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CICATRIZES DO PASSADO

8/07/2012
Algumas pessoas carregam dentro de si marcas que a vida (e as pessoas que por ela passaram ou que ainda permanecem nela) deixou.Essas pessoas se dividem entre as que conseguiram passar por cima disso tudo e as que ainda vivem e remoem essas marcas,esses traumas,enfim.

Eu sou uma dessas pessoas que não conseguem superar as pancadas que a vida me deu. E graças a isso tenho Síndrome do Pânico e Depressão, resultados de inúmeras frustrações e constantes humilhações que vivi ao longo dos meus 20 e poucos anos.Alguns dizem que é preciso esquecer o que já passou,mas não é tão fácil quanto falar,é preciso ter uma força que muitas vezes não possuimos,e este mesmo comentário nos faz sentir o quanto somos frágeis e dá até uma sensação de impotência perante o resto do mundo.

Pessoas como eu,que foram (e são) vítimas de outras vítimas de traumas ou até mesmo da ignorância vivem buscando uma saída desse circulo,dessa prisão que é o passado.Digo passado porque muito do que vivemos em nossa infância e adolescência é acrescentado em nosso caráter ou no modo como vemos a vida.

Você,que assim como eu,vê o passado como causador de seus atuais problemas,acredite,você não é o único.
A.C.

PÂNICO E DEPRESSÃO TÊM CONTROLE E REMÉDIO

7/09/2011
Há vários anos tive síndrome do pânico. Na época, quando a doença ainda não era muito conhecida, passei por uma verdadeira peregrinação em especialistas médicos. Foi uma verdadeira ‘via crúcis’ em busca de um diagnóstico – a certa altura, estava tão desesperada em não saber o que se passava comigo, que preferia até ouvir o pior a não ouvir nada.

Pelo menos no meu caso, posso resumir a síndrome do pânico em uma sensação, entre tantas outras terríveis: a de morte iminente. Imagine-se acordando daquele pesadelo onde está caindo de uma enorme altura, levando um tiro ou se afogando... A sensação é parecida com essa, exceto pelo ‘alívio’ de acordar. A síndrome do pânico é uma espécie de ‘ante-sala’ do inferno. É horrível, mas o que vem a seguir parece ser sempre pior.

Taquicardia, falta de ar e de apetite, choro fácil e, como o próprio nome diz, pânico. De nada específico e de tudo ao redor: pânico de morrer antes de chegar ao hospital, pânico de existir, de tomar banho, de comer, de sair de casa... Pânico do real e do imaginário. Do máximo e do mínimo.

Durante os poucos meses (parecerem uma eternidade, é claro!) em que não fui diagnosticada, mas descartaram-se todas as possibilidades clínicas, a tristeza de não entender o que se passava comigo me paralisou e tive depressão.

Magérrima e debilitada física e emocionalmente, uma noite telefonei para a minha avó paterna, a figura que sempre foi meu porto seguro, mas quem atendeu foi uma tia que é médica. Costumo dizer, desde então, que ela salvou a minha vida. No telefone, enquanto ela perguntava o que estava acontecendo, eu só conseguia chorar e repetir que ia morrer. Pior: ia morrer sem saber o que tinha me matado, já que nenhum médico descobria a minha ‘doença terminal’.

Ela me levou à casa dela, conseguiu que eu tomasse água (neste momento, até isso era difícil para mim) e um calmante. Explicou que, pelo conjunto de sintomas, eu estava em depressão. Fiquei surpresa e, na hora, pensei: deprimida? Logo eu que sempre fui tão bem humorada? Estava terminando a faculdade de jornalismo, a profissão que sempre quis e, aparentemente, nada ia mal na minha vida.

Nesse dia, dormi pela primeira vez uma noite inteira. E, no dia seguinte, o diagnóstico da síndrome do pânico que evoluiu para uma depressão – ou vice-versa - foi confirmado por uma clínica geral, que me encaminhou a um psiquiatra. Esse, aliás, foi um novo desafio: vencer o preconceito em torno dessa especialidade da medicina afinal, eu não era ‘louca’. Mas, a essa altura, o meu desespero era tanto que nem pensei nisso.

Ele, o meu psiquiatra, foi a pessoa que salvou pela segunda vez a minha vida. Explicou tudo o que eu ainda não sabia sobre as ‘doenças da alma’ e até desenhou – literalmente – para que eu entendesse melhor, as diferenças entre o cérebro de uma pessoa sã e uma deprimida. Descobri, com ele, que as doenças da alma, causadas por um desequilíbrio na produção de substâncias no cérebro, eram tão físicas e reais quanto qualquer outra.

Desfez-se o mito em torno das frases que tantas vezes ouvi: “Isso é coisa da sua cabeça”... “Vai a um cinema... Se distrai que passa”. Sim, a síndrome do pânico e a depressão eram coisas da minha cabeça, mas, não da forma como muita gente pensava. A cura não estava em minhas mãos, nem está nas mãos, nem na mente de ninguém que sofra desse mal. É injusto, cruel ou simplesmente, desconhecimento total de causa colocar a solução do problema nas mãos de quem está sofrendo.

Após poucos dias de tratamento com antidepressivo e de meses de terapia, posso dizer que renasci. Voltei a me alimentar, a estudar e trabalhar – cheguei a perder o período na faculdade e o estágio devido à doença -, a sair e a sentir prazer nas atividades diárias. O medo também se foi e, junto com ele, a falta de ar, a taquicardia...

Desde então já se vão uns dez anos. Confesso que tive algumas recaídas, mas, nunca, nenhuma, comparada à primeira crise que descrevi aqui, quando sequer sabia o que estava vivendo. Andrew Solomon, o autor do livro ‘O demônio do meio-dia’, um tratado sobre a depressão, disse durante uma entrevista que, para quem já teve, a depressão está sempre à espreita.

Vanessa Alencar
Eu sei disso. Sei que ela está à espreita e reconheço seus olhos frios e traiçoeiros, mas, depois que você conhece os sintomas e os mecanismos da doença, fica mais fácil cortar o mal pela raiz, antes que ele se alastre. Por isso, não me envergonho de procurar ajuda quando, mais uma vez citando Solomon, “aquela sensação turva impregna a minha alma”.

A depressão tem controle e tem remédio e, muitos precisam desse controle para sempre, assim como qualquer outra doença. Se for necessário remédio, eu tomo. Se for necessário voltar para terapia, eu volto. Hoje, o meu ‘demônio do meio-dia’ está adormecido. Não tenho medo de ser feliz, nem tenho medo de acordá-lo.

Resolvi escrever esse artigo na tentativa de ajudar os que se reconheceram neste relato e, encerro, citando um depoimento que também consta do livro ao qual me referi. Se você está deprimido hoje, lembre-se: ‘Não vai ser sempre assim. É assim neste momento, mas não vai ser sempre assim’.


Vanessa Alencar

É POSSÍVEL CONTROLAR O PÂNICO, DIZ MÉDICO

6/29/2011
Falando sobre depressão e síndrome do pânico, o psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello, do Hospital das Clínicas, esteve no programa Bem Estar, da Rede Globo, e colaborou ao traçar um painel atual sobre as doenças. Informou, como demonstra o vídeo abaixo, que estudos mostram que o aumento de transtornos de ansiedade na família podem aumentar a probabilidade de uma pessoa ter algum tipo de síndrome. Uma boa dica para quem possui a doença é aprender a controlar a respiração.


No vídeo a seguir, você conhecerá os sintomas mais comuns da síndrome do pânico são tontura, falta de ar, taquicardia, medo e suor frio. O tratamento da doença é feito através de remédios e terapia. Segundo os médicos, é possível controlar a crise de síndrome do pânico.

DEPRESSÃO ATINGE 70% DAS PESSOAS QUE NÃO TRATAM O PÂNICO

6/27/2011

O psiquiatra Luiz Vicente Figueira de Mello, do Hospital das Clínicas, tirou dúvidas da internet sobre síndrome do pânico ao participar do programa Bem Estar, da Rede Globo. Segundo o médico, em casos mais raros, crianças podem manifestar a doença com sintomas como medo (de ficar sozinha ou ir para a escola), choro e vontade de fugir dos lugares.

Mas geralmente o distúrbio começa a surgir na adolescência e, nessa fase, os jovens apresentam os sintomas típicos: taquicardia, desespero e sufocação. Desmaios durante as crises não são comuns, mas podem acontecer em uma porcentagem pequena de pessoas.

Figueira de Mello destacou que síndrome do pânico não é um “piripaque” ou algo sem importância, mas também não é necessário sair correndo atrás de um médico ou pensar que vai morrer. Se a crise não passar em 30 minutos, é bom procurar um pronto-socorro. Acalmar a vítima também ajuda.

O especialista explicou que é comum ter crises de pânico apenas em ambientes específicos, como no trabalho. Aí, há uma relação entre fobia e os ataques.

Já ansiedade e síndrome do pânico são problemas diferentes. O primeiro é uma defesa flutuante do ser humano e dos animais em geral. Ela antecipa o medo ou o que poderá acontecer: será que alguém vai à minha festa, vou chegar a tempo ao trabalho, me saí bem na entrevista de emprego? Já o transtorno de pânico se desenvolve e tende a ficar crônico. Porém, quando a ansiedade se torna rotina e atrapalha a vida, também vira doença: a ansiedade generalizada.

De acordo com Figueira de Mello, pânico, depressão e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) são quadros paralelos, sem relação de causa e efeito. Apesar disso, 70% das pessoas que não tratam o pânico tendem à depressão.

A morte de um parente ou um acidente pode desencadear um caso de pânico, mas é mais comum que o distúrbio ocorra espontaneamente. Doenças como hipertireoidismo também podem causar crises de pânico e ansiedade, em que o indivíduo sofre “brancos”, desorientações e distúrbios de atenção.

TODOS PROCURAM PELA CURA

6/25/2011
Todos procuram pela cura. Ela se esconde como uma faísca de esperança em doenças e dores emocionais. Curar o stress, a ansiedade, a depressão, o diabetes, câncer, o mal-estar da civilização. É possível?

Partindo de um problema particular, o psicólogo e quiroprático Bruce Forceia começou a refletir sobre o assunto por conta de uma doença no coração que o surpreendeu quando tinha 24 anos. Insatisfeito com o modo infeliz que vivia, com surtos de pânico, angústia e medicamentos frequentes, começou a buscar meios para enfrentar de maneira digna sua enfermidade.

Após muitos anos de pesquisas, observações e transformações, reuniu dados suficientes para compartilhar o que ele acredita ser "O Código da Cura".

"Voltei-me para o mundo da medicina alternativa em busca de uma resposta. Nele, descobri vários sistemas de tratamento ligados a uma filosofia universal. A medicina alternativa é fundamentada na filosofia do vitalismo. Os que aceitam o vitalismo acreditam numa força vital que permeia toda a vida", destaca o profissional.

Compreender a força vital o fez entender que deve haver uma conexão entre os sistemas de cura convencionais e os alternativos. "A cura e a vida nada mais são que manifestações do mesmo processo. O mesmo ocorre com a doença e a morte. Todos os sistemas de cura podem ser compreendidos em termos de informação."

Unindo as informações das diferentes formas de cura, o autor, após cerca de dez anos, conseguiu que os sintomas desaparecessem por completo, fazendo-o perceber também que, além deles, toda uma insatisfação pessoal criada por seu psicológico apenas pioravam o estado emocional e físico.

Com isso, criou o que chama de "cura informacional", baseada em sete princípios que permite a qualquer um acessar as chaves básicas para a cura eficiente de qualquer particularidade.

"Este livro foi escrito para qualquer pessoa que necessite de cura. Você pode adotar os conceitos apresentados aqui e aplicá-los imediatamente. Também verá que este livro é útil para a compreensão, avaliação e elaboração de programas de tratamento que integrem sistemas de cura da medicina convencional e da alternativa," conclui o especialista, dando esperanças aos que buscam e acreditam na cura possível, no "Código da Cura"

* * *

"O Código da Cura"
Autor: Bruce Forceia
Editora: Cultrix - Páginas: 200
Preço: R$ 34,00

UM PEDAÇO DE MIM QUE NÃO É O TODO

7/02/2010
Sou a filha caçula. Isso fez cair em cima de mim clichês e etiquetas que eu não procurei. Fui fácil de rotular . Nervosinha , ansiosa, mania de perfeição, mania de ficar sensível com tudo. Minha mãe não me dá mais presentes porque disse que cansou de dar presentes e eu não gostar, eu falava, ela berrava e eu acabava no choro. Assim a família inteira chegou a essa conclusão.Essa menina é sensível demais ! Melhor não dizer nada ! Quando eu descobri que Papai Noel não existia a vida da minha mãe virou um inferno. Eu desmontava a casa, mas achava os presentes dias antes do Natal. Fazer o que ? Coisa de caçula mimada e ansiosa , quer tudo e quer agora.

O mapa astral já tinha avisado, é culpa do ascendente em sagitário . Fala o que pensa e pronto. Cresci nesse planeta. Convencida que eu, um ser humano inteiro, com todas as suas capacidades era só isso mesmo, ansiosa, nervosa, sensível . As coisas boas que aconteciam comigo eram porque eu era sensível e tinha percebido, as ruins eram porque eu era sensível . Se eu gosto é porque sou sensível, se eu odeio é porque sou sensível. Se fiz as pazes é porque sou ansiosa e não perco tempo, se briguei é porque sou ansiosa e não dei tempo. Tudo na balança pesa para esses lados.

Ainda bem que o tempo passa e a vida costuma dar tapas em todo mundo. Eu levei os meus. E demorei muito tempo, tenho até vergonha de dizer , mas demorei em perceber que nenhum ser humano é feito só de três defeitos que também são qualidades ou vice-versa. Eu não sou só isso . Ninguém é. Como o mundo seria simples se todo mundo só tivesse três pontos na testa, indicando o que são. Fui rotulada, tratada dessa maneira, que hoje pessoalmente considero uma falta de respeito . Aprendi a bater, depois de apanhar . Se hoje em algum Natal algum tio me recorda que sou ansiosa , eu faço questão de dizer que ele já bebeu demais .

Acho triste conviver com alguém e só ver isso .Não vou negar, sou ansiosa sim, se pego avião penso se o piloto teve uma noite de sono boa , penso besteira sim ,sou sensível aos horrores no mundo , não sou fria nem distante de nada .Mas sou um todo , um quadro completo , não uma peça solta de um quebra-cabeças. Sou um ser humano com todos os defeitos e qualidades possíveis ,não posso ser julgada por uma peça . Não posso ser julgada por uma síndrome . Não sou ela , nem ela me representa . Não é minha lua , nem meu sol . É uma estrela, que brilha distante, as vezes posso ver, as vezes não .Por isso gosto das noites claras, onde o céu brilha e vejo milhões de estrelas . Então eu vejo minha síndrome lá . Mas também vejo o resto, vejo as outras, vejo o todo. E vejo como o meu céu é perfeito e infinito .Vejo que não sou essa estrelinha perdida .Sou um universo, infinito, que não se define em três coisas , como qualquer ser humano. 

AIara D.
Atriz, escritora e roteirista. Autora do livro "Síndrome de Mim Mesma"

A partir do blog
Síndrome de MM. Leia no original
 
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