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ENTÃO VOCÊ QUER SE MATAR ?

9/30/2012
Marcela Bossiger
Eu quero me matar, Marcela.

"Então você que ser matar? Porque ninguém liga pra você. Sua família te odeia. Certo? Não. Seu pais entram no seu quarto de manhã e encontram um cadáver. Se esforçam ao máximo para não pensar negativo, e pra pensar que você só está brincando. Então eles começam a te chacoalhar. Porque você não está respirando? Eles ficarão arrasados. Lágrimas. Muitas lágrimas. Mais lágrimas do que você já chorou sua vida inteira. Foram eles? Eles foram a razão de você ter feito aquilo? Mais lágrimas. Dor. Todo dia. Toda noite. Todo segundo do dia. Culpa. Mais culpa. E os seus melhores amigos? Eles não vão ligar. Certo? Não.

Qual será a primeira coisa que virá à mente deles quando o seu diretor entrar na sala e avisar à turma que você não está viva? Sua melhor amiga se senta aos prantos. Aquela garota para a qual você sorria mas com quem nunca conversava? Ela está chorando agora. O menino que te chutava debaixo da mesa só pra te irritar? Ficará chocado. Ficará devastado. Irá se culpar. E a sua professora? Pensamentos cruzando sua mente. Ela se perguntará se você se matou porque ela não tornou a escola confortável o bastante para você. Dor. Devastação. Tudo junto. Quem organiza seu funeral? 
'Curta cada minuto da sua vida como se fosse o último."

Quem vai pegar suas coisas? Roupas? Cadernos? Algumas das garotas mais velhas que costumavam te irritar na escola? Se sentirão arrependidas. Irão se culpar. Veja, se você se matar hoje, jamais saberá o que pode acontecer amanhã. Jamais saberá porque estará morta. Completamente morta. Sem respirar. Sem vida. Só morta. Sua família se odeia por isso. Sua melhor amiga entra em depressão. Lágrimas. Lágrimas. Mais lágrimas que em um rio. Tudo por que você se matou por pensar que ninguém ligava pra você. Certo? 


Você é amada. Por muitos. Alguém nesse instante está pensando em você. E agora, estou pensando em todos que pensaram ou estejam considerando o suicídio. Você é linda. Não importa se é negra, branca, homossexual, alta, baixa, gorda ou anoréxica. Você é linda. Quer se matar? Pense nisso antes. Não há volta. E eu juro que, se você o fizer, não estará apenas se ferindo; estará ferindo muitos. Está criando mais lágrimas do que já se permitiu chorar. Está tornando todo mundo infeliz e fazendo-os se sentir culpados e com dor. Eles jamais se sentirão plenos como se sentiam quando tinham você. Você é linda. E nunca está sozinha."

Depoimento no Ask. Leia o original
Desde que descobriu que estava com câncer,
 ela criou esta página no Facebook para
 compartilhar experiências com velhos e, cada vez mais, novos amigos

AFINAL, POR QUÊ QUEREMOS MORRER ?

8/13/2012

É evidente que cada um tem o seu motivo: solidão, traumas, desemprego, violência, depressão etc. Mas raciocinando cuidadosamente, se pode imaginar uma razão "universal"para o desejo de suicídio:  um recomeço.

Se você,que assim como eu,pensa todos os dias que deveria acabar com a própria vida refletir, verá que tudo que você quer é se libertar desses problemas em sua vida. É obvio, eu sei. Mas algumas pessoas pensam que querem morrer para não terem mais que sofrer, mas na verdade querem serem felizes como as pessoas que conhecem,digamos,serem normais.

No meu ponto de vista,querer morrer não é querer sentir dor,pois já a sentimos diariamente. Também não é querer deixar de existir,porque olhamos a vida das outras pessoas e vemos como elas são diferente de nós. Querer morrer é querer ser diferente. É ter uma chance nova,um recomeço.

Eu quero morrer. Tenho meus motivos. Você quer morrer e tem seus motivos.

Mas o que todos os que querem morrer realmente desejam é uma nova chance, uma vida nova.

SEI QUE ESTOU DOENTE

7/10/2012
"Já fiz depoimento em alguma outra página. O vazio soube invadir minha alma e na fraqueza deixei-me sucumbir com a ideia que medicamentos resolveriam o buraco negro que me vi. Assim.. descrevo esse estado de não querer mais existir!

Dois anos passaram. Achei que tinha superado, acreditei que tinha conseguido fingir para os outros e para mim mesma. Enganei-me! Na primeira vez não busquei ajuda, achei que conseguiria. Enganei e enganei-me. Dia 12 de maio encontrei-me sozinha à noite. Acompanhava-me apenas a televisão ligada,  mas não ocupava o vazio em minha alma! Eu não premeditei mas, o buraco negro voltou... Acho que tive alguns momentos para pensar, mas não consegui ouvir nenhuma voz dentro de mim. Apenas vazio!

Dirigi-me para a onde estavam todos os medicamentos e sem nenhum raciocínio, em estado letárgico, comecei abri-los, penso que havia 50, talvez mais. Pensei na partida, ir apenas era o desejo! Tinha alguns segundos, consegui subir as escadas, queria chegar em minha cama. Lá sempre descansei, lá descansaria. Lá descansaria!

Era tarde, minha filha chegou com seu namorado, fariam um jantar e me chamariam, mas não se conteve e subiu para me ver. Mostraria um vinho para comemorar o Dia das Mães, mas era tarde demais. Achou-me praticamente morta. Aos gritos chamou o namorado e se relato é porque assim me foi passado. Ele é espirita. Ao me encontrar, contou, havia muitas sombras negras em minha volta. Precisaram me carregar, meu peso de 58 quilos, era insuportável para ele. Ao chegar nas escadas, as sombras me puxavam pelo braço e ele deixou que eu caísse. Foi preciso mais pessoas para me carregar.

Fui atendida em estado grave. Os médicos estiveram comigo muito tempo para que eu voltasse. Penso naquele momento como me foi contado. Não tenho medo da partida, mas das sombras que estavam em minha volta. Hoje o sistema de saúde me ligou. Amanhã vou consultar e talvez comece um tratamento, sei que estou doente".

Depoimento anônimo em Estou aqui porque preciso de ajuda

O DIREITO DE DECIDIR A PRÓPRIA MORTE

6/27/2012
Raquel (nome fictício), uma aposentada paulistana, fala da própria vida com orgulho. “Aproveitei minha juventude, peguei muito sol, viajei pelo mundo, namorei, casei, tive duas filhas maravilhosas, me divorciei e trabalhei duro”, afirma. Aos 68 anos, mora sozinha num bairro nobre de São Paulo. Caminha diariamente, para ver a vizinhança e para não conviver com a bagunça que a reforma de sua cozinha anda provocando. Raquel é organizada. Dentro de um armário, na sala de estar, guarda uma pasta com instruções que poucos amigos seus conhecem e pouquíssimos se comprometeram a cumprir. Lá está escrito o destino que Raquel arquitetou para si: viajar até a Suíça, onde médicos, enfermeiros e psicólogos a aguardam numa clínica. Ela espera ser examinada e, uma vez aprovada, receber um copo com um barbitúrico misturado a 100 mililitros de água. A bebida, de gosto amargo, descerá em poucos goles. Cinco minutos depois, virá o sono. Em meia hora, promete a clínica, a senhora satisfeita com a vida estará morta. Há quatro anos, Raquel pagou R$ 400 para associar-se à Dignitas, organização suíça que cobra cerca de R$ 15 mil para ajudar pessoas a se matar. Entre os 6.261 inscritos, de 74 países, há dez brasileiros. Quatro deles revelaram à revista Época por que decidiram planejar a própria morte.

Na reportagem, reproduzida nas postagens a seguir, conheça a história dessas pessoas e como funciona a clínica especializada em morte.

Sob que condições – se em alguma – seria moralmente aceitável que um ser humano tirasse a própria vida? Tal questão intriga filósofos desde a Antiguidade e persiste como tema de debate intelectual até os dias de hoje – a ponto de o escritor francês Albert Camus, um dos grandes pensadores do século XX, ter dito que o suicídio constitui a questão central de qualquer sistema de pensamento. Em outro texto, o físico Stephen Hawking fala sobre sua aposta na vida: "Encerrar a própria vida seria um grande erro. Sempre é possível triunfar".

*  *  *
Argumentos na tela: filmes que discutem o suicídio assistido

Mar adentro (2004) -
 Retrata a história verídica do marinheiro espanhol Ramon Sampedro (vivido por Javier Bardem), que ficou tetraplégico após mergulhar no mar e bater a cabeça num banco de areia. Fisicamente incapacitado de se matar, por cinco anos lutou na Justiça espanhola para fazer suicídio assistido. Derrotado, implora ajuda aos amigos.

Menina de ouro (2004) -
 A personagem Maggie Fitzgerald (papel que rendeu o Oscar a Hillary Swank), de família pobre, conquista a felicidade ao se tornar boxeadora. Durante um combate, Maggie quebra o pescoço e fica tetraplégica. Sem condições de lutar, ela pede que seu treinador, Frankie Dunn (Clint Eastwood), a mate como um gesto de carinho.

Você não conhece o Jack (2010) -
 Conta a história de Jack Kevorkian (interpretado por Al Pacino), médico americano conhecido como Doutor Morte. Kevorkian, que lutou para tentar legalizar o suicídio assistido nos Estados Unidos, desafiou as cortes do país ao ajudar seus pacientes terminais a morrer na década de 1990. O médico passou oito anos preso por assassinato.

DEPOIMENTOS : ELES DIZEM PORQUE QUEREM MORRER

6/27/2012
Quatro dos dez brasileirosaceitaram contar porque decidiram encomendar a própria morte. Eles contribuem com a Dignitas, organização suíça que cobra cerca de R$ 15 mil para fazer suicídio assistido

"Há quatro anos, eu estava andando na rua quando desmaiei, caí e quebrei uma costela. Investigando a causa daquele desmaio, descobri que tenho ateromatose, uma doença degenerativa que entope minhas artérias carótidas e aorta. Isso prejudica o fluxo de sangue e oxigênio para meu cérebro, provocando desmaios e a morte de células nervosas. A ateromatose é imprevisível. Posso ter um derrame, dentro de um mês ou 15 anos, e perder a consciência de quem sou para sempre. Logo que fui diagnosticada, me inscrevi na Dignitas. Eu conhecia e admirava o trabalho do americano Jack Kevorkian, o Dr. Morte, que auxiliava seus pacientes terminais a morrer. Fiquei aliviada ao descobrir uma organização capaz de fazer isso, mesmo que eu tivesse de viajar até a Suíça. Não sei se usarei o serviço algum dia, mas é um conforto ter essa opção. Tenho duas filhas maravilhosas. Uma é mais emotiva e não gosta de tocar no assunto. Mas nenhuma das duas se opõe à minha decisão. Caso eu tenha algum problema grave, com sequelas, elas sabem onde encontrar uma pasta com declarações escritas sobre o meu desejo de cometer suicídio assistido e ser cremada.

Antes, eu era muito ativa. Hoje em dia, tudo é devagar por causa dessa doença. Tenho sono o tempo todo. Sinto dor para engolir. Às vezes, não consigo me equilibrar. Sei que há uma cirurgia para tratar da ateromatose. Mas é um risco. De dois conhecidos que fizeram, um morreu durante a operação e outro ficou com sequelas graves. Como qualquer outra pessoa, adoraria morrer dormindo, de enfarte, daqueles fulminantes. Mas nada me garante esse destino, e eu tenho pavor de perder o controle do meu cérebro. Sei bem como é acompanhar alguém que sofreu disso. Antes de morrer, minha mãe passou três anos delirando num leito de hospital, sem reconhecer pessoas e falar coisa com coisa. Foi terrível. Proibi minhas filhas de a visitarem. As duas tinham que guardar somente lembranças boas da avó, que não parecia mais um ser humano. Quero livrar as minhas filhas dessa dor. Para mim, a morte é o final feliz. Você e seu sofrimento não existem mais. As pessoas próximas ficam tristes, passam por um período de luto e depois sentem saudade.

Frequento médicos e faço exames regularmente. Não deixei de fumar um maço de cigarros por dia. Não há muito o que fazer nesse estágio da vida. Daqui pra frente, o que vier é lucro. Já deixei tudo pronto para elas. Não tenho mania de morte. Sou bem-humorada. Faço um esforço danado para realizar tudo o que ainda posso. Ultimamente, ando atarefada com a reforma do meu apartamento. Não entendo quando alguém sonha viver até os cem anos e não imagina a qualidade de vida e limitações que teria nesta idade. Experimentei muito mais do que várias pessoas de 90 anos. Não fiquei na janela olhando a vida. Aproveitei minha juventude, peguei muito sol, viajei pelo mundo, namorei, casei, me divorciei e trabalhei duro. Não me sinto uma suicida. Jamais pularia da janela. Cada um de nós é diferente e tem a suas crenças. O que serve para mim pode não servir a mais ninguém. Respeito isso. Não sou dona da verdade. Mas sou dona da minha vida."

* * *

"Até agora não tive nenhuma doença grave. Cadastrei-me no serviço da Dignitas para apoiar a causa. Não tenho medo de comentar abertamente minha visão sobre suicídio assistido. Cada um tem direito de decidir a respeito da própria vida. Meus irmãos me entendem e apoiam. Já meus pais nem gostam de ouvir. Posso entendê-los. Não é natural perder o próprio filho. Só não quero que me vejam como louco. Se eu tivesse uma doença crônica ou problema físico incurável, certamente usaria o serviço. A clínica faz algo nobre ao oferecer essa oportunidade para quem está sofrendo. Mas eu espero, de verdade, não precisar usar o serviço."

* * *

"Na escola, eu lutava judô e era a atleta da sala. Depois, me formei em Educação Física e pratiquei todo tipo de esporte. Malhava e corria diariamente, pegava onda quase todo fim de semana e participei de maratona. Tudo acabou há três anos. Dei um mergulho no mar, de um lugar alto, não vi que a água estava rasa e caí de cabeça num banco de areia. Quebrei uma vértebra na coluna cervical e fiquei tetraplégica. Desde então, só consigo mexer a cabeça.

A lesão não tem cura. Passei meses fazendo um tratamento experimental, nos Estados Unidos, e não melhorei. Centenas de médicos testam novos métodos e técnicas de cirurgias pelo mundo, cobram caro e não oferecem resultados. Conheço muita gente que viajou, pagou e se frustrou. Por isso, não me arriscaria a fazer uma cirurgia que pode não dar resultado. E o risco de que eu falo não é risco de vida ou financeiro, é o risco de me decepcionar. Fiquei muito tempo achando que as coisas iriam melhorar e acontecer. Pesquisei muito o assunto e sei que a perspectiva não é boa. Há muita esperança em células-tronco, mas nada palpável até agora. Um cientista brasileiro, Miguel Nicolelis, quer usar a robótica para fazer um tetraplégico dar o pontapé inicial na Copa de 2014. Isso não me anima, não quero usar um exoesqueleto e sair na rua igual ao Robocop. Quero restaurar a função ativa da minha musculatura. Eu faço fisioterapia, a única coisa que posso fazer. De segunda à sexta, participo de sessões para não deixar meus músculos atrofiarem e vou ao psicólogo e psiquiatra, uma vez cada. Eu não sou uma pessoa depressiva ou bipolar, nunca tive tendência para isso. Tento viver minha vida, saio bastante com meus amigos e família. Estou trabalhando numa empresa, onde uso um computador e telefone com adaptações, mas tudo é difícil. Ainda mais quando vejo a vida das pessoas andando e a minha, parada.

Eu não consigo nem comer e escovar os dentes por conta própria. É muito penoso, passivo. Como posso esperar viver uma vida plena e longa se sempre estarei dependendo de alguém? É impossível, inviável e intolerável. Eu tinha uma vida plena até o dia do meu acidente. É fácil me dizer que devo tocar a vida. Não. Eu posso desejar uma qualidade de vida que eu não tenho e não sou obrigada a aceitar aquilo. É difícil para quem está de fora entender. As pessoas são egoístas, só pensam no quanto elas vão sofrer se você for embora. Não conseguem ter ideia do seu sofrimento. Gostaria que a minha decisão fosse respeitada. Eu entrei em contato com a Dignitas há um ano e meio. Fiquei aliviada em descobrir que lá não é um açougue. Eles se importam, querem saber o que você sente. Com a Dignitas, passei a ter uma alternativa, uma saída. Senti uma paz impressionante ao me cadastrar lá.

Eu sei que não vou envelhecer assim. O suicídio é uma coisa que vai acontecer na minha vida e eu espero que não demore. É algo que precisa ser bem trabalhado em família, porque eu não quero que eles sofram com isso. Principalmente meus pais, ainda mais minha mãe, que me carregou no ventre. É muito complicado. Queria organizar uma reunião familiar com um psicólogo para discutir a situação. Não quero fazer nada em desarmonia, não é justo. Eu tive a sorte e oportunidade de ir atrás de tudo possível para melhorar, e mesmo assim não tenho perspectiva. É por isso que vou até a Suíça."

* * *
"O suicídio marcou minha infância. Quando eu era pequeno, um primo mais velho tentou se matar com um tiro no peito e não conseguiu. Eu acompanhei suas sessões diárias de fisioterapia no hospital, por meses, sem perguntar nada. Até hoje não sei qual foi seu motivo. Eu simplesmente ficava olhando para seu rosto, curioso para saber o motivo daquela atitude. Eu achava o suicídio uma coisa medonha, mas tinha certo fascínio. Minha visão a respeito do tema melhorou ao passo que envelheci e amadureci. Comecei a entender que existem vários tipos de suicídio e suicidas. Ano passado, vi uma reportagem na televisão e fiquei impressionado com o depoimento de um membro da Dignitas. Ele havia sido diagnosticado com uma doença grave que não tinha ainda manifestado os sintomas. Mesmo assim, estava indo para a clínica morrer. Fiquei impressionado com a convicção da pessoa e me inscrevi na clínica na mesma hora.

O suicídio não precisa ser uma coisa trágica. Pode ser calmo, bem pensado e com dignidade. No meu caso seria mais fácil tomar uma decisão dessas, já que não tenho filhos nem esposa. Já fui religioso, hoje sou ateu. Eu não tenho problema algum de saúde, nunca desejei me matar e nem teria coragem de pular de um prédio ou dar um tiro no peito. Adoro viver. Mas, se a vida em algum momento se tornar um fardo para mim, ela não terá mais sentido e eu vou procurar uma forma digna e decente de morrer. As pessoas não fazem seguro de vida? Vejo a Dignitas como um seguro de morte."

"AINDA QUE A VIDA SEJA RUIM, VOCÊ PODE TRIUNFAR'

6/27/2012
No debate sobre a morte digna, o físico Stephen Hawking: defende a poderosa vontade de viver

Stephen Hawking, físico cujos movimentos do corpo  são limitados por uma doença degenarativa há cinco décadas
Quando era um estudante de 21 anos, Stephen Hawking descobriu que sofria de esclerose lateral amiotrófica, doença degenerativa que mata as células nervosas responsáveis pelo controle da musculatura. Na previsão dos médicos, ele teria alguns meses de vida, nos quais assistiria o corpo fugir progressivamente de seu controle. Contra fortes evidências, apostou na vida – e se tornou protagonista de uma história fantástica. Aos 70 anos, já se casou duas vezes, teve três filhos e três netos, experimentou a gravidade zero num voo sub-orbital, acrescentou dados novos à teoria da relatividade de Einstein e popularizou a ciência ao escrever livros como Uma breve história do tempo (1988) e O universo numa casca de noz (2001). “Não posso dizer que a doença foi uma sorte, mas hoje sou mais feliz do que era antes do diagnóstico”, afirmou ele, em entrevista à revista Época.

O senhor de considera uma pessoa de sorte, apesar de sua condição física. Por quê?
Stephen Hawking – Eu não tenho muita coisa boa para dizer da minha doença, mas ela me ensinou a não ter pena de mim mesmo e a seguir em frente com o que eu ainda pudesse fazer. Estou mais feliz hoje do que quando era saudável. Tenho a sorte de trabalhar com Física teórica, uma das poucas áreas em que a minha deficiência não atrapalha muito.

O senhor acha que viveu até hoje uma vida boa? Por quê?
Quando minha doença foi diagnosticada, nem eu nem meus médicos esperavam que eu viveria mais 45 anos. Acho que meu trabalho científico me ajudou a seguir adiante. Na primeira hora, eu fiquei deprimido. Mas a doença avançou mais devagar do que eu esperava. Comecei a aproveitar a vida sem olhar para trás. Minha doença raramente atrapalhou meu trabalho. Isso porque tive sorte de encontrar a Física teórica, uma profissão em que minha doença quase não atrapalha. Faço meu trabalho dentro da minha cabeça. Na maioria das profissões, teria sido muito difícil.

Depois do diagnóstico, o senhor pensou em abandonar a própria vida?
Eu acho que as pessoas têm o direito de encerrar a própria vida, se quiserem. Mas eu acho que seria um grande erro. Não importa quanto a vida possa ser ruim, sempre existe algo que você pode fazer, e triunfar. Enquanto há vida, há esperança.

O senhor teme a morte? Por quê?
Medo de morrer eu não sinto, se é essa a pergunta, mas também não tenho pressa. Tem muita coisa que eu quero fazer antes. 

O que o senhor ainda espera da vida?
Todos nós vivemos com a perspectiva de morrer no fim. Comigo é exatamente igual, a diferença é que eu esperava a morte bem mais cedo. Mais ainda estou aqui. Antes de morrer, espero nos ajudar a entender o universo. 
A partir da revista Época. Leia no original

POEMA À BOCA FECHADA

6/24/2012

Não direi:
Que o silêncio me sufoca e amordaça.
Calado estou, calado ficarei,
Pois que a língua que falo é de outra raça.
Palavras consumidas se acumulam,
Se represam, cisterna de águas mortas,
Ácidas mágoas em limos transformadas,
Vaza de fundo em que há raízes tortas.
Não direi:
Que nem sequer o esforço de as dizer merecem,
Palavras que não digam quanto sei
Neste retiro em que me não conhecem.
Nem só lodos se arrastam, nem só lamas,
Nem só animais bóiam, mortos, medos,
Túrgidos frutos em cachos se entrelaçam
No negro poço de onde sobem dedos.
Só direi,
Crispadamente recolhido e mudo,
Que quem se cala quando me calei
Não poderá morrer sem dizer tudo.
Os Poemas Possíveis, 2ª edição, Editorial Caminho, Lisboa, 1982A partir do Blog Minha Dor em Versos. Leia no original

JOVEM VENCE DEPRESSÃO E FAZ APELO APÓS MORTE DA MÃE

6/21/2012


Estudante do curso de Medicina, em Cuiabá, Miguel Eduardo Santos Araujo não se contentou em apenas superar os problemas que enfrentou com depressão, mas decidiu após vencer a doença auxiliar os que por ela passam, já que sua mãe não obteve o mesmo sucesso que ele. 

A família do jovem mora na cidade de Pontes e Lacerda (449 km de Cuiabá), mas ele já está a algum tempo na capital mato-grossense estudando. Nesse domingo (17) após enfrentar a dor de um filho que perde a mãe, o estudante decidiu não se calar em meio à dor e divulgou no Facebook um vídeo em solidariedade as pessoas que passam pela depressão.

No vídeo, Miguel relata como é difícil a luta contra a depressão, mas garante que mesmo com todas as dificuldades existe sim cura para a doença. "Mesmo perdendo a mulher que eu mais amo nessa vida hoje, eu afirmo que depressão tem cura. Eu me curei”.

Emocionado, o jovem ainda faz uma crítica aos rótulos sociais atribuídos a psicólogos e psiquiatras, condiserados popularmente como são médicos para loucos. 

“Minha mãe havia iniciado a terapia a pouco tempo, porém sempre resistente ao tratamento, após todos os esteriótipos que a sociedade impõe sobre o depressivo, nós perdemos essa batalha. De forma alguma tenho ressentimento ou raiva da minha rainha, pois passei por isso”

Ao final, Miguel faz um apelo para que sua idéia seja repassada, pois, segundo ele, somente quem passa pela doença ou perde alguem que ama sabe da imensidão da dor. A mãe do jovem era empresária na cidade de Pontes e Lacerda. Ela foi encontrada morta em sua residência, com um lençol no pescoço. No mesmo dia em que soube disso, o rapaz divulgou o vídeo.

A partir do site Olhar Direto. Leia no original

SERÁ A MORTE APENAS OUTRA FACE DA MOEDA ?

6/19/2012

Não sei porque fico me ocupando pensando essas coisas. Talvez a loucura seja uma proteção contra a tristeza. Como quando eu fico doente: eu simplesmente deixo de ficar deprimido. Meu corpo ganha uma coisa mais importante para lidar. Talvez minha mente faça isso também, tendo idéias mirabolantes e me distraindo.

Eu acho um pouco frustrante que o assunto mais importante da nossa existência seja tão descaradamente ignorado. Desde crianças a morte é um assunto jogado pra frente. Ninguém pensa a respeito dela até que ela aparece para um confronto, e o resultado é sempre tristeza.

De certa forma há um motivo para isso, já que morrer deixa saudades e na maioria das vezes não é indolor. Além do óbvio motivo de simplesmente não sabermos o que há depois. E é esse aspecto que chamou a atenção da minha mente curiosa. Nós sempre encaramos a vida e a morte como dois extremos. Duas coisas completamente antagônicas, dois extremos de uma linha. Mas e se a morte for na verdade um tanto próxima da vida? Se ela for apenas uma outra forma de existência? Faz sentido. As pessoas falam que alguém "morreu", e não que "deixou de existir". Talvez a morte signifique outra vida. Muitos imaginam a morte como uma eterna noite dormindo, sem sonhar. A mente apagada, sem pensar nem sentir nada.

Talvez seja isso, mas talvez seja um leque inteiramente novo de possibilidades. Algo tão magnífico quanto a vida não pode simplesmente acabar morrendo. Os sentimentos que temos são fortes e reais demais para simplesmente se perderem com a morte orgânica do corpo. Tem que haver algo mais. Tem que haver o outro lado da moeda. Tem que haver a possibilidade de caminharmos para a morte sem isso ser uma sentença de punição e sofrimento.

É o que eu acho.

SE TE QUERES MATAR

11/30/2011
Se te queres matar, por que não te queres matar?
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por atores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fím?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E, de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!

O SUICÍDIO E A IMORTALIDADE

11/27/2011

Está claro que o suicídio, quando se perdeu a ideia da imortalidade, torna-se de uma imprescindibilidade absoluta e inevitável para todo o homem que tenha alguma noção da sua superioridade sobre os animais. Pelo contrário, a imortalidade que nos promete uma vida eterna amarra o homem, por isso mesmo, mais fortemente à Terra. Poderá parecer que há aqui contradição; se há tanta vida, quer dizer, a imortal, além da terrena, porque estimar tanto esta última? Acontece o contrário; é em virtude da sua fé na imortalidade que o homem alcança o seu fim razoável na Terra. Sem fé na imortalidade quebram-se os laços que prendem o homem à Terra, tornando-se mais subtis, mais frouxos, e a perda do alto conceito da vida (ainda que se sinta apenas em forma de inconsciente pesar) leva, inevitávelmente, ao suicídio.

A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS

11/19/2011


Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO, mesmo sabendo que as rosas não falam...

Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro que nos espera não é assim tão alegre...

Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é, em muitos momentos, dolorosa...

Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS, mesmo sabendo que, com as voltas do mundo,eles acabam indo embora de nossas vidas...

Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS, mesmo sabendo que muitas delas são incapazes de ver, reconhecer e retribuir esta ajuda...

Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo que inúmeras forças querem que eu caia...

Que eu não perca a VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que eu mais amo, pode não sentir o mesmo sentimento por mim...

Que eu não perca a LUZ e o BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas que verei no mundo, escurecerão meus olhos...

Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda são dois adversários extremamente perigosos...

Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo que as tentações da vida são inúmeras e deliciosas.

Que eu não perca o SENTIMENTO DE JUSTIÇA, mesmo sabendo que o prejudicado possa ser eu...

Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo que um dia meus braços estarão fracos...

Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VER, mesmo sabendo que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...

Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia...

Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado...

Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo sabendo que o mundo é pequeno...

Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente, que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois...

A vida é construída nos sonhos e concretizada no amor.

Nota: Esta mensagem é amplamente divulgada pela internet e pela imprensa escrita como sendo de Chico Xavier, mas não foi localizada nenhuma indicação precisa da obra em que teria sido publicada. Caso o leitor tenha esta informação ou a eventual indicação do real autor, faremos a necessária retificação.
A partir do blog Partida e Chegada. Leia no original

ESPIRITISMO E O SUICÍDIO

9/26/2011
"O suicida, é um homem sem esperança, porque perdeu a fé... ou a deixou sobrepujar pela ideia, terrivelmente enganadora, de que a morte era o fim libertador!"

O termo suicídio define um comportamento ou acto que visa a antecipação da própria morte. Essencialmente, ele resulta de um processo em que a dor psicológica intensa, consequência de acontecimentos que tornam a vida dolorosa e/ou insuportável, em que deixam de existir quaisquer soluções que permitam escapar a um processo de introspecção, que deixa como única solução a morte do próprio indivíduo. Este processo desenvolve-se, regra geral, gradualmente num sentido negativo provocando um estado dicotómico em que passam a existir apenas duas soluções possíveis para um problema ou situação: viver ou morrer.

ESPIRITISMO: SUICÍDIO E AS CRIANÇAS

9/25/2011
Existem três etapas diferentes na infância para a interpretação da morte:
  • Até aos 5 anos a criança não tem a noção da morte definitiva, não reconhece que a morte envolve a total cessação da vida e não compreende a não reversibilidade da morte.
  • Entre os 5 e os 9 anos há uma forte tendência para personificar a morte. É compreendida como irreversível, porém não como inevitável.
  • Só entre os 9 e os 10 anos a criança reconhece a morte como cessação das actividades do corpo e como inevitável. Somente na adolescência será capaz de apreender verdadeiramente o conceito de morte e o significado da vida.

ESPIRITISMO E O SUICÍDIO: PERGUNTAS E RESPOSTAS

9/23/2011
Quais as principais motivações que podem levar alguém ao suicídio nos dias de hoje?
A primeira delas é a falta da noção da Ideia de Deus. O restante é tudo consequência, como por exemplo uma noção deturpada da vida após a morte. Hoje, como consequência destas duas ideias citadas acima, vemos as pessoas a procurar necessidades que as fazem sofrer por não atingir o padrão que os meios de comunicação e a sociedade impõem; estes cobram das criaturas que elas tenham determinado padrão de beleza, determinado padrão social, determinado padrão de cultura determinado padrão de pensamentos e se as pessoas não alcançam este padrão, entram num desânimo, num sentimento de menos valia, na depressão e daí, como lhes faltam o conhecimento da Ideia de Deus e de Suas Leis, para o suicídio faltam poucos passos, pois a noção de mundo espiritual também é frágil.

E SE ELE NÃO PUDER FAZER NADA ?

9/20/2011

Tenho notado que muitos de nós nos julgamos abandonados por deus, dizemos que ele não nos ajuda e ate que nos castiga. mas estive pensando a respeito e queria mostrar um outro ponto de vista. Pode ser que deus não possa nos ajudar, pode ser que ele mesmo sendo um deus não seja assim todo poderoso como imaginamos. Talvez ele não possa fazer uma magica e nos tirar do sofrimento, pode ser que ele tenha suas limitações e mudar a humanidade não seja algo que esteja sob seu controle.

Ate porque, se deus é bom, e tivesse poder para mudar as coisas, provavelmente ele ajudaria a tantas pessoas que sofrem injustamente, muitos passando fome, ou com outros problemas tão serio quanto; acho que deus gostaria sim de ajudar, mas isso não deve ser possivel a ele.

Então, as vezes acredito que ele não seja o culpado de nada, e que ele não pode fazer nada por mim, ainda que queira... Ou talves ele nem exista...
John

DEPRESSÃO PODE LEVAR À MORTE

7/16/2011
A conduta suicida é uma tentativa desesperada de solucionar um problema. Saiba quando é necessário procurar ajuda especializada

Depressão é uma palavra frequentemente usada para descrever nossos sentimentos. Todos se sentem “para baixo” de vez em quando, ou de alto astral às vezes. Tais sentimentos são normais. Mas a depressão, enquanto evento psiquiátrico é algo bastante diferente: é uma doença e como outra qualquer exige tratamento.

PERDIDO NUM LABIRINTO

7/13/2011
Estou tão perdido, tão confuso, tão sem noção da realidade que...

Eu já não sei oque me falta para ser feliz....

preciso de dinheiro, mas só isso não me seria o suficiente...

preciso de amor, mas duvido muito que me traria a felicidade...

preciso de amigos, mas só amigos não me consolariam....

preciso ocupar minha mente, mas preciso tambem que ela descanse...

Preciso de Deus, mas vivo num mundo material, fisico e capitalista...

preciso me sentir vivo....mas quero desaparecer...

O labirinto em que entrei não tem saida, e eu já cansei de procurar, de andar, de correr, de pedir ajuda...por isso, sentei e espero a vida passar...

Não sei mais se a felicidade já é uma opção válida pra mim....

mas então como devo viver? existe outro objetivo de vida que não seja a felicidade?

John

MORTE, QUE LIBERTAÇÃO É ESSA ?

7/11/2011
Almejo a morte, almejo alcançá-la a cada segundo. Mas, me sinto uma covarde por almejá-la tanto. Já me falaram... "É tão simples morrer. Se você realmente quisesse já estaria morta."

O que indagar? Há erro nessa afirmação? Realmente eu já poderia ter deixado de escrever e simplesmente ter puxado o gatilho da libertação. Entretanto que libertação é essa? Quem me garante que apenas não estarei somando covardia aos meus problemas? Sempre me orgulhei de ser aquela que sempre estar ali, presente, forte e firme. Tudo teatro representação. Sempre me senti só, abandonada, colocada para escanteio. Então criei a personagem que cuidava de tudo e de todos.

* * *

Não acredito que tudo se acabe com a morte. Para mim ela nada mais é que uma passagem. E tudo que deixamos incompletos aqui mais cedo ou mais tarde será cobrado. Penso sim muito na morte. Apesar de pensar que não resolva nada. Entro em conflito interior pois ela é tudo que estou desejando no momento. Covardia? Pode ser. Chamei quem amo de covarde por não estar ao meu lado, mas ela do jeito certo ou errado esta lutando para seguir. Meus caminhos me leva a ela, caminho que não posso trilhar .

MINHA ALMA COMEÇOU A CHORAR

7/05/2011
Por mais que dissesse que minha alma sofria com a minha situação, com a minha dor, na verdade sempre acreditei que a alma fosse algo sagrado (não no sentido religioso), protegida de toda a influência externa. Ela seria nada mais que a marca da existência no universo, como as pinturas rupestres em rochedos antigos, denunciando que ali esteve presente, em algum momento, um determinado ser vivo.

Mas hoje, de repente, senti realmente uma lágrima escorrendo dentro de mim. Uma tristeza diferente, que não pude identificar direito de onde vinha, muito menos alcançá-la para fazer algo a respeito. Logo parou, mas senti muito medo, pois nunca havia sentido isso antes.

Todo esse sofrimento parece finalmente ter se infiltrado num lugar muito profundo, que deveria estar protegido de todo o mal. E para começar a chorar, é preciso estar sofrendo há algum tempo já.

Desculpe, minha alma, por tê-la feito passar por tudo isso injustamente.

Enquanto isso a vontade de morrer vai crescendo, crescendo...

R.H.
 
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