravando vídeo onde tenta explicar a decisão de se suicidar. O ator Filipi Silveira é Leo, amigo de infância que, percebendo a gravidade da situação, tenta fazer Jade mudar de ideia.

A proposta é mostrar que a vida é feita de cortes e cicatrizes. "Depressão não é frescura, é doença. E é essa a reflexão que queremos deixar ao público. Basta que procuremos o contato, a conversa e, dessa forma, esta situação poderá deixar de ser comum. Queremos reforçar também o alerta para a necessidade imediata de políticas públicas mais efetivas no sentido de identificar e tratar as vítimas da depressão", argumenta o diretor.

O diretor Roberto Leite ficou conhecido ao participar do Festival de Cannes, com o curta-metragem "O Florista".

"Cortes" também já fez sua estreia internacional em maio, no Festival de Miami, nos EUA, e está inscrito em outros 15 festivais. Veja o trailer a seguir.


UM DIA ACORDAMOS CANSADOS DE VIVER

5/01/2015
"Um dia a gente acorda e sente que já não é mais a mesma pessoa, que as antigas motivações não nos servem mais, percebe que a luz está diferente, que o som do nosso coração está cansado das mesmas batidas, percebe que antigos sonhos morreram e nada mais ocupa o lugar naquele espaço que lhes foi destinado.

A gente acorda e se dá conta do que não fez, de onde não chegou e,
decepcionados, quisemos crer em tantas crenças e doutrinas, nos esforçamos para agradar a todos, dissemos “sim” quando queríamos dizer “não”, e deixamos de falar “não” tantas vezes que já não sabíamos mais qual era o nosso querer, quais eram os nossos sabores preferidos e a direção que escolhemos caminhar.

Aí a gente se lembra do tanto que sofreu, chorou, sonhou, riu, comeu e sentou a mesa com gente que de fato nunca se importou, e a gente oferecendo nosso melhor sorriso em troca de aceitação. 
Lembramos que não protestamos diante de absurdos, recolhendo-nos à boa educação, que demos amor para a pessoa errada, e deixamos de amar, abraçar e pedir um abraço quando mais precisava e em quem mais precisava.

Um dia acordamos cansados de dizer que estamos cansados de viver."

M.K.
Depoimento na Comunidade QM
Imagem: Pexels

O SEGREDO PARA MIM FOI MUDAR TUDO

4/28/2015
"Que doideira este blog. É sério isso! Estou entediado hoje, mas já tive depressão! E das fortes. Entendo perfeitamente cada um. Não li todos os textos, mas todos tem as sua particularidades. Escrevi um livro para mim, mas que talvez  possa ajudar a cada um de vocês. 

Quando falo do meu livro, as vezes sinto vergonha, pois tenho que ter muita coragem para falar dele para alguém e dizer que tive depressão. Depressão que hoje é considerado o mal deste século. 

Me livrei dela graças ao meu livro e a mim. Pois minha cabeça faz parte de mim. E mudar ela é o segredo. Mudar os pensamentos. Viver coisas novas e principalmente. Pensar em coisas boas e em coisas que gostamos. O segredo é fazer coias que gostamos e nos trazem prazer. Algo teu. Sorrir de nós mesmos. Relaxar um pouco... Tentar ver que esse mundo é lindo demais e estar nele é um presente. 

Apenas viva... sinta... Mostre que está vivo... Sinta seu coração, seu corpo... Arrisque mais... Não tenha medo... Não tem nada a ver com religião... Ou qualquer outra coisa... Você só esqueceu de você... Apenas isso... 

O segredo para mim foi mudar tudo... Melhorar tudo... Demora... Mas as mudanças são demais... Concerte tudo que te incomoda. Cada detalhe de sua vida. Comece mudando o visual. é maravilhoso receber elogios. Sou um artista, sei muito bem disso. Sorria mais... Seja mais simpático... Fale... Pergunte... Olhe para as pessoas... Note cada detalhe em tudo... e em todos... Saia de casa... sinta a natureza... Ela acalma a nossa alma. Vá para uma praia, leia um bom livro, ou escute uma música boa... Faça as coisas que você gosta e não desista de você... Entre em mundos diferentes é demais isso. 

Aprenda um instrumento musical... qualquer um... você não precisa ser bom em nada. Podemos errar a vontade... Só não podemos fazer mal a ninguém e principalmente a nos mesmos... 

Se suicidar é perder tudo. Chegar lá... e querer voltar... Tá cansado de viver essa vida... Mude de vida... " Cada minuto que passa é uma nova chance de mudarmos tudo a nossa volta "... Vanilla Sky... Esse filme é demais... Eu estava entediado... E escrever isso para vocês me trouxe um sentimento bom dentro de mim. Em saber que eu passei por isso e talvez pudesse ajudar alguém. "

Depoimento anônimo em
Imagem : Pexels

DOENÇA QUE MAIS AFETA A VIDA DO BRASILEIRO

4/27/2015
Doença prejudica o cotidiano, o trabalho, os relacionamentos. Entenda a diferença de depressão e tristeza.

Você sabia que a depressão é a doença que mais afeta a qualidade de vida do brasileiro? Ela atrapalha o trabalho, os relacionamentos pessoais e até os cuidados com a saúde. Algumas doenças podem provocar e agravar a depressão. Mas a boa notícia é que 70% dos casos têm cura e os remédios estão cada vez mais avançados. Como diferenciar a depressão de tristeza e desânimo? O Bem Estar desta sexta-feira (27) falou sobre isso. Participaram do programa o consultor e psiquiatra Daniel Barros e a psicóloga Ana Merzel.

Enquanto na tristeza há relação do estado mental com algo que aconteceu, na depressão a tristeza é difusa, não tem causa específica e está presente em diferentes situações e momentos da vida do doente. Mas a doença tem cura. Medicamentos, psicoterapia e atividade física fazem parte do tratamento.

Os antidepressivos, como todos os remédios, têm um lado ruim. Em algumas pessoas podem reduzir a libido. Em casos graves de depressão, podem inicialmente aumentar o risco de suicídio. Nesses casos, é necessária a supervisão cuidadosa. Os remédios são uma boia para ajudar a pessoa a não afundar, mas também é preciso acompanhamento médico e muito exercício.  A escolha do psicólogo é muito importante. O paciente precisa se sentir confortável com o profissional.

Quem cuida do depressivo precisa ser compreensivo. A doença não depende só da força de vontade para ser combatida, mas do tratamento de alterações no funcionamento do cérebro.

Doenças interligadas

As doenças do coração podem provocar e até agravar a depressão. A depressão também pode agravar uma cardiopatia. Cerca de 30% dos pacientes operados do coração ficam deprimidos. De acordo com a médica Bellkiss Romano, do Incor, a depressão acontece porque as pessoas veem o coração como a máquina da vida.

Pensar que o coração está doente é imaginar que a vida está em risco. “O paciente entra num círculo vicioso. A depressão que agrava a patologia, a patologia vai fazer com que você se sinta menos potente, vai agravar a depressão. E você não quebra o ciclo.”

Veja os vídeos da reportagem clicando aqui.
A partir do G1. Leia no original
Imagem: Pexels

DEPRESSÃO É UM CONJUNTO DE SINTOMAS

4/26/2015
Medicamento, psicoterapia e exercício ajudam no tratamento.
Entenda melhor a depressão pós-parto

O programa "Bem Estar", da Rede Globo, exibido dia 17/04/2015, falou sobre a depressão e os remédios que existem para trata-la. A doença é a que mais retira anos saudáveis de vida dos brasileiros. A depressão esconde a gente da vida, prejudica o trabalho, o relacionamento com a família e com pessoas que amamos. Participaram do programa o nosso consultor e psiquiatra Daniel Barros e a psicóloga Ana Merzel.

E como diferenciar depressão de tristeza e desânimo? Enquanto na tristeza há relação do estado mental com algo que aconteceu, na depressão a tristeza é difusa, não tem causa específica e está presente em diferentes situações e momentos da vida do doente. Mas a doença tem cura em 70% dos casos. Medicamentos, psicoterapia e atividade física fazem parte do tratamento.
A depressão é um conjunto de sintomas, explica Daniel Barros. A tristeza é só um deles. "Por isso, a depressão é uma síndrome". Ele também lembra que o estresse crônico pode levar a depressão.

Depressão pós-parto

Apesar do desejo de ser mãe, muitas mulheres não conseguem curtir esse período como gostariam por causa da depressão pós-parto. A doença atinge cerca de 10% das mulheres, tanto as que já têm a depressão quanto as que nunca tiveram. Em metade delas, os sintomas como tristeza, desânimo, pessimismo, falta de energia e choro fácil começam durante a gravidez, mas também podem acontecer até meses depois do parto.

Depois do nascimento, a depressão pós-parto dificulta os cuidados com o filho e prejudica até o aleitamento. É muito importante para a saúde da mãe do bebê reconhecer e tratar a doença.
Veja algumas dicas do doutor Daniel que podem ajudar: planeje a gravidez; faça um pré-natal com acompanhamento; pratique atividades físicas; tome cuidado com a alimentação e evite o aumento de peso; conte com o suporte familiar; e planeje o pós-parto durante a gestação.

Veja os vídeos do programa clicando aqui
A partir do G1. Leia no original
Imagem : Pexels

DEPRESSÃO INFANTIL: PAIS DEVEM COBRAR MENOS

4/24/2015
Diretamente associados à relação familiar, depressão e distúrbios de ansiedade são cada vez mais comuns entre crianças em fase escolar. De acordo com a neuropediatra Mirella Fernandes Senise, a depressão costuma estar atrelada a dificuldades de aprendizagem e a ansiedade a dificuldades de separação dos pais. “Em todos os casos, é importante que os pais compreendam que cada criança tem seu tempo, suas limitações. Não podem cobrar demais, precisam estar presentes e evitar envolvê-los nos problemas cotidianos”, alerta.

Nos últimos quatro anos, a médica destaca aumento na procura por tratamento de crianças depressivas com dificuldade de aprendizagem. “É uma via de mão dupla. A depressão pode causar essa dificuldade. E o contrário também. A dificuldade de aprendizagem pode causar baixa estima e levar ao quadro depressivo”, explica.

Déficit de atenção associado a depressão, por exemplo, é muito comum. “Vale ressaltar que as vezes a criança é cobrada demais. Ela até vai bem na escola, tira notas boas, mas não é o suficiente para esses pais.”

Mirella destaca outros fatores que podem levar a depressão: a separação dos pais; a chegada de irmãos mais novos; abandono. “Crianças que ficam tempo demais sozinhas podem ter mais tendência. E não basta o pai só estar presente. Precisa dar atenção, incentivo.” Ansiedade - Segundo a psicóloga Patrícia Blanco Silva, a ansiedade é a reação normal a situações que podem causar medo, expectativa ou dúvida. “Ela pode ser causada por muitos fatores. E um pouco de ansiedade até pode ser saudável. Mas para que não seja excessivo, no ambiente familiar os pais precisam lidar com os problemas de forma natural e acolhedora. Diagnóstico - As duas profissionais alertam para a importância do diagnóstico precoce. “A hora certa para procurar ajuda é quando percebem os primeiros sintomas de alteração de humor”, orienta a neuropediatra Mirella. “Crianças tendem a ficar muito irritadas ou agressivas. Os pais também percebem alterações de apetite, que pode ser para mais ou menos, e alterações no sono, como dificuldade de dormir, insônia ou até procurar a cama deles para conseguir descansar.”

Patrícia, no entanto, avisa que nem sempre os sintomas são constantes. “O diagnóstico leva em conta a história de vida do paciente e uma análise clínica criteriosa. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas interferem diretamente na qualidade de vida.” Quando não tratadas adequadamente, tanto a depressão quanto a ansiedade podem acarretar problemas mais sérios no futuro. “Mudança de personalidade. Propensão a depressões mais graves no futuro. Prejuízo social, porque se afastam de todas as pessoas. Desestruturação familiar”, elenca a médica. “Em casos muito graves, levam a distúrbios alimentares, como a anorexia. E até ao suicídio na adolescência, que seria mais raro.”
Imagem: Pexels

SUICÍDIO ENTRE ADOLESCENTES

4/22/2015

Causa da morte de mais de 2 mil jovens brasileiros todos os anos. Considerado um fenômeno social entre alguns especialistas. Prática incentivada na internet. Ainda assim, o assunto – velado e cercado por tabus – é evitado pela sociedade. A temática suicídio entre adolescentes vem à tona após duas recentes mortes de garotas em idade escolar, em Belo Horizonte. Infelizmente, não se trata de casos isolados, muito menos raros.

Na última década, os índices de autoextermínio dobraram entre pessoas de 12 a 21 anos, segundo Fábio Gomes, vice-coordenador da Comissão de Prevenção ao Suicídio, da Associação Brasileira de Psiquiatria. Das mil ocorrências registradas todos os meses no país, cerca de 170 são cometidas por adolescentes.

O número pode ser ainda mais preocupante. “Estão subnotificados. Se uma pessoa morre ao se envolver, por querer, em um acidente de carro, o fato é tratado como acidente de trânsito”, destaca.

Características

Embora alguns casos sejam atribuídos a distúrbios psiquiátricos, outros fatores estão por trás desse crescimento. “Há uma falsa ideia de que o suicídio está sempre associado à depressão. Isso não é verdade. Vivemos em uma sociedade altamente consumista, onde tudo ficou banalizado. Até a própria existência”, observa Maurício Leão de Rezende, presidente da Associação Mineira de Psiquiatria.

Solidão, estresse e a pressão da competitividade também podem explicar o aumento das ocorrências. Sem maturidade suficiente para lidar com esses sentimentos, muitos escolhem o caminho mais radical. “Alguns não conseguem enxergar uma saída ‘meio-termo’. Eles têm percepções extremadas sobre a vida e são mais impulsivos”, afirma a psicóloga Sylvia Flores.

Apesar dessas características serem comuns à idade, Marcelo Tavares, professor do programa de pós-graduação em psicologia clínica e cultura da Universidade de Brasília (UNB) e coordenador do Núcleo de Intervenção em Crise e Prevenção de Suicídio, adverte sobre o perigo de jogar a culpa apenas à fase da vida.

“Nem todos os pais querem compreender os sentimentos do adolescente. Preferem procurar um atalho, uma pílula que esconda o real problema. É mais fácil do que investir no relacionamento e no vínculo com o filho”. Outros setores da sociedade – até mesmo a escola – agem de modo semelhante. “Todo mundo quer passar a batata-quente”.

Internet

Não bastassem esses fatores, a internet também tem aberto o caminho para novas ocorrências. Segundo Fábio Gomes, diversos sites e páginas nas redes sociais incentivam a prática.

“Há grupos no Facebook que glamourizaram o suicídio. As pessoas deixam seus nomes e entram em uma espécie de lista, até que chegue o dia de se matarem”, conta. Recentemente, oito casos do tipo foram registrados apenas na cidade de Fortaleza. Dentre eles, uma família descobriu que um grupo saiu do enterro da menina para uma comemoração, como se aquele tivesse sido um grande dia.

“E que controle temos sobre isso? Nenhum. É muito importante resgatar a convivência familiar. Os adolescentes estão sozinhos e acabam se cercando por tecnologia. E na internet têm acesso indiscriminado a qualquer tipo de informação”, alerta.

Grupos compartilham informações sobre autoextermínio

Em uma página do Facebook com 15 mil curtidas, frases como “Meus cortes têm motivos, alguns até nome” e “Já me cortei sem derramar nenhuma lágrima, mas também já chorei tanto ao ponto de não conseguir segurar a lâmina” são divulgadas e compartilhadas. Quem faz as postagens é um adolescente de 19 anos que, desde a infância, tem pensamentos sobre a morte.

Ele não sabe atribuir de onde vieram essas ideias, mas ressalta que teve uma triste trajetória de vida, que inclui maus tratos dos pais. Hoje, afirma que encontra apoio na namorada e outros três amigos, além de alguns colegas que fez por meio da rede. “Não queremos incentivar o suicídio. Essa é uma forma de nos ajudarmos”, justifica o garoto, que já tentou se matar e também já cortou ou pulsos, sem intenção de morrer.

Grupos para compartilhar a automutilação também são comuns na rede. Além de compartilhar fotos dos braços machucados, os participantes – a maior parte deles, adolescentes – desabafam sobre os motivos que o levaram ao ato. Pela rede, divulgam os números de celulares para criarem grupos no WhatsApp.

A partir do R7. Leia no original
Imagem: Pexels
 
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