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NINGUÉM PERGUNTA SE PRECISO DE ALGO

3/11/2013
Meus amigos.... Eu estou tão cansado...cansado de tudo, cansado de mim, cansado de gastar energias. Meu desanimo cresce a cada dia, não sei oque faço. Vejam só, ontem comprei pilulas de pó de guaraná... rs. Chega a ser cômico.

Tenho preguiça de levantar, encarar a cidade; mais um dia na faculdade... me esforçando para ser bom aluno. Mais um dia no trabalho, gastando energia para ser sempre um bom profissional. Em casa, o pouco tempo que passo, fico discutindo problemas familiares : sendo um bom filho, um bom irmão.

Enfim, a parte que me deixa realmente feliz é dormir, apagar, é como se estivesse morto durante algumas horas, umas 5 ou 6 horas por dia. Logo meus olhos abrem assustados, desligo o despertador, e tudo comece de novo. Mas nem em casa, nem no trabalho,nem na escola, ninguém me pergunta se estou realmente bem, se podem me ajudar, ninguém me olha nos olhos e pergunta se preciso de algo, se quero conversar.

Ninguém faz nada por mim, nem um copo de água me trazem se eu não pedir. Isso porque na verdade eu não sou importante, talvez o que importa é que eu represento; o que importa é o trabalho que executo, é o numero que represento no curso, é o dinheiro que ajudo em casa. Essas são as coisas que importam. Me toleram por causa disso, mas no fundo eu não valho nada...

Afinal que diferença faz se eu estou infeliz ou triste? Minha rotina é a mesma...
Queria ficar um tempo longe, sozinho de verdade.

As vezes estou tão cansado que quando vejo minhas obrigações do dia a dia tenho imensa vontade de chorar, medo que não aguentar, medo de cair no meio do caminho e ninguém me ver.

Estou farto... meus olhos chegam a doer... minha fadiga é extrema...
Quando será que alguém virá me salvar?
E se não vier...?...

QUAL O LIMITE QUE PODEMOS SUPORTAR ?

3/10/2013
Rita achou que os seus cinco filhos teriam uma vida
 melhor caso ela morresse e fossem adotados por outra família
Qual o limite a que uma pessoa pode suportar frente às dificuldades impostas pela vida? Despejada, desempregada, recém-divorciada e vendo os cinco filhos passar por necessidades, Rita de Cássio Rossini, 31 anos, tentou pular de um viaduto na madrugada desta quinta-feira. Salva pela Polícia Militar (PM), ela afirma: “Já é morte assistir aos filhos passar fome”.

A tentativa de suicídio ocorreu no viaduto da rua Treze de Maio que passa sobre a avenida Nuno de Assis. Tentativa que só não se transformou em tragédia por conta da ação rápida da PM. Quando ela soltou as mãos, um policial arriscou sua vida e conseguiu agarrá-la.

Mais calma e arrependida, Rita Rossini garante que não pensa mais em suicídio. Porém, seu horizonte ainda é de dificuldades. Em condição financeira precária, ela tem cinco filhas com idades de 14, 13, 11 e 5 anos, além de uma bebê de 10 meses. “O que me levou a tomar aquela atitude? Achei que meus filhos poderiam ter uma vida melhor. Outra pessoa daria o que merecem e eu não posso dar”, desabafa, emocionada.

Despejo e divórcio

As crianças estavam com sua cunhada quando ela tentou o suicídio. Atualmente, ela mora com as filhas em uma pequena casa alugada por R$ 300,00, no Val de Palmas. Mas nem sempre foi assim. Há dois meses, acreditava ter realizado seu sonho da casa própria. “Tinha uma casa financiada no Santa Candida. Mas não consegui pagar a prestação de R$ 159,00 e fui despejada”.

E os problemas foram se acumulando. Além do despejo, ela também se divorciou. A sua filha caçula nasceu com dermatite. Para cuidar da criança, deixou de fazer faxinas. “Hoje, não tenho renda nenhuma. Até o Bolsa Família eu perdi porque as crianças começaram a faltar na escola. Meus pais moram aqui, mas passam as mesmas dificuldades que eu. Não tem como eles me ajudarem”.

A geladeira vazia simboliza o real motivo que culminou na atitude desesperada. “Eu vi as minhas filhas passando fome. É a mesma coisa que a morte. Hoje (ontem), tenho arroz e feijão para dar a elas. Mas isso nem sempre acontece.”

Esperança

Rita de Cássio é evangélica. Mas afirma que parou há muito tempo de ir à igreja. A tentativa de suicídio e o salvamento cinematográfico da PM, contudo, podem ter significado um reencontro com a fé e com a esperança. “Depois que vi aquelas pessoas que me salvaram, voltei a ter fé. Agradeço a Deus por terem colocado esses policiais lá”.

A esperança renascida, todavia, mostra-se de modo proporcionalmente fugaz aos problemas futuros da mulher. Quando foi despejada, recebeu um montante em dinheiro, o que custeou o aluguel nesses dois meses. “Acabou o dinheiro. Dia 20, vence o aluguel. Não sei o que vou fazer”, relata.

Quem quiser ajudá-la pode se dirigir à sua casa, na rua Victor Daniel Juarez, 5-50, bairro Val de Palmas.
A partir do JCNET-Bauru. Leia no original

POSSO VESTIR UM SORRISO ...

3/09/2013
Hoje acordei com o coração apertado. Um vazio terrível na alma, por mais que esteja sol la fora, calor. Sinto que dentro do meu coração esta gelado, querendo gritar. Dói, parece que a qualquer momento ele vai parar de bater. Não sei se é tristeza, angustia, dor ou até mesmo um infarto agudo.

Sinto muito pelos meus pais, por ter tido um amor que eles nunca aceitariam, mas meu coração não pediu permissão. Apenas sentiu. Não quero ver ninguém que eu amo sofrer, me machuca ver o amor da minha vida, que fazia cartas, desenhos, não entender meus motivos pelo qual tudo acabou tão depressa.

Dizem que você tem que honrar sua familia acima de qualquer coisa, se o honrar meus pais for deixar a minha felicidade pelo lado de fora da janela, eu tenho que fazer. Posso vestir um sorriso, mas o brilho nos meus olhos nunca existiram. E não me importo se o sorriso verdadeiro, os brilhos dos olhos fosse atribuídos aos meus pais. Talvez a minha recompensa não esteja aqui mesmo, talvez eu vim para esse mundo por esse motivo. Para fazer aqueles que eu amo felizes por mais que essa felicidade não caiba em mim!
A partir da Comunidade QM. Leia no original

DEPRESSÃO : UMA PEÇA QUE NÃO ESCOLHE ELENCO

3/05/2013
Imagem por physiognomist
Nenhuma pessoa está livre de sentir uma tristeza profunda por uma perda, ou um desânimo passageiro, mas aqui estamos falando de depressão, uma doença que vem aparentemente sem motivos, causa sofrimento e se arrasta um tempo podendo, muitas vezes levar o individuo à morte. Mariana Assis, 67 anos moradora da cidade de Carangola, MG, esta em tratamento desde 1992 e conta um pouco sobre sua historia de vida.

Pedro Ewers: Há quanto tempo à senhora foi diagnosticada com depressão?

Mariana Assis: Me separei do meu esposo aos 48 anos, meses antes havia perdido minha única filha, a partir daquele momento não via mais sentido em viver, tudo estava muito vazio, precisava de alguém para preencher essa ausência. No ano de 1992 fui diagnosticada, pensei que fosse dor da perda, mas esse sofrimento se alongou por anos.

Após o falecimento de sua filha e durante esse processo de tratamento, onde a senhora encontrou forçar para seguir?

Meus irmãos me deram muita força, em especial o mais novo, o Marcio sempre me ajudou muito, foi ele quem me levou ao consultório do Doutor Cézar, desde o falecimento de minha filha ele veio morar comigo. Sempre fui muito religiosa, minha fé é que me motiva viver.

A senhora já pensou em suicídio?

Já pensei sim, só que nunca tive coragem para fazer isso, como já disse sempre fui muito religiosa, mas durante essa fase deixei um pouco de acreditar em Deus, nada em minha vida estava fazendo muito sentido.

Acredita que outros fatores podem ter contribuído para o caso?

Claro. Problemas financeiros, discussão com família, falta de apoio.  Na Verdade o médico me disse que essa doença vem sem motivos aparentes, acredito que não foi muito o meu caso.

Como era o tratamento das pessoas com a senhora durante esses anos de depressão?

As pessoas tinham pena de mim, algumas nem acreditavam, eu mesma não acreditava, depressão não dá em poste, mas pra mim nada mudava, não tinha vontade de viver, e não me importava com o que os outros falavam. Estava digna de pena mesmo.

Quais os sintomas que a senhora teve durante este período?

É uma sensação de impotência, você se sente incapaz, é uma tristeza prolongada. Hoje eu sigo em tratamento, me sinto melhor. Estou à base de remédios.  Acredito que antes de morrer estarei melhor. (risos)

Marcio Assis Pereira,49, é irmão casula da paciente, e a respeito da relação, com dona Mariana, ele diz: “Sempre foi muito boa, hoje esse laço é muito mais forte. Perdemos a mãe ainda muito novos, eu devia ter uns 13 anos, Mariana por ser a irmã mais velha sempre cuidou da gente. Hoje sinto na obrigação de retribuir. Nosso pai sempre foi um homem trabalhador, preocupado com o sustento e os nossos estudos. Minha irmã, por sua vez, era a parte emocional e depois da morte da mãe, era ela quem colocava ordem na casa.”

Médico da paciente, Doutor Cezar Vasconcelos, 43, se diz feliz com o tratamento e pondera “A paciente continua usando medicamentos, teve uma evolução no quadro depressivo, entretanto ainda esta sendo observada. É uma doença muito instável, a qualquer momento pode ter novamente uma crise. Quando chegou aqui estava apática, não vibrava mais com a vida, não entendia o sentido de existir. Estou feliz pelos resultados obtidos.”

Mariana não é um caso isolado, a doença atinge tantas pessoas, que os dados preocupam. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que em 20 anos a depressão poderá ter o segundo lugar garantido no ranking entre os males que mais matam. Dona Mariana segue em tratamento. Com a sua fé, ela tenta ir seguindo sua vida.
A partir da Ufop. Leia no original

SABE QUANDO VOCÊ SE SENTE IMPOTENTE ?!

3/03/2013
Imagem por angelssol
Sabe quando você se sente impotente? E ainda sabe que a culpa é sua por tudo estar acontecendo dessa maneira? Sabe como é difícil olhar pra trás e saber que você poderia ter feito diferente, mas não fez. Pior ainda é saber que você sabe dos erros, mais não aprendeu com eles, continua a errar da mesma forma... Medos. Medos graves mesmo, sabe? Não é medo do “bicho papão” de ser roubado, de um “filme de terror” ou algo assim. O medo que eu sinto é o pior medo que alguém pode sentir... Medo do futuro! Meu futuro é incerto, estou construindo ele hoje, o pior de tudo é que estou construindo errado, cheio de falhas. Nada acontece como eu planejei. Minhas vontades parecem ser maiores que meus sonhos, meus objetivos, minha carência muda meu comportamento.

Quanto eu faço por ter as pessoas ao meu lado? E elas não fazem nada por mim... Mesmo assim, eu cometo o mesmo erro de ir atrás, de ferir os meus sonhos. É tão triste saber que meus sonhos estão afundando e eu assistindo isso, me sentindo impotente, com as mãos amarradas. 

Não sei como achar uma saída, realmente não sei onde esta aquela famosa “luz no fim do túnel”, mas estou a procurá-la. Ainda bem que eu ainda tenho força pra continuar, ou talvez “empurrar com a barriga” mesmo sabendo que o certo seria de outro jeito. Fico a pensar... Porque eu não consigo? Por quê? Se eu sei o que é certo a se fazer, se eu sei o que deve ser feito... Fico a pensar o porquê de eu não ter a capacidade intelectual para conseguir traçar meus objetivos, fico a pensar onde estão as minhas qualidades? Só vejo mentiras sobre mim... Eu não sou nada do que as pessoas acham que eu sou: não inteligente, eu não sou legal, eu acho que nem mesmo “coração bom” como algumas pessoas falaram que eu tenho. Que tipo de ser humano eu sou? E o porquê que eu tenho que ser assim? Fico a pensar, como eu posso conseguir mudar? Sumir com esse orgulho que me sufoca a cabeça, acabar com esse egoísmo que machuca meu peito, e desaparecer com essa inveja que sufoca meu amor próprio.

Onde eu posso conseguir ajuda? Quem pode me ajudar? Eu sei que não adianta chorar, não adianta fingir, as máscaras caem um dia... Eu só quero ser um ser humano melhor, eu só quero poder ajudar a minha mãe, meus irmãos, eu só quero poder dar orgulho a minha família, amá-los como eles me amam e me sentir amado também. Será se é pedir muito? Sabe, eu juro, dinheiro não me interessa muito, o que me interessa é o que ele pode me proporcionar, ajudar todas as pessoas que eu amo. Eu sei que dinheiro não trás saúde, amor ou até mesmo felicidade, mas ele ajuda e muito nesses fatores... Eu só queria ter o suficiente pra ajudar minha família e poder seguir em frente, porque eu sonho em ter uma família, filhos, esposa, netos. Sonho com um futuro bom. Mas, como eu posso conseguir isso, se eu estou tendo a chance e a estou perdendo, devido a minha preguiça, burrice, orgulho, egocentrismo, maldade, egoísmo, inveja, falta de amor próprio, “vadiagem”. Como eu posso mudar isso, se esse sou eu? Eu queria realmente poder responder essa pergunta a mim mesmo... Eu queria realmente mudar, (viver dói, dói muito! Mas é necessário viver...).

Um dia li um texto que me identifiquei muito “a síndrome dos 20 e poucos anos”, como é difícil chegar a essa fase, sonhos, interesses, objetivos, pessoas, amigos, responsabilidades, é uma difícil transição e o pior é que você tem que traçá-la sozinho, ninguém pode te ajudar, mas precisamos de ajuda (eu preciso), escrevo esse texto de forma de desabafo, pra eu mesmo às vezes ler e saber quem sou eu, pra eu saber que se eu fracassei ou fracassar o culpado sou eu e mais ninguém... O meu choro, vem com poucas lágrimas, mas me dói tanto... Às vezes eu acho que se eu chorasse com mais vigor poderia até não acabar com toda a dor que eu sinto agora, mas me aliviaria um pouco só que infelizmente nem isso eu tenho mais (lágrimas).  Tem uma música do "los hermanos" que eu fico a pensar no trecho dela que diz assim: (...) “e se eu fosse o primeiro a voltar, pra mudar o que eu fiz... Quem então agora eu seria?”.

Então, quem eu seria? Na verdade eu não sei mudar, eu não consigo mudar, mas eu quero, quero muito! Tenho as ferramentas, sei dos meus erros, mas porque eu não consigo usá-las? Porque eu sou tão “burro” ao ponto de me ver errando e não mudar? Por que eu não tenho capacidades cognitiva e intelectual para ser um profissional de sucesso? São tantos os porquês e nenhuma as respostas... Mas, fica tranquilo... Eu to seguindo, mesmo com o coração todo quebrado, cheio de mágoas e às vezes me sentindo a “pior pessoa do mundo”, mas como eu já disse é necessário viver... Certo de que cada um tem seu destino, fico a imaginar como os deficientes (visuais, cegos, surdos, mudos, paraplégicos ou outras síndromes) quais são os porquês deles, e as respostas que eles encontram pra continuar com vigor e “felicidade” talvez o sorriso deles sejam igual ao meu: cheio de tristeza, que ninguém percebe. Não percebem porque somos guerreiros, porque conseguimos viver e apesar de todas as dificuldades, sabemos que é preciso continuar... Ás vezes não por nós, mas por quem amamos, mesmo dando trabalho, mesmo sendo “uma pedra no sapato” dessas pessoas que nos amam, mesmo assim elas nos amam, não sei por que, mas amam...
A partir da Comunidade QM. Leia no original

MEU PASSADO ME PERSEGUE E ME TORTURA

1/21/2013

"Vivo em tristeza, pois o meu passado me persegue e me tortura. Separação dos pais desde os quatro anos, padrasto que bebia, batia em minha mãe. Passávamos fome, pois tudo ia para o álcool, abuso sexual, e sempre com o 'direito' de permanecermos calados, pois minha própria mãe assim exigia que meu pai não soubesse de nada. Eu ia pra casa do meu pai e nunca quis voltar pra casa, pois com ele tinha amor, compreensão, carinho e alimento. 

Depois que meu pai faleceu de câncer, há cerca de quatro anos,  senti que minha vida acabou, pois o homem que me olhava com olhar terno, acariciava meu rosto com o mais puro amor paterno, não estava mais presente pra me dar colo, carinho. O homem que me amava por eu simplesmente existir, por eu respirar... 

Essa pessoa que habita em mim é só metade do que já fui. A outra foi sepultada com ele. Como me livrar de tamanhas feridas? Já tentei de todas as maneiras, mas tudo isso de minha infância vêm na minha cabeça como um flash. Eu não quero lembrar, mas minha mente teima em reviver isso. Não consigo esquecer, vivo a base de antidepressivos e calmante. As vezes, tenho ataque de muita fúria, sou tomada pelo ódio, ódio por meu pai ter morrido, ódio por minha mãe, que permitiu tudo isso em nome do amor dela. E o amor a nós, filhos???? Porque ela não me amou como meu pai me amou? Esse mesmo ódio se transforma em culpa por sentir isso... parece que sou culpada de ter nascido, parece que minha vida aqui é um tremendo equivoco. Às vezes sinto que a culpada de toda essa droga de vida é minha. Sinto que vou desaparecer tamanha dor que sinto em meu peito..."
Comentário em Cicatrizes do Passado

ME AJUDEM, ME AJUDEM, ME AJUDEM ...

1/19/2013
Estou aqui hoje porque, como tantas outras pessoas nessa página, me sinto um lixo... Não sei bem o que anda acontecendo comigo, ando muito revoltada com a vida, com minha família. Não sou usuária se drogas, não bebo, não vou a festas, não tenho amigos. Estou aqui porque não tenho em quem confiar. Andei pensando em procurar um médico mas não tenho dinheiro pra pagar um. Quero aqui desabafar um pouco da minha vida, mesmo sabendo que é bem remota a possibilidade de alguém querer ler...

Sou a mais velha de três irmãos, tenho quase 40 anos e moro em uma cidade pequena do interior do Ceará.

Meus pais sempre foram bem conservadores, desde minha infância eu era proibida de ter qualquer tipo de amizade. Sempre fui muito sozinha. meus pais nunca foram do tipo que conversam com filhos a não ser pra dar broncas ou surras quando fazíamos alguma coisa errada. Suas mentalidades são tão distorcidas. Tudo o que pretendemos fazer pra eles tem um sempre um negativismo, e isso simplesmente desestimula.

Casei para provar pra mim mesma que eu era normal, já que eu tinha interesse por meninas. Meu casamento foi simplesmente um desastre. Separei dois anos depois e, como não tinha uma fonte de renda, voltei a morar com meus pais e eles mandavam em minha vida com se eu fosse uma criancinha. Meu desejo por garotas só aumentava, mas lógico que ninguém nunca soube. Os anos passaram e meus pais, principalmente minha mãe dominava minha vida. Não ia a festas, não tinha amigos, dificilmente íamos a uma praia, mas sempre e só com toda a família reunida.

Enfim encontrei uma garota e fugi com ela pra capital cearence (Fortaleza) onde convivi com ela por 8 anos. Uma forte depressão abalou as estruturas do nosso relacionamento e acabamos por nos separar. Eu passei a ter um fobia por trabalho e responsabilidades, lembro que incontáveis dias eu ia pro trabalho chorando como uma criança no primeiro dia de aula. E quando lá chegava, a coisa era pior,  eu só pensava em voltar pra casa, me deitar, ver tv ou dormir. 


Gente, eu posso afirmar que não era preguiça mas algo bem forte que tal coisa. Era um aperto no peito que não passava nunca. Nem mesmo quando recebia um convite pra sair depois do trabalho eu ia. Só queria estar em casa.

Passei a faltar com frequência, até que fui demitida e daí então nunca mais voltei a trabalhar. Meu relacionamento desandou de vez e, como estava desempregada, voltei a morar com meus pais. No começo eu nem dava bola em sair, encontrar pessoas, mas com o tempo fui sentindo necessidade de fazer isso, porém,agora são os meus pais quem não querem. Ficam fazendo pressão psicológica. E eu obedeço!

Outro dia disse que ia viajar pra encontrar uma amiga e, como sempre, vi que minha mãe não gostou mas enfrentei e fui. Chegando lá soube que tinha havido uma briga em casa pelo fato de eu ter viajado, isso foi suficiente para acabar com a minha alegria. Os dias que passei fora foram um tormento, eu nem coragem de ligar pra casa tinha, minha mãe nem ligava e nem deixava que ninguém ligasse. Quando é um dos meus outros dois irmãos que viaja ela sempre manda ligar pra saber como estão mas comigo não!


O que passava em minha cabeça quando estava fora era que ela, de tanto desgosto e raiva por eu ter viajado, havia passado mal estava em um hospital ou havia morrido e ninguém queria me avisar pra quando eu regressasse me sentisse culpada. Mas, ao chegar em casa, todos estavam bem entre aspas, todos estavam bem entre si mas comigo não. Quando vou falar de alguma suposta coisa que vi ou mudam de assunto ou minha mãe simplesmente  ignora.


Eu trabalho bastante aqui em casa já que temos um pequeno comércio. Trabalho todos os dias, de domingo à domingo, das 6 da manhã às 9 da noite, sem descanso de um dia sequer na semana e não ganho nada. Pra comprar alguma roupa minha mãe praticamente é quem escolhe e aí de mim de mim se disser que não gosto, porque ela passa uma semana sem falar comigo direito.

Não nego que não estou nem aí pra vida, porque afinal de contas eu não vivo, apenas eu tenho um corpo comandado por minha mãe. Não tenho apoio de ninguém.

Estou digitando isso aqui com lágrimas nos olhos e rezo a Deus que me dê uma morte tranquila, porque não sei reverter essa situação sem magoar minha mãe, sem me sentir culpada! Se ao menos eu conseguisse trabalhar fora, se eu não sentisse tanto medo... Eu juro que eu queria entender porque sou assim.

Ai que aperto no peito meu Deus! Pelo o Amor de Deus alguém me ajuda, porque não aguento mais. Estou me sentindo um lixo... eu queria ser diferente.

Me ajudem, me ajudem, me ajudem ... 
 
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